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Professor Davi Barbosa Delmont

Escritura pública de união estável para


efeito de beneficios previdenciários

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prof. Davi Barbosa Delmont

(73)99969-9580
Escritura pública de união estável para efeito de beneficios previdenciários

Código Civil
TÍTULO III
DA UNIÃO ESTÁVEL
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§ 1 o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a
pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
§ 2 o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.

Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento
e educação dos filhos.

Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da
comunhão parcial de bens.

Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil.

Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato.
Escritura pública de união estável para efeito de beneficios previdenciários

União Estável: É a relação de convivência entre duas pessoas (de sexos diferentes ou do mesmo sexo), configurada
na convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituir família.
O casal pode formalizar a existência da união através da escritura pública declaratória de união estável e esta pode ser
posteriormente convertida em casamento.
Requisitos: Os requisitos para lavratura da escritura de união estável são:
convivência contínua, pública e duradoura entre duas pessoas com o objetivo de constituir família;
estado civil de solteiro, viúvo, divorciado, separado judicialmente ou separado de fato.
Documentos: O casal interessado em formalizar a união estável através de escritura pública deve comparecer ao
Cartório de Notas portando:
RG e CPF (originais), certidão de casamento (se casado, separado, divorciado ou viúvo) ou nascimento (se
solteiro) (atualizada até 90 dias), informação sobre profissão e endereço;
informação sobre a data de início da relação (*a lei não exige prazo mínimo de convivência para se caracterizar a
união estável);
definição sobre o regime de bens aplicável à relação (*regime da comunhão parcial de bens, comunhão universal
de bens, separação de bens, participação final nos aquestos ou regime misto).
Não é necessária a presença de testemunhas na escritura.
Efeitos: Aplicam-se à união estável os deveres de lealdade, respeito, assistência, e de guarda, sustento e educação
dos filhos.
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A escritura pode ser utilizada para garantir direitos dos companheiros junto ao INSS, convênios médicos,
odontológicos, clubes, etc.
Registro: É facultativo o registro no Cartório de Registro Civil do 1º Subdistrito da sede da Comarca do domicílio das
partes. Caso as partes desejem registrar a união estável na matrícula dos imóveis, é obrigatório o prévio registro no
Cartório de Registro Civil.
Distrato: As partes podem comprovar o término da união estável através de escritura de dissolução de união estável, a
qual, de acordo com o Novo Código de Processo Civil, deverá contar com a participação de um advogado.
União Homoafetiva: É a união entre duas pessoas do mesmo sexo, configurada na convivência pública, contínua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família.
A escritura de união homoafetiva é o documento público que possibilita a regulamentação das relações civis e
patrimoniais dos conviventes do mesmo sexo entre si e em relação aos respectivos familiares.
Preço: O valor da escritura de união estável (hetero ou homoafetiva) é tabelado por lei em todos os cartórios d de cada
Estado: Média R$ 558,03 (valor em 2023).
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A quem interessa:
O consulado pode emitir essa escritura pública para nacionais brasileiros ou para casal composto por cidadão brasileiro e estrangeiro
portador de RNE válido.
A escritura pública declaratória de união estável é instrumento útil para comprovar convivência contínua, pública e duradoura, com fins de
constituição familiar (Código Civil Brasileiro, art. 1.723 a 1727).
A escritura de união estável possibilita ao casal benefícios como a inclusão em planos de saúde e seguros de vida e facilita a
comprovação da união em caso de separação ou morte de um dos indivíduos, pensão e divisão de bens, entre outros direitos.
A união estável, diferentemente do casamento, não altera o estado civil dos requerentes.
Os interessados deverão assinar, juntamente com duas testemunhas, no momento da solicitação da escritura pública, declaração de
estado civil, a fim de comprovar que não estão impedidos de constituir a união estável.
A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521, do Código Civil Brasileiro.
Assim como no divórcio, o fim da união estável deve ser registrado por meio de escritura pública de dissolução de união estável, devendo
o casal ser assistido por advogado. O Consulado não lavra escrituras de dissolução. Para isso, os interessados deverão constituir
procurador e advogado no Brasil.
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O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) acaba de divulgar que mais de 1,8 milhão de pessoas em todo o Brasil aguardam em
fila de espera para a concessão de benefícios. Segundo o órgão, 25% dos casos estão travados por falta de documentação adequada,
entre elas as que comprovem o direito do companheiro(a) e dos dependentes à pensão, problema que poderia ser sanado por meio da
escritura pública de união estável.
O ato, realizado diretamente em Cartórios de Notas, ou por meio da plataforma eletrônica www.e-notariado.org.br, possui diversas
finalidades, como a de comprovar a existência da relação e fixar a sua data de início, estabelecer o regime de bens aplicável ao
relacionamento, regular questões patrimoniais e garantir direitos perante órgãos para fins de concessão de benefícios, teve queda de
13,3% no Amazonas, na comparação entre os oito primeiros meses de 2021 com o mesmo período do ano passado.
Declaração realizada perante um tabelião de notas por duas pessoas que vivem juntas como se fossem casadas, independentemente do
sexo, a escritura de união estável contabilizou, até agosto deste ano, um total de 1.441 atos praticados, frente a um total de 1.662
declarações no mesmo período de 2020, segundo os dados levantados pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF).
Segundo a presidente do CNB – Seção Amazonas, Juliana Fioretti, a escritura de união estável atesta a relação entre duas pessoas, sob
a perspectiva de família, sendo um instrumento prático e eficaz na comprovação de uma relação pública e duradoura. “Caso não haja
casamento nem escritura de união estável, a comprovação da relação e dos direitos de eventuais dependentes fica subordinada a uma
série de provas, além de eventual oitiva de testemunhas, tornando o processo muito mais complexo e demorado”, completa.
Os casais interessados em formalizar a sua união estável devem procurar um tabelião de notas, apresentando seus documentos
pessoais originais, RG e CPF, ou então estarem representados por procuração. Tabelado por lei estadual, o valor da escritura de união
estável no Amazonas custa R$ 187,60.
Para realizar o ato de forma online, basta entrar em contato com um dos Cartórios de Notas credenciados na plataforma www.e-
notariado.org.br e agendar a videoconferência. Para a assinar a escritura de forma virtual é necessário o uso de um certificado digital,
que também pode ser emitido de forma remota pelo Tabelionato.
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Qual a diferença entre escritura e declaração de união estável?


Na esfera juridica, a união estável se dá pela convivência, mas necessita de comprovações e
testemunhas, quando se tratar de processo.
A declaração de união estável é feita por particulares, pode ter ou não ter fé pública.
A escritura pública declaratória de união estável é instrumento útil para comprovar convivência
contínua, pública e duradoura, com fins de constituição familiar (Código Civil Brasileiro, art. 1.723
a 1727).
Tem fé pública.
Quanto maior a antiguidade, melhor.

Como fazer união estável por escritura pública?


Para registrar uma Escritura Pública de União Estável, o casal deve se dirigir ao Cartório de Notas
mais próximo ao seu endereço ou que seja de sua preferência e requisitar a elaboração deste
documento;
Existe uma recomendação do Ministério Público de, se possível, também se apresentar duas
testemunhas junto ao casal;
Deve se levar docummentação exigida do casal;
E escolher o regime de bens;
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Quem vive em união estável, faz parte da primeira classe de dependentes previdenciários e,
consequentemente, tem direito à pensão por morte.

Isso quem assegura é a Lei 8.213/1991, que regulamenta os principais pontos sobre os benefícios da
previdência social, mas só resolve na justiça.
Mas o INSS indefere o beneficio em 99% das vezes que não se apresenta Escritura Pública de União Estável.
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Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos
fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência
de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento. (Incluído pela Lei nº
13.846, de 2019)
Início de prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado.
Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer
tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo
de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao
contraditório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
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prof. Davi Barbosa Delmont

(73)99969-9580

OBRIGADO
Presentation by DBDelmont
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