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ADRIANA 1
DIREITO DE FAMÍLIA
6. Possível a dissolução do vínculo matrimonial pelo divórcio (art. 226, §6º, CF);
Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli,
João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero.
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10. Atribuição aos pais do dever de assistência, criação e educação dos filhos
(art. 229, CF);
1. Monogamia
a) O Estado considera crime a bigamia (at. 235, CP);
b) Pessoas casadas são impedidas de casar (art. 1.521, VI, CC);
c) A bigamia impõe a anulação do casamento (art. 1.548, II, CC)
d) A infidelidade serve de fundamento para a ação de separação, uma vez que
importa grave violação dos deveres do casamento, tornando insuportável a
vida em comum (art. 1.572, CC), de modo a, por si só, comprovar a
impossibilidade de comunhão de vida (art. 1.573, I, CC)
e) O legislador não empresta efeitos jurídicos às relações não eventuais entre
homem e mulher impedidos de casar, ou seja, o concubinato (art. 1727, CC)
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2º BIMESTRE
UNIÃO ESTÁVEL
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher,
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família.
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se
aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou
judicialmente.
§ 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
Requisitos:
Como dito, o CC de 2002 não chegou a inovar ao tratar da união estável em
cinco artigos. Este instituto jurídico já era reconhecido pela própria Constituição
(art. 226, §3º), pelas leis 8.971/94 e 9.278/96 e, antes disso tudo, já era quase
pacífico na jurisprudência essa possibilidade, como se vê, por exemplo, na súmula
380 do STF. O grande avanço em relação ao Código de 1916 se é que assim
podemos chamar, é que este último não tratava do assunto.
O reconhecimento da união estável depende de certos requisitos:
1) Que a união se dê entre homem e mulher: vê se que houve a exclusão da
união entre pessoas do mesmo sexo, nada obstante os reclamos de parcelas
sociais consideráveis que defendem a união amorosa homossexual
legalmente protegida.
2) Que haja convivência entre ambos: nota-se que a convivência é elemento
essencial para configurar a união estável. Disso também decorre o dever de
coabitação, embora a vida em domicílios diversos possa ser admitida em
situações excepcionais, interpretando-se extensivamente o *art. 1569* do
Código Civil. Não é obrigatória a coabitação, mas tem que existir a
convivência.
3) Que a convivência seja pública, contínua e duradoura: deste requisito
percebe-se que a convivência entre o homem e a mulher deve ser pública,
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As causas suspensivas do art. 1523, §2º: seguindo nos comentários, conforme o §2º,
as causas do art. 1523 do CC não representam óbice a caracterização da união estável.
Aspectos processuais
O pleito de reconhecimento da união estável deve ser deduzido em ação
declaratória, isto é, aquela em que o órgão jurisdicional declare que tal fato (a
convivência entre duas pessoas) existiu. Veja que de nossa afirmação surge uma
constatação importante: a união estável é fato ao qual a lei empresta consequências
jurídicas. Essa ação para o reconhecimento pode ser cumulada com ação de dissolução
da união estável, cujo caráter é constitutivo negativo, porque visa extinguir a relação
jurídica. Considerando que a união estável só se configura se houver convivência, bem
como que o instituto tem relação íntima com o casamento, as medidas de urgência das
relações matrimoniais se aplicam sem restrições a tais relações, o que permite, por
exemplo, o ajuizamento de ação cautelar para afastamento do companheiro do lar
(separação de corpos). As questões judiciais envolvendo união estável submetem=se
ao crivo das varas especializadas de família, onde estas existirem.
Art. 1724: As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade,
respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.
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Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às
relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Como se vê, a falta de contrato escrito entre os companheiros, a união entre
eles será regida pelas normas da comunicação parcial de bens (art. 1658 a 1666, do
Código Civil). Nada impede, portanto, que os companheiros disponham em contrato
que a união entre eles será pautada por regime diverso, como, por exemplo, o da
comunhão universal de bens. Tal contrato apenas não admitirá disposições contrárias
à lei, como a renúncia aos alimentos. Também entendemos que não poderão os
conviventes estabelecer um regime de bens diverso da separação nos casos do art.
1641, do CC. É de todo conveniente que esse contrato – se existir – seja feito por
escritura pública. Embora tal exigência não venha prevista na lei, é preciso interpretar
este dispositivo em harmonia com o art. 1653 do Código Civil, segundo o qual é nulo o
pacto antenupcial que não for feito por escritura pública. Ademais, ao que nos parece,
quaisquer alterações de regime de bens entre os companheiros dependerá de prévia
homologação judicial, no que se interpreta – mais uma vez sistematicamente – o art.
1639, §2º, do CC. Ou seja, o aditamento à escritura pública que trate do regime de
bens da união estável só será eficaz se judicialmente chancelado. A falta de adoção
dessas cautelas só poderá ser interpretada no prejuízo do casal, pelo que entendemos.
É que terceiros que tratam ou negociam com alguém em união estável não podem ser
prejudicados pela omissão do fato, pois não se presume a publicidade do regime de
bens entre os conviventes, como ocorre no casamento. Não é por outra razão que
tramita no Congresso Nacional um projeto lei que pretende acrescentar um parágrafo
ao dispositivo comentado, pelo qual os conviventes que vierem a firmar contratos com
terceiros devem mencionar a existência de união estável e a titularidade do bem
objeto de negociação, sob pena de responderem tanto na esfera cível quanto na
criminal. Tal providencia afastará de vez inconvenientes como aqueles que decorrem
quando um dos companheiros presta fiança sem o consentimento do outro, certo,
todavia, que nessas situações tem sido reconhecido o direito da companheira de
proteger sua meação ou até mesmo anular o ato pelas vias próprias. Nosso
entendimento é de que o ato não é nulo, porque a outorga uxória ainda não é exigível
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Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar,
constituem concubinato.
Fica devidamente estampada a diferença entre união estável e concubinato. O
concubinato se refere às relações eventuais de pessoas que não podem se casar. A
união estável diz respeito às relações de pessoas não impedidas de casar, desde que
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paulatinamente, tais uniões vão deixando de ser “livres”, pois há cada vez mais
intervenção estatal, através da fixação de regras como estas.
No tocante às consequências patrimoniais, segundo o art. 1725 do CC, “na
união estável, salvo convenção válida entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens”. Não mais existe
a possibilidade de comprovar ausência de esforço comum com o intuito de negar-se a
partilha de bens.
Quanto aos alimentos decorrentes da dissolução da união estável, de acordo
com o art. 1694 no novo diploma, os conviventes (assim como os cônjuges) podem
reclamar, reciprocamente, os alimentos de que necessitem para viver de modo
compatível com sua condição social. Neste passo, a melhor interpretação do
dispositivo é a de que devem se aplicar à obrigação alimentar dos conviventes, as
mesmas regras e os mesmos princípios que regem tal obrigação resultante da
separação judicial (arts. 1694 a 1710, CC).
Em relação aos direitos sucessórios dos companheiros o novo código andou
mal. Tratou de maneira absolutamente desigual os cônjuges e os companheiros, o que,
como visto, não se admite no regime constitucional vigente. Enquanto o cônjuge
sobrevivente é herdeiro necessário, com posição privilegiada (pois concorre em certos
casos com os ascendentes e os descendentes do de cujus), o companheiro continua
como herdeiro facultativo e só terá direito à totalidade da herança se não houver
colaterais sucessíveis (art. 1790, IV, CC). Trata-se de evidente retrocesso, uma vez que
pelo regime anterior (Lei nº 8.971/94), na ausência de ascendentes e descendentes do
companheiro morto, o convivente teria direito à totalidade da herança. O art. 1790,
caput, estabelece que somente quanto aos bens adquiridos na constância da união
estável, o companheiro ou companheira participará da sucessão do outro. Ressalte-se
que a totalidade da herança a que se refere o inciso IV do art. 1790, neste contexto,
limita-se aos bens adquiridos durante a união estável e, em sendo assim, se o de cujus
possuía outros bens, adquiridos anteriormente e, não havendo outros parentes
sucessíveis, tais bens não integrarão a herança do companheiro sobrevivente.
Passarão ao Município, ao Distrito Federal ou à União, conforme a hipótese do art
1844.
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REGIME DE BENS
Conceito
A convivência familiar enseja o entrelaçamento das vidas e dos patrimônios
daqueles que nele ingressam. Por este motivo, é indispensável que as questões
relativas aos bens, rendas e às responsabilidades de cada consorte fiquem definidas
antes do casamento. Esta preocupação foi captada pelo legislador, que, para regular
estas situações patrimoniais, disciplinou os regimes de bens, ou seja, modelos criados
pelo legislador e colocados a disposição dos noivos. O regime de bens pode ser
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I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração
do casamento;
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Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às
relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto
aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta
de lei.
O regime de bens passa a vigorar na data do casamento (art. 1639, §1º, CC).
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Portanto, não mais subsiste o disposto no art. 1576 do CC, que diz que a
“separação judicial põe termo ao regime de bens”. Existe em nosso ordenamento
jurídico a previsão para quatro tipos de regimes de bens distintos. São eles:
O regime de comunhão parcial de bens é o regime legal de nosso país, previsto nos
artigos 1.658 a 1.666 do CC.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos
bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Segundo Maria Berenice Dias e Rodrigo Cunha Pereira, nesse regime formam=se
três massas de bens: “os bens do marido, os bens da mulher e os bens comuns”.
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Bem observam Maria Berenice Dias e Rodrigo Cunha Pereira a respeito do inciso
VI do art. 1659 do CC que:
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Neste regime, haverá uma união dos bens que ambos os cônjuges trazem ao se
casar, e os adquiridos a partir das núpcias. Assim, forma-se um único patrimônio
comum, passando cada qual a ter o direito à metade ideal do patrimônio comum e,
por óbvio, das dívidas. Para que assim seja estipulado tal regime, se faz necessário a
realização de um pacto antenupcial, feito por instrumento público, perante o Tabelião
do Cartório de Notas. É o meio pelo qual se estabelece tal regime, só vindo a ter
eficácia com a efetiva realização do casamento e após este. Para que tal regime tenha
eficácia perante terceiros, se faz necessário o registro no cartório imobiliário.
Como todo regime, neste também existem alguns bens que ficam excluídos da
comunhão, que são aqueles previstos no art. 1668 do CC, ou seja:
Contudo, segundo o art. 1.669 do CC, os frutos dos bens incomunicáveis, quando
se perceberem ou vençam durante o matrimônio, pertencerão a ambos os cônjuges.
Tem uma comunhão muito maior, entra todos os bens que cada um já tem e ainda
somam-se todos aqueles que adquirirem de forma gratuita e onerosa (herança, legado
e doação, pertencem aos dois).
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Os únicos que ficam excluídos são os bens adquiridos a título gratuito com cláusula
ampla de não alienação (não comunicável, não penhorável, não alienável) ou
incomunicabilidade. Para casar em comunhão universal é só através de pacto.
SEPARAÇÃO DE BENS
Neste regime, inexiste a comunhão dos bens dos cônjuges, tendo cada qual seu
patrimônio particular. Washington de Barros Monteiro explana acerca do regime de
separação de bens:
“Eis o regime em que cada cônjuge conserva exclusivamente para si os bens que
possuía quando casou, sendo também incomunicáveis os bens que cada um deles veio
a adquirir na constância do casamento”.
Para melhor compreensão, pode tal regime ser divido em separação total de
bens, que convencionado pelas partes; e separação de bens obrigatória ou separação
legal de bens, quando imposto por nossa legislação.
Tal regime é previsto nos artigos 1687 e 1688 do CC. É convencionado pelos
cônjuges, por meio de pacto antenupcial, lavrado perante o tabelião de notas.
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Quando este regime de bens foi instituído pelo legislador de 1916, ele tinha
como objetivo proteger algumas pessoas, porém a sociedade atual é diferente daquela
de 1916. Assim, tal regime, hoje em dia, aparenta ser uma sanção e não uma proteção,
nas palavras de Maria Berenice Dias e Rodrigo da Cunha Pereira:
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O que adquire no seu próprio nome continua com a pessoa, pode haver
compensação com outros bens.
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Cria um regime próprio, com características próprias, mas se houver lacuna e não
houver nada expresso, a regra é que valha a Comunhão Parcial de bens, que é o
regime legal supletivo.
Na união estável o regime é a regra é a Comunhão Parcial de Bens, se outro não for
contratado pelos companheiros que não é feito por meio de pacto, porque pacto
nupcial só corre no casamento, também é dado a união estável escolher o tipo de
regime, porém se os companheiros quiserem que os efeitos sejam válidos perante
terceiros precisa ter o documento em cartório. Entre os companheiros basta um
contrato escrito particular com o regime escolhido, para terceiros continua valendo
o regime de Comunhão Parcial.
Não tem causas suspensivas na união estável.
SÚMULA 382: Não precisa morar sob o mesmo teto para constituir união estável.
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As diferenças entre alimentos naturais e civis foi adotada pelo Código Civil, mas
com nítido caráter punitivo. Parentes, cônjuges e companheiros podem pedir
alimentos uns dos outros para viver de modo compatível com sua condição social,
inclusive para atender as necessidades de educação. Todos os beneficiários – filhos,
pais, parentes, cônjuges e companheiros – têm assegurado o padrão de vida de quem
sempre desfrutaram. Merecem alimentos civis, independentemente da origem da
obrigação. No entanto, a lei limita o valor do encargo sempre que é detectada a culpa
do alimentando (CC 1.694, § 2º, 1702 e 1704). Quem, culposamente, dá origem à
situação de necessidade faz jus a alimentos naturais, isto é, percebe somente o que
basta para manter a própria subsistência.
DIREITO PERSONALÍSSIMO
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O direito a alimentos não pode ser transferido a outrem, na medida em que visa a
preservar a vida e assegurar a existência do indivíduo que necessita de auxílio para
sobreviver. Como decorrência direta desse seu caráter personalíssimo, trata-se de
direito que não pode ser objeto de cessão (CC 1707), nem se sujeita a compensação
(CC 373, II), qualquer que seja a natureza da dívida que venha a lhe ser oposta.
A pensão alimentar é impenhorável: garante a subsistência do alimentado,
inadmissível que credores privem o alimentado dos recursos de que necessita para
assegurar a própria subsistência.
Alternatividade: em regra, os alimentos são pagos em dinheiro, dentro de
determinada periodicidade. Podem, no entanto, ser alcançados in natura, com a
concessão de hospedagem e sustento, sem prejuízo do direito à educação (art. 1701).
Ao magistrado incumbe, caso as circunstâncias assim exigirem, estipular a maneira de
cumprimento da obrigação (CC 1.701, parágrafo único). O descumprimento da
obrigação comporta a busca da execução de obrigação de fazer, com a estipulação de
pena pecuniária (CPC 461, § 5º). Sendo a obrigação prestada por terceiro, este fica
sub-rogado no direito do credor, podendo fazer uso da demanda executória.
Transmissibilidade: o NCC com concede tratamento uniforme o dever alimentar e
prevê (art. 1700): a obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do
devedor. Cabe a imposição do encargo alimentar até ser ultimada a partilha dos bens,
mediante a devida compensação, para que o alimentado-herdeiro não receba
duplamente. Essa, porém, não é a orientação da jurisprudência, em face dos claros
termos da lei. As parcelas recebidas a título de alimentos não são compensadas do seu
quinhão hereditário. O que se transmite é a obrigação alimentar, que pode ser
cobrada dos herdeiros. Para isso não é necessário que o encargo tenha sido imposto
judicialmente antes do falecimento do alimentante. A ação de alimentos pode ser
proposta depois da morte do alimentante. Como lembra Euclides de Oliveira, talvez o
obrigado viesse cumprindo a prestação alimentar por vontade própria. Sobrevindo sua
morte, por certo que a obrigação se transmite aos seus herdeiros.
Irrenunciabilidade
O Código Civil consagra a irrenunciabilidade aos alimentos, admitindo apenas que o
credor não exerça o direito (CC 1.707). Como a lei não admite qualquer exceção,
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inúmeras são as controvérsias que existem em sede doutrinária. Mas a lei é clara: Não
é mais possível admitir a renúncia. Todavia, pode haver a dispensa do pagamento da
pensão, que não veda ulterior pretensão alimentar. Hoje a tendência da
jurisprudência é a de que é possível buscar alimentos mesmo quando tenha ocorrido a
desistência dos alimentos na separação. No entanto, quando houve a renúncia dos
alimentos na separação, a tendência da jurisprudência é reconhecer a carência da
ação.
Periodicidade: como o encargo de pagar alimentos tende a estender-se no tempo –
ao menos enquanto o credor deles necessitar -, indispensável que seja estabelecida a
periodicidade para seu adimplemento. Quase todos percebem salários ou rendimentos
mensalmente, daí a tendência de estabelecer este mesmo período de tempo para o
atendimento da obrigação alimentar.
Anterioridade: pela própria finalidade da obrigação alimentar, se trata de um
encargo que necessita ser cumprido antecipadamente. Como os alimentos destinam-
se a garantir a subsistência do credor, precisam ser pagos com antecedência, tendo
vencimento antecipado.
Atualidade: efeitos corrosivos da inflação não podem aviltar o seu valor, o que viria
inclusive a afrontar o princípio da proporcionalidade. A própria lei determina a
atualização segundo índice oficial regularmente estabelecido. (CC art. 1.710). A
modalidade que melhor preserva sua atualidade é estabelecer o encargo em valor
percentual dos ganhos do alimentante. Não dispondo ele de fonte de rendimentos que
permita o desconto, a tendência é estabelecer em salários mínimos.
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Dispositivos legais:
i. Caráter punitivo - art. 1.694, CC;
ii. Culpa do alimentando (CC 1.694, § 2º, 1702 e 1704).
iii. Caráter da decisão: trânsito em julgado, possibilidade de revisão, art. 471 CPC.
Alimentos provisórios são os arbitrados liminarmente pelo juiz, sem ouvir o réu,
no despacho inicial da ação de alimentos (Lei 5.478/68). Só é possível quando
houver prova pré-constituída do parentesco, casamento ou união estável.
Alimentos provisórios são os arbitrados liminarmente pelo juiz, sem ouvir o réu,
no despacho inicial da ação de alimentos (Lei 5.478/68). Só é possível quando
houver prova pré-constituída do parentesco, casamento ou união estável.
Os alimentos provisionais são arbitrados em medida cautelar, preparatória ou
incidental, de ação de separação judicial, divórcio, nulidade ou anulabilidade de
casamento ou de alimentos, Depende da comprovação dos requisitos inerentes a
toda medida cautelar: fumus boni juris e o periculum in mora. Os provisionais
destinam-se a manter o suplicante e a prole durante a tramitação da lide principal.
Execução: dois ritos possíveis
1. Art. 732, CPC rito ordinário, execução de quantia certa contra devedor
solvente
2. Art. 733, CPC: rito especial, prisão civil
Extinção da Obrigação Alimentar:
Não ocorre de forma automática, tem que entrar com extinção da obrigação por meio
de uma ação, deve ter desaparecido o binômio necessidade x possibilidade.
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