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AO JUÍZO DA VARA JUDICIAL DE FAMÍLIA DA COMARCA DE


________

AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO


DE UNIÃO ESTÁVEL

em face de ________ , ________ , ________ ,


inscrito no CPF sob nº ________ , ________ ,
residente e domiciliado na ________ , ________ ,
________ , na Cidade de ________ , ________ ,
________ , pelos motivos e fatos que passa a expor.

DOS FATOS

As partes constituíram união estável por mais de ________ anos,


rompida em ________ , momento em que ________ .

DO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL

O Código Civil dispõe claramente os requisitos para o


reconhecimento da União Estável:

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união


estável entre o homem e a mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e
estabelecida com o objetivo de constituição de
família.

Conforme relatado, a Autora e o Requerido conviveram pública e


socialmente como se marido e mulher fossem, desde ________ , e
juntos, constituíram família, empenharam-se na educação dos filhos e
na administração do lar conjugal, enquadrando-se nos termos do Código
Civil em seu art. 1.723 caput, e art. 1º da Lei Federal 9.278/96.

Portanto, passa a demonstrar o pleno atendimento aos requisitos


previstos no Código Civil, quais sejam:

Publicidade e notoriedade da relação: A publicidade


da relação fica perfeitamente demonstrada pelas fotos nas
redes sociais, fotos de eventos que o casal frequentava
conjuntamente, a participação em grupos de família no
WhatsApp, ________ .

Continuidade: O casal possuía um relacionamento


duradouro de mais de ________ , conforme provas nas
redes sociais, mensagens registradas no ________

Caráter familiar - affectio materialis: O objetivo de


constituição de família fica perfeitamente demonstrada
com a comunhão de vida e interesses entre o casal, afinal,
além de morar no mesmo imóvel conforme ________
que junta em anexo, o casal constituíram dívidas e planos
em comum, conforme ________ que junta em anexo.

Ou seja, o acervo probatório é uníssono no sentido da


caracterização do relacionamento, evidenciado pela convivência pública,
contínua, duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição familiar.

Ademais, a inexistência de coabitação não é óbice ao


reconheicemnto da união estável, conforme sumulado pelo STF:

Súmula 382 do STF : A vida em comum sob o mesmo


teto, "more uxorio", não é indispensável à
caracterização do concubinato.

Cabe destacar que mesmo a existência de casamento formal não


constitui óbice ao reconhecimento da União estável.

Não obstante a existência de um casamento formal, importa


destacar que a união estável com a Autora era de notório conhecimento da
sociedade, inclusive da então esposa, conforme ________ .

Sendo perfeitamente possível o reconhecimento da união estável,


conforme recente entendimento do TJRS:

"Caso provada a existência de relação


extraconjugal duradoura, pública e com a
intenção de constituir família, ainda que
concomitante ao casamento e sem a separação de
fato configurada, deve ser, sim, reconhecida
como união estável." (TJRS Apelação Nº
70081683963. OITAVA CÂMARA CÍVEL. Des. DES. JOSÉ
ANTÔNIO DALTOÉ CEZAR. DJE 18/11/20) #3123632

Do inteiro teor da referida decisão, importa destacar:

"No ponto, Daniel Alt Silva* menciona que, em havendo


transparência entre todos os envolvidos na relação
simultânea, os impedimentos impostos nos artigos 1.521,
inciso VI, e artigo 1.727, ambos do Código Civil,
caracterizariam uma demasiada intervenção estatal,
devendo ser observada sua vontade em viver naquela
situação familiar.

De outra banda, não me parece adequado que o


formalismo legal prevaleça sobre situação fática
há anos consolidada. Precisamos aceitar que os
sentimentos não estão sujeitos a regras, tampouco a
preconceitos.

O afeto, ademais, é elemento que deve nortear o direito de


família contemporâneo, de modo que os vínculos que o
tenham por base devem ser elevados ao status pretendido
sempre que verificados os requisitos indispensáveis. Ao
analisar as lides que apresentam paralelismo afetivo,
indispensável que o julgador decida com observância à
dignidade da pessoa humana, solidariedade, busca pela
felicidade, liberdade e igualdade.

Havendo inércia do legislador em reconhecer a


simultaneidade familiar, cabe ao Estado-juiz, suprindo
essa omissão, a tarefa de análise das particularidades do
caso concreto e reconhecimento de direitos,
principalmente quando as partes envolvidas apresentam
anuência e conformidade com a situação." *(SILVA,
Daniel Alt. Família simultânea: uma abordagem à luz da
autonomia privada. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris,
2016, p. 77-80)

(TJRS Apelação Nº 70081683963. OITAVA CÂMARA


CÍVEL. Des. DES. JOSÉ ANTÔNIO DALTOÉ CEZAR. DJE
18/11/20)

Sobre o tema, o Supremo Tribunal Federal já reconheceeu a


possibilidade de uniões estáveis concomitantes, com o consequente rateio de
pensão por morte (ARE n. 656.298/SE, posteriormente substituído pelo RE
1.045.273/SE).
Nesse mesmo sentido, o TRF da 4ª Região já vem
decidindo pela possibilidade de rateio do benefício
previdenciário de pensão por morte entre cônjuge e
companheira quando observada a configuração simultânea
dos dois institutos. (TRF4 5010311-25.2019.4.04.9999,
QUINTA TURMA, Relatora ELIANA PAGGIARIN
MARINHO, juntado aos autos em 27/09/2019)

Afinal, tem-se pela necessária análise da situação de fato, pela


primazia da realidade sobre a formalidade, conforme destaca a doutrina:

"União estável estatus familiae. A convivência


cria vínculo jurídico e, embora não altere o status
familiar da pessoa, coloca-a em situação de fato
que, se demonstrada, pode fazer com que perca
posições jurídicas de vantagem em relação à
família. Pode parecer não haver utilidade na afirmação de
que alguém viva a posse do estado de companheiro, mas
pode ocorrer que uma pessoa permaneça legalmente
casada, embora separada de fato, e, concomitantemente,
viva outra realidade familiar de convivente com outra
pessoa. A forma pela qual essa convivência se dá pode
gerar para aquele que permanece casado (mas separado de
fato e convivendo com outrem) situações jurídicas de
vantagens e desvantagens, que a posse do estado de
convivente ajuda a demonstrar. O reconhecimento de
determinadas situações no direito brasileiro dá a ideia de
posse de um estado de fato, no caso do estado de
convivente (Rosa Nery. Tratado, v. I, p. 513)." (NERY
JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. Código
de Processo Civil Comentado. 17ª ed. Editora RT, 2018.
Versão ebook, Art. 1.723)

Afinal, apesar de manter-se formalmente casado, na prática o Réu


estava separado de fato de sua primeira esposa, conforme ________
que junta em anexo. E, conviva com a Autora, com a manifesta intenção de
constituir família, por ________ .

Razão pela qual, mesmo diante da existência de um casamento


formal, o reconhecimento da união estável é cabível conforme precedentes sobre
o tema:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO


ESTÁVEL POST MORTEM. PLEITO DE
RECONHECIMENTO DO INSTITUTO. CABIMENTO.
CONCOMITÂNCIA COM O CASAMENTO QUE NÃO
AFASTA A PRETENSÃO NO CASO. SENTENÇA
REFORMADA. I. Presente prova categórica de que o
relacionamento mantido entre a requerente e o falecido
entre 08/2000 e a data do óbito dele se dava nos moldes
do artigo 1.723 do Código Civil, mas também a higidez do
vínculo matrimonial do de cujus até o mesmo momento.
Caso provada a existência de relação
extraconjugal duradoura, pública e com a
intenção de constituir família, ainda que
concomitante ao casamento e sem a separação de
fato configurada, deve ser, sim, reconhecida como
união estável, mas desde que o cônjuge não faltoso com
os deveres do casamento tenha efetiva ciência da
existência dessa outra relação fora dele, o que aqui está
devidamente demonstrado. Ora, se a esposa concorda em
compartilhar o marido em vida, também deve aceitar a
divisão de seu patrimônio após a morte, se fazendo
necessária a preservação do interesse de ambas as células
familiares constituídas. Em havendo transparência entre
todos os envolvidos na relação simultânea, os
impedimentos impostos nos artigos 1.521, inciso VI, e
artigo 1.727, ambos do Código Civil, caracterizariam uma
demasiada intervenção estatal, devendo ser observada sua
vontade em viver naquela situação familiar. Formalismo
legal que não pode prevalecer sobre situação fática há anos
consolidada. Sentimentos não estão sujeitos a regras,
tampouco a preconceitos, de modo que, ao analisar as
lides que apresentam paralelismo afetivo, indispensável
que o julgador decida com observância à dignidade da
pessoa humana, solidariedade, busca pela felicidade,
liberdade e igualdade. Deixando de lado julgamentos
morais, certo é que casos como o presente são mais
comuns do que pensamos e merecem ser objeto de
proteção jurídica, até mesmo porque o preconceito não
impede sua ocorrência, muito menos a imposição do
"castigo" da marginalização vai fazê-lo. Princípio da
monogamia e dever de lealdade estabelecidos que devem
ser revistos diante da evolução histórica do conceito de
família, acompanhando os avanços sociais. II.
Reconhecida a união estável e o casamento simultâneos,
como no presente, a jurisprudência da Corte tem
entendido necessário dividir o patrimônio adquirido no
período da concomitância em três partes, o que se
convencionou chamar de "triação". Não se pode deixar de
referir que o caso se centrou mais no reconhecimento da
união estável, de modo que inviável afirmar aqui e agora,
com segurança, quais são exatamente os bens amealhados
no período. Além disso, ao que tudo indica, a partilha de
bens do falecido já foi realizada entre os anteriores
herdeiros, enquanto que os filhos maiores e capazes desse
não participaram do processo, mas apenas a cônjuge,
razão pela qual não podem ter seu direito atingido sem o
exercício do contraditório e da ampla defesa. Ao juízo de
família, na ação proposta, compete apenas reconhecer ou
não a existência da afirmada relação estável da
demandante com o de cujus e a repercussão patrimonial a
que essa faz jus, sendo que a extensão dos efeitos
patrimoniais que são próprios à condição de companheira
deverá ser buscada em demanda própria. Apelação
parcialmente provida, por maioria.(Apelação Cível, Nº
70082663261, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: José Antônio Daltoe Cezar, Julgado em:
09-10-2020)

DIREITO ADMINISTRATIVO. REMESSA NECESSÁRIA.


APELAÇÕES CÍVEIS. MILITAR. PENSÃO POR MORTE.
UNIÃO ESTÁVEL. INSTITUIDOR SEPARADO DE FATO
DA ESPOSA. AFASTAMENTO DE CONCUBINATO.
POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Remessa Necessária
e Dupla Apelação Cível interposta pela União Federal e
pela Segunda Ré, em face de sentença de fls. 186/192 que
julgou procedente em parte o pedido, para condenar a
União a conceder a pensão por morte à autora em
igualdade de condições com a 2ª ré. 2. Da leitura dos
autos, verifica-se pela Certidão de Óbito de fl. 125 que o
militar faleceu no estado civil de casado com a segunda ré,
ora apelante, com quem teve duas filhas. Ocorre que a
instrução processual conduzida pelo Juízo a quo, somada à
análise detida dos autos em segunda instância leva à
convicção de que, em verdade, quando do óbito do ex-
militar, este já havia se separado de fato há muito
tempo, bem como constituído novo núcleo
familiar com a parte autora. 3. (...). 4. O art. 1.521, VI,
do CC/2002, por seu turno, dispõe não poderem ser casar
"as pessoas casadas". Consequentemente, não é possível se
constituir união estável quando uma das partes for casada,
situação que configuraria o concubinato, cuja conceituação
legal está no art. 1.727, do CC/2002: "as relações não
eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar,
constituem concubinato". Seguindo esta lógica, o eg. STF
tem posicionamento no sentido da impossibilidade de
rateio de pensão entre viúva e concubina. 5. Ocorre que
o mesmo Código Civil excepciona o impedimento
do art. 1.521, VI, no caso de "pessoas casadas"
separadas de fato ou judicialmente. Estas,
portanto, podem estabelecer novos
relacionamentos a receberem a chancela do
direito como uniões estáveis. 6. Nesta hipótese, a
questão que subjaz refere-se à possibilidade de concessão
de pensão por morte à companheira de homem civilmente
casado com outra mulher. 7. O conjunto probatório
constante dos autos demonstra de forma robusta e
inegável a convivência característica de uma união estável
e duradoura, que estampa a formação de uma entidade
familiar permanente, até o falecimento do companheiro. A
este respeito, a Sentença de primeiro grau, quanto a este
ponto, fez análise exaustiva e irreparável. 8. Embora
ostentasse a condição formal de casado durante o tempo
da união estável, comungo do entendimento esposado na
sentença atacada de que o falecido militar já se encontrava
separado fisicamente 1 de sua esposa, não só por ocasião
do óbito, mas desde longa data. Assim sendo, a hipótese
que se apresenta nos autos não é aquela em que a autora
relacionou-se com o instituidor da pensão como
concubina, situação em que majoritariamente se nega o
benefício, embora o tema penda de decisão pelo STF no
RE 669.465 e no ARE 656.298. A jurisprudência do STJ é
sólida em reconhecer como união estável a relação
concubinária não eventual, simultânea ao casamento,
quando estiver provada a separação de fato ou de direito
do parceiro casado. 9. (...). (TRF2, Apelação 0136422-
46.2015.4.02.5114, Relator(a): REIS FRIEDE, 6ª TURMA
ESPECIALIZADA, Julgado em: 08/03/2018,
Disponibilizado em: 12/03/2018)

Ou seja, tratam-se de motivos suficientes a demonstrar a


existência de União Estável, conforme precedentes sobre o tema:

União estável. Reconhecimento e dissolução. O


reconhecimento da união estável depende de comprovação
da convivência duradoura, pública e contínua, estabelecida
com o objetivo de constituição familiar (art. 1.723 do Cód.
Civil). Sentença de procedência. Provas documental e
testemunhal que corroboram a existência da união estável.
Tese de que as partes não conviviam maritalmente e
mantinham mero namoro que não encontra sustentação
no quociente probante. Existência de duas residências que
não macula a coabitação, pois tal não configura elemento
indispensável à caracterização da união estável.
Precedentes. Demais requisitos previstos pelo
ordenamento satisfatoriamente comprovados. Temática
recursal trazida pelo apelante desacompanhada de
qualquer fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito da convivente (art. 373, II, do CPC). (...). Recurso
parcialmente provido. (TJSP; Apelação Cível 1003543-
06.2017.8.26.0161; Relator (a): Rômolo Russo; Órgão
Julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Foro de Diadema
- 2ª Vara de Família e Sucessões; Data do Julgamento:
03/06/2020; Data de Registro: 03/06/2020)

UNIÃO ESTÁVEL, PEDIDO DE RECONHECIMENTO E


DISSOLUÇÃO, CUMULADO COM PARTILHA,
ALIMENTOS, GUARDA E VISITAS - Acordo com relação
à guarda e visitas - Desistência quanto à partilha e aos
alimentos para a ex-companheira - Insurgência da
coautora quanto ao não reconhecimento da união estável e
alimentos em prol do filho comum - União estável de
fevereiro/2012 a maio/2016 -Admissibilidade -
Preenchimento dos requisitos legais - Conjunto probatório
que demonstra a existência da convivência, ainda que por
um período menor que o alegado pela corequerente -
Boletim de ocorrência lavrado pelo próprio réu no qual se
refere à apelante como ex-companheira e fornece endereço
comum - Alimentos - Pretensão de majoração para 1/3 da
renda líquida do alimentante - Admissibilidade -
Necessidades do menor presumidas - Recurso
parcialmente provido. (TJSP; Apelação Cível 1007437-
95.2017.8.26.0223; Relator (a): Galdino Toledo Júnior;
Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Guarujá - 1ª Vara de Família e das Sucessões; Data do
Julgamento: 18/05/2020; Data de Registro: 18/05/2020)

Por esses motivos, e por estarem presentes os requisitos legais, há


que ser reconhecida a UNIÃO ESTÁVEL, para que, em decorrência desta,
surtam os efeitos legais pertinentes diante da dissolução aqui pleiteada.

Assim, comprovada a união estável, e não havendo mais, qualquer


possibilidade de reconciliação ante os argumentos fáticos e de direito, os quais
demonstram que a REQUERENTE não possui mais condições de prorrogar a
união demonstrada, requer de Vossa Excelência o RECONHECIMENTO DA
UNIÃO ESTÁVEL desde ________ , cumulada com a sua DISSOLUÇÃO,
declarada desde ________ .

DA GUARDA

Inicialmente cumpre destacar que o direito busca, precipuamente,


resguardar os direitos e interesses do menor, devendo ser conduzida a presente
ação ao fim de atendê-los.

A legislação brasileira, em atenção às necessidades dos menores,


previu no Código Civil, em seu artigo 1.583 as condições mínimas que genitor
deve prover para que a guarda lhe seja atribuída, in verbis:

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.

§ 1º Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um


só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, §
5º) e, por guarda compartilhada a responsabilização
conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe
que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder
familiar dos filhos comuns.

Dessa forma, deve-se definir a guarda com primordial atenção aos


interesses do menor, a ser conduzida conforme os termos e condições a seguir.

DA GUARDA UNILATERAL

Não obstante a orientação pela guarda compartilhada instituída


pela Lei 13.058/14, cabe ao Magistrado a sensibilidade de conceber que não se
trata de uma regra absoluta, afinal, se os não possuem uma relação saudável,
não terão condições de conduzir uma guarda compartilhada.

No presente caso, não presentes os requisitos necessários à boa


convivência familiar a justificar a guarda compartilhada, o deferimento da
guarda unilateral é medida necessária.

Nesse sentido, busca a intervenção deste judiciário, a fim de que as


crianças detenham uma vida digna com aquele que possa lhe prover as melhores
condições.

No presente caso, a guarda em favor da mãe é a que melhor atende


os interesses do menor, entendimento diferente só pode ocorrer em casos
extremos, conforme leciona a doutrina sobre o tema:

"No entender de Sílvio de Salvo Venosa, a mãe,


costumeiramente, é mais apta, e teria melhores
condições de exercer a guarda dos filhos de tenra
idade, devendo, somente em casos muito
extremos, ser dela retirada (...)." (MADALENO, Rolf.
MADALENO, Ana Carolina Carpes. Síndorme da
alienação parental. Importância da detecção. 5ª ed.
Forense: 2017. Kindle edition. p. 626)

Nesse sentido, confirmam os precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO GUARDA.


MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. Sobreposição à
inovação trazida pela Lei 13.058/2014, que instituiu o
regime da guarda compartilhada. A preferência
estabelecida pelo tipo legal não se confunde com a
aplicação do princípio do melhor interesse da criança.
Portanto, até que o estado latente de beligerância entre os
genitores não seja efetivamente superado, não se
vislumbra cogitar a adoção da guarda compartilhada, pois
sua incidência pressupõe respeito ao disposto no art. 227
da Constituição Federal, sendo certo que o apelante
pretende exclusivamente a inversão da guarda unilateral a
seu favor. Elementos fático-probatórios que indicam que a
genitora goza de melhores condições para o exercício da
guarda unilateral, não havendo comprovação de maus
tratos à infante ou situação de abandono. Cuidados
dispensados pela avó materna, em complementaridade
com a genitora, são salutares ao desenvolvimento da
criança. Eventual descumprimento de regime de guarda
pactuado após a propositura desta demanda que deve ser
objeto de cumprimento de sentença. RECURSO NÃO
PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1001802-
91.2017.8.26.0140; Relator (a): Rosangela Telles; Órgão
Julgador: 2ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Chavantes - Vara Única; Data do Julgamento:
28/05/2012; Data de Registro: 03/02/2020)

Diante todo o exposto, diante dos fatos narrados e das provas aqui
apresentadas, a oitiva de testemunhas que se faz necessária além do depoimento
dos menores a fim de averiguar de fato quais as condições ideais para melhor
atendê-los, resta demonstrada a inviabilidade da guarda compartilhada e
necessária alteração da guarda.

DA ALIENAÇÃO PARENTAL

No presente caso, é de suma importância que seja reconhecida a


ocorrência de alienação parental, situação abusiva que afasta cada vez mais a
relação com as crianças, devendo ser coibida.

De clara redação, prevê o art. 2º da Lei nº 12.318/2010, que dispõe


sobre a alienação parental:

Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a


interferência na formação psicológica da criança ou do
adolescente promovida ou induzida por um dos genitores,
pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente
sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que
repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento
ou à manutenção de vínculos com este.
Parágrafo único. São formas exemplificativas de
alienação parental, além dos atos assim declarados pelo
juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente
ou com auxílio de terceiros:
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do
genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
II - dificultar o exercício da autoridade parental;
III - dificultar contato de criança ou adolescente com
genitor;
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de
convivência familiar;
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais
relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive
escolares, médicas e alterações de endereço;
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra
familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a
convivência deles com a criança ou adolescente;
VII - mudar o domicílio para local distante, sem
justificativa, visando a dificultar a convivência da criança
ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste
ou com avós.

Neste caso, fica perfeitamente demonstrada a ocorrência do inciso


________ mediante a reiterada atitudes da genitora em ________ .

Tais atitudes possuem consequências gravíssimas, em notória


caracterização da alienação parental.
Nos termos do art. 3º da Lei nº 12.318/2010, "A prática da
alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de
convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações
com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou
o adolescente e descumprimento dos deveres à autoridade parental
decorrentes de tutela ou guarda".

Assim, considerando a busca pelo melhor interesse da criança e o


dever dos pais de garantir o bem-estar da menor, inequívoco que o ideal, neste
momento, é o deferimento do presente pedido para fins de ________

Conforme denota-se nos documentos em anexo, o risco de perder


totalmente o contato com o filho fica evidenciado por meio de:

________ ;

________ .

Por todo exposto, fica demonstrada a grave situação de risco do


menor, devendo ser imediatamente combatida.

DA GUARDA PROVISÓRIA

A guarda provisória, trata-se de pedido urgente, cabível nos


termos do Código de Processo Civil, Art. 300, que dispõe que "a tutela de
urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo."

No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados,


vejamos:

DA URGÊNCIA - DO PERIGO DE DANO


IRREPARÁVEL: O RISCO fica perfeitmanete
caracterizado diante da ________ , ademais, o
afastamento definitivo do Autor de seu filho é iminente,
podendo causar à criança danos irreparáveis à sua
formação e integridade física.

PROBABILIDADE DO DIREITO: - O direito a ser


resguardado é o que melhor atender o interesse da criança.
Conforme amplamente demonstrado, o pedido aqui
pleiteado vem para suprir exatamente este direito, pois em
benefício do menor.

Situações que evidenciam o necessário deferimento da tutela de


urgência, com a determinação de guarda provisória em favor do Autor,
conforme precedentes sobre o tema:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MEDIDA CAUTELAR EM


CARÁTER ANTECEDENTE DE SEPARAÇÃO DE
CORPOS. DEFERIMENTO DE TUTELA DE
URGÊNCIA CONCEDENDO AO GENITOR A
GUARDA PROVISÓRIA DA FILHA DO CASAL.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PREVISTOS NO
ART. 300 DO CPC . TENTATIVA DE RESGUARDAR O
MELHOR INTERESSE DA MENOR. AGRAVANTE
QUE POSSUI HISTÓRICO DE USO DE DROGAS E
INSTABILIDADE EMOCIONAL. ESTADO PSICOLÓGICO
E PSIQUIÁTRICO DA AGRAVANTE QUE DEVE SER
MELHOR ANALISADO NA INSTRUÇÃO DO FEITO.
AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA PLAUSÍVEL PARA
ALTERAÇÃO DA GUARDA NESTE MOMENTO. AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO. DECISÃO MANTIDA.
(Classe: Agravo de Instrumento,Número do Processo:
0013684-84.2017.8.05.0000, Relator (a): Baltazar
Miranda Saraiva, Quinta Câmara Cível, Publicado em:
22/02/2018 )

Razão pela qual deve ser concedido o pedido de tutela cautelar


antecedente.
DA REGULAMENTAÇÃO DE CONVIVÊNCIA

A convivência familiar é direito garantido por lei que resguarda os


interesses do menor. Portanto, caso não se entenda pela alteração da guarda,
requer desde já, seja determinada a convivência familiar com a regulamentação
de visitas.

Trata-se de direito dos pais em continuar acompanhando o


desenvolvimento educacional de seus filhos, conforme dispõe o "caput" do
artigo 1.589 do Código Civil:

Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os


filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia,
segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado
pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.

A doutrinadora Maria Berenice Dias ao disciplinar sobre a matéria


destaca:

"O rompimento do casamento ou da união estável


dos genitores não pode comprometer a
continuidade dos vínculos parentais, pois o
exercício do poder familiar em nada é afetado. O estado
de Família é indisponível."(inManual de Direito das
Famílias. 12ª ed. Revista dos Tribunais: 2017. pg. 545)

E assevera ainda:

"O direito de convivência não é assegurado somente ao


pai ou à mãe, é direito do próprio filho de com eles
conviver, o que reforça os vínculos paterno e materno-
filial. (...)O interesse a ser resguardado,
prioritariamente, é do filho, e objetiva atenuar a
perda da convivência diuturna na relação
parental"(op. cit. p.557)
Trata-se de princípio que deve ser mantido no presente caso,
conforme pacífica jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. DIREITO


CONSTITUCIONAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL.
AÇÃO DE REVISÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE
VISITAS. PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO
MENOR. (...)1.A visitação a filho menor consiste em
direito da personalidade inerente ao exercício do
próprio poder familiar, propiciando aos genitores
o convívio necessário para possibilitar aos filhos o
desenvolvimento do afeto parental e da própria
saúde psíquica e psicológica do infante, de modo
que este cresça como pessoa plena nos atributos que o
tornem mais propenso ao ajuste familiar e social. 2. (...) 3.
Nesse norte, o julgador deve dar a solução que
proporcione mais bem-estar e qualidade de vida ao menor,
deixando-o a salvo de ameaças à sua integridade física,
psicológica ou psíquica, para que, tanto quanto possível,
seu desenvolvimento se realize de forma plenamente
saudável, em consonância com oart. 227daConstituição
Federale com oart. 4ºdoEstatuto da Criança e do
Adolescente. 4.(...). (TJ-DF 20160910021784 - Segredo de
Justiça 0002111-02.2016.8.07.0009, Relator: ROMULO
DE ARAUJO MENDES, Data de Julgamento: 26/04/2017,
4ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no
DJE : 19/05/2017)

Portanto, tem-se como prioridade a manutenção da convivência


familiar, que deve ser promovida pela garantia das visitas da seguinte forma:

1. Convivência:
1.1 ________ semanal, mediante ________ ;
1.2 Endereço do pai: ________
1.3 Endereço da mãe: ________
1.4 Fins de semana: ________
1.5 Feriados: ________
1.6 Datas festivas:

DOS ALIMENTOS

Após analisadas todas as circunstâncias que cercam a presente


demanda, importa adentrar num tema de grande relevância, a responsabilidade
pelos Alimentos.

A lei estabelece sabiamente os parâmetros a serem seguidos para


que a prestação de Alimentos seja firmada, devendo atender ao binômio
Necessidade/Possibilidade.

Nas palavras da doutrinadora Maria Berenice Dias:

"O fundamento do dever de alimentos se encontra


no princípio da solidariedade, ou seja, a fonte da
obrigação alimentar são os laços de parentalidade que
ligam as pessoas que constituem uma família,
independentemente de seu tipo: casamento, união
estável, famílias monoparentais, homoafetivas,
socioafetivas (eudemonistas), entre outras." (Maria
Berenice Dias, Manual de Direito das Famílias - Edição
2017, e-book, 28. Alimentos)

Ou seja, o direito a alimentos busca preservar o bem maior da vida


e assegurar a existência do indivíduo que depende deste auxílio para sobreviver.

A criança tem resguardada os direitos inerentes à pessoa humana


no escopo dos artigos 227 e 229 da Constituição Federal/1988:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado


assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os


filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e
amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

Trata-se de proteção disposta ainda no Estatuto da Criança e pelo


Código Civil que não exclui a responsabilidade de ambos os pais na manutenção
e desenvolvimento da criança, mesmo diante da separação:

Art. 1.579. O divórcio não modificará os direitos e deveres


dos pais em relação aos filhos.

Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a


sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar,
que consiste em, quanto aos filhos:

Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os


pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo
seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário
ao seu sustento.

Art. 1696. O direito a prestação de alimentos é recíproco


entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes,
recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em
falta de outros.

A jurisprudência, assegurando este direito destaca:

ALIMENTOS. FIXAÇÃO. Ação ajuizada pela filha em face


do pai. Sentença de parcial procedência. Apelo do réu
buscando a redução dos alimentos. Binômio
necessidade-possibilidade. Presunção da
necessidade da filha menor. Ausência de
comprovação de despesas extraordinárias que impeçam o
pagamento do pensionamento já fixado em valor baixo.
Princípio da paternidade responsável. Valor dos alimentos
mantido. Base de cálculo. Adicionais que possuem
natureza salarial (remuneratória). Incidência da
porcentagem devida. Precedentes. Verbas de natureza
indenizatória não incorporam a remuneração.
Participação nos lucros e resultados possui natureza
indenizatória. Precedentes do STJ. Exclusão que se impõe.
Sentença alterada. Recurso provido em parte. (TJSP;
Apelação Cível 1005162-92.2017.8.26.0347; Relator (a):
Mary Grün; Órgão Julgador: 7ª Câmara de Direito
Privado; Foro de Matão - 1ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 04/02/2020; Data de Registro: 04/02/2020)

Ademais, o simples fato de o filho ter alcançado a maioridade civil


não reflete automaticamente na exoneração do dever de alimentar. Isto porque
o dever paterno vai além da simples manutenção da vida do filho, exigindo o
suporte na construção de uma vida digna de seu descendente, em especial no
suporte à formação escolar.

Trata-se de tema pacificado na doutrina e na jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL. REVISIONAL DE ALIMENTOS E


RECONVENÇÃO COM PEDIDO EXONERATÓRIO.
FILHA MAIOR. INSURGÊNCIA DE AMBAS AS PARTES.
(...) MANUTENÇÃO DO ENCARGO E DO VALOR
DO PENSIONAMENTO MAJORADO PELO JUÍZO
DE ORIGEM ATÉ A DATA DA COLAÇÃO DE
GRAU. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO QUANTO À
REDUÇÃO DA CAPACIDADE FINANCEIRA E QUANTO
À DESNECESSIDADE DA ALIMENTANDA. PADRÃO DE
VIDA DO ALIMENTANTE INCOMPATÍVEL COM SEUS
ALEGADOS RENDIMENTOS. EXEGESE DOS ARTS.
1.699 DO CC E 373 DO CPC. RECURSO DA AUTORA
CONHECIDO E PROVIDO. RECURSO DO RÉU
CONHECIDO E DESPROVIDO. (...). A obrigação
alimentícia decorrente do poder familiar cessa, em regra,
com a maioridade civil do alimentando, a teor do artigo
1.635, III, do Código Civil. Contudo, a conquista da
maioridade pelo alimentando ou o fato de estar
exercendo atividade remunerada não serve de
motivo exclusivo e automático à exoneração da
obrigação alimentar dos genitores. Como a
obrigação alimentar entre pai e filhos não está vinculada
exclusivamente ao poder familiar, mas à relação de
parentesco, notadamente ao dever de mútua assistência, a
teor do art. 1.696 do CC, pode persistir
independentemente da condição de maior alcançada pelo
alimentando. É bem por isso que a jurisprudência
pacificou-se no sentido de que o dever dos genitores de
sustentar a prole pode se estender até certa idade,
notadamente se o alimentando demonstra estar
estudando, ou seja, buscando formação e qualificação
profissional, com a finalidade de poder ingressar no
mercado de trabalho. A fixação dos alimentos deve atender
ao critério da proporcionalidade entre a disponibilidade do
alimentante e a necessidade do alimentando, segundo o
princípio contido no art. 1.694, § 1º, do Código Civil.
(TJSC, Apelação Cível n. 0800948-89.2013.8.24.0039, de
Lages, rel. Des. Sebastião César Evangelista, Segunda
Câmara de Direito Civil, j. 28-02-2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXONERAÇÃO DE


ALIMENTOS. FILHA MAIOR QUE ESTUDA.
DESCABIMENTO. A maioridade do alimentado não
enseja, por si só, ou de forma automática, a
exoneração do alimentante. E na hipótese, não há, por
ora, a verossimilhança a apontar desnecessidade ou
impossibilidade. RECURSO PROVIDO. (Agravo de
Instrumento Nº 70073596421, Sétima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino
Robles Ribeiro, Julgado em 26/07/2017).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE


ALIMENTOS. FILHA MAIOR E ESTUDANTE. O poder
familiar cessa quando o filho atinge a maioridade civil,
mas não desaparece o dever de solidariedade decorrente
da relação parental. Se a filha precisa de alimentos
para garantir a frequência regular a
estabelecimento de ensino, como complemento da
sua educação, que é dever residual do poder
familiar, está o pai obrigado a auxiliá-lo. Apelação
desprovida. (Apelação Cível Nº 70073599805, Oitava
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge
Luís Dall'Agnol, Julgado em 20/07/2017).

DOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS

A Lei 11804/08 que disciplina o direito a alimentos gravídicos e a


forma como ele será exercido, estabelece em seu art. 2º, que:

"Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os


valores suficientes para cobrir as despesas
adicionais do período de gravidez e que sejam dela
decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as
referentes a alimentação especial, assistência médica e
psicológica, exames complementares, internações, parto,
medicamentos e demais prescrições preventivas e
terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de
outras que o juiz considere pertinentes."

Para Maria Berenice, respeitável doutrinadora sobre o tema,


destaca:

"Basta o juiz reconhecer a existência de indícios


da paternidade para a concessão dos alimentos,
(...). Para a concessão dos alimentos, não é necessária a
prova da necessidade da gestante. Ainda que o valor dos
alimentos deva atentar às possibilidades do alimentante,
o encargo não guarda proporcionalidade com os seus
ganhos, tal como ocorre com os alimentos devidos ao
filho. Existe um limite: as despesas decorrentes da
gravidez. Além do pagamento de prestações mensais,
possível impor o atendimento de encargos determinados,
como, por exemplo, exames médicos." (BERENICE DIAS,
Maria. Manual de direito das famílias. 12 ed. Editora RT,
2017. versão ebook, 28.14)

Portanto, o dever do requerido em suprir as principais despesas


desta difícil fase é inequívoco. O art. 6º da referida lei traz ainda que para a
concessão dos alimentos gravídicos, basta a existência de indícios da
paternidade, independente da comprovação de vínculo de parentesco, conforme
precedentes sobre o tema:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS


GRAVÍDICOS. PRETENSÃO DE MAJORAR O VALOR
FIXADO. BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE.
ACOLHIMENTO PARCIAL. 01. O arbitramento da verba
alimentar está alicerçado no binômio necessidade-
possibilidade deve obedecer ao critério da razoabilidade,
mormente quando não consta dos autos elementos que
possam, de plano, demonstrar a efetiva necessidade do
alimentado e a possibilidade ou não do alimentante. 02.
Na ação de alimentos gravídicos não se exige a
efetiva comprovação do vínculo de parentesco,
bastando a existência de indícios de paternidade.
03. Constatada a necessidade e a possibilidade de o
Agravado suprir os alimentos gravídicos provisórios em
patamar razoável, há que se acolher a pretensão. 04.
Recurso parcialmente provido. Unânime. (TJDFT,
Acórdão n.1225891, 07187082720198070000, Relator(a):
ROMEU GONZAGA NEIVA, 7ª Turma Cível, Julgado em:
22/01/2020, Publicado em: 29/01/2020)

ALIMENTOS GRAVÍDICOS. LEI Nº 11.804/08. DIREITO


DO NASCITURO. PROVA. POSSIBILIDADE. 1. Havendo
indícios veementes da paternidade apontada, é cabível a
fixação de alimentos em favor do nascituro, destinados à
gestante. Inteligência do art. 6º, parágrafo único, da Lei nº
11.806/2008 e do art. 1.597 do CCB. 2. Os alimentos
devem ser fixados de forma a garantir a mantença da
gestante, mas dentro das possibilidades do alimentante. 3.
Os alimentos provisórios podem ser revistos a qualquer
tempo, bastando que elementos de convicção que
justifiquem a revisão venham aos autos. Recurso provido.
(TJ-RS; Agravo de Instrumento, Nº 70080612708, Sétima
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio
Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em: 31-07-
2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS


GRAVÍDICOS. FIXAÇÃO. CABIMENTO. O requisito
exigido para a concessão dos alimentos gravídicos
é de que a parte requerente demonstre "indícios
de paternidade", nos termos do art. 6º da Lei n.º
11.804/08. O exame de tal pedido, em sede de cognição
sumária, sob pena de desvirtuamento do espírito da Lei,
não deve ser realizado com extremo rigor, tendo em vista a
dificuldade em produzir prova escorreita do alegado
vínculo parental. Precedentes. Caso em que as mensagens
trocadas entre as partes conferem grande verossimilhança
à alegação de paternidade do réu, e autorizam o
deferimento dos alimentos gravídicos, em sede liminar.
Estão ausentes elementos concretos mínimos acerca das
possibilidades do réu/agravado, sequer citado ao tempo da
interposição deste recurso. Em face disso, os alimentos
gravídicos vão fixado em 20% sobre rendimentos, caso o
agravado tenha emprego fixo; ou em 30% do salário-
mínimo, acaso não tenha. DERAM PARCIAL
PROVIMENTO. (TJRS, Agravo de Instrumento
70080684756, Relator(a): Rui Portanova, Oitava Câmara
Cível, Julgado em: 25/04/2019, Publicado em:
29/04/2019)

DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS


GRAVÍDICOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE FIXOU ALIMENTOS
GRAVÍDICOS EM 30% (TRINTA POR CENTO) DO
SALÁRIO MÍNIMO. INSURGÊNCIA DO ALIMENTANTE.
ALEGAÇÃO DE DÚVIDAS QUANTO À PATERNIDADE.
INCONSISTÊNCIA. INDÍCIOS APRESENTADOS PELA
GENITORA HÁBEIS A INDICAR A PATERNIDADE.
EXEGESE DO ART. 6º DA LEI N. 11.804/2008.
AVENTADA IRREPETIBILIDADE DOS ALIMENTOS
CASO A PATERNIDADE NÃO SEJA COMPROVADA.
INSUBSISTÊNCIA. MITIGAÇÃO PROBATÓRIA DIANTE
DA PROTEÇÃO DO NASCITURO. INTERLOCUTÓRIO
MANTIDO. RECURSO DESPROVIDO. "A mitigação do
elemento probatório em ações dessa natureza
justifica-se pela opção feita em prol do nascituro,
garantido-lhe, a despeito de maiores digressões, o
direito fundamental à vida. Para tanto, pode o
julgador embasar sua convicção de paternidade
em meros indícios, ressalvando que, em casos de
comprovada má-fé da gestante, também o princípio da
irrepetibilidade dos alimentos pode sofrer ponderação."
(TJSC, Agravo de Instrumento n. 2013.002438-5, da
Capital, rel. Des. Ronei Danielli, Sexta Câmara de Direito
Civil, j. 18-04-2013). (TJSC, Agravo de Instrumento n.
4014710-50.2019.8.24.0000, de Meleiro, rel. Des. Marcus
Tulio Sartorato, Terceira Câmara de Direito Civil, j. 03-09-
2019)
No presente caso, não há dúvidas sobre a paternidade da criança
uma vez que ________ , conforme provas que colaciona em anexo.

Assim, diante da presença do binômio: necessidade do


alimentando e possibilidade do alimentante, considerando ainda que a gestante
está passando por grave dificuldade financeira e sem plano de saúde, outra
alternativa não resta senão a determinação imediata de alimentos provisórios.

Assim, considerando que o réu mantém hoje, um emprego apto a


garantir sua subsistência e dos Autores, é de bom alvitre que os alimentos
provisórios sejam determinados no patamar de ________ % do seu salário
base.

DA PARTILHA DE BENS NA UNIÃO ESTÁVEL

De acordo com o artigo 1.725 do Código Civil, "Na união estável,


salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens."

No regime de comunhão parcial de bens, comunicam-se


TODOS os bens que sobrevierem ao casal na constância da relação,
devendo incluído na partilha, os seguintes bens:

________

Assim, reconhecida judicialmente a existência de unão estável,


considerando tratarem-se de bens adquiridos na constância da relação, devem
compor a partilha, conforme precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DE


DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL.
RECONHECIMENTO DA COMUNICABILIDADE DA
BENFEITORIA EDIFICADA EM TERRENO DE
PROPRIEDADE EXCLUSIVA DO COMPANHEIRO, DO
SALDO BANCÁRIO EXISTENTE AO TEMPO DA
SEPARAÇÃO E DA MOTOCICLETA. SUB-ROGAÇÃO
NÃO COMPROVADA. MANUTENÇÃO.1. Afirmada
judicialmente a união estável, e não existindo
pacto escrito em sentido diverso, incidem na
hipótese as regras do regime da comunhão parcial
de bens (art. 1.725 doCC), havendo, sob esse
prisma, presunção de que os bens adquiridos na
constância da relação e a título oneroso são frutos
do trabalho e da colaboração comum,
pertencendo, assim, a ambos, em condomínio e
em partes iguais. 2. Manutenção da sentença no ponto
em que determinou a partilha da benfeitoria edificada em
terreno de propriedade exclusiva do companheiro (tanto a
construção de madeira, quanto a de alvenaria), do saldo
bancário existente ao tempo da separação e da
motocicleta, pois não comprovada a sub-rogação de
recursos exclusivos do recorrente, provenientes de
herança. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº
70080005051, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em
04/04/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE


BENS. UNIÃO ESTÁVEL QUE PERDUROU ATÉ
DEZEMBRO DE 2013, CONFORME POSTO NA
SENTENÇA. INEXISTÊNCIA DE INSURGÊNCIA NO
TOCANTE À DELIMITAÇÃO TEMPORAL DA UNIÃO
ESTÁVEL. IMÓVEL ADQUIRIDO PELO DEMANDADO
NO FINAL DO MÊS DE JANEIRO DE 2014. EXCLUSÃO
DO BEM DA PARTILHA. De acordo com o art. 1.725
do Código Civil, não havendo contrato escrito
entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da
comunhão parcial de bens. Nesse sentido, no caso,
partindo-se da premissa de que a união estável perdurou
de dezembro de 2009 a dezembro de 2013, conforme
posto na sentença, não havendo qualquer irresignação no
tocante à delimitação temporal da união estável, todos os
bens adquiridos onerosamente naquele período devem ser
partilhados. (...)NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME.
(TJRS, Apelação 70074752536, Relator(a): Luiz Felipe
Brasil Santos, Oitava Câmara Cível, Julgado em:
19/10/2017, Publicado em: 25/10/2017)

APELAÇÃO CÍVEL. FAMÍLIA. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO


DE UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHA DE BENS. União
estável. Comprovado através da prova testemunhal e dos
documentos juntados aos autos que as partes mantiveram
relacionamento duradouro, contínuo, público e com o
propósito de constituição de família, é devido o
reconhecimento da união estável. Partilha dos bens.
Tendo sido o imóvel e o veículo adquiridos na
constância do relacionamento, merecem ser
partilhado. No que toca à empresa A.A., as cotas
de ambas as partes também merecem ser
partilhadas, mas em proporções diferentes, uma vez que
a requerida já havia adquirido as cotas do autor após o fim
da união estável. Sentença parcialmente reformada.
DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DE
APELAÇÃO. UNÂNIME. (TJRS, Apelação 70069763142,
Relator(a): Alexandre Kreutz, Oitava Câmara Cível,
Julgado em: 19/10/2017, Publicado em: 23/10/2017)

Razões pelas quais requer o provimento da presente ação.

DOS BENS A PARTILHAR

De todo patrimônio disponível, requer a partilha dos seguintes


bens:
Dos bens imóveis

 Apartamento ________ , avaliado em R$ ________ ,


matrícula sob nº ________ , com inscrição de alienação
fiduciária em favor de ________ , uma vez que conta com
________ do valor financiado com referida instituição
bancária, que corresponde a R$ ________ .

 Casa ________ , avaliada em R$ ________ , matrícula sob


nº ________ .

Dos bens móveis

 Veículo automotor modelo ________ , ________ ,


________ , avaliado pela tabela Fipe em R$ ________ ,
integralmente quitado.

 Veículo automotor modelo ________ , ________ , avaliado


pela tabela Fipe em R$ ________ com inscrição de alienação
fiduciária em favor de ________ uma vez que conta com
________ do valor financiado com referida instituição
bancária, que corresponde a R$ ________ .

Dos direitos possessórios

 Casa ________ , avaliada em R$ ________ ,


matrícula sob nº ________ .

O simples fato de não estar regularizado o loteamento que se


encontra o bem não é óbice à sua partilha, uma vez que ausente má fé dos
possuidores que estão tentando a sua regularização por ________ , conforme
________ em anexo .

Nesse sentido é o recente posicionamento do STJ:


"Em dissolução de vínculo conjugal, é possível a
partilha de direitos possessórios sobre bem
edificado em loteamento irregular, quando
ausente a má-fé dos possuidores." (REsp 1.739.042-
SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, por
unanimidade, julgado em 08/09/2020, DJe 16/09/2020)

Das ações e títulos financeiros

 ________ de quotas na sociedade empresária ________ ,


avaliadas em ________ cada.

 ________ quotas de ações da empresa ________ .

 ________ bitcoins, avaliados em ________ em R$


________ , conforme extrato em anexo.

Do saldo das contas bancárias e demais bens

 R$ ________ no Banco ________ , Ag. ________ , Conta


Poupança ________ e em nome de ________ ;

 R$ ________ no Banco ________ , Ag. ________ , Conta


Corrente ________ no valor de R$ ________ em nome de
________ .

 R$ ________ em joias, depositadas no Banco ________

DAS DÍVIDAS E OBRIGAÇÕES

Das dívidas, requer a partilha das seguintes obrigações:

________ - ________ - ________

________ - ________ - ________


________ - ________ - ________

DA PARTILHA

Considerando o regime de comunhão parcial de bens adotado,


comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento,
nos termos do Art. 1658 do Código Civil.

DOS VALORES EM CONTA BANCÁRIA

Nos termos da redação prevista no Código Civil

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:


(...)
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;

Portanto, os valores constantes nas contas bancárias de


propriedade do cônjuge não entram na partilha, conforme precedentes sobre o
tema:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DIVÓRCIO.


TEMPESTIVIDADE. INTIMAÇÃO. DEFENSORIA
PÚBLICA. PARTILHA DE BENS. SALDO EM CONTA
POUPANÇA. CRÉDITO TRABALHISTA. REGIME DE
COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. INVIABILIDADE DE
MEAÇÃO. (...). 2. No regime de comunhão parcial de bens
persiste a noção de que os bens que são adquiridos
onerosamente na vigência do casamento devem formar o
patrimônio comum do casal. No entanto, o art. 1.659,
que trata do referido regime, elenca hipóteses de
exclusão de alguns bens da comunhão, como, por
exemplo, os proventos do trabalho pessoal de
cada cônjuge. 3. Embora a apelante (ex-esposa) sustente
ter contribuído com as economias depositadas na conta
poupança em debate, fato é que, como bem destaca a
sentença, as contas bancárias são de titularidade exclusiva
do apelado, havendo presunção juris tantum de que os
saldos resultam dos proventos de seu trabalho pessoal e
que o ônus de comprovar o contrário é da apelante, o que
não ocorreu. 4. (...). Sentença reformada a fim de que
sejam partilhados os bens móveis que compunham o lar
comum, da forma proposta pela apelante na reconvenção.
(TJDFT, Acórdão n.1181128, 07138848420178070003,
Relator(a): ROBSON BARBOSA DE AZEVEDO, 5ª Turma
Cível, Julgado em: 26/06/2019, Publicado em:
08/07/2019)

DOS BENS ADQUIRIDOS ANTERIORMENTE À UNIÃO

Nos termos do disposto no Código Civil, somente os bens


adquiridos na constância do casamento devem ser partilhados, e conforme clara
redação do Código Civil devem ser excluídos:

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:

I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe


sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou
sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;

Portanto, considerando que o ________ foi adquirido em


________ , anteriormente à data da união do casal, em ________ , não deve
compor a meação.

Nesse sentido, confirma a jurisprudência sobre o tema:

Divórcio. Sentença de parcial procedência. Insurgência da


autora quanto aos alimentos devidos pelo réu aos filhos
menores e à partilha. Alimentos. Binômio possibilidade-
necessidade respeitado. Ausência de sinais de riqueza a
justificar a majoração dos alimentos. Imóvel adquirido
muito antes do casamento das partes. Autora que
não formulou na inicial pedido para o
reconhecimento da união estável que afirma ter
havido antes do matrimônio. Notícia de que o réu
vendeu um terreno particular para comprar o imóvel que
se pretende partilhar. Bem que, em tese, é excluído da
comunhão. Inteligência do artigo 1.659, I, do CC. Sentença
mantida. Recuso desprovido. (TJSP; Apelação Cível
1000474-77.2017.8.26.0318; Relator (a): Alexandre
Marcondes; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito
Privado; Foro de Leme - 1ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 22/01/2020; Data de Registro: 22/01/2020)

Divórcio. Sentença de parcial procedência. (...). Imóvel


adquirido muito antes do casamento das partes.
Autora que não formulou na inicial pedido para o
reconhecimento da união estável que afirma ter havido
antes do matrimônio. Notícia de que o réu vendeu um
terreno particular para comprar o imóvel que se pretende
partilhar. Bem que, em tese, é excluído da comunhão.
Inteligência do artigo 1.659, I, do CC. Sentença mantida.
Recuso desprovido. (TJSP; Apelação Cível 1000474-
77.2017.8.26.0318; Relator (a): Alexandre Marcondes;
Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Leme - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 22/01/2020;
Data de Registro: 22/01/2020)

APELAÇÃO CÍVEL. Ação de divórcio litigioso com partilha


de bens e alimentos. Dissolução. Sentença de parcial
procedência. Inconformismo. Não acolhimento. Pretensão
autoral de partilha dos Bens (automóvel e moto) na
proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada um dos
cônjuges. Bens adquiridos antes do casamento pelo
Réu. Autora que não comprovou o esforço comum
na aquisição. Ônus da prova que incumbia à Requerente
e do qual não se desincumbiu (art. 373, inciso I do Código
de Processo Civil). Sentença mantida. Decisão bem
fundamentada. Ratificação, nos termos do artigo 252, do
Regimento Interno. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJSP;
Apelação Cível 1000261-65.2017.8.26.0126; Relator (a):
Penna Machado; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito
Privado; Foro de Caraguatatuba - 1ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 28/01/2020; Data de Registro: 30/01/2020)

Razões pelas quais, o ________ não deve compor a meação.

DA SEPARAÇÃO DE FATO

Não obstante a formalização tardia do divórcio, a separação do


casal já é fática desde ________ , data em que o cônjuge alugou outro imóvel e
saiu da residência comum.

Dessa forma, em que pese a separação de fato não romper o


vínculo conjugal (art. 1.571 do CC), reconhece-se que ela põe fim ao regime
matrimonial de bens, impedindo que os bens posteriormente adquiridos se
comuniquem.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INCOMUNICABILIDADE DE


BENS. Sentença de procedência. Inconformismo da ré.
Alegação de que as benfeitorias em um dos imóveis foram
realizadas durante a constância do casamento e que não há
que se falar em extinção do regime de bens antes da data
do divórcio. Partes que se encontravam separadas de fato
há cerca de 10 anos, antes da propositura da ação de
divórcio. Ausência de provas de que as benfeitorias
realizadas no imóvel localizado no município de São Paulo
ocorreram durante o casamento. Imóvel que foi adquirido
antes do casamento. Impossibilidade de partilhar as
benfeitorias. Os outros bens foram adquiridos após a
separação de fato do casal, fato afirmado, inclusive, pela
própria ré. Separação de fato que põe fim ao regime
matrimonial de bens, impedindo que os bens
posteriormente adquiridos se comuniquem. Bens que
devem ser excluídos da partilha. Precedentes do E. STJ e
dessa E. Corte. Sentença mantida. RECURSO NÃO
PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1063381-
66.2017.8.26.0002; Relator (a): Ana Maria Baldy; Órgão
Julgador: 6ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional II -
Santo Amaro - 4ª Vara da Família e Sucessões; Data do
Julgamento: 22/01/2020; Data de Registro: 22/01/2020)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIVÓRCIO E PARTILHA.


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. SEPARAÇÃO DE
FATO. Promovida a separação fática entre os cônjuges,
rompem-se os vínculos patrimoniais, de tal sorte que, a
partir de então, cessa a meação sobre o passivo e o ativo
amealhados. Precedentes desta E. Corte e do E. STJ. DATA
DA SEPARAÇÃO. Em que pese a concessão de medida
cautelar de separação de corpos em abril de 2011, as
provas dos autos demonstram que as partes se separaram
em 02.10.2009, devendo esta última data prevalecer para
fins de partilha dos bens e das dívidas do casal. Decisão
reformada. RECURSO PROVIDO. (TJSP; Agravo de
Instrumento 2177811-49.2019.8.26.0000; Relator (a):
Rosangela Telles; Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito
Privado; Foro Regional II - Santo Amaro - 5ª Vara da
Família e Sucessões; Data do Julgamento: 10/12/2019;
Data de Registro: 10/12/2019).

Razões pelas quais, os bens adquiridos após a separação de fato,


mesmo que antes do divórcio não podem compor a meação.

DO FINANCIAMENTO PAGO POR ESFORÇO COMUM

Não obstante a compra do ________ anteriormente ao


casamento, deve ser considerado que o pagamento do financiamento assumido
foi pago no curso da relação, presumindo-se ser fruto de esforço comum.

Portanto, deve compor a meação as parcelas de todo o período na


constância do casamento.
Nesse sentido são os precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO - Ação de Divórcio - Propositura anterior de


Medida Cautelar de Separação de Corpos pelo marido
contra a mulher - (...) - Comprovado que o veículo foi
adquirido pelo réu em data anterior ao casamento, é
partilhável apenas as parcelas do seu financiamento,
diante da presunção de pagamento pelo esforço comum -
Honorários advocatícios - Condenação do autor ao
pagamento de honorários de sucumbência na medida
cautelar - Descabimento - Princípio da causalidade - Ré
que deu causa a ação - Recurso parcialmente provido.
(TJSP; Apelação Cível 1001868-64.2015.8.26.0650;
Relator (a): José Aparício Coelho Prado Neto; Órgão
Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro de Valinhos
- 3ª Vara; Data do Julgamento: 22/01/2020; Data de
Registro: 22/01/2020)

DIVÓRCIO - Propositura pela mulher - Regime de


comunhão parcial de bens - Presunção de esforço comum -
Partilha de imóvel comum - (...) Imóvel adquirido pelo réu
antes do casamento que não integrou a partilha - No
entanto, são partilháveis as prestações do financiamento
imobiliário quitadas durante o casamento - Insurgência do
varão, porquanto pretende ressarcir a autora somente com
relação aos valores para amortização do empréstimo - Não
acolhimento - Prestações que foram pagas com numerário
do casal, no curso do matrimônio - (...) - Sentença mantida
- Aplicação do disposto no artigo 252 do Regimento
Interno desta Corte - RECURSO NÃO PROVIDO. (TJSP;
Apelação Cível 1002844-52.2018.8.26.0008; Relator (a):
Elcio Trujillo; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito
Privado; Foro Regional VIII - Tatuapé - 1ª Vara da Família
e Sucessões; Data do Julgamento: 17/12/2019; Data de
Registro: 17/12/2019)
Requer, dessa forma, seja incluída na partilha as parcelas pagas no
período de ________ , que se tratam de pagamentos concomitante à união do
casal.

DAS BENFEITORIAS REALIZADAS

Não obstante a aquisição do imóvel ter ocorrido anteriormente ao


casamento, deve ser considerado na partilha as benfeitorias e valor agregado ao
imóvel no curso da união, conforme clara redação do Código Civil:

Art. 1.660. Entram na comunhão:


(...)

IV - as benfeitorias em bens particulares de cada


cônjuge;

Afinal, após a constituição da união, o casal uniu esforços para


ampliar e melhorar a moradia em que viviam, realizando conjuntamente
investimentos nas benfeitorias do imóvel.

Como prova deste investimento conjunto tem-se ________ .

Portanto, os valores das benfeitorias e a valorização do imóvel


neste período devem compor a meação, conforme precedentes sobre o tema:

Reconhecimento e dissolução de união estável e divórcio.


Ausência de prova segura de que a união se tivesse
iniciado em 1.995. Fato, porém, que não alteraria a
partilha deliberada. Terreno adquirido pelo varão em
1994, ausente prova adequada de pagamento de
prestações já depois da união. Partilha do valor das
benfeitorias que, porém, se preserva. Sentença
mantida. Recurso desprovido. (TJSP; Apelação Cível
1006116-06.2018.8.26.0606; Relator (a): Claudio Godoy;
Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Suzano - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 14/01/2020;
Data de Registro: 14/01/2020)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO


C/C ALIMENTOS E DIREITO DE VISITAS. VISITAÇÕES
ASSISTIDAS. MANUTENÇÃO. MELHOR INTERESSE DA
CRIANÇA. NECESSIDADE, ENTRETANTO, DE SE
REGULAMENTAR AS VISITAS NOS FINAIS DE
SEMANA. PARTILHA. BENS ADQUIRIDOS NA
CONSTÂNCIA DO CASAMENTO, QUE DEVEM SER
PARTILHADOS ENTRE AS PARTES, ASSIM COMO AS
DÍVIDAS CONTRAÍDAS NESSE PERÍODO. PRESUNÇÃO
DE BENEFÍCIO COMUM NÃO DESCONSTITUÍDA. EX-
CÔNJUGE QUE FAZ JUS À INDENIZAÇÃO PELA
REALIZAÇÃO DE BENFEITORIAS EM IMÓVEL
PARTICULAR DO OUTRO CONSORTE.
ALIMENTOS. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À
EMPREGADORA PARA DESCONTO EM FOLHA.
POSSIBILIDADE. RECURSOS PARCIALMENTE
PROVIDOS. (TJSP; Apelação Cível 1000575-
35.2018.8.26.0042; Relator (a): Maria do Carmo Honorio;
Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Altinópolis - Vara Única; Data do Julgamento:
14/08/2014; Data de Registro: 26/01/2020)

AÇÃO DE DIVÓRCIO E RECONHECIMENTO DE UNIÃO


ESTÁVEL ANTERIOR AO CASAMENTO C/C PEDIDO DE
ALIMENTOS PROVISÓRIOS, PARTILHA DE BENS E
ARBITRAMENTO DE ALUGUEL. I. Existência de união
estável pretérita ao casamento. Pretensão de
reconhecimento da entidade familiar desde julho/1987.
Inadmissibilidade. (...). II. Partilha de bens. Terreno
adquirido pelo cônjuge varão anteriormente à constituição
da união estável. Exclusão do bem imóvel da comunhão,
na forma do artigo 1.659, inciso I, do Código Civil.
Evidência, todavia, de realização de construção
durante a vigência da união estável e posterior
casamento, diante das circunstâncias
evidenciadas pela prova documental e das
alegações das partes. Reconhecimento da meação,
assim, que deve ser feita sobre as acessões e
benfeitorias incorporadas ao imóvel particular, na
forma do disposto no artigo 1660, inciso IV, do Código
Civil. III. Alimentos transitórios à virago. Duração
estipulada pelo prazo de um ano. Adequação.
Alongamento que não encontra justificativa em elementos
robustos. Medida que atendeu, com rigor, à regra do artigo
1.695 do Código Civil. SENTENÇA REFORMADA EM
PARTE. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. (TJSP;
Apelação Cível 1000977-35.2016.8.26.0512; Relator (a):
Donegá Morandini; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito
Privado; Foro de Rio Grande da Serra - Vara Única; Data
do Julgamento: 24/01/2020; Data de Registro:
24/01/2020)

DOS PROVENTOS EM CONTA

O Código Civil previu claramente que os proventos pessoais não se


comunicam na partilha do casal, devendo ser excluído da meação, in verbis:

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:


(...)

VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;

VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas


semelhantes.

Desta forma, o valor constante na conta pessoal do autor , deve ser


totalmente excluída da partilha, pois proveniente exclusivamente do seu
trabalho pessoal.

Trata-se de entendimento reiterado nos tribunais:


Montante levantado pelo marido anos após a separação de
fato do casal. Hipótese de incomunicabilidade, por
constituir provento do trabalho pessoal do
cônjuge, a teor do artigo 1.659, inciso VI, do CC.
Jurisprudência desta Câmara. Sentença reformada em
parte. Recurso parcialmente provido. (TJSP; Apelação
Cível 1006076-64.2016.8.26.0292; Relator (a): J.B. Paula
Lima; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Privado;
Foro de Jacareí - 1ª Vara de Família e Sucessões; Data do
Julgamento: 03/12/2019; Data de Registro: 03/12/2019)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. PARTILHA


DE BENS. REVERSÃO DE EMPRÉSTIMO EM
BENEFÍCIO DA FAMÍLIA. INOVAÇÃO RECURSAL.
PARTILHA DE CONTA SALÁRIO.
IMPOSSIBILIADE. (...) .2. No regime de comunhão
parcial, os valores constantes de conta salário não
podem ser objeto de partilha, uma vez que
proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge,
quantias excluídas do patrimônio comum. Art.
1.659, VI, CC.3. (...) Sucumbência redistribuída e
honorários majorados. (TJDFT, Acórdão n.1099023,
20161410016433APC, Relator(a): ROBERTO FREITAS, 1ª
TURMA CÍVEL, Julgado em: 16/05/2018, Publicado em:
28/05/2018)

DA CONTA POUPANÇA E INVESTIMENTOS

A conta poupança e investimentos realizados no curso da relação


devem compor a partilha, uma vez que passam a constituir o patrimônio do
casal.

União estável. Sentença de procedência. Irresignação da ré


em relação à partilha do saldo existente em conta
poupança de sua titularidade. Partilha que se impõe como
consequência lógica do reconhecimento e dissolução da
união estável havida entre as partes. Proventos
recebidos durante a convivência que passam a
integrar o patrimônio comum do casal.
Inaplicabilidade da regra do inciso VI do art. 1.659 do
Código Civil. Ausência de prova de que o saldo da
poupança é proveniente de depósitos anteriores à união
estável. Sentença mantida. Recuso desprovido. (TJSP;
Apelação Cível 1000709-33.2017.8.26.0257; Relator (a):
Alexandre Marcondes; Órgão Julgador: 3ª Câmara de
Direito Privado; Foro de Ipuã - Vara Única; Data do
Julgamento: 22/01/2020; Data de Registro: 22/01/2020)

CIVIL - DIREITO DE FAMÍLIA - DIVÓRCIO - PARTILHA


- REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL - VEÍCULO
AUTOMOTOR - VALOR DE MERCADO NA DATA DA
SEPARAÇÃO DE FATO - TABELA FIPE - SALDO
ACUMULADO EM CONTAS CORRENTE E POUPANÇA -
DIVISÃO - CABIMENTO - VALORES DECORRENTES DE
PROVENTOS DO TRABALHO - IRRELEVÂNCIA -
PRECEDENTES DO STJ(...)3 "O entendimento atual
do Superior Tribunal de Justiça é o de que os
proventos do trabalho recebidos, por um ou outro
cônjuge, na vigência do casamento, compõem o
patrimônio comum do casal, a ser partilhado na
separação, tendo em vista a formação de
sociedade de fato, configurada pelo esforço
comum dos cônjuges, independentemente de ser
financeira a contribuição de um dos consortes e
do outro não" (REsp n. 1.399.199, Relator para acórdão
Min. Luis Felipe Salomão). É irrelevante, portanto, para
efeitos de partilha, se os valores acumulados encontrados
em contas corrente e poupança decorrem de proventos do
trabalho, devendo ser partilhados independentemente da
origem. (TJSC, Apelação Cível n. 0313317-
93.2017.8.24.0020, de Criciúma, rel. Des. Luiz Cézar
Medeiros, Quinta Câmara de Direito Civil, j. 22-10-2019)

Devendo, portanto, o montante constante nas contas de


investimentos do réu serem partilhados.

DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS

Eventuais créditos a serem recebidos pelo ex-companheiro em


reclamação trabalhista, proposta antes da separação, deve ser incluídos na
partilha.

Isso porque a verba pleiteada junto à Justiça do Trabalho é


referente a direito adquirido durante o casamento, de modo que teria
ingressado no patrimônio do casal caso tivesse sido paga corretamente pelo
empregador.

Nesse sentido, confirma a jurisprudência sobre o tema:

DIVÓRCIO LITIGIOSO. PARTILHA DE BENS. Casamento


sob o regime de comunhão parcial de bens. Ré que
pretende a partilha de: dois imóveis; verbas trabalhistas;
quotas da empresa JAR; capital social da empresa
Duarcom. (...). Verbas trabalhistas. Existência de duas
ações trabalhistas ajuizadas pelo autor nos anos de 2010 e
2011, presumindo se tratar de trabalho exercido na
constância do casamento, motivo pelo qual deve ser
abrangido pela partilha. Eventual crédito a ser recebido
pelo autor, do qual deverão ser deduzidas despesas com
custas, despesas processuais e honorários advocatícios,
bem como eventuais tributos que incidam sobre o valor.
Sentença reformada para determinar a partilha tão
somente das quotas sociais da empesa JAR, pertencentes
ao autor, bem como do imóvel objeto da matrícula 156785,
e de eventual crédito trabalhista, na proporção de 50%
para cada parte. Honorários mantidos. Recurso
parcialmente provido. (TJSP; Apelação Cível 1034140-
13.2018.8.26.0002; Relator (a): Fernanda Gomes
Camacho; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Privado;
Foro Regional II - Santo Amaro - 8ª Vara da Família e
Sucessões; Data do Julgamento: 15/12/2011; Data de
Registro: 30/01/2020)

DIVÓRCIO E PARTILHA - Insurgência da requerida


contra a divisão de bens regulamentada na sentença -
Correta a partilha do automóvel adquirido durante o
casamento, bem como das respectivas dívidas de
financiamento - Correta, também, a partilha da empresa
individual constituída na constância do matrimônio, não
havendo provas da utilização de recursos exclusivos da
requerida - Por outro lado, incorreto o afastamento da
partilha dos créditos provenientes de reclamação
trabalhista proposta antes da separação e referentes a
direitos adquiridos durante o casamento - Sentença
reformada em parte - RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1009147-
02.2016.8.26.0510; Relator (a): Elcio Trujillo; Órgão
Julgador: 10ª Câmara de Direito Privado; Foro de Rio
Claro - 2ª Vara da Família e Sucessões; Data do
Julgamento: 10/12/2019; Data de Registro: 10/12/2019)

Razões pelas quais, os créditos trabalhistas devem compor


igualmente a parcela a ser partilhada.

DA DESNECESSIDADE DE PROVA DA PARTICIPAÇÃO


FINANCEIRA DE CADA CÔNJUGE

No regime de comunhão parcial de bens, presume-se esforço


comum na aquisição dos bens na constância do casamento.

CIVIL - DIREITO DE FAMÍLIA - UNIÃO ESTÁVEL -


REQUISITOS CONFIGURADORES - CC, ART. 1.723 -
PARTILHA DE BENS - PATRIMÔNIO ADQUIRIDO
ONEROSAMENTE DURANTE A RELAÇÃO -
PRESUNÇÃO DE ESFORÇO COMUM - PARTILHA
DEVIDA 1 A configuração da união estável, consoante o
art. 1.723, do Código Civil, reclama a existência de relação
pública, continua e duradoura e, principalmente,
estabelecida com o objetivo de constituição de família. 2
No regime da comunhão parcial de bens, regra também
aplicável nas relações de união estável, há presunção de
esforço comum em relação aos bens adquiridos de forma
dispendiosa na constância da união, mostrando-se
prescindível a comprovação de contribuição mútua para a
partilha de bens. 3 "Na união estável, vigente o regime da
comunhão parcial, há presunção absoluta de que os bens
adquiridos onerosamente na constância da união são
resultado do esforço comum dos conviventes. 3.
Desnecessidade de comprovação da participação
financeira de ambos os conviventes na aquisição de bens,
considerando que o suporte emocional e o apoio afetivo
também configuram elemento imprescindível para a
construção do patrimônio comum [...]" (REsp n. 129.599.1,
Min. Paulo de Tarso Sanseverino). COMUNHÃO
PARCIAL DE BENS - ALEGAÇÃO DE SUB-ROGAÇÃO DE
BEM PARTICULAR - NÃO COMPROVAÇÃO "A sub-
rogação afasta a presunção de contribuição e inviabiliza a
partilha. A prova de sua ocorrência, todavia, é ônus do
interessado, pois do contrário prevalece a presunção de
comunicação dos bens adquiridos onerosamente na
constância do casamento [...]" (AC n. 2015.003819-1, Des.
Henry Petry Junior).(...) (TJSC, Apelação Cível n.
0300337-15.2015.8.24.0011, de Brusque, rel. Des. Luiz
Cézar Medeiros, Quinta Câmara de Direito Civil, j. 20-08-
2019)

Dessa forma, a partilha deve ser ser feita nos seguintes termos:

Considerando o regime de comunhão total de bens adotado,


comunicam-se todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas
passivas nos termos do Art. 1.667 do Código Civil, devendo a partilha ser feita
nos seguintes termos:

Considerando o regime de comunhão total de bens adotado, cada


cônjuge possui patrimônio próprio, e lhe cabe, à época da dissolução da
sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título
oneroso, na constância do casamento, nos termos do Art. 1.672 do Código Civil,
devendo a partilha ser feita nos seguintes termos:

De todo patrimônio disponível, requer seja deferida a partilha da


seguinte forma:

1. ________ , no valor de R$ ________ que será será


destinado ao ________ .

2. ________ , no valor de R$ ________ que será será


destinado ao ________ .

3. ________ , no valor de R$ ________ que será será


destinado ao ________ .

As dívidas acima relacionadas, serão cobertas pelos seguintes bens


e valores:

________ - ________ - ________ que será paga por


meio de ________

________ - ________ - ________ - que será paga por


meio de ________ ...

DO ARBITRAMENTO DE ALUGUEL POR IMÓVEL COMUM

Considerando o uso exclusivo do imóvel comum pelo réu , sem


qualquer pagamento ao autor da parte que lhe cabe, devido o arbitramento e
condenação ao pagamento dos aluguéis.
Afinal, o autor notificou o réu reiteradas vezes sem que qualquer
medida fosse tomada, sendo devido o pagamento, conforme precedentes sobre o
tema:

APELAÇÃO. Arbitramento de alugueres. Direitos sobre


bem imóvel estabelecidos por sentença de divórcio.
Ocupação exclusiva por um dos ex-cônjuges confessa e
inequívoca. Fixação de alugueres na proporção de 50% que
se impõe. Apuração do valor dos alugueres postergada à
fase de liquidação. Ausente interesse recursal nesta seara.
(...). Sentença mantida. Adoção do art. 252 do RITJ.
RECURSO DESPROVIDO. (TJSP; Apelação Cível
1009006-78.2017.8.26.0564; Relator (a): Jair de Souza;
Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Privado; Foro de
São Bernardo do Campo - 1ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 31/01/2020; Data de Registro: 31/01/2020)

Extinção de condomínio. O arbitramento de aluguel


pedido pelo autor é devido porque integra o direito de
receber os frutos do imóvel utilizado pelos demais
condôminos. Recurso provido para julgar totalmente
procedente a ação e arbitrar o aluguel em 0,5% do valor da
avaliação. (TJSP; Apelação Cível 1000646-
85.2015.8.26.0157; Relator (a): Maia da Cunha; Órgão
Julgador: 4ª Câmara de Direito Privado; Foro de Cubatão
- 1ª Vara; Data do Julgamento: 31/01/2019; Data de
Registro: 06/02/2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


ARBITRAMENTO DE ALUGUEL. JUSTIÇA GRATUITA
CONCEDIDA EM GRAU RECURSAL. BEM EM
CONDOMÍNIO USUFRUÍDO POR APENAS UM DOS CO-
PROPRIETÁRIOS (HERDEIRO) - FIXAÇÃO DE
ALUGUEL PROVISÓRIO - POSSIBILIDADE - VALOR
ARBITRADO QUE SE MOSTRA RAZOÁVEL E REFLETE
AS AVALIAÇÕES IMOBILIÁRIAS APRESENTADAS -
DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO. (TJPR - 11ª C.Cível - 0009325-
17.2019.8.16.0000 - Curitiba - Rel.: Desembargador Ruy
Muggiati - J. 11.09.2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIVÓRCIO. PEDIDO DE


ARBITRAMENTO DE ALUGUEIS. Ainda que a sentença
de partilha não tenha transitado em julgado, mostra-se
viável o atendimento do pedido da recorrente para que
seja arbitrado aluguel pelo uso exclusivo de bem comum.
POR MAIORIA, DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O
RELATOR. (TJRS, Agravo de Instrumento 70076139666,
Relator(a): Luiz Felipe Brasil Santos, Oitava Câmara Cível,
Julgado em: 19/07/2018, Publicado em: 26/07/2018)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. (...)ALIENAÇÃO


JUDICIAL. BEM COMUM. EXTINÇÃO DE
CONDOMÍNIO. ALIENAÇÃO EM HASTA PÚBLICA.
SUSPENSÃO DO PROCESSO. NÃO CABIMENTO.
ALUGUÉIS DEVIDOS. TERMO INICIAL. CITAÇÃO.(...) 5.
No condomínio, deve o coproprietário que usufrui
exclusivamente do bem indenizar o outro, mediante o
pagamento de aluguéis proporcionais à sua quota-parte. 6.
O termo inicial dos aluguéis deve ser fixado na citação,
momento no qual o autor se manifestou no sentido de não
mais anuir com o usufruto exclusivo do coproprietário
ocupante.7. Apelação parcialmente provida. (TJDFT,
Acórdão n.1103555, 20160510090506APC, Relator(a):
HECTOR VALVERDE, 1ª TURMA CÍVEL, Julgado em:
13/06/2018, Publicado em: 20/06/2018)

Para o presente caso, o valor mensal deve corresponder a R$


________ , com base no aluguel de imóveis semelhantes no mesmo edifício.

Razões pelas quais requer a imediata procedência da demanda,


com a determinação ao pagamento dos aluguéis devidos desde a data da
notificação para desocupação.

DO AMINAL DOMÉSTICO DO CASAL

Considerando a separação do casal, importante evidenciar que na


partilha dos bens encontra-se um animal doméstico, um ________ , de forte
laços afetivos com o autor .

Apesar do Direito brasileiro classificar os animais - sejam eles de


estimação ou criados para o comércio, como bens móveis semoventes, não pode
ser desconsiderado que desde o início da relação, que durou por mais de
________ .

No presente caso o autor construiu um vínculo muito próximo do


animalzinho, uma vez que o manteve sempre sob os seus cuidados e nunca
deixou de o ter em sua companhia, conforme ________ .

Assim, a simples demonstração de propriedade não pode ser


considerada isoladamente na disputa da "guarda do animal", não podendo ser
desprezada a relação de afeto do Requerente com o animal de estimação,
conforme já destacado pelo STJ:

"Inicialmente, deve ser afastada qualquer alegação de


que a discussão envolvendo a entidade familiar e o seu
animal de estimação é menor, ou se trata de mera
futilidade a ocupar o tempo desta Corte. Ao contrário,
é cada vez mais recorrente no mundo da pós-
modernidade e envolve questão bastante
delicada, examinada tanto pelo ângulo da
afetividade em relação ao animal, como também
pela necessidade de sua preservação como
mandamento constitucional (art. 225, § 1, inciso VII
- "proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as
práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade"). (...) No entanto, os animais de
companhia possuem valor subjetivo único e
peculiar, aflorando sentimentos bastante íntimos
em seus donos, totalmente diversos de qualquer
outro tipo de propriedade privada. " (REsp
1713167/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 19/06/2018, DJe
09/10/2018)

A lacuna legislativa sobre as implicações desse novo paradigma


constitucional sobre os aspectos relativos ao afeto familiar sobre um animal de
estimação em caso de divórcio, leva o Poder Judiciário ao papel de estabelecer
parâmetros sobre a continuidade desta relação.

dessa forma, a solução a ser encontrada ao presente caso, deve-se


utilizar por analogia a prática jurídica já difundida em relação à guarda: Afeto,
Possibilidade e Necessidade, conforme já confirmado pelo STJ ao decidir sobre
o tema:

"A ordem jurídica não pode, simplesmente,


desprezar o relevo da relação do homem com seu
animal de estimação, sobretudo nos tempos
atuais. Deve-se ter como norte o fato, cultural e da pós-
modernidade, de que há uma disputa dentro da entidade
familiar em que prepondera o afeto de ambos os cônjuges
pelo animal. Portanto, a solução deve perpassar pela
preservação e garantia dos direitos à pessoa humana,
mais precisamente, o âmago de sua dignidade. 6. Os
animais de companhia são seres que, inevitavelmente,
possuem natureza especial e, como ser senciente -
dotados de sensibilidade, sentindo as mesmas dores e
necessidades biopsicológicas dos animais racionais -,
também devem ter o seu bem-estar considerado. 7. Assim,
na dissolução da entidade familiar em que haja algum
conflito em relação ao animal de estimação,
independentemente da qualificação jurídica a ser
adotada, a resolução deverá buscar atender, sempre a
depender do caso em concreto, aos fins sociais, atentando
para a própria evolução da sociedade, com a proteção do
ser humano e do seu vínculo afetivo com o animal. 8. Na
hipótese, o Tribunal de origem reconheceu que a cadela
fora adquirida na constância da união estável e que
estaria demonstrada a relação de afeto entre o recorrente
e o animal de estimação, reconhecendo o seu direito de
visitas ao animal, o que deve ser mantido." (REsp
1713167/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 19/06/2018, DJe
09/10/2018)

Da mesma forma, compreende a doutrina pela preservação dos


laços afetivos criados durante a relação com os animais de estimação.

"O conceito de família vem adquirindo tal elasticidade


que a doutrina denomina de família multiespécie a
constituída pelos donos e seus animais de estimação,
membros não humanos. A tendência de chamá-los de
seres sencientes (coisas sensíveis). Quando do fim da
convivência, tem a justiça reconhecido a co-titularidade
dos animais de companhia, estabelecendo a custódia
compartilhada com a imposição de pagamento de
alimentos. Neste sentido, Enunciado do IBDFAM
(Enunciado 11 do IBDFAM: Na ação destinada a
dissolver o casamento ou a união estável, pode o juiz
disciplinar a custódia compartilhada do animal de
estimação do casal." (DIAS, Maria Berenice. Manual de
direito das famílias. 4ª ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2016)

Assim, diante da inequívoca demonstração de relação de afeto e


cuidado que sempre recaíram sobre o autor é de se reconhecer o seu direito de
permanecer em sua companhia.

Subsidiariamente, caso assim não entenda, requer seja


determinada plano de visitação de no mínimo ________ .

DA JUSTIÇA GRATUITA

O Requerente atualmente é ________ , tendo sob sua


responsabilidade a manutenção de sua família, razão pela qual não poderia
arcar com as despesas processuais.

Ademais, em razão da pandemia, após a política de distanciamento


social imposta pelo Decreto ________ nº ________ (em anexo), o
requerente teve o seu contrato de trabalho reduzido, com redução do seu salário
em ________ , agravando drasticamente sua situação econômica.

Desta forma, mesmo que seus rendimentos sejam superiores ao


que motiva o deferimento da gratuidade de justiça, neste momento excepcional
de redução da sua remuneração, o autor se encontra em completo descontrole
de suas contas, em evidente endividamento.

Como prova, junta em anexo ao presente pedido ________ .

Para tal benefício o autor junta declaração de hipossuficiência e


comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das
custas judicias sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do
Art. 99 Código de Processo Civil de 2015.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser


formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na


instância, o pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá
seu curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver


nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de


insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz
jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE


SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência
Judiciária indeferida - Inexistência de elementos nos
autos a indicar que o impetrante tem condições de
suportar o pagamento das custas e despesas
processuais sem comprometer o sustento próprio
e familiar, presumindo-se como verdadeira a
afirmação de hipossuficiência formulada nos
autos principais - Decisão reformada - Recurso provido.
(TJSP; Agravo de Instrumento 2083920-
71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura Tavares;
Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Foro
Central - Fazenda Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda
Pública; Data do Julgamento: 23/05/2019; Data de
Registro: 23/05/2019

Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do


requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas,
despesas processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme
destaca a doutrina:

"Não se exige miserabilidade, nem estado de


necessidade, nem tampouco se fala em renda familiar ou
faturamento máximos. É possível que uma pessoa
natural, mesmo com bom renda mensal, seja merecedora
do benefício, e que também o seja aquela sujeito que é
proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez.
A gratuidade judiciária é um dos mecanismos de
viabilização do acesso à justiça; não se pode
exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito
tenha que comprometer significativamente sua
renda, ou tenha que se desfazer de seus bens,
liquidando-os para angariar recursos e custear o
processo." (DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael
Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed.
Editora JusPodivm, 2016. p. 60)

"Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário


que a parte seja pobre ou necessitada para que
possa beneficiar-se da gratuidade da justiça.
Basta que não tenha recursos suficientes para pagar as
custas, as despesas e os honorários do processo. Mesmo
que a pessoa tenha patrimônio suficiente, se estes bens
não têm liquidez para adimplir com essas despesas, há
direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz Guilherme.
ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo
Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos
Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição


Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao
requerente.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, REQUER:

1. A tramitação prioritária da demanda, nos termos do art. Art. 152 §1º da


Lei 8.069/90;
2. A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do Código de
Processo Civil;

3. O arbitramento de alimentos provisórios, em R$ ________ ,


equivalente a ________ do salário do requerido, a ser depositada na
conta (poupança/ corrente);

4. A citação do réu para responder a presente ação, querendo;

5. A notificação da empresa ________ para obter prova da renda fixa do


requerido;

6. O deferimento da ação para

a.1) Reconhecer e dissolver a União Estável;

a.2) A manutenção da guarda do menor com a ________ ;

a.3) Realizar a partilha de todo o patrimônio construído enquanto


pertencentes à União Estável;

a.4) O deferimento do montante estabelecido como alimentos ao filho


no percentual de ________ sobre os rendimentos do Réu;

a.5) O deferimento do montante estabelecido como alimentos


compensatórios no percentual de ________ sobre os rendimentos
do Réu;

8. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a


testemunhal mediante designação de audiência;

9. Seja designada audiência de conciliação, e não havendo êxito, seja designada


audiência de Instrução e Julgamento para a oitiva das partes e testemunhas;

10. Intimação do Ministério Público para intervir no feito, nos moldes do artigo
698, do CPC;
11. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos
parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC.

Nestes Termos Pede e Espera Deferimento.

Dá-se à causa o valor R$ ________ .

________ , ________ .

________

ANEXOS:

1. Comprovante de renda

2. Declaração de hipossuficiência

3. Documentos de Identificação do Autor

4. Procuração

5. Custas Judiciais

6. Provas da União Estável

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