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Impedimentos matrimoniais:
São obstáculos estabelecidos pela lei para a realização do matrimônio, dos quais se
forem inobservados geram uma sanção de maior ou menor eficácia imposta pela lei. A
incapacidade diverge do impedimento, na incapacidade o incapaz não pode casar-se
com ninguém, no impedimento, contudo, o nubente não pode casar-se com
determinadas pessoas, mas poderá casar-se com outras se a lei não o proibir.
Causas suspensivas (art. 1523 do CC): casamento irregular, a lei impõe como
sanção a observância do regime de separação obrigatória de bens (efeito ex
nunc) suspendem temporariamente a possibilidade de ser realizado o casamento
até que a circunstância prevista em lei deixe de existir, visam preservar o
interesse de terceiros. Impedir a confusão de patrimônio e a confusão de sangue.
Podem deixar de ser aplicadas se inexistir prejuízo.
1. Não devem casar viúvo ou viúva que tiver filho com o cônjuge falecido
enquanto não fizer o inventário dos bens do casal e não realizar a partilha dos
bens aos herdeiros (cessa a suspensão com sentença de homologação da partilha
transitada em julgado).
2. A viúva ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou anulável até 10
meses do começo da viuvez ou da dissolução da sociedade conjugal (por conta
da gravidez) confusão de sangue, não haja dúvida sobre a paternidade (exceção:
aborto; gravidez evidente logo após a viuvez; comprovar que não está gravida;
se der à luz antes do prazo; casa de impotência coeundi instrumental).
3. O divorciado enquanto não houver sido homologada ou rescindida a partilha dos
bens do casal (evitar a confusão patrimonial e preservar os interesses do
primeiro cônjuge) não é necessário se o regime já fosse o de separação de bens,
já que neste caso não se comunicam e não se confundem.
4. o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou
sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou
curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas (evitar que haja a
influência na manifestação de vontade do tutelado/curatelado; evitar que seja
encoberta má administração dos bens do curatelado/tutelado).
Celebração do Casamento
Casamento é um ato solene, realizado por escritura pública. Munidos da certidão de
habilitação os nubentes fazem a requisição de uma data para celebração do casamento
(civil: juiz de paz) (religioso: autoridade religiosa), cartório de registro civil, ou fora em
local particular (salão de festa, clube recreativo, salão religioso) desde que de portas
abertas para dar publicidade ao ato, admite-se a vídeo conferência desde que requisitado
(decorrência da covid-19). Na presença da autoridade, os nubentes devem manifestar
suas vontades, após o juiz de paz os declaram casados (consumação). Qualquer vicio ou
erro na manifestação, o casamento não mais poderá se concretizar naquele dia, já foi
declarado nulo.
Casamento putativo
É aquele que embora anulável se contrário, por estarem de boa-fé um ou ambos os
nubentes, produz efeitos válidos até o trânsito em julgado da sentença que o invalidar (a
pessoa se casa e imagina que estar tudo certo, mas depois de se casarem descobre que o
casamento não é valido, pois se casou com alguém que não poderia ter se casado). É um
casamento invalido, mas que produz efeitos validos por conta da boa-fé dos nubentes.
Decorre de um erro (falsa percepção da realidade), o erro pode ser de fato ou de direito.
Produz todos os efeitos de um casamento válido.
Se o casamento putativo ele produz todos os efeitos válidos até sua invalidação por
sentença. As convenções antenupciais são válidas, deve haver a partilha de bens,
conforme regime de bens, direito aos alimentos, e se um dos cônjuges falecer antes da
sentença que invalidar o casamento, o outro terá direito a herança. Se somente um dos
nubentes agir de boa-fé este tira todas as vantagens do casamento, pois os efeitos
validos do casamento só os pertenciam. O cônjuge que agiu de má fé não obtém os
efeitos validos do casamento, e ainda é obrigado a cumprir todas as obrigações advindas
do casamento Os efeitos produzidos até a sentença continuam válidos.