Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
celebrado necessariamente antes do mesmo e que serve desde logo para escolher o
regime de bens (artigo 1698.º do Código Civil - CC). Caso os nubentes não escolham o
regime de bens, vigora, supletivamente, o regime da comunhão de adquiridos (artigo
1717.º do CC).
Depois de celebrado o casamento, não é possível escolher outro regime de bens
embora o mesmo possa passar a ser o da separação em caso de simples separação
judicial de bens e de separação judicial de pessoas de bens (artigo 1715.º do CC).
A convenção antenupcial deve ser celebrada por escritura pública ou por
declaração prestada perante o funcionário do registo civil (artigo 1710.º do CC), sob
pena de nulidade, e só produz efeitos em relação a terceiros se for registada (artigo
1711.º).
A capacidade para celebrar convenções antenupciais afere-se pela capacidade
para casar, o que significa que os menores de dezasseis ou dezassete anos só podem
celebrar convenções antenupciais com a autorização dos seus representantes legais
(artigo 1708.º do CC).
A convenção antenupcial está sujeita a um prazo de caducidade de um ano,
caducando, também, se o casamento vier a ser declarado nulo ou anulado (artigo
17016.º do CC).
É possível celebrar uma convenção antenupcial a termo ou condição (artigo
1713.º do CC), por exemplo, convencionar que nos primeiros cinco anos do casamento
vigorará o regime da separação mas que depois passará a vigorar o regime da
comunhão de adquiridos ou o da comunhão geral.
As convenções antenupciais podem ter outras funções para além da escolha do
regime de bens, nomeadamente, são o único meio para se celebrarem pactos
sucessórios designativos, ou seja, contratos através dos quais um terceiro
designa um dos nubentes seu herdeiro ou legatário, um nubente ou ambos
designam o outro, ou um ou ambos designam terceiros (artigos 1700.º e ss do
CC). Com a entrada em vigor da Lei n.º 48/2018, de 14 de agosto, passou a ser
também admitida a celebração de pactos sucessórios renu Pacto
antenupcial
30 línguas
Artigo
Discussão
Ler
Editar
Ver histórico
Ferramentas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Direito de Família
Casamento
Civil · Religioso
Dissolução do casamento
Nulidade · Divórcio
Filiação · Legitimidade
Emancipação de menor
Áreas de preocupação
No Brasil
É previsto nos artigos 1.653 a 1.657 do Código Civil de 2002, sendo requisito
obrigatório quando o regime não for o da comunhão parcial (art. 1.536, VII).
Formalização do Pacto
Os casamentos regidos por comunhão universal de bens, separação convencional de
bens e participação final dos aquestos exigem formalização do pacto antenupcial por
meio de escritura pública, em Cartório de Notas, sendo nulo se assim não o for e
ineficaz se não ocorrer o casamento (art. 1.653). Todavia, diante do princípio da
conservação dos negócios jurídicos, a nulidade do pacto não atinge o casamento, que
será válido e regido pelo regime de comunhão parcial de bens.
Pela lei brasileira - e atendendo ao Princípio da livre estipulação do regime de bens [4].
Acesso em abr 2017. - também é possível que os noivos estipulem regras próprias
quanto aos bens, diferentes dos quatro regimes de bens definidos no código. Além do
mais, é possível estipular deveres e direitos para cada um, como, por exemplo, quem
pagará determinada despesa, proibido fumar dentro de casa ou proibido deixar roupas
espalhadas pelo chão. [5]
Pacto celebrado por menor
Em relação ao pacto antenupcial celebrado por menor, a sua eficácia fica condicionada
à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses do regime de separação
obrigatória de bens (art. 1.654). Tal aprovação não se confunde com a autorização dos
representantes legais exigida para o casamento dessas pessoas.
Pacto com cláusula contrária à lei
A princípio, os noivos podem estipular o que quiserem sobre o regime de bens que
regerá seus interesses econômico-patrimoniais. Porém, será considerada nula a
convenção ou cláusula constante no pacto que conflite com disposição absoluta de lei,
ou seja, que colida com normas de ordem pública (art. 1.655). Com isso, a norma limita
a autonomia privada no pacto, anulando cláusulas contrárias à lei, como por exemplo:
Ver também
nciativos, mas apenas relativamente à renúncia recíproca dos cônjuges à
condição de herdeiro legitimário do outro e desde que vigore o regime da separação de
bens (imperativo ou convencionado)