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1. Material pré-aula
a. Tema
b. Noções Gerais
Definição
4
OLIVEIRA, Euclides Benedito de. União estável: do concubinato ao casamento: antes e depois
do novo código civil. São Paulo: Método, 2003 .
aos reflexos da relação, que serão tratadas adiante quando
analisado o conteúdo das disposições contratuais entre os
5
conviventes” .
7
Cahali, Francisco José. Contrato de convivência na união estável. São Paulo: Saraiva, 2002.
assim alcançará os seus efeitos legais, não só em relação aos
partícipes da relação como também no tocante aos terceiros.
8
Ibidem.
controvérsias, a fim de elidi-los desde o início. Todavia, é
fundamental que o contrato seja bem estruturado e isento de falhas,
a ponto de ser realmente útil como documento probatório a ser
utilizado por umas das partes contratantes ou por herdeiros destes,
etc.
9
VELOSO, Z. Código civil comentado: direito de família, alimento, bem de família, tutela e curatela. São
Paulo: Ed. Atlas, 2003.
10
Ibidem.
Quanto à forma, os contratos de convivência seguem as mesmas
regras gerais dos contratos.
11
OLIVEIRA, E. de. União estável: do concubinato ao casamento. 6. ed. São Paulo: Editora Método,
2003.
12
Ibidem.
de duas testemunhas identificadas, que poderão mais tarde ratificar a
idoneidade do ato.
Nada obsta, ainda, que tal contrato seja aditado, alterado, modificado
ou ampliado quantas vezes necessárias forem. Naturalmente, para
que atinja plenos efeitos, especialmente em relação a terceiros, será
essencial que a sua forma possibilite o seu registro em Cartório de
Registro de Títulos e Documentos. Devem também ser registrados
todos os aditivos, porventura existentes.
13
BRITO, N.M.S. Revista brasileira de direito de família. O contrato de convivência: uma decisão
inteligente. Porto Alegre: Síntese Ibdfam, v. 2, n. 8, jan/fev/mar/2001"
Famílias Simultâneas
14
CARVALHO, Newton Teixeira. https://domtotal.com/artigo/7462/2018/05/sucessao-nas-familias-
simultaneas-paralelas-e-nas-unioes-poliafetivas/
Os núcleos concorrentes das famílias simultâneas podem ser
representados através de duas uniões estáveis ou de um casamento
e uma união estável, mas nunca com dois casamentos, o que é
tipificado como crime de bigamia pelo art. 235 do Código Penal .15
16
REsp 1715485 / RN e AgInt no AREsp 455777 / DF
17
BARCELLOS, Karoline Malheiros de; CARUCCIO, Marlot Ferreira (Orient.). O Reconhecimento da União
Estável em Relações Paralelas e seus Efeitos
Patrimoniais. http://repositorio.upf.br/bitstream/riupf/1757/1/SAR2019Karoline%20Malheiros%20de%2
0Barcellos.pdf.
18
BRASILEIRO, Luciana. As famílias simultâneas e o seu regime jurídico.Ed. Fórum, 2019.
uniões simultâneas é minoritário, fato que fica evidente nos casos de
benefícios previdenciários. Nestes, especialmente na pensão por
morte, boa parte dos tribunais tem o entendimento de que, onde
existe o casamento e não houve separação de fato ou de direito, tem
se atribuído o benefício previdenciário apenas para a relação formal,
alegando que o outro relacionamento não possui intenção de
constituir família.19
d. Julgados/Informativos
Processo
REsp 1880056 / SE
RECURSO ESPECIAL
2020/0147797-8
Relator(a)
Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
16/03/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 22/03/2021
Ementa
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADA COM PARTILHA DE
BENS E ALIMENTOS. PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA.
REGIME MARCADO PELA LIBERDADE DO INVESTIDOR.
CONTRIBUIÇÃO, DEPÓSITOS, APORTES E RESGATES FLEXÍVEIS.
NATUREZA JURÍDICA MULTIFACETADA. SEGURO PREVIDENCIÁRIO.
INVESTIMENTO OU APLICAÇÃO FINANCEIRA. DESSEMELHANÇAS
ENTRE OS PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E FECHADA,
ESTE ÚLTIMO INSUSCETÍVEL DE PARTILHA. NATUREZA SECURITÁRIA
E PREVIDENCIÁRIA DOS PLANOS PRIVADOS ABERTOS VERIFICADA
APÓS O RECEBIMENTO DOS VALORES ACUMULADOS, FUTURAMENTE
E EM PRESTAÇÕES, COMO COMPLEMENTAÇÃO DE RENDA. NATUREZA
JURÍDICA DE INVESTIMENTO E APLICAÇÃO FINANCEIRA ANTES DA
CONVERSÃO EM RENDA E PENSIONAMENTO AO TITULAR. PARTILHA
POR OCASIÃO DO VÍNCULO CONJUGAL. NECESSIDADE. ART. 1.659,
VII, DO CC/2002 INAPLICÁVEL À HIPÓTESE. PARTILHA DE PARTE DO
STFbdfam.org.br/index.php/noticias/8070/Especialistas+comentam+decisão+do+STF+que+não+reconh
eceu++uniões+estáveis+simultâneas+em+disputa+previdenciária
BEM ADQUIRIDO NA CONSTÂNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL COM
RECURSOS ADVINDOS DO LEVANTAMENTO DE SALDO DO FGTS.
POSSIBILIDADES. PRECEDENTES. DESNECESSIDADE DOS
ALIMENTOS À EX-CÔNJUGE. DEFICIÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO
RECURSAL. SÚMULA 284/STF. IMPRESCINDIBILIDADE DO REEXAME
DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 7/STJ.
1- Ação ajuizada em 01/03/2018. Recurso especial interposto em
20/01/2020 e atribuído à Relatora em 17/07/2020.
2- Os propósitos recursais consistem em definir: (i) se o valor
existente em previdência complementar privada aberta possui
natureza personalíssima e não pode ser objeto de partilha por
ocasião da dissolução da união estável; (ii) se o bem alegadamente
adquirido por sub-rogação e mediante uso de saldo de FGTS deveria
igualmente ser excluído da partilha; (iii) se, na hipótese, é devida a
pensão alimentícia à ex-cônjuge.
3- Os planos de previdência privada aberta, operados por
seguradoras autorizadas pela SUSEP, podem ser objeto de
contratação por qualquer pessoa física e jurídica, tratando-se de
regime de capitalização no qual cabe ao investidor, com amplíssima
liberdade e flexibilidade, deliberar sobre os valores de contribuição,
depósitos adicionais, resgates antecipados ou parceladamente até o
fim da vida, razão pela qual a sua natureza jurídica ora se assemelha
a um seguro previdenciário adicional, ora se assemelha a um
investimento ou aplicação financeira.
4- Considerando que os planos de previdência privada aberta, de que
são exemplos o VGBL e o PGBL, não apresentam os mesmos entraves
de natureza financeira e atuarial que são verificados nos planos de
previdência fechada, a eles não se aplicam os óbices à partilha por
ocasião da dissolução do vínculo conjugal apontados em precedente
da 3ª Turma desta Corte (REsp 1.477.937/MG).
5- Embora, de acordo com a SUSEP, o PGBL seja um plano de
previdência complementar aberta com cobertura por sobrevivência e
o VGBL seja um plano de seguro de pessoa com cobertura por e
sobrevivência, a natureza securitária e previdenciária complementar
desses contratos é marcante no momento em que o investidor passa
a receber, a partir de determinada data futura e em prestações
periódicas, os valores que acumulou ao longo da vida, como forma de
complementação do valor recebido da previdência pública e com o
propósito de manter um determinado padrão de vida.
6- Todavia, no período que antecede a percepção dos valores, ou
seja, durante as contribuições e formação do patrimônio, com
múltiplas possibilidades de depósitos, de aportes diferenciados e de
retiradas, inclusive antecipadas, a natureza preponderante do
contrato de previdência complementar aberta é de investimento,
razão pela qual o valor existente em plano de previdência
complementar aberta, antes de sua conversão em renda e
pensionamento ao titular, possui natureza de aplicação e
investimento, devendo ser objeto de partilha por ocasião da
dissolução do vínculo conjugal por não estar
abrangido pela regra do art. 1.659, VII, do CC/2002.
7- Dado que a partilha recaiu somente sobre a parte que foi
adquirida com os recursos advindos do levantamento de saldo do
FGTS, ressalvando a parte que havia sido adquirida pela arte com
recursos advindos de sub-rogação de bem exclusivo, deve ser
aplicada a jurisprudência desta Corte no sentido de que os valores de
FGTS levantados durante o interregno da união estável e utilizados
para aquisição de imóvel devem ser objeto de partilha. Precedentes.
8- A ausência de indicação do dispositivo legal supostamente violado
e a necessidade de reexame de fatos e provas impedem o
conhecimento do recurso especial no que tange aos alimentos,
aplicando-se, respectivamente, a Súmula 284/STF e a Súmula 7/STJ.
9- Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão,
desprovido, com majoração de honorários.
Processo
REsp 1835983 / PR
RECURSO ESPECIAL
2019/0262515-2
Relator(a)
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO (1144)
Órgão Julgador
T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento
02/02/2021
Data da Publicação/Fonte
DJe 05/03/2021
Ementa
RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. DISSOLUÇÃO DE UNIÃO
ESTÁVEL.
ALIMENTOS PROVISÓRIOS À EX-COMPANHEIRA. FALECIMENTO DO
ALIMENTANTE NO CURSO DO PROCESSO. OBRIGAÇÃO
PERSONALÍSSIMA. IMPOSSIBILIDADE DE TRANSMISSÃO AOS
HERDEIROS DO "DE CUJUS" OU AO SEU ESPÓLIO.
1. A obrigação de prestar alimentos, por ter natureza
personalíssima, extingue-se com o óbito do alimentante, cabendo ao
espólio recolher, tão somente, eventuais débitos não quitados pelo
devedor quando em vida, ressalvada a irrepetibilidade das
importâncias percebidas pela alimentada (REsp n.º 1354693/S, Rel.
p/ o acórdão o Ministro Antônio Carlos Ferreira, Segunda Seção,
julgado em 26/11/2014 DJe 20/02/2015).
2. Excepcionalmente e desde que o alimentado seja herdeiro do
falecido, é admitida a transmissão da obrigação alimentar ao
espólio, enquanto perdurar o inventário e nos limites da herança.
3. Possibilidade de ser pleiteada pela alimentanda ajuda alimentar
de outros herdeiros ou demais parentes com base no dever de
solidariedade decorrente da relação de parentesco, conforme
preceitua o art. 1.694, do Código Civil, ou, ainda, de postular a
sua habilitação no inventário e lá requerer a antecipação de
recursos eventualmente necessários para a sua subsistência até
ultimada a partilha, advindos da sua meação.
4. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
Processo
AgInt no REsp 1706745 / MG
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL
2017/0281158-7
Relator(a) Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140) Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA Data do Julgamento 24/11/2020. Data da
Publicação/Fonte DJe 17/03/2021
Ementa
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL.
NEGÓCIO JURÍDICO. COMPRA E VENDA. UNIÃO ESTÁVEL.
OUTORGA UXÓRIA. IMPRESCINDÍVEL PUBLICIDADE OU
CARACTERIZAÇÃO DE MA-FÉ.
1. Ausente incursão na seara fático-probatória ao analisar o recurso
especial, pois foi alcançada a conclusão de que o aresto recorrido
deveria ter sido reformado com base nas afirmações constantes no
próprio acórdão impugnado pelo recurso especial, visto que a
realidade dos autos retratada no aresto recorrido estava em
dissonância com o entendimento que esta Corte.
2. Necessidade de autorização de ambos os companheiros para a
validade da alienação de bens imóveis adquiridos no curso da união
estável, tendo em vista que o regime da comunhão parcial de bens
foi estendido à união estável pelo art. 1.725 do CCB, além do
reconhecimento da existência de condomínio natural entre os
conviventes sobre os bens adquiridos na constância da união, na
forma do art. 5º da Lei 9.278/96.
3. A invalidação de atos de alienação praticado por algum dos
conviventes, sem autorização do outro, depende de constatar se
existia: (a) publicidade conferida a união estável, mediante a
averbação de contrato de convivência ou da decisão declaratória da
existência união estável no Ofício do Registro de Imóveis em que
cadastrados os bens comuns, a época em que firmado o ato de
alienação, ou (b) demonstração de má-fé do adquirente.
4. No caso, nem foi apontada a configuração de má-fé, nem existia
qualquer publicidade formalizada da união estável na época em que
firmado o contrato de alienação, de modo que não pode ser
invalidado com base na ausência de outorga da convivente, ora
recorrida.
5. Agravo interno não provido.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da Quarta
Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam, por unanimidade,
negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Raul Araújo, Maria Isabel
Gallotti, Antonio Carlos Ferreira e Marco Buzzi (Presidente) votaram
com o Sr. Ministro Relator.
Processo
AgInt nos EDcl no REsp 1873590 / RS
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
ESPECIAL
2020/0109295-2
Relator(a)
Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140)
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento
1002062-91.2018.8.26.0704
Classe/Assunto: Apelação Cível / Dissolução
Relator(a): Rogério Murillo Pereira Cimino
Comarca: São Paulo.
Órgão julgador: 9ª Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 09/04/2021
Data de publicação: 09/04/2021
Ementa: APELAÇÃO. FAMÍLIA UNIÃO ESTÁVEL. PRESCRIÇÃO.
RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO. PARTILHA. REGULAMENTAÇÃO
DE VISITAS. ALIMENTOS. Sentença que julgou procedente, em parte,
a ação, para o efeito de atribuir a guarda unilateral do filho varão à
mãe, podendo o pai exercer o direito de visitas de forma livre.
Condenou o alimentante a pagar pensão alimentícia para o filho em
montante equivalente a 25% dos rendimentos líquidos, incluindo
todas as verbas de natureza remuneratória, excluídas as de natureza
indenizatória e o FGTS. Em caso de desemprego, fixou a pensão
alimentícia em 40% do salário-mínimo federal. Inconformismo da
parte autora quanto à omissão em relação à partilha do imóvel,
postulando a redução dos alimentos. Adoção dos fundamentos da
sentença, em razão do permissivo do artigo 252, do Regimento
Interno desta Egrégia Corte. Sentença mantida. Recurso não
provido.
19/10/2020
Data da Publicação/Fonte
DJe 26/10/2020
Ementa
AGRAVO INTERNO. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. SUCESSÕES.
CÔNJUGE OU
COMPANHEIRO SEXAGENÁRIO. PARTILHA. PROVA DO ESFORÇO
COMUM.
1. Por força do art. 258, parágrafo único, II, do Código Civil de
1916 (equivalente, em parte, ao art. 1.641, II, do Código Civil de
2002), ao casamento de sexagenário, se homem, ou cinquentenária,
se mulher, é imposto o regime de separação obrigatória de bens -
recentemente, a Lei 12.344/2010 alterou a redação do art. 1.641, II,
do CC, modificando a idade protetiva de 60 para 70 anos -, regra
também aplicável às uniões estáveis.
2. A Segunda Seção desta Corte, seguindo a linha da Súmula 377 do
STF, pacificou o entendimento de que apenas os bens adquiridos
onerosamente na constância da união, "e desde que comprovado o
esforço comum na sua aquisição, devem ser objeto de partilha"
(EREsp 1171820/PR, Rel. Ministro Raul Araújo, Segunda Seção,
julgado em 26/08/2015, DJe 21/09/2015).
3. Cabe ao juízo do inventário decidir, nos termos do art. 984 do
CPC/73, "todas as questões de direito e também as questões de fato,
quando este se achar provado por documento, só remetendo para os
meios ordinários as que demandarem alta indagação ou dependerem
de outras provas", entendidas como de alta indagação aquelas
questões que não puderem ser provadas nos autos do inventário.
Portanto, havendo o juiz de piso preconizado que a questão do
esforço comum demanda produção de provas, sendo de alta
indagação, esta deve ser dirimida nas vias ordinárias.
4. Agravo interno não provido.
d. Leitura sugerida
- LÔBO. Paulo. Direito Civil. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
e. Leitura complementar