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1. Conceito;
2. Princípios;
3. Parentesco;
4. Casamento e Regimes;
a. Tipos de Família;
b. Adoçã o;
c. Bens de Família;
d. Alimentos.
CONCEITO
O Direito de família é o que mais sofre influência da doutrina e da jurisprudência. Também sofre
influência dos costumes e das mudanças da sociedade. Tem influência de todos os institutos e dos
princípios constitucionais e existe um fenô meno da constitucionalizaçã o do direito civil.
1. Princípio da dignidade da pessoa humana – Art. 1º, III CR/88: esse princípio é uma
clá usula geral, serve para tudo. Dignidade é o que a pessoa humana tem de ter para viver e
exercer sua cidadania. Abrange afeto, bem estar, respeito, saú de, desenvolvimento, patrimô nio.
2. Princípio da solidariedade familiar – Art. 227 e 230 CR/88: estabelece um dever da família,
da sociedade e do Estado. Estabelece uma solidariedade entre os parentes.
3. Princípio da pluralidade das entidades familiares – Art. 226 CR/88: O Estado tem de
proteger a família em todas as suas modalidades por meio de normas.
1. Família;
2. Instituiçõ es de ensino;
3. Instituiçã o religiosa;
4. Instituiçã o jurídica;
5. Instituiçã o econô mica;
6. Instituiçã o política;
A Família faz parte do primeiro grupo social que pertencemos, é o tipo de grupo social
que tem a composiçã o em variados aspectos que se variam de acordo com o tempo e o
espaço. Estas variaçõ es podem estar relacionadas quanto ao tipo de família e autoridade
ou quanto à forma de casamento, por exemplo.
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3.1. Família matrimonial – originada pelo casamento civil. É o mais solene, deve observar os
requisitos do Art. 1514 CC. Na CR/88 está no Art. 226, p. 1º e 2º. Vide t/b Art. 1535 CC. O
casamento tem de ser realizado com portas abertas. Os impedimentos sã o de ordem pú blica.
Uma primeira leitura do dispositivo leva a crer que o vínculo apenas se estabelece quando a
autoridade celebrante declarar efetuado o casamento. Esse é o entendimento esposado, por
exemplo, por Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald:
Apó s á ridas discussõ es doutriná rias, através das quais alguns optavam por entender existente
no momento da declaraçã o de vontade, enquanto outros exigiam a leitura da fó rmula
sacramental, foram dissipadas as dú vidas através da clarividência do Art. 1.514 [...]. Optou,
portanto, o direito positivo em reconhecer a existência do casamento no exato instante em que
a autoridade promove a leitura da fó rmula sacramental, declarando-os casados.
Para Venosa, a redaçã o do Art. 1.514 nã o dissipou a controvérsia, embora realmente uma
primeira interpretaçã o exija o pronunciamento da autoridade celebrante.
De acordo com o Có digo Civil, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmaçã o de que
pretendem casar por livre e espontâ nea vontade, declarará efetuado o casamento. Ou seja, os
atos ocorrem de forma sucessiva e imediata. Por que, entã o, o questionamento? Bem explica
Venosa: “A dúvida pode ter efeitos práticos, pois qualquer um dos circunstantes pode morrer
nesse ínterim. É importante saber se morreram no estado de casados”
Em que pese o relevo dos autores que nã o prescindem da declaraçã o da autoridade celebrante,
sendo o casamento um contrato de direito de família, como endossa a maioria da doutrina, a
melhor exegese parece ser a que diz que ele se aperfeiçoa com o consentimento, tendo o
pronunciamento estatal efeito meramente declarató rio. Nesse sentido, Stolze e Pamplona
prelecionam:
“[...] é bom frisar que a concretização do ato matrimonial decorre do consentimento dos
noivos, quando manifestam a vontade de se receberem reciprocamente, e não da chancela
oficial do presidente do ato, de natureza simplesmente declaratória.”
Desse modo, considerando ser o casamento um contrato e considerando, ainda, que nem todas
as formas de casamento exigem a presença de autoridade estatal como requisito de existência,
uma segunda leitura do art. 1514 do Có digo Civil permite concluir que, de fato, o casamento se
realiza no momento em que os nubentes manifestam, perante o juiz, a sua vontade de
estabelecer vínculo conjugal. O juiz apenas declara-os casados, tendo tal declaraçã o efeito
semelhante ao de uma homologaçã o.
II. Art. 226 CF. 88. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
III. Art. 1.535 CC. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial,
juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos
nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade,
declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que
ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu,
em nome da lei, vos declaro casados."
III.2 Família informal – formada por meio da uniã o está vel, prevista nos Artigos 1723 CC e
seguintes e no Art. 226, p. 3º CR/88.
IV. Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem
e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento.
Para construir a uniã o está vel a lei exige diversidade de sexo (está superado). A uniã o está vel é
caracterizada pela convivência pú blica, porém nã o carece de coabitaçã o e nem de filhos. É formada
com o objetivo de um assistir o outro (ajuda moral, material). Nã o carece de contrato e nem de prazo.
Nã o precisa de formalidade. “Provando”, surgem todos os direitos e deveres.
Existe contrato de namoro, para ratificar que se trata apenas de namoro para nã o gerar efeitos de
uniã o está vel. Namoro é um fato social, que é diferente de uniã o está vel.
3.3 Família monoparental –§4º do Art. 226 CR/88. É a mã e solteira ou pai solteiro + filhos. Ou seja:
genitor + prole.
I. § 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos
pais e seus descendentes.
3.4 Família homoafetiva – Reconhecida pelo STJ por analogia em 2007. Reconhecida pelo STF em
2012. Há jurisprudência. As pessoas nã o querem ficar à margem da lei.
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Casamento nuncupativo (ou in extremis): ocorre quando um dos noivos, ou os dois, estã o em risco de vida (ex: presos numa caverna, num navio
afundando, etc. Art. 1540). Nã o podendo o juiz comparecer, o casamento será feito perante seis testemunhas que depois farã o a declaraçã o oficial no
Cartó rio (Art. 1541). Se o casal escapar, deverá posteriormente confirmar o casamento perante o juiz (§ 5o do Art. 1541).
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3.5. Família socioafetiva – ainda nã o há legislaçã o. Justifica-se pelo elemento afeto. Exemplo, entre
padrasto e enteado.
4. Princípio da isonomia entre cônjuges (para qualquer entidade familiar) – Art. 5º, caput, inciso I
e art. 226 CR/88.
5. Princípio da isonomia entre filhos – Art. 227, p. 6º CR/88. Antes da CR/88 havia diferenças entre
filhos legítimos, filhos adotados e filhos fora do casamento. A partir da CR/88 todos os filhos tem os
mesmos direitos e qualificaçõ es. Art. 1596 e 1799, CC e p. 4º do art. 1800 CC).
6. Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente – Art. 227 CR/88. É uma clá usula
geral de proteçã o da criança e do adolescente. Se aplica em razã o do caso concreto.
Separação de fato = nã o convive mais com o cô njuge, mas nã o se separou oficialmente. A lei permite
uniã o está vel em paralelo a um casamento.
´Porém, é possível substituir a palavra casamento (pelo menos o casamento civil tradicional de matriz
exclusivamente heterossexual), pela palavra afeto, que representa muito mais do que uma finalidade,
pois representa uma verdade de novos nú cleos familiares.
2. A concessã o de alimentos;
A família na CF/88:
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casamento, em decorrência da necessidade de adequaçã o do arcabouço constitucional à s novas
demandas sociais, sob pena de seu esvaziamento prematuro e ineficá cia de seus comandos.
Matrimonializadas;
Monoparentais;
Uniõ es está veis hetero e homoafetivas;
Outras possibilidades de formaçã o da entidade familiar.
Matrimonializada Pluralizada
As famílias podem ser recompostas, reconstituídas, monoparentais, formadas por casais com filhos de
casamentos anteriores e seus novos filhos, por casais homossexuais, através de uniõ es está veis.
Art. 226, CRFB: A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
A importância do Direito das Famílias encontra-se na sua influência em relação aos outros
ramos jurídicos:
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1. No direito obrigacional, diante da necessidade de outorga do cô njuge no caso de
alienaçã o de bens imó veis
2. No direito real de habitaçã o do cô njuge sobrevivente
Parentesco: é a relaçã o existente nã o só entre pessoas que descendem umas das outras ou de um
mesmo tronco comum (consanguíneo ou natural), mas também entre um cô njuge ou companheiro e
os parentes do outro (afinidade ou civil), entre adotante e adotado (civil) e entre pai institucional e
filho sociafetivo (civil). Art. 1.593, CC.
Linha Reta:
Art. 1.591, CC: São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na
relação de ascendentes e descendentes. Na linha reta inexiste qualquer limitação para o
parentesco, sendo infinito.
Os parentes em linha reta devem alimentos uns aos outros, além de gozarem do direito à herança,
prevalecendo a forma subsidiá ria, na qual o parente mais pró ximo, exclui o mais remoto.
Art. 1.592, CC: São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas
provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
Art. 1.594, CC: Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na
colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e
descendo até encontrar o outro parente.
Limitações:
1. Os alimentos somente podem ser cobrados, entre colaterais, até o segundo grau (irmã o)
2. Os impedimentos matrimoniais alcançam até o terceiro grau (tio e sobrinha, primos podem
casar)
3. O direito sucessó rio é reconhecido aos parentes até o quarto grau, de forma subsidiá ria
(primos – tio-avó e sobrinho-neto)
Para contar o parentesco entre A e seu tio B, sobe-se a seu pai W; a seguir a seu avó X; e depois, desce-
se a B. Três graus ao todo, pois a cada geraçã o corresponde um grau. Dessa forma, é de segundo grau o
parentesco colateral entre irmã os, de terceiro grau entre tio e sobrinho; e, de quarto grau entre
primos e entre tio-avó e sobrinho-neto.
Efeitos Jurídicos:
No direito de família:
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1. Determinam impedimentos matrimoniais;
2. Instauram o poder familiar;
3. Impõ em a obrigaçã o alimentar
4. Determinam a regulamentaçã o de guarda e visita
No direito contratual: É anulá vel a venda realizada entre ascendente e descendente, sem a
autorizaçã o dos demais descendentes e do cô njuge do alienante.
No direito penal:
1. Sã o circunstâ ncias que sempre agravam a pena, quando nã o constituem ou qualificam o crime:
ter o agente cometido o crime contra ascendente, descendente, irmã o ou cô njuge.
2. É isento de pena quem comete qualquer dos crimes patrimoniais, em prejuízo: do cô njuge, na
constâ ncia da sociedade conjugal e de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo
ou ilegítimo, seja civil ou natural.
NATUREZA JURÍDICA:
1. Negócio Jurídico: Ato que decorre da vontade das partes, a partir do consentimento,
aproximando-se do contrato.
2. Instituto Jurídico: Situaçã o jurídica que possui parâ metros preestabelecidos pelo legislador e
constituindo um conjunto de regras impostas pelo Estado.
3. Natureza Mista ou Eclética: Ato jurídico complexo constituído por características negociais e
institucionais.
CARACTERÍSTICAS:
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3. Disciplina por meio de normas cogentes de ordem pú blica.
4. Solenidade na celebraçã o.
5. Inadmissibilidade de termo ou condiçã o.
6. Estabelecimento de uma comunhã o de vida, devendo ser monogâ mico e passível de dissoluçã o.
FINALIDADES:
A procriaçã o de filhos nã o é requisito para o casamento, uma vez que o planejamento familiar faz
parte da autonomia do casal. Assim, casais que nã o querem ou nã o podem conceber filhos também
devem ser considerados uma família. As relaçõ es sexuais nã o devem ser legitimadas pelo direito, pois
nã o há nada de ilícito em realiza-las fora do casamento, pelo contrá rio, encontram-se vinculadas à
ordem dos desejos e estabelecidas entre sujeitos maiores e capazes. A educaçã o da prole pode ser
efetuada em arranjos familiares dos mais diversos, sendo o casamento apenas mais um deles. Nã o há
imposiçã o legal para a utilizaçã o do patronímico do cô njuge (Art. 1.565, § 1º, CC), além do direito à
utilizaçã o ser estendido ao companheiro em uniã o está vel (Art. 57, § 2º, L. 6.015/73). A conduta
sexual fora do casamento nã o ser considerada um “erro”, nem, tampouco, uma vida livre e alheia das
convençõ es herméticas sociais, desde que nã o haja prejuízo ao direito de terceiros.
Assim, o ordenamento brasileiro nã o confere validade ao casamento religioso. Mas, nada obsta que a
cerimô nia de casamento civil, com efeitos civis, seja realizada pela autoridade eclesiá stica.
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Esponsais: Constitui o instituto conhecido como noivado, ou seja, os noivos tornam pú blica sua
intençã o de casar.
Nã o segue nenhuma formalidade, nã o pode ser considerado um contrato preliminar, nem existe prazo
para a realizaçã o do casamento.
Seu rompimento nã o gera, judicialmente, execuçã o específica, nem tutela indenizató ria.
O casamento gera:
1. Dever de fidelidade.
2. Dever de coabitaçã o.
3. Em regra, presunçã o de esforço comum na aquisiçã o do patrimô nio do casal.
4. Presunçã o de paternidade.
5. Parentesco por afinidade.
Habilitação: Art. 1.525, CC: O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por
ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador.
Art. 1.527, CC: Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará
durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente,
se publicará na imprensa local, se houver.
Pressupostos de existência do casamento (condiçõ es mínimas para que o casamento seja considerado
relevante para o direito):
VALIDADE DO CASAMENTO:
PLANO DA EXISTÊNCIA:
PLANO DA VALIDADE:
NULIDADES (ART. 1.548, CC): CASAMENTO CONTRAÍDO POR PESSOA SEM O NECESSÁ RIO
DISCERNIMENTO PARA OS ATOS DA VIDA CIVIL ou QUANDO UM DOS IMPEDIMENTOS
MATRIMONIAIS FOR VIOLADO.
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IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS:
Anulabilidades:
Defeito de idade: 180 dias, a partir do momento em que o menor atingir a idade nú bil
Falta de consentimento: 180 dias, a partir do momento em que o menor atingir a
maioridade
Erro essencial: 3 anos
Coação: 4 anos
Incapacidade relativa por causa psíquica: 180 dias
Revogação do mandato: 180 dias, a partir da ciência do mandante
Incapacidade da autoridade celebrante : 2 anos
ERRO ESSENCIAL:
Art. 1.557, CC. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I – o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu
conhecimento ulterior torne insuportável à vida em comum ao cônjuge enganado;
II – a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida
conjugal;
III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e
transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de
sua descendência;
IV – a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne
insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.
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NULIDADE X ANULABILIDADE:
1. INVALIDADE DO CASAMENTO;
2. BOA-FÉ DOS NUBENTES, OU APENAS DE UM DELES
3. ERRO DESCULPÁ VEL;
4. DECLARAÇÃ O JUDICIAL.
CAUSAS SUSPENSIVAS:
I – o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens
do casal e der partilha aos herdeiros;
II – a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez
meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III – o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do
casal;
IV – o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos,
com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem
saldadas as respectivas contas.
Pelo Art. 1.526, CC apenas será necessá ria a homologaçã o do juiz nas habilitaçõ es para o casamento
que forem impugnadas.
Depois da habilitaçã o, devem ser publicados os proclamas do casamento (Art. 1.527, CC).
Caso cumpridas as formalidades dispostas em lei e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial
de registro extrairá o certificado de habilitaçã o (Art. 1.531, CC).
O casamento é um ato solene, que deve ser realizado na sede do cartó rio, de forma pú blica, com, pelo
menos, duas testemunhas.
O ato poderá ser realizado em outro local, com a autorizaçã o da autoridade celebrante, com, pelo
menos, quatro testemunhas.
Assim, estando presentes os nubentes, pessoalmente ou por procurador especial, juntamente com as
testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, apó s ouvir dos nubentes a afirmaçã o de que
pretendem casar por livre e espontâ nea vontade, declarará efetuado o casamento.
No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se
encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam
ler e escrever.
Pela jurisprudência, dispensa-se o processo de habilitação anterior.
1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por
qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado
pelo presidente do ato.
2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em
cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado.
CASAMENTO NUNCUPATIVO:
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Art. 1.540, CC:
Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da
autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser
celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em
linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Verificada a idoneidade dos cô njuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente,
com recurso voluntá rio à s partes, o juiz mandará registrá -la no livro do Registro dos Casamentos, tal
assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cô njuges, à data da
celebraçã o.
O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes
especiais.
1o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas,
celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da
revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
Prova do Casamento:
Prova direta (art. 1.543, CC):
O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade,
ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão
do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento
impugnado.
EFEITOS DO CASAMENTO:
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EFEITOS SOCIAIS:
EFEITOS PESSOAIS:
DEVERES DO CASAMENTO:
I – fidelidade recíproca.
II – vida em comum, no domicílio conjugal.
III – mútua assistência.
IV – sustento, guarda e educação dos filhos.
V – respeito e consideração mútuos.
I – Fidelidade recíproca e V – respeito e consideração mútuos: Segundo o STJ, o dever de
fidelidade recíproca dos cô njuges é atributo bá sico do casamento e nã o se estende ao cú mplice de
traiçã o a quem nã o pode ser imputado o fracasso da sociedade conjugal por falta de previsã o legal.
O crime de adultério foi abolido do art. 240, CP. Assim, defende-se que a fidelidade nã o deve ser
considerada um dever jurídico, mas como uma opçã o decorrente da autonomia existente entre os
cô njuges.
Crítica: E o direito de dispor do pró prio corpo como direito da personalidade e do princípio da
dignidade da pessoa humana?
I – das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do
casamento (art. 1.523, CC);
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III – de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Art. 1.641, II, CC: Na separaçã o obrigató ria comunicam-se bens havidos pelo esforço comum (Sú mula
377, STF).
Se a sú mula for cancelada a separaçã o obrigató ria será igual a separaçã o absoluta. Enunciado 125, I
Jornada de Direito Civil: “A norma que torna obrigató rio o regime da separaçã o absoluta de bens em
razã o da idade dos nubentes nã o leva em consideraçã o a alteraçã o da expectativa de vida com
qualidade, que se tem alterado drasticamente nos ú ltimos anos. Também mantém um preconceito
quanto à s pessoas idosas que, somente pelo fato de ultrapassarem determinado patamar etá rio,
passam a gozar da presunçã o absoluta de incapacidade para alguns atos, como contrair matrimô nio
pelo regime de bens que melhor consultar seus interesses”.
Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro,
exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval;
IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura
meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou
estabelecerem economia separada.
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Art. 1.651, CC:
Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos bens que lhe incumbe, segundo
o regime de bens, caberá ao outro:
I – gerir os bens comuns e os do consorte;
II – alienar os bens móveis comuns;
III – alienar os imóveis comuns e os móveis ou imóveis do consorte, mediante autorização
judicial.
É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o
casamento.
As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas, em
livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
No divó rcio as regras de partilha dos bens variam de acordo com o regime de bens adotado no
casamento. O regime legal, que é o da comunhã o parcial, prevê como regra geral a comunicabilidade
de todos os bens adquiridos onerosamente durante o casamento, excluindo os bens adquiridos por
doaçã o ou sucessã o e aqueles que já eram do cô njuge antes do casamento. Já na comunhã o universal,
há em regra a comunicabilidade de todos os bens, adquiridos antes e durante o casamento. No regime
da separaçã o convencional ou obrigató ria, que é aquela imposta por lei, por exemplo, aos maiores de
setenta anos, nã o há comunicabilidade de bens, possuindo cada cô njuge seu patrimô nio particular.
Excluem-se da comunhão:
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I – os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II – os bens adquiridos com
valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III – as obrigações anteriores ao casamento (aprestos);
IV – as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V – os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI – os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII – as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
IV – as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal: Sú mula
251 do Superior Tribunal de Justiça: A meação só responde pelo ato ilícito quando o credor, na
execução fiscal, provar que o enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal. Exemplos: sonegaçã o
fiscal, desvio de finalidade empresarial (art. 50 ,CC) etc.
Caso a meaçã o nã o responda pela dívida, é cabível a utilizaçã o de embargos de terceiros (art. 1.046,
CPC e Súmula 134 do STJ).
Bens Comuns:
O (STJ) decidiu que o direito ao recebimento de proventos como o salá rio (incluindo FGTS e verbas
trabalhistas), a aposentadoria e honorá rios nã o se comunica no fim do casamento. No entanto, quando
essas verbas sã o recebidas durante o matrimô nio, as mesmas se tornam bem comum, seja em
dinheiro ou os bens adquiridos com ele.
Imóvel financiado em contrato anterior ao casamento. Neste caso os valores deverão ser
apurados.
Efeitos Sucessórios: Segundo o STJ: O cô njuge somente terá direito sucessó rio sobre os bens
adquiridos onerosamente na constâ ncia do casamento, em sentido contrário ao art. 1.829, I, CC.
Assim, no regime da comunhã o parcial, os bens exclusivos de um cô njuge NÃO sã o partilhados com o
outro no divó rcio e, pela mesma razã o, nã o o devem ser apó s a sua morte, sob pena de infringir o que
ficou acordado entre os nubentes no momento em que decidiram se unir em matrimô nio. Acaso a
vontade deles seja a de compartilhar todo o seu patrimô nio, a partir do casamento, assim devem
instituir em pacto antenupcial.
Entendimento Jurisprudencial:
O STJ afirma que os bens indivisíveis de propriedade comum decorrente da comunhã o no casamento,
na execuçã o podem ser levados à hasta pú blica por inteiro, reservando ao cô njuge a metade do preço
alcançado. Tem-se entendido na Corte que a exclusã o da meaçã o deve ser considerada em cada bem
do casal e nã o na indiscriminada totalidade do patrimô nio.
Existe, pois, independência absoluta quanto aos bens e obrigaçõ es, com apenas uma exceçã o. Art.
1.688, CC: Ambos os cô njuges sã o obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporçã o dos
rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulaçã o em contrá rio no pacto antenupcial.
Características: A administração dos bens caberá ao cônjuge titular, bem como a percepção
dos frutos. Liberdade de disposição patrimonial. Responsabilidade individual pelas dívidas e
obrigações assumidas.
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Características: O direito de cada cô njuge nã o é sobre o acervo patrimonial do outro, mas sim sobre o
saldo eventualmente apurado, apó s a compensaçã o dos acréscimos de bens a título oneroso na
constâ ncia do casamento.
Depende de celebraçã o de pacto antenupcial. Art. 1.656, CC: No pacto antenupcial, que adotar o
regime de participaçã o final nos aquestos, poder-se-á convencionar a livre disposiçã o dos bens
imó veis, desde que particulares.
Art. 1.571, CC. A sociedade conjugal termina: I – pela morte de um dos cônjuges (terminativa e
dissolutiva); II – pela nulidade ou anulação do casamento (terminativa); III – pela separação
judicial; IV – pelo divórcio (terminativa e dissolutiva).
No direito brasileiro havia a separaçã o, que determinava um lapso temporal para que os cô njuges se
divorciassem, como resquício do desquite e sob influência do direito canô nico. A CF/88 inaugurou
uma nova agenda de valores humanitá rios, o que afastou, no direito das famílias, a manutençã o de um
vínculo conjugal, quando já ausente a base afetiva que sustentava o relacionamento.
Repercussões desta Emenda: Norma de eficá cia plena e imediata (art. 226, § 6º da CRFB). Acarreta
o desaparecimento da norma infraconstitucional que regulamentava a separaçã o, sendo considerada
nã o-recepcionada pelo ordenamento constitucional.
Trata-se de instrumento processual cautelar, podendo ser de cunho preparató rio ou incidental, que no
primeiro caso, nã o necessita do ajuizamento da açã o de divó rcio no prazo de 30 dias (art. 806,
CPC/1973).
Encontra fundamentaçã o no art. 12, CC: Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesã o, a direito da
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sançõ es previstas em lei.
Separação de Fato: Decorre da Teoria da Aparência, pois o casal dissolve a sociedade conjugal, mas
nã o formaliza tal situaçã o juridicamente. Há um reconhecimento expresso do ordenamento jurídico à
separaçã o de fato.
1. Possibilidade de constituiçã o de uniã o está vel para aqueles que estejam separados de fato (art.
1.723, § 1º do CC).
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2. A Lei de Locaçã o de Imó veis permite a continuidade da locaçã o em relaçã o ao cô njuge
separado de fato (art. 12, L. 8.245/91).
3. Art. 1.240-A, CC. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposiçã o,
posse direta, com exclusividade, sobre imó vel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta
metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cô njuge ou ex-companheiro que
abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio
integral, desde que nã o seja proprietá rio de outro imó vel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº
12.424, de 2011)
Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente:
V – reivindicar os bens comuns, mó veis ou imó veis, doados ou transferidos pelo outro cô njuge ao
concubino, desde que provado que os bens nã o foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o
casal estiver separado de fato por mais de cinco anos. Em sentido contrário ao enriquecimento
sem causa.
Somente é reconhecido direito sucessó rio ao cô njuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro,
nã o estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste
caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
Divórcio: Segundo a melhor doutrina, o divó rcio é medida jurídica, obtida pela iniciativa das partes,
em conjunto ou de forma isolada, que dissolve integralmente o casamento, fulminando, tanto a
sociedade conjugal (deveres recíprocos e regime de bens), quanto o vínculo nupcial, ou seja, a relaçã o
jurídica estabelecida, permitindo que os ex-cô njuges possam casar novamente.
Atualmente só existe o divó rcio direto, com fundamento no Direito de Família mínimo.
Antes existia o divórcio por conversão: 1 ano quando da existência de separaçã o judicial e 2 anos
quando da existência de separaçã o de fato.
Características do Divórcio:
1. O divó rcio dissolve apenas a relaçã o entre os cô njuges, mantendo-se a relaçã o destes com sua
prole. Poder familiar, responsabilidade civil e obrigaçã o de alimentos.
2. A sentença de divó rcio deve ser levada a registro no cartó rio de pessoas naturais, no qual se
assentou o registro de casamento, a fim de que tenha aptidã o para a produçã o de efeitos em
relaçã o à terceiros.
3. Na açã o de divó rcio nã o há mais discussã o acerca da culpa pela ruptura da sociedade conjugal,
o que nã o impede o ajuizamento de uma demanda indenizató ria.
Espécies de Divórcio Direto: No divó rcio litigioso, as partes podem converter sobre matérias
subjacentes à dissoluçã o do casamento, como guarda de filhos, regime de visitaçã o, partilha de bens,
dentre outras.
No divórcio consensual, os divorciandos podem dispor livremente sobre tais questõ es e dissolver o
casamento em juízo ou em cartó rio (art. 1.124-A, CPC: A separaçã o consensual e o divó rcio
consensual, nã o havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais
quanto aos prazos, poderã o ser realizados por escritura pú blica, da qual constarã o as disposiçõ es
relativas à descriçã o e à partilha dos bens comuns e à pensã o alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à
retomada pelo cô njuge de seu nome de solteiro ou à manutençã o do nome adotado quando se deu o
casamento. § 1o A escritura nã o depende de homologaçã o judicial e constitui título há bil para o
registro civil e o registro de imó veis. § 2º O tabeliã o somente lavrará a escritura se os contratantes
estiverem assistidos por advogado comum ou advogados de cada um deles ou por defensor pú blico,
cuja qualificaçã o e assinatura constarã o do ato notarial. § 3o A escritura e demais atos notariais serã o
gratuitos à queles que se declararem pobres sob as penas da lei.
UNIÃO ESTÁVEL: Entidade familiar formada por um homem e uma mulher, caracterizada por uma
convivência pú blica, duradoura e contínua, com o objetivo de estabelecimento de vida em comum” –
conceito.
Previsã o legal:
Divisã o de patrimô nio diante da existência de sociedade de fato – Súmula 380, STF.
CF/88: Art.226, §3º = reconhecimento da uniã o está vel como entidade familiar.
Lei n º8971/94: Veio regulamentar a situaçã o do companheiro. Condicionou a caracterizaçã o
da uniã o está vel à verificaçã o do prazo de cinco anos de convivência ou existência de prole
comum.
Art.1º – requisitos para sua configuraçã o.
Art.2º – direito sucessó rio.
Art.3° – divisã o do patrimô nio, comprovando-se o esforço na aquisiçã o.
o Lei nº 9278/96: Poderia ter resolvido a situaçã o do companheiro, mas nã o o fez
completamente. Nã o trouxe o direito sucessó rio. Neste ponto, permanecia vigente a lei
anterior (revogada parcialmente).
o Adotou um conceito mais vago, omitindo os requisitos pessoais, o tempo mínimo de
convivência e a existência de prole, e fixando a competência nas Varas de Família.
Adotou um regime semelhante ao da comunhã o parcial e previu o direito real de
habitaçã o para o companheiro.
Art.1º – alteraçã o na configuraçã o da uniã o está vel, nã o mais se referindo ao lapso temporal.
Art.5º – direito à meaçã o, nã o precisando comprovar esforço na aquisiçã o. Passou este a ser
presumido.
Art.7º – direito real de habitaçã o para o companheiro.
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CC/02 (arts. 1723 a 1727): Hoje temos o tratamento do companheiro no CC, art.1723 e
seguintes:
Art.1723, CC – requisitos para sua configuraçã o. Sem exigência de prazo mínimo
Art.1724 – efeitos pessoais.
Deveres da Uniã o Está vel – Art. 1.724. Lealdade: abrange o dever de fidelidade.
o Coabitaçã o – Súmula 382, STF.
Art.1725 – regime de bens
Art.1726 – possibilidade de conversã o em casamento.
Art.1727 – concubinato.
c/c art. 1694 e sgts – alimentos
c/c 1790 – sucessã o
Analogia – art. 499 CC
o Regime de bens – REGRA: comunhã o parcial – art. 1725 CC – nã o precisa da prova do
esforço em comum.
o Exige capacidade e discernimento sob pena de nulidade – art. 104 e 166 CC.
STF Súmula nº 382 – 03/04/1964 – Vida em Comum Sob o Mesmo Teto “More Uxorio” –
Caracterizaçã o do Concubinato “A vida em comum sob o mesmo teto “more uxorio”, nã o é
indispensá vel à caracterizaçã o do concubinato”.
Nã o exige a outorga dos companheiros por se tratar de norma restritiva de direitos – art.
1647 CC – majoritária.
Nã o se aplica o regime da separaçã o legal obrigató ria à uniã o está vel – art. 1641 pois é norma
restritiva da autonomia da vontade. – divergente
Na uniã o está vel o regime patrimonial obedecerá à norma vigente no momento da aquisiçã o de
cada bem, salvo contrato escrito em contrá rio.
Direito ao sobrenome do companheiro – art. 54, §2º. e art. 57, §3º., Lei de Registros Pú blicos.
Estabelecimento do vínculo de parentesco por afinidade – art. 1.595, CC.
Possibilidade de adoçã o conjunta – art. 42, §2º., ECA.
Exercício da curatela pelo companheiro na interdiçã o e na ausência – arts. 25 e 1.768, CC.
Separaçã o de corpos – art. 1.562, CC.
Direito a alimentos – art. 1.694, CC.
Direito à meaçã o do que resultou do esforço comum – art. 1.725, CC.
Escolha do regime de bens – 1725;
Impenhorabilidade do bem de família – art. 1.711, CC e Lei n. 8.009/90
Direito aos benefícios previdenciá rios – Decreto-Lei n. 7.036/44; Lei n. 6.367/75; Lei n.
8.213/91 e Decreto n. 357/91.
Sub-rogaçã o e retomada na locaçã o de imó vel urbano – arts. 11 e 47, III, Lei n. 8.245/91.
Sucessã o hereditá ria – art. 1.790, CC.
Direito à inventariança – art. 990, CPC e art. 1.797, CC.
Impedimento para testemunhar – art. 228, V, CC.
CONVERSÃ O DA UNIÃ O ESTÁ VEL EM CASAMENTO – art. 1726 CC
Concubinato puro – uniã o está vel – sem impedimentos – Vara de Família;
Concubinato impuro – concubino – pessoas que sã o impedidas de casar – art. 1727 CC –
Súmula 380 STF – bens adquiridos pelo esforço comum – Vara Cível – reconhecimento e
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dissoluçã o de sociedade de fato – nã o tem direito a alimentos, sucessã o e meaçã o (nã o se trata
de entidade familiar – divergente) Maria Berenice Dias – reconhecimento.
Com o reconhecimento constitucional, foi abraçado como uniã o está vel o antigo concubinato
puro. Logo, a denominaçã o de concubinato hoje é referente aos casos em que há impedimento.
DISSOLUÇÃ O DA UNIÃ O ESTÁ VEL – POR MÚ TUO ACORDO PARA HOMOLOGAÇÃ O JUDICIAL
OBS: Inú meros julgados tem atribuído o cará ter de uniã o está vel à s uniõ es homoafetivas – Decisã o
STF. Existem alguns projetos no Congresso Nacional para reconhecimento como entidade familiar.
Nulidade do contrato de namoro que pretende afastar os efeitos da uniã o está vel – TJRS – 7ª CC –
Processo nº 70006235287.
FAMILIA HOMOAFETIVA: Homoafetividade e família. Casamento civil, uniã o está vel e adoçã o por
casais homoafetivos à luz da isonomia e da dignidade humana.
FILIAÇÃO:
Das relações de parentesco, a mais importante é a que se estabelece entre pais e filhos.
1. Conceito: (em sentido estrito) é a relaçã o jurídica que liga o filho a seus pais (parentesco em
linha reta de primeiro grau).
2. Classes: Filiaçã o nas relaçõ es matrimoniais:
Filhos havidos dentro do casamento = presunçã o quanto à paternidade.
O casamento pressupõ e relaçõ es sexuais entre os cô njuges e fidelidade (dever) = o filho que é
concebido durante o casamento tem como pai o marido de sua mã e.
O simples fato do nascimento estabelece o vínculo jurídico entre mã e e filho.
Se a mã e for casada, esta circunstâ ncia estabelece, automaticamente, a paternidade = o pai da
criança é o marido da mã e.
Presunção pater is est
Presunçã o aplicada a uniã o está vel e uniã o homoafetiva. I e II – prazos má ximo e mínimo de gestaçã o.
Hoje, diante da família só cio-afetiva, pai é o marido ou companheiro da mulher que aceita paternidade
do filho, ainda que nascido antes.
Art.1598, CC: Nos incisos III, IV e V = três hipó teses de presunçã o de filhos concebidos na constâ ncia
do casamento, todas elas vinculadas à reproduçã o assistida.
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III – fecundaçã o = fase de reproduçã o assistida consistente na fertilizaçã o do ó vulo pelo
espermatozó ide. Fertilizaçã o do ó vulo pelo espermatozó ide. Fertilizaçã o in vitro (fora do corpo
humano). A fecundaçã o ou inseminaçã o homó loga = é realizada com sêmen do marido. Neste caso, o
material genético pertence ao casal (tanto o ó vulo quanto o sêmen), pressupondo o consentimento de
ambos.
Jornada 104 de Direito Civil realizada no STJ: se interprete este inciso da seguinte forma: obrigatório
para haver a presunção que a mulher ainda esteja na condição de viúva, e haja autorização expressa do
marido para que utilize seu material genético após sua morte.
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Enunciado 111 – doador de material genético nã o tem responsabilidade alimentar e
nem o filho terá direitos sucessó rios.
Art.1604, CC = Em juízo, o marido pode contestar esta paternidade, mediante AÇÃ O NEGATÓ RIA ou
AÇÃ O CONTESTATÓ RIA DE PATERNIDADE, que é imprescritível (art.1601, CC).
Se o marido nã o ajuizou esta açã o, o filho pode impugnar a paternidade com base no art.1604, CC =
erro ou falsidade.
Pelo pai: Ação negatória = para negar o status de filho AÇÃ O DE IMPUGNAÇÃ O DE PATERNIDADE
(registro) = art.1604, CC = açã o de anulaçã o de registro.
Pode ser que os irmã os, ascendentes possam ter interesse, principalmente por razõ es patrimoniais =
AÇÃ O DE NULIDADE DE REGISTRO.
O PLC 16/2013, recém aprovado pelo Senado, atribui também à mã e a obrigaçã o de proceder ao
registro.
LEGITIMIDADE PARA A ANULATÓ RIA = todos aqueles que tenham justo interesse em contestar a açã o
de investigaçã o = todas as pessoas afetadas (direta ou indiretamente) = filho reconhecido, mã e, os
filhos e pretensos irmã os, aquele que e diz verdadeiro pai, outros herdeiros.
Art.1608, CC = AÇÃ O NEGATÓ RIA DE MATERNIDADE. A falsidade do termo de nascimento pode ser
atribuída ao oficial do registro civil, à declaraçã o do pai ou da mã e, induzidos a erro por falta de
cuidado do hospital e maternidade (troca de bebês).
PROVA DA FILIAÇÃ O: art.1603, CC. O registro torna pú blico o nascimento e estabelece presunçã o de
veracidade das declaraçõ es efetuadas.
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Art.1605, CC – FILIAÇÃ O PODE SER COMPROVADA PELAS PROVAS = documentais, periciais,
testemunhais, cartas, autorizaçõ es, declaraçã o do IR, anotaçõ es.
O registro pode ser quebrado nos casos de erro ou falsidade do registro. Nã o pode ser quebrado nos
casos de paternidade socioafetiva.
O filho havido fora do casamento nã o é beneficiado pela presunçã o legal de paternidade. Tem que ser
reconhecido.
Criança nasce – vai fazer o registro = declaraçã o de nascido vivo (DNV) = terá o nome da mã e. No
entanto, como ela nã o é casada, nã o poderá colocar o nome do pai, salvo se ele estiver presente e
consentir ou ela tiver sua procuraçã o para tanto.
Se nasceu em casa = 2 testemunhas que atestem a gravidez e o fato dela estar com o filho.
Este reconhecimento pode ser voluntá rio (também chamado de perfilhaçã o) ou forçado (coercitivo,
através da AÇÃ O DE INVESTIGAÇÃ O DE PATERNIDADE).
Gera efeitos pela manifestaçã o de vontade e o outro genitor nã o pode a ele se opor. Irrevogá vel – art.
1610 CC
Qualquer que seja a forma, será sempre irrevogá vel (art.1610). Se decorrer de vício de consentimento
(ex.: coaçã o) poderá ser objeto de açã o anulató ria.
Formas:
1. No termo de nascimento (mais comum): o pai comparece ao cartó rio para registrar.
2. Por escritura pú blica
3. Escrito particular. Serã o averbados.
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a. Escrito particular – deve ficar arquivado em cartó rio. (ex. carta que escreve dizendo
que é o pai). É recomendá vel a anuência da mã e, para evitar futura impugnaçã o, embora
a lei nã o exija sua oitiva.
4. Testamento
5. Declaraçã o dirigida ao juiz. Qualquer depoimento em juízo prestado pelo genitor,
incidentalmente, e tomado por termo, ainda que a finalidade do depoimento seja outra.
a. Ex: querendo reduzir o valor da pensão paga aos outros filhos, diz que é pai de fulano =
pode extrair as peças e expede ofício determinando a averbação da paternidade no
registro.
b. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho já concebido (art.1609,
pará grafo ú nico). Art.2° do CC. Nascituro: um ser em potencial. O reconhecimento neste
caso ocorre, em geral, quando é prová vel que o pai nã o sobreviva ao nascimento do
filho, nã o querendo sujeitá -lo à uma açã o de investigaçã o de paternidade (temor do pai
de morrer antes de nascer o filho).
Reconhecimento póstumo: o filho que haja falecido só poderá ser reconhecido se tiver deixado
descendentes.
Isto para evitar reconhecimentos post mortem por interesse (se o filho nã o deixou descendentes, seus
bens irã o para seu ascendente que o reconheceu).
Reconhecimento paternidade – Ação pessoal – foro competente domicílio do réu (art. 94CC) se
cumulada com alimentos – domicilio do autor da investigaçã o (100, II CPC) e se cumulada com
petiçã o de herança – foro onde corre o inventá rio ou domicílio de qualquer herdeiro caso já tenha
encerrado o inventá rio.
Alegaçã o da paternidade socioafetiva – somente declarará a existência do vínculo bioló gico e o vínculo
de paternidade permanece.
Efeitos da sentença que declara a paternidade (é o mesmo do reconhecimento voluntá rio) = ex tunc.
(retroagem à data do nascimento, art.1616, CC).
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Legitimidade ativa: é do filho (é privativa dele) em face do suposto pai. Se menor, será representado
pela mã e.
Se a mãe do investigante é menor = poderá ser representada ou assistida por um de seus genitores
(ela exerce o poder familiar).
Se o filho morrer ANTES de iniciá-la = seus sucessores NÃ O PODERÃ O intentá -la, salvo se ele
morrer menor e incapaz (art.1606, CC).
Se já tiver INICIADO = eles continuam (art.1606, p.u, CC).Doutrina mais moderna = legitimidade ao
nascituro, representado pela mã e.
No entanto, STJ reconheceu como vá lida a pretensã o dos netos (os filhos, substituindo o pai, para
investigar a filiaçã o deste, junto ao avô , dirigindo a lide contra os herdeiros).
A lei n°8560/92 permite que seja ajuizada pelo MP (na qualidade de parte) art.2º, §4° (legitimaçã o
extraordiná ria) – averiguaçã o oficiosa.
Se a mãe manteve relações sexuais com dois ou mais homens naquele período, poderá o filho
promover ação investigatória contra todos, requerendo a realização do exame de DNA.
Se o filho já reconhecido por terceiro move açã o contra o suposto pai bioló gico, instaura-se um
litisconsó rcio passivo (unitá rio e necessá rio), pois se procedente, acarretará o cancelamento do
registro de nascimento.
Sentença: é o reconhecimento coercitivo. Possui carga declarató ria = declara fato preexistente.
Filho = ingressa na família do genitor e passa a usar seu sobrenome. O registro de nascimento deve
ser alterado.
Prova mais utilizada hoje: exame de DNA (apesar da admissã o de todos os meios de prova quando nã o
se puder realizá -lo = documental, testemunhal).
Com o DNA é possível afirmar-se a paternidade com um grau praticamente absoluto de certeza.
Na falta de descendentes, podem ser estudados os ascendentes (pais e avó s) e irmã os.
Outra forma seria a exumaçã o do suposto pai e tentativa de encontrar DNA viá vel para estudo.
Procedimento este que deve ser visto como exceçã o.
Sim, prevalece o direito do filho de saber quem é o pai, podendo haver conduçã o do suposto
pai.
Nã o. Prevalece a intimidade do pai. Ele nã o pode ser conduzido. Pode se recusar. Até porque se
tem outros meios de provar. A recusa seria uma prova complementar, que deve ser analisada
no conjunto com outras provas.
Relativização da coisa julgada material – Enunciado 109 – açã o julgada improcedente e posterior
prova do DNA – dignidade do filho.
Semelhanças entre suposto pai e filho = também devem ser levadas em conta (mas por si só nã o
servem de prova da paternidade).
O filho passa a usar o sobrenome paterno, devendo ser alterado o registro de nascimento; Dever
alimentar
É irrevogável (art.1609, CC) = é diferente da anulaçã o do ato (por quem reconheceu ou seus
herdeiros) = com base num defeito como de todo ato jurídico.
CRG = Legitimidade para a anulatória = todos aqueles que tenham justo interesse em contestar a
açã o de investigaçã o = todas as pessoas afetadas (direta ou indiretamente) = filho reconhecido, mã e,
os filhos e pretensos irmã os, aquele que e diz verdadeiro pai, outros herdeiros. Ministério Pú blico
também.
PODER FAMILIAR: Poder familiar é o instituto de ordem pú blica que atribui aos pais a funçã o de
criar, prover a educaçã o de filhos menores nã o emancipados e administrar eventuais bens. É
concebido como instituto de proteçã o e assistência à criança e ao adolescente e nã o como fó rmula
autoritá ria de mando para benefício pessoal. Nã o se trata apenas de um poder conferido ao pai e à
mã e, mas sim, de um dever que deve ser exercido em igualdade de condiçõ es e no interesse dos filhos.
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Espécies: unilateral e compartilhada
Art. 1.634 CC – funçã o de ordem pú blica que nã o pode ser afastada ou negligenciada pelos pais
Os deveres-poderes dos pais nã o se esgotam apenas no elenco do art. 1.634, CC, abrangendo também
a conduçã o moral e espiritual capaz de promover o desenvolvimento das personalidades dos filhos;
usufruto e administraçã o dos bens (arts. 1.689 a 1.693, CC), etc. Por isso, pode-se afirmar, que é
instituto personalíssimo marcado pela temporariedade (art. 1.630, CC), pela irrenunciabilidade, pela
indivisibilidade da titularidade, pela imprescritibilidade, podendo ser exercido desde a gestaçã o (art.
8º., ECA), uma vez que a lei nã o fixa termo inicial.
O poder familiar é funçã o (‘munus’) irrenunciá vel, intransmissível e indelegá vel instituído em favor
dos filhos e, por isso, sujeito a fiscalizaçã o e controle do Estado.
Além da suspensã o ou destituiçã o do poder familiar, o pai ou mã e poderá ser condenado a pagar
indenizaçã o por danos morais aos filhos em razã o de maus tratos – abuso de direito. Art. 1.589 CC
Perda e extinção do poder familiar – A perda ou destituiçã o do poder familiar decorre de graves
sançõ es impostas aos pais pela quebra no correto seu exercício – estabelece taxativamente o art. Art.
1.638 CC – divergente para Tartuce o rol é exemplificativo.
A extinçã o do poder familiar nã o se confunde com a sua destituiçã o. A primeira marca o término do
exercício do direito potestativo sobre o filho, enquanto a segunda significa o impedimento definitivo
de seu exercício por decisã o judicial
GUARDA – art. 1583 e 1590 CC – “Atribuição dada a um ou ambos os genitores para gerir a vida de
seus filhos menores, destinando-se à prestação de assistência material, moral e educacional ao menor”
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DA GUARDA – direito ou do dever, que compete aos pais ou a um dos cô njuges, de ter em sua
companhia ou de protegê-los, nas diversas circunstâ ncias indicadas na lei civil. E ‘guarda’ neste
sentido, tanto significa custó dia como a proteçã o que é devida aos filhos pelos pais – Art. 1.583 CC
Guarda Compartilhada ou conjunta: foi instituída pela Lei n. 11.698/08, mas já era aceita e
praticada pelos Tribunais brasileiros há significativo tempo. É modalidade que estabelece o exercício
conjunto e igualitá rio do poder parental, embora o menor ou incapaz permaneça residindo com
apenas um dos pais. Exige, portanto, relacionamento harmonioso entre os genitores. Gustavo
Tepedino (2009, p. 18) afirma ser vantajosa esse tipo de guarda porque evita “a desresponsabilzaçã o
do genitor que nã o permanece com a guarda, além de assegurar a continuidade da relaçã o de cuidado
por parte de ambos os pais”, prevenindo ou impedido a prá tica da alienaçã o parental (Lei n.
12.318/10).
Qualquer das formas de guarda pode ser requerida por consenso ou por qualquer dos genitores em
açã o de separaçã o ou divó rcio ou de forma autô noma (inclusive por meio de cautelar). Nã o havendo
consenso, deve ser determinada pelo juiz em atençã o aos interesses e necessidades dos filhos,
devendo, se possível, optar pela guarda compartilhada – art. 1.584, CC.
a. As novas nú pcias do genitor nã o lhe fazem perder o direito de ter consigo os filhos (art. 1.588,
CC);
b. Que o direito de (ou a) visita é conferido ao genitor que nã o possui a guarda, mas, para além de
um direito do pai, é um direito dos filhos em manter a convivência afetiva com o seu genitor
(art. 1.589, CC);
c. O fator determinante na fixaçã o de qualquer das modalidades de guarda deve ser o melhor
interesse do menor ou incapaz, nã o sendo decisivos fatores econô micos ou eventual culpa
apurada em processo de separaçã o.
Lei n. 12.318/10: considera-se ato de alienação parental a interferência na formaçã o psicoló gica da
criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avó s ou pelos que
tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilâ ncia, se concretiza por meio de
um processo que visa modificar a consciência dos filhos com o objetivo de reduzir – ou mesmo
eliminar – os vínculos afetivos com o outro genitor – caso de inversã o de guarda, responsabilidade
civil e em casos graves a destituiçã o do poder familiar (melhor interesse do menor) – art. 2º, 4º, 5º e
6º da lei alienaçã o parental. Tramitaçã o prioritá ria. Açã o autô noma ou principal. DANO AFETIVO
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Adoção – Lei 12010/2009 – Nova Lei da adoção – revogou vá rios dispositivos do CC/02 (1620 a
1629) – vínculo fictício de filiaçã o, trazendo para sua família na condiçã o de filho pessoa que
geralmente é estranha.
Foro competente: Vara da infâ ncia e Juventude – menores; Vara de Família – maiores.
Adoção – medida excepcional e irrevogá vel. Somente maiores de 18 anos podem adotar,
independente do estado civil.
Espécies ou natureza:
o Naturais ou necessá rios –arts. 1.694, §2º. e 1.704, pará grafo ú nico, CC restringem-se
as verbas necessá rias para manutençã o da vida: educaçã o, saú de, lazer, vestuá rio,
medicamentos.
Civis ou côngruos – destinados a manter a condiçã o social ou padrã o de vida anterior
proporcionado pelo alimentante. abrangem as necessidades intelectuais e morais da pessoa,
OBS: PRISÃ O CIVIL POR DÍVIDA DE ALIMENTOS VER SÚ MULA 309 STJ. O débito alimentar que
autoriza a prisã o civil do alimentante é o que compreende as três prestaçõ es anteriores ao
ajuizamento da execuçã o e as que se vencerem no curso do processo.
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Legítimos ou legais: sã o os devidos em virtude de uma obrigaçã o legal que pode decorrer do
parentesco, do casamento ou da uniã o está vel (art. 1.694, CC).
ALIMENTOS GRAVÍDICOS – Lei nº 11.804 de 05/11/08 – Esta lei é composta de 12 artigos, sendo 6
vedados e instituiu o direito de alimentos da mulher gestante, incluindo despesas de parto,
alimentaçã o , assistência médica, exames e tudo o mais que o juiz entender pertinente e necessá rio
par ao bom andamento da gestaçã o.
No sentido amplo do termo, ‘alimentos’ compreende além dos alimentos ‘in natura’, o vestuá rio, a
educaçã o, a habitaçã o, o lazer, a saú de, etc., ou seja, engloba tudo aquilo tido como necessá rio à vida.
Têm por finalidade fornecer a um parente, cô njuge ou companheiro o necessá rio à sua subsistência.
Alimentos – Arts. 1.694 a 1.710, CC – que tem por principal ponto de partida a necessidade do
alimentando informada pelo princípio da solidariedade familiar.
Entre pais e filhos nã o existe propriamente uma obrigaçã o alimentar, mas sim, um dever de sustento e
mú tua assistência (art. 229, CF); diferente da obrigaçã o alimentar que decorre das relaçõ es de
parentesco.
1. O dever de sustento tem sua causa no poder familiar, pelo qual os pais têm o dever de
sustentar, criar e educar os filhos enquanto menores e na obrigaçã o alimentar os pais nã o sã o
mais obrigados a sustentar os filhos, a obrigaçã o decorre do parentesco;
2. O dever de sustento é unilateral, apenas os pais devem aos filhos enquanto perdurar a
menoridade ou a incapacidade; enquanto a obrigaçã o alimentar é recíproca;
3. A obrigaçã o alimentar é proporcional à s necessidades do alimentando e aos recursos do
alimentante. O dever de sustento é incondicional.
4. O dever de sustento se extingue com a maioridade enquanto que a obrigaçã o alimentar
perdura enquanto durar a sua necessidade.
5. A obrigaçã o alimentar constitui-se por uma obrigaçã o de dar; enquanto o dever de sustento
em uma obrigaçã o de fazer.
Personalíssimo;
Incessível (art. 1.707, CC – quanto aos alimentos vincendos); impenhorá vel (art. 1.707, CC);
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Incompensável (art. 1.707, CC);
Mutável (variabilidade das prestações – art. 1.699, CC e art. 15, Lei de Alimentos).
A obrigaçã o alimentar é divisível (nã o há , em regra, solidariedade – a exceçã o fica por conta do art. 12
do Estatuto do Idoso), devendo-se observar a ordem de preferência para o seu pagamento prevista no
art. 1.697, CC (rol taxativo) e a possibilidade de complementaridade estabelecida pelo art. 1.698, CC
(novidade do CC/02). Por fim, destaque-se que os alimentos podem ser pagos em moeda ou em
espécie, cabendo a faculdade de escolha ao devedor (art. 1.701, CC).
São pressupostos da obrigação alimentar: vínculo jurídico familiar (art. 1.694, CC); necessidade
do alimentando (independente da causa que lhe deu origem; art. 1.695, CC); possibilidade de
fornecer os alimentos (art. 1.695, CC); proporcionalidade da prestaçã o (art. 1.694, §1º., CC).
O quantum é mutá vel (art. 1.699, CC) e passível de correçã o monetá ria (art. 1.710, CC).
No entanto, a obrigaçã o alimentar pode ser afastada quando se tratar de separaçã o culposa. Nestes
casos, determina o art. 1.704, CC, que o cô njuge declarado culpado, em regra, perde o direito a
alimentos, exceto aqueles necessá rios à pró pria subsistência, quando nã o houver parentes em
condiçõ es de prestá -lo, nem possuir aptidã o para o trabalho.
A declaraçã o de nulidade ou anulaçã o do casamento faz extinguir a obrigaçã o alimentar, uma vez que
reconhecido que nã o houve formaçã o de vínculo vá lido, nã o há que se falar em alimentos decorrentes
de vínculo. O dever de mú tua assistência imposto pelo casamento cessa com o trâ nsito em julgado da
açã o, mas os alimentos pagos no curso da açã o nã o sã o repetíveis. No entanto, reconhecida a
putatividade do casamento para um ou ambos os cô njuges, os alimentos poderã o ser fixados para
aquele considerado de boa-fé.
Art. 1.696, CC – Os alimentos sã o devidos entre os parentes em linha reta (sem limitaçã o) e entre os
colaterais até segundo grau. De qualquer forma, os mais pró ximos preferem os mais distantes no
momento de determinaçã o do dever.
1. Os alimentos devidos pelos pais (independente da origem do vínculo) aos filhos menores nã o
se extinguem automaticamente com o mero advento da maioridade.
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2. A miserabilidade dos pais nã o é causa de exclusã o do dever de sustento dos filhos menores ou
incapazes.
3. A destituiçã o ou suspensã o do poder familiar nã o extingue o dever de sustento.
4. A emancipaçã o voluntá ria também nã o extingue o dever de sustento.
5. Os filhos maiores podem ser credores de alimentos quando: incapazes; quando ainda em
formaçã o escolar; quando encontram-se em situaçã o de indigência nã o proposital; quando
necessita de medicamentos, nã o descartadas outras hipó teses aferíveis no caso concreto.
6. Em virtude da reciprocidade, ascendentes idosos ou incapazes também têm direito de pleitear
alimentos de seus descendentes (art. 12, Estatuto do Idoso).
7. O nascituro pode ser beneficiado por alimentos pleiteados por sua mã e no curso da gestaçã o.
Tratam-se dos alimentos gravídicos estabelecidos pela Lei n. 11.804/08.
8. Nã o havendo parentes em linha reta de primeiro grau aptos a prestar alimentos, admite-se a
cobrança nos graus subsequentes, sendo a mais comum conhecida como obrigaçã o alimentar
avoenga, cujo dever é subsidiá rio ou complementar.
9. Havendo guarda, os alimentos podem ser prestados pelos pais, pelo guardiã o ou por ambos.
10. O tutelado pode pleitear alimentos do tutor ou de parentes pró ximos, podendo cobrá -los de
seus pais, mesmo que tenham perdido o poder familiar, nã o sendo esta ú ltima a melhor
alternativa (art. 1.740, CC).
11. Os alimentos entre irmã os (unilaterais ou bilaterais) sã o admitidos, desde que
subsidiariamente.
12. Parentes por afinidade, por falta de expressa previsã o legal, nã o tem direito a alimentos.
13.Quanto à causa jurídica:
1. Legítimos ou legais: sã o os devidos em virtude de uma obrigaçã o legal que pode decorrer
do parentesco, do casamento ou da uniã o está vel (art. 1.694, CC).
3. Indenizató rios (ou ressarcitó rios): decorrem da obrigaçã o imposta ao causador do dano em
reparar o prejuízo causado por meio do pagamento de indenizaçã o arts. 948, II e 950, CC.
3- Quanto à finalidade:
3. Provisionais: sã o fixados em medida cautelar preparató ria ou incidental (art. 852, I a III,
CPC)
Dos efeitos patrimoniais do casamento decorre o dever de assistência mú tua. Findo o casamento ou a
uniã o está vel, esse dever converte-se em obrigaçã o alimentar recíproca.
Art. 1.704.
1. Os alimentos devidos pelos pais aos filhos menores nã o se extinguem automaticamente com o
mero advento da maioridade.
2. A miserabilidade dos pais nã o é causa de exclusã o do dever de sustento dos filhos menores ou
incapazes.
3. A destituiçã o ou suspensã o do poder familiar nã o extingue o dever de sustento.
4. A emancipaçã o voluntá ria também nã o extingue o dever de sustento.
5. Os filhos maiores podem ser credores de alimentos quando:
a. Incapazes; quando ainda em formaçã o escolar;
b. Quando encontram-se em situaçã o de indigência nã o proposital;
c. Quando necessita de medicamentos e outras hipó teses aferíeis no caso concreto.
6. Em virtude da reciprocidade, ascendentes idosos ou incapazes também têm direito de pleitear
alimentos de seus descendentes (art. 12, Estatuto do Idoso).
7. O nascituro pode ser beneficiado por alimentos pleiteados por sua mã e no curso da gestaçã o.
Tratam-se dos alimentos gravídicos estabelecidos pela Lei n. 11.804/08.
8. Nã o havendo parentes em linha reta de primeiro grau aptos a prestar alimentos, admite-se a
cobrança nos graus subsequentes, sendo a mais comum conhecida como obrigaçã o alimentar
avoenga, cujo dever é subsidiá rio ou complementar.
9. Havendo guarda, os alimentos podem ser prestados pelos pais, pelo guardiã o ou por ambos.
10. O tutelado pode pleitear alimentos do tutor ou de parentes pró ximos, podendo cobrá -los de
seus pais, mesmo que tenham perdido o poder familiar, nã o sendo esta ú ltima a melhor
alternativa (art. 1.740, CC).
11. Os alimentos entre irmã os (unilaterais ou bilaterais) sã o admitidos, desde que
subsidiariamente.
12. Parentes por afinidade, por falta de expressa previsã o legal, nã o tem direito a alimentos.
13. Os alimentos prescrevem em dois anos a partir da data em que se vencerem – art. 206, § 2º CC.
Súmula 309, STJ: “O débito alimentar que autoriza a prisã o civil do alimentante é o que compreende
as três prestaçõ es anteriores ao ajuizamento da execuçã o e as que se vencerem no curso do processo”
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Súmula 358, STJ – “O cancelamento da pensã o alimentícia de filho que atingiu a maioridade está
sujeito à decisã o judicial, mediante contraditó rio, ainda que nos pró prios autos”
ESPÉCIES:
OBS: recente SÚ MULA DO STJ, Nº 364, estendeu a proteçã o do bem de família as pessoa solteiras,
separadas e viú vas.
Art. 5º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento”.
BEM DE FAMÍLIA LEGAL – É regulado pela Lei n. 8.009/90 que determina a impenhorabilidade do
bem imó vel, urbano ou pequena propriedade rural destinado à moradia da família. Para os efeitos da
impenhorabilidade considera-se residência um ú nico imó vel utilizado pelo casal ou entidade familiar
para moradia permanente. Como decorre de lei, nã o depende de registro para sua constituiçã o, uma
vez que o instituidor é o pró prio Estado.
STJ Súmula nº 364 – ”O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imó vel
pertencente a pessoas solteiras, separadas e viú vas.”
ART. 1º, 2º E 3º: Como decorre de lei, nã o depende de registro para sua constituiçã o, uma vez que o
instituidor é o pró prio Estado.
A impenhorabilidade compreende o imó vel sobre o qual se assenta a construçã o, plantaçõ es,
benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos ou mó veis (desde que quitados) que
guarneçam a casa (art. 1º., pará grafo ú nico). Excluem-se da impenhorabilidade: os veículos de
transporte, as obras de arte e os adornos suntuosos (art. 2º.) e no caso de imó vel locado, a
impenhorabilidade abrange os bens mó veis quitados de propriedade do locatá rio.
A Sú mula 205, STJ, afirma que a Lei n. 8.009/90 aplica-se também à s penhoras realizadas antes de sua
vigência em virtude, justamente, da destinaçã o especial dada ao bem: moradia da família.
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A impenhorabilidade também nã o abrange as situaçõ es em que o devedor sabendo-se insolvente
adquire de má -fé imó vel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou nã o da
moradia antiga (art. 4º.). Nestes casos, o juiz pode transferir a impenhorabilidade para o imó vel
anterior ou anular a venda, liberando a mais valiosa para a execuçã o.
BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL – indisponibilidade de parcela do patrimô nio familiar com vistas
a isentá -lo de execuçã o por dívidas”. Desta forma, só pode constituir bem de família o bem destinado à
residência da família (nã o é pré-requisito, no entanto, que a família já habite o imó vel – Art. 1.711 CC
o O bem de família ainda pode ser constituído por terceiros (‘donationis causa’, art. 1.711,
parágrafo único, CC), mas nesse caso será necessá ria a aceitaçã o expressa de ambos os
cô njuges ou da entidade familiar beneficiada. Independente da forma de instituiçã o, para
que gere efeitos é necessá rio realizar registro do título no Registro de Imó veis (art. 1.714,
CC).
A proteçã o do bem de família dura enquanto viver um dos cô njuges, ou, na falta destes, até a
maioridade dos filhos (art. 1.716, CC), bem como, nã o se extingue com a dissoluçã o da sociedade
conjugal (art. 1.721, CC).
Em regra, a administraçã o do bem de família será feita por ambos os cô njuges ou companheiros, salvo
disposiçã o em contrá rio (art. 1.720, CC). Com o falecimento de ambos os pais, a administraçã o deverá
passar ao filho mais velho e, se este for incapaz, ao seu tutor ou curador. O cô njuge sobrevivo poderá
pedir a extinçã o do bem de família se for o ú nico bem do casal (art. 1.721, pará grafo ú nico, CC), no
entanto, ressalte-se que poderá o juiz negar o pedido se verificado possível prejuízo a filhos menores
ou incapazes.
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