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● 12 de julho de 2021
● Direito de Família
Índice do Artigo
O casamento é ato solene e formal pelo qual os noivos decidem de forma voluntária
declarar para a sociedade e o Estado que desejam constituir uma família.
Por compreender a importância do tema, o escritório MA Grigorio fez este artigo para
explicar os regimes de casamento que o ordenamento jurídico brasileiro adota, assim,
você pode compreender todos os detalhes que estes possuem e minimizar eventuais
problemas no futuro.
Os bens particulares são aqueles que foram adquiridos antes do casamento, sejam
eles imóveis ou móveis. Ressalte-se que no conceito de bens também entram os ativos
financeiros, como, por exemplo, aplicações.
Agora que já compreendeu a diferença entre bem particular e comum, iremos analisar
os aspectos de cada tipo de regime de comunhão.
Então qualquer bem será partilhado? Herança, doação, ativos financeiros, FGTS…? O
Código Civil traz um rol dos bens que adentram na partilha e outros que serão
excluídos. Vejamos:
Importante destacar que no caso dos bens adquiridos por doação ou herança para que
estes possam ser partilhados devem ter sido destinados para os dois cônjuges. Assim,
se apenas a mulher recebeu uma doação e não incorporou ao patrimônio do casal, não
deve tal bem ser partilhado.
Explicando melhor: Se Maria recebe um valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), à título
de herança, e deposita o dinheiro em uma conta particular, quando for se divorciar,
esse valor não entra na partilha.
Mas se Maria pegou o dinheiro e utilizou para pagar o financiamento da casa, caso ela
se divorcie, não poderá reclamar que, além da metade do patrimônio, teria que receber
os R$ 10.000,00 (dez mil reais), pois a pecúnia passou a incorporar os bens do casal.
Ressalte-se que há atos legais para proteger os bens recebidos em herança ou doação
(dinheiro, ativos, imóveis e etc.), de forma que, ocorrendo o divórcio, não haja nenhuma
discussão se tal patrimônio passou a compor o bem comum do casal. Por isso, uma
orientação jurídica especializada é fundamental.
Necessário frisar no tocante aos frutos que tanto faz se vem de um bem particular ou
não. Dessa forma, os rendimentos de uma aplicação durante a constância do
casamento compõem o patrimônio do casal.
Por fim, necessário se faz esclarecer que a administração dos bens durante a união a
responsabilidade é do casal, contudo, após o divórcio, os bens particulares e a
gerência destes fica sob a responsabilidade de cada ex-cônjuge.
No regime de separação total de bens, o casal escolhe que, tanto os bens particulares,
quanto os adquiridos na constância do casamento, não serão partilhados, ou seja,
somente haverá bens particulares.
Quanto às dívidas, destaca que cada um é responsável pelo débito que contrair, sendo
apenas as despesas para a manutenção da família (economia doméstica) partilhadas,
se não constar de forma diversa no pacto antenupcial, conforme determina o artigo
1688 do Código Civil de 2002.
Nesse caso, a imposição do regime é determinada pela lei, que determina que, se um
dos noivos tiver idade igual ou superior de 70 (setenta) anos, será obrigatório o regime
da separação de bens no casamento. Assim como pessoas que o contraírem com
inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento e todos os que
dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Vale destacar que ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do
casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação
em contrário no pacto antenupcial.
Nesse regime, os bens adquiridos pelos nubentes na constância da união deverão ser
partilhados, caso ocorra um divórcio. Os bens particulares não se comunicam, ou seja,
não se partilham.
No regime de participação final dos aquestos, o cônjuge que tiver bens em seu nome
pode administrá-lo livremente, sendo apenas o patrimônio que tiver à época do divórcio
serem partilhados.
É sim possível alterar o regime de bens. Entretanto, será feita por meio de ação
específica de alteração de regime de bens, em que se demonstrará o motivo das
razões invocadas e serão ressalvados os direitos de terceiros, conforme determina o
parágrafo 2º do artigo 1639 do Código Civil.
Conclusão
Observe-se que, ante todo o exposto, é de suma importância buscar orientação jurídica
especializada para entender o melhor regime de bens que será adequa a realidade do
casal, prezando, especialmente pela liberdade de administrar seu patrimônio.
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