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DA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois
de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658.
Assim, as pretensões acerca da partilha dos bens, guarda dos filhos, visita e alimentos são
construídas sob a perspectiva do(a) autor(a);
Assim, as pretensões acerca da partilha de bens, guarda dos filhos, visita e alimentos são
construídas em conjunto para serem homologadas (negócio jurídico);
2. PREÂMBULO
Marido e esposa
3. FATOS
Casamento;
Desejo de pôr fim à sociedade conjugal (mencionar anterior separação judicial, se houver)
Existência de filho/filha;
Existência de bens;
4. FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Lei 6515/77
Dentro da petição é preciso criar um tópico em que constará a regulamentação sobre a partilha
dos bens (plano de partilha), a guarda dos filhos(se unilateral ou compartilhada, inclusive com a
residência/guarda física), o exercício do direito de visita, a pensão alimentícia para os filhos e
também entre os cônjuges (se for o caso);
Caso haja intercorrências acerca da partilha, ela poderá ser realizada posteriormente, em
autos próprios (CPC, art. 647 ss.).
Se a maioria do patrimônio fica com um cônjuge, a lei entende que seria uma doação e
teria que recolher o ITCMD. Por isso o ideal é dividir o patrimônio pela metade.
5. DO PEDIDO
Pode também pedir expedição de ofício para averbação no cartório de registro civil.
b) A intervenção do MP;
DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL
- EMENDA CONSTITUCIONAL 66
- LEI 11.441/2007
- RESOLUÇÃO 35 DO CNJ
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública,
fazendo prova plena.
§ 1º O salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter:
III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e demais
comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens do casamento, nome do
outro cônjuge e filiação;
VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou de que todos
a leram;
VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou seu
substituto legal, encerrando o ato.
§ 2º O se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz assinará
por ele, a seu rogo.
§ 4º O se qualquer dos comparecentes não souber a língua nacional e o tabelião não entender o
idioma em que se expressa, deverá comparecer tradutor público para servir de intérprete, ou, não
o havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e
conhecimento bastantes.
§ 5º O se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião, nem puder identificar-se por
documento, deverão participar do ato pelo menos duas testemunhas que o conheçam e atestem
sua identidade.
• ONDE REALIZAR?
Art. 1º. Para a lavratura dos atos notariais relacionados a inventário, partilha, separação
consensual, divórcio consensual e extinção consensual de união estável por via administrativa, é
livre a escolha do tabelião de notas, não se aplicando as regras de competência do código de
processo civil. (Redação dada pela resolução nº 326, de 26.6.2020).
Atenção: apesar de ser de livre escolha, o tabelião não pode praticar atos fora de sua
circunscrição. Por isso, os interessados deverão se locomover até a serventia.
A) Certidão de casamento;
C. Assistência de advogado;
D. Ausência de filhos menores /nascituro;
O casamento emancipa os menores. Então se dois adolescentes com 16 anos se casaram
e aos 17 querem realizar o divórcio extrajudicial, é possível? SIM!!
ATENÇÃO:
As partes devem declarar que não têm filhos comuns ou, havendo, que são absolutamente
capazes, indicando nomes e datas de nascimento. (Art. 34 da res. 35 do CNJ)
As partes devem declarar que o cônjuge não se encontra em estado gravídico ou que não tem
conhecimento sobre tal condição.
Atualmente, por expressa disposição das normas da corregedoria geral de justiça do estado de
São Paulo, é possível realizar divórcio extrajudicial com menores, desde que seja comprovada a
prévia resolução judicial de todas as questões referentes aos filhos menores (guarda, visitas e
alimentos).
Art. 2° da res. 35 do CNJ: é facultada aos interessados a opção pela via judicial ou extrajudicial;
podendo ser solicitada, a qualquer momento, a suspensão, pelo prazo de 30 dias, ou a
desistência da via judicial, para promoção da via extrajudicial.
Sim! Desde que se trate de procurador constituído por instrumento público (realizada em
tabelionato de notas), com prazo de validade de 30 dias, com descrição das cláusulas essenciais.
Não! É possível que o divórcio seja assinado separadamente. As partes têm até 30 dias para
comparecerem ao cartório para assinatura da escritura pública.
Sim! No estado de São Paulo, as normas da corregedoria determinam que basta simples
declaração das partes para a obtenção da gratuidade. Contudo, se o tabelião suspeitar da
verossimilhança da declaração, comunicará o fato ao juiz corregedor permanente para as
providências cabíveis.
OUTRAS QUESTÕES:
É possível que a partilha dos bens seja feita posteriormente. E ainda é possível regulamentar
guarda, visita, alimentos judicialmente e partilha extrajudicialmente.
Legislação conexa:
CF, Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores
têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos
de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para
atender às necessidades de sua educação.
Preâmbulo:
Leg. ativa (alimentando): filho(a); pai; mãe; avós; marido; esposa; irmão; gestante;
Leg. passiva (alimentante): filho(a); pai; mãe; avós; marido; esposa; irmão; suposto pai;
Obrigação alimentar avoenga: Enunciado 596 STJ – A obrigação alimentar dos avós tem
natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total
ou parcial de seu cumprimento pelos pais.
CC, Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a
todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
CC, Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem
de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Dos Fatos
- Narrativa sobre a situação jurídica que gera o direito aos alimentos (dever de
sustento/parentesco/gravidez);
- Afirmação de que a de relação jurídica existente entre as partes gera o direito aos alimentos,
segundo as normas pertinentes;
CC, Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes,
nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode
fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Do pedido
A. Alimentos provisórios (art. 4º, Lei 5478/68)
B. Citação (art. 5º, ver § 2º, Lei 5478/68 e art. 695, CPC) para audiência – o juiz fixará prazo
p/ apresentar resposta.
C. A Procedência do pedido (condenação/especificar valor, data e forma de pagamento)
D. Intervenção do MP
E. Assistência gratuita (art. 1º. §§ 2º e 3º, Lei 5478/68)
F. Demais particularidades (p.ex. prioridade na tramitação do feito)
Lei de Alimentos:
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo
devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Parágrafo único. Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge, casado pelo regime
da comunhão universal de bens, o juiz determinará igualmente que seja entregue ao credor,
mensalmente, parte da renda líquida dos bens comuns, administrados pelo devedor.
Art. 5º O escrivão, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá ao devedor a segunda via da
petição ou do termo, juntamente com a cópia do despacho do juiz, e a comunicação do dia e hora
da realização da audiência de conciliação e julgamento.
§ 1º. Na designação da audiência, o juiz fixará o prazo razoável que possibilite ao réu a
contestação da ação proposta e a eventualidade de citação por edital.
§ 2º. A comunicação, que será feita mediante registro postal isento de taxas e com aviso de
recebimento, importa em citação, para todos os efeitos legais.
Valor da causa