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1. NOÇÕES GERAIS
O rol acima não é taxativo (já foi admitido dois irmãos, um tio e um sobrinho, como
família, quando moram somente os dois na mesma cidade, por exemplo).
POLIAMORISMO X POLIAFETIVIDADE: A poliafetividade moram todos no mesmo teto.
No poliamorismo, todos sabem dos relacionamentos, mas não moram no mesmo teto.
NATUREZA JURÍDICA:
b) suas normas são cogentes (obrigatórias) ou de ordem pública (com exceção dos
regimes de bens). Ex.: casamento, que não pode fugir ao trâmite, que não pode dizer não
brincando, aceito, ou qualquer palavra que não seja o SIM.
Art. 252 do CC é exemplo de norma dispositiva, onde caso não haja disposição em
contrário, cabe ao devedor o direito de escolha. Já o art. 1.525 é exemplo de norma
cogente, pois quem quer se casar obrigatoriamente deve levar os documentos
relacionados nos incisos.
2. PRINCÍPIOS:
b) princípio da igualdade jurídica dos cônjuges: sistema em que as decisões devem ser
tomadas de comum acordo entre marido e mulher;
c) princípio da igualdade jurídica de todos os filhos: com base nesse princípio, não se faz
distinção entre filho matrimonial, não matrimonial ou adotivo quanto ao poder familiar,
nome e sucessão;
INTRODUÇÃO AO CASAMENTO
a) livre união dos futuros cônjuges: pois o casamento advém do consentimento dos
próprios nubentes, que devem ser capazes para manifestá-lo. Impossível é a substituição
do consentimento dos contraentes, bem como a autolimitação de suas vontades pela
condição ou por termo;
c) comunhão indivisa: que valoriza a união dos seres, visto ter o matrimônio por objetivo
criar uma plena comunhão de vida entre os cônjuges, que pretendem passar juntos as
alegrias e os dissabores da existência (CC, art. 1.511).
LEI 13.811/2019
Confere nova redação ao art. 1.520 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil), para suprimir as exceções legais permissivas do casamento infantil.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O art. 1.520 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a
idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código.” (NR)
* Antes dessa lei, havia uma exceção para se casar antes da idade núbil: gravidez.
Precisava da autorização dos pais e judicial (ação de outorga de suprimento de idade),
contendo um documento médico que comprovasse que a menor teria capacidade física e
psíquica para contrair matrimônio.
* 1.517, parágrafo único: havendo divergência entre os pais, a questão vai ao judiciário
(ação de outorga de conhecimento)
6) DOS IMPEDIMENTOS
I - mãe e filho;
* Tio e sobrinha não podem se casar. As únicas duas hipóteses para se casar novamente é
em caso de viuvez e divórcio.
* exceção no parágrafo único (diferença é que no art. 1.521 não PODE, no art. 1523 NÃO
DEVE, mas há hipótese de conseguir). Todos os incisos são para evitar confusão do
patrimônio.
16/02/2024
* O cartorário deve fazer dois esclarecimentos aos nubentes (art. 1.528, CC). A audiência
prevista no art. 1.526 não existe. Verificar prazo do art. 1.527. Invalidade que consta no art.
1.528 se trata dos impedimentos. Oposições: arts. 1.529 e 1.530 (prazo razoável - 15 dias).
Silvio Rodrigues sustenta que a atuação do MP deve ser praticamente simbólica, a fim de
se evitar um atraso inconveniente da habilitação. No procedimento atual, viabilizou-se a
decisão por parte do próprio oficial de registro, sem a necessidade de remessa do caso
ao juiz de direito.
8) DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
Nos arts. 1.533 a 1.538 encontram-se regras sobre a celebração. São formalidades
essenciais da cerimônia nupcial as que basicamente se encontram nesses artigos.
Segundo Maria Helena Diniz, posteriormente se fala sobre espécies de casamento, quais
sejam:
a) Casamento por procuração (art. 1.542): é aquele onde um dos contraentes não pode
estar presente ao ato nupcial, se celebre o casamento por procuração, desde que- o
nubente outorgue poderes especiais a alguém para comparecer em seu lugar e receber,
em seu nome, o outro contraente, indicando o nome deste, individuando-o de modo
preciso, mencionando o regime de bens;
b) Casamento nuncupativo (de viva voz) ou “in extremis vitae momentus” (art. 1.540 e
1.541): é aquele que ocorre quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de
vida, não obtendo a presença de autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu
substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de 6 testemunhas, que com os
nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau;
c) Casamento em caso de moléstia grave (art. 1.539): é aquele em que o presidente do ato
irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante 2
testemunhas que saibam ler e escrever. Nesse caso pressupõe-se que tenha sido
expedido o certificado de habilitação para o casamento, mas a gravidade do estado de
saúde de um dos nubentes impede-o de locomover-se e de adiar a cerimônia;
d) Casamento consular (ou perante autoridade diplomática) (art. 1.544): é aquele que é
celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros,
deverá ser registrado em 180 dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao
Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1º Ofício da Capital do
Estado em que passarem a residir; - matéria relativa a direito internacional
f) Casamento por conversão da união estável (art. 1.726): a união estável poderá
converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no
Registro Civil;
g) Casamento putativo (art. 1.561): é aquele em que, se contraído de boa-fé por ambos os
cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o
dia da sentença anulatória. Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o
casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão. Se ambos os cônjuges
estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos
aproveitarão.
Obs.: a eficácia da decisão judicial (declarando nulo), manifesta-se “ex nunc”, e não
“extunc”. Há um problema doutrinário sobre isso.
Segundo Maria Helena Diniz, o casamento pode ser comprovado por meio de:
* Honra: a) subjetiva: ideia que temos de nós mesmos, subjetiva lembra de sujeito
e b) objetiva: ideia que os outros têm de nós (“fama”). Imagem: a) atributo: igual a
honra objetiva e b) retrato: reprodução fotográfica da imagem do sujeito (vídeos e
fotos).
Orlando Gomes afirma que deve ser comprovada judicialmente, para a obtenção do
reconhecimento de posse do estado de casado.
23/02/2024
Arts. 1548 e 1549 estão fora de contexto. As invalidades começam a partir do art. 1550:
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; AMBOS
AOS PAIS
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; (ART. 1557: I - FAMA DE
TRAFICANTE, BANDIDO; II - COMETIDO CRIME DE ESTUPRO, FEMINICÍDIO; ART. 1558: COAÇÃO
MORAL (SE NÃO CASAR ALGUM PARENTE NÃO VAI ESTAR VIVO AMANHÃ).
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do
mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
Os efeitos do casamento, segundo Fábio Vieira Figueiredo, são restrições que cada um
dos cônjuges impôs voluntariamente à sua liberdade pessoal e que, uma vez assumidas,
devem ser respeitadas enquanto durar a união.
I - fidelidade recíproca;
01/03/2024
a) separação consensual
a) separação litigiosa como sanção (CC, arts. 1.572 e 1.573), é aquela que ocorre quando
um dos consortes imputar ao outro qualquer ato que importe em grave violação dos
deveres matrimoniais, tornando insuportável a vida em comum (CC, art. 1.572). A ação
pode ser proposta a qualquer tempo.
c) a sevícia;
f) conduta desonrosa; e
- A partilha dos bens (não precisa ser prévia, podendo ser postergada para depois
do divórcio).
b) separação litigiosa como falência, é aquele que ocorre quando um dos cônjuges provar
ruptura da vida em comum há mais de 1 ano consecutivo e a impossibilidade de sua
reconstituição (CC, art. 1.572, § 1º). A prova a ser feita é apenas a de que o casal se
encontra separado de fato, por mais de um ano, independentemente da culpa de
qualquer dos cônjuges.
c) separação litigiosa como remédio, é aquela que se efetiva quando um cônjuge a pedir
ante o fato de estar o outro acometido de grave doença mental, manifestada após o
casamento, que impossibilite a continuação da vida em comum, desde que, após uma
duração de 2 anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável (CC, art.
1.572, § 2º).
12.2 DIVÓRCIO
Espécies:
[...]
Art. 5º Revoga-se o parágrafo único do art. 983 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973
– Código de Processo Civil.
a) Consenso do casal;
A guarda unilateral é aquela que é deferida apenas a um dos genitores, cabendo ao outro,
via de regra, o direito à visita.
Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e
tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado
pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.
Parágrafo único. O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério do juiz,
observados os interesses da criança ou do adolescente. (Incluído pela Lei nº 12.398, de
2011)
A lei 12.318/10 visa coibir a denominada alienação parental. A lei, no art. 2º define a
alienação parental como a interferência na formação psicológica da criança ou do
adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que
tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que
repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos
com este.
08/03/2024