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Matrimonializada Pluralizada
Patriarcal Democrática
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Há vários tipos de famílias, que não somente as estabelecidas pela Carta
Magna (matrimonializada, informal e monoparental – 226, § 4ºCF/88).
DIREITO DE FAMÍLIA
A) Definições:
B) 0bjeto:
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PATRIMONIAIS
C) Fontes:
- Das fontes FORMAIS destaque para a CF/88 que trouxe inovações estruturais,
modernizando os conceitos de entidade familiar (União estável - leis 8.971/94 e
9278/96), cuidando do casamento e do divórcio, proclamando a igualdade do
homem e da mulher na constância da sociedade conjugal, preconizando o
planejamento familiar, pondo fim ao tratamento discriminatório que se
impunha aos filhos, dispondo sobre a adoção (hoje mais ainda com o ECA).
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CASAMENTO
EM ROMA :
NO BRASIL:
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NO MUNDO – HOJE: legislação universal divide-se em 4 grandes grupos:
a) – CONTRATO:
- casamento seria um contrato civil a que se aplicam as regras comuns a todos os
contratos;
- simples consentimento dos nubentes ultima o contrato;
- como contrato, rege-se pela vontade das partes (sendo mera relação) gerando
efeitos entre elas.
c) - MISTA – ECLÉTICA:
- casamento é ambos;
- reúne dois elementos;
- como contrato depende da vontade das partes;
- como instituição social depende da intervenção da autoridade para homologá-lo, o
que é constitutivo do ato, não meramente probatório;
- cria um “estado matrimonial” , que nasce da vontade dos contraentes, mas que da
imutável vontade da lei recebe a sua forma, as suas normas e os seus efeitos
(WBM).
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- RELAÇÕES DE PARENTESCO -
- natural;
- DEFINIÇÕES:
- Pontes de Miranda relação que vincula, entre si, pessoas que descendem umas
das outras, ou de autor comum (consanguinidade), que aproxima cada um dos
cônjuges dos parentes do outro (afinidade), ou que se estabelece por ‘fictio iuris’
entre o adotado e o adotante.
- Maria Helena Diniz é a relação vinculatória existente não só entre pessoas que
descendem umas das outras ou de um mesmo tronco comum, mas também entre
um cô0njuge ou companheiro e os parentes do outro, entre adotante e adotado e
entre pai institucional e filho socioafetivo.
- ESPÉCIES:
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em linha reta quando as pessoas descendem umas das outras;
- têm entre si relação de descendentes e ascendentes;
- linha reta descendente;
- linha reta ascendente.
em linha colateral quando sem descenderem umas das outras, provêm de
um tronco comum (mas vai só até o 4.º grau).
GRAUS:
LINHAS: materna/paterna.
EFEITOS:
- direito eleitoral;
- sucessões;
- impedimentos matrimoniais;
- direito processual - impedimento de parente depor;
- direito fiscal;
- direito previdenciário.
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PROCESSO DE HABILITAÇÃO
- corre perante Of. Reg. Civil do município onde residem, ou em qualquer deles se
residirem em municípios diferentes;
- requerimento de próprio punho, ou por procurador – art. 1525;
- isento de custas para os pobres (também o registro e a 1 a. certidão) - § único, art.
1512;
- vista obrigatória do MP e homologacão judicial
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
* Exceção (art. 1520 CC) – será permitido de quem não alcançou a idade núbil (16
anos), para evitar a imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de
gravidez, com autorização judicial prévia.
c - Autorização das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial
que a supra - menor de 18 anos, sempre com autorização, salvo emancipação;
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d - Declaração de 2 testemunhas maiores, parentes ou estranhos que atestem
conhecer os nubentes e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar -
visa antecipar a prova da inexistência de impedimentos (art.1525, III).
- negativa injusta, à critério do juiz (costumes desregrados; não ter aptidão para
sustentar família; existência de impedimento legal; rapto de menor e sua condução,
em seguida, para casa de prostituição...)
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PROCESSO DE HABILITAÇÃO
- corre perante Of. Reg. Civil do município onde residem, ou em qualquer deles se
residirem em municípios diferentes;
- requerimento de próprio punho, ou por procurador – art. 1525;
- isento de custas para os pobres (também o registro e a 1 a. certidão) - § único, art.
1512;
- vista obrigatória do MP e homologacão judicial.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
* Exceção (art. 1520 CC) – será permitido de quem não alcançou a idade núbil (16
anos), para evitar a imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de
gravidez, com autorização judicial prévia.
c - Autorização das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial
que a supra - menor de 18 anos, sempre com autorização, salvo emancipação ;
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d - Declaração de 2 testemunhas maiores, parentes ou estranhos que atestem
conhecer os nubentes e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar -
visa antecipar a prova da inexistência de impedimentos (art.1525, III).
- negativa injusta, à critério do juiz (costumes desregrados; não ter aptidão para
sustentar família; existência de impedimento legal; rapto de menor e sua condução,
em seguida, para casa de prostituição...)
- quem recusa o consentimento tem o ônus da prova;
- até a celebração do casamento pode ser retratado o consentimento (art. 1.518);
- Juiz concede 5 dias para o recusante;
- suprimento por alvará.
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Objetivo: evitar uniões que afetem a prole, a ordem moral ou pública por
representarem um agravo ao direito dos nubentes, ou aos interesses de terceiros.
II. - só afim em linha reta porque esse não se extingue com a dissolução do
casamento;
- questão de moralidade;
- linha colateral desaparece.
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VII. - Só o doloso; OBS.: crime de conhecimento prévio de impedimento matrimonial;
*** § único permite ao juiz (de direito) dispensar a aplicação no caso dos incisos I,III
e IV, sendo provada a inexistência de prejuízo para o herdeiro, o ex-cônjuge, o
tutelado ou curatelado, e , no caso do inciso II, o nascimento de filho ou inexistência
de gravidez no curso do prazo.
Quando antes do casamento? Nos 15 dias dos editais (art. 1.527) e até a
celebração do casamento.
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FORMA DE OPOSIÇÃO (de impedimentos) ou ARGUIÇÃO (das causas
suspensivas):
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CASAMENTO NUNCUPATIVO
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CASAMENTO POR PROCURAÇÃO - arts.1.542 e 1.535 CC
CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS – art. 226, § 2° CF/88. Novo CC,
arts. 1.515 e 1.516 e arts. 71 a 75 da L.R.P. (6.015/73), estes, sobre o
processamento, com as devidas adequações ao novo texto do Código.
EFETUADO:
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POSSE DO ESTADO DE CASADOS = situação daqueles que viveram notória e
publicamente como marido e mulher.
Art. 1.545 - admite para provar casamento de pessoas falecidas, ou que não possam
manifestar sua vontade, em benefício da prole, eliminando dúvidas entre provas a
favor e contra o casamento e para sanar eventuais falhas no assento do casamento.
- passa-se a admitir um estado de fato como estado de direito;
- 3 condições:
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-7-
- DA INVALIDADE DO CASAMENTO -
Inciso I:
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Incisos:
II (crime ultrajante;
III (ignorância de defeito físico irremediável ou moléstia grave;
IV (ignorância de doença mental).
Art. 1.552 - Dos menores de 16 anos: pelo próprio cônjuge menor, seus
representantes legais ou seus ascendentes. Poderá confirmar seu
casamento, depois de completar a idade, com autorização dos pais, se
necessária, ou com suprimento judicial.
Art. 1.555 - Casamento de menor em idade núbil, sem autorização, só poderá ser
anulado se a ação for proposta em 180 dias, pelo próprio incapaz, ao
deixar de sê-lo, de seus representantes legais ou herdeiros
necessários.
EM VIRTUDE DE COAÇÃO
Art. 1.558 = “... fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde
e a honra, sua ou de seus familiares”.
OBSERVAÇÕES -
AÇÃO DE ANULAÇÃO:
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§ 1º - 180 dias para os menores de 16 anos (p/o menor: do dia em que completa essa idade; para os
representantes legais e ascendentes: da data do casamento);
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§ 2º - 180 dias, no caso do art. 1.550, V, a partir da data que o mandante tiver conhecimento da celebração.
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- ação de estado, intervenção obrigatória do MP;
- foro competente;
- separação de corpos;
- corre em segredo de justiça.
SANÇÕES:
- Definição: É casamento eivado por vício que o inquina de nulidade, mas que
produz efeitos válidos em atenção a boa-fé de ambos ou de um dos contraentes.
- Base legal: 1.561, Caput = nulo ou anulável, produz efeitos civis, em relação aos
cônjuges e aos filhos, se contraído de boa-fé por ambos cônjuges.
- não se aplica aqui, a máxima latina:” Quod nullum est nullum producit effectum.”
§ 1º = só um de boa-fé, os efeitos favorecem só a ele e aos filhos;
§ 2º = se ambos de má-fé, efeitos só aos filhos.
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EFICÁCIA DO CASAMENTO – DEVERES DOS CÔNJUGES
(arts. 1565 a 1570 CC)
CF- atual - família - base da se constitui:- pelo casamento; união estável, e, qualquer
dos pais e seus descendentes.
CÔNJUGES –
CF - art. 5 - I - Como definidor de direito e garantia fundamental é auto-aplicável.
Proclama absoluta igualdade entre H e M em direitos e obrigações
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- exercida em colaboração, por ambos, no interesse do casal e dos filhos.
- em caso de divergência qualquer cônjuge pode recorrer ao juiz.
- art. 1.570 – se, qualquer dos cônjuges em lugar remoto, ou não sabido,
encarcerado por mais de 180 dias, interditado, privado de consciência em virtude de
doença ou acidente.
- 1.649: Falta de autorização não suprida pelo juiz torna o ato anulável;
- legitimidade do outro cônjuge para demandar, até 2 anos depois de
terminada a sociedade conjugal;
- 1.650:
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DIREITO PATRIMONIAL - REGIME DE BENS
(arts. 1639 a 1693 CC)
DEFINIÇÕES -
ESPÉCIES –
b) segundo a origem:
de convenção das partes (opção- acordo) art. 1.639 CC;
oficial;
de lei (obrigatório).
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:
a) - autonomia da vontade -
- plena liberdade de escolha;
- possibilidade de combinação formando um misto;
- possibilidade de estipular cláusulas.
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PACTO ANTENUPCIAL
- S.R.: contrato solene, realizado antes do casamento, por meio do qual as partes
dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre elas durante o matrimônio.
Condições de validade (art. 1.653 CC) - escritura pública (da essência do ato)
- que lhe siga o casamento
* descumprimento = nulo
* capacidade para contratar não é a do casamento (se pode o mais, pode o menos)
* é nula a convenção que contravenha disposição absoluta de lei (art. 1655
CC)
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ESPÉCIES DE REGIMES DE BENS
Vantagem - torna mais justa a partilha dos bens em caso de separação ou divórcio.
Administração dos bens comuns - por qualquer dos cônjuges (art.1.663 CC).
dos bens particulares- ao proprietário - art. 1.665 CC.
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2. - COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS: arts. 1.667 a 1.671 - é o regime pelo qual
todos os bens havidos antes ou na constância do casamento, assim como as dívidas
passivas, constituem uma só massa.
Características -
-estado de indivisão -constituição de um todo indiviso, só divisível com a
dissolução.
- cada cônjuge fica com a metade ideal do patrimônio até então.
- comunicação é a regra (1.667 CC), só não se comunicam os definidos na exceção
(1.668 CC).
- é convencional, exige pacto antenupcial.
- extinção da comunhão: p/ dissolução da sociedade conjugal;
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Generalidades -
- Regime misto.
- Cada cônjuge tem livre administração do seu patrimônio pessoal, podendo
dispor livremente sobre os móveis, e, necessitando consenso sobre os imóveis.
- Existe na Alemanha, França, Espanha, Portugal e Argentina.
Propriedade dos bens na constância - art. 1.673 CC: cada cônjuge, o que
possuía ao casar mais o que adquirir, a qualquer título, na constância.
- § único: administração exclusiva de
cada cônjuge, que os pode alienar livremente, se móveis.
- Riscos -
art. 1.675 - computam-se as doações feitas por um sem autorização do outro, caso
em que o bem poderá ser reivindicado pelo prejudicado ou seus herdeiros, ou
computado no monte partilhável, por valor equivalente ao da época da aquisição.
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Responsabilidade pelas dívidas posteriores ao casamento:
- art. 1.677 - com exclusividade por quem as contrai, salvo prova de terem revertido
em favor do outro, total ou parcialmente.
- art. 1.678 - se um solveu dívida do outro com bens próprios, o valor deve ser
atualizado e imputado na meação do outro, na data da dissolução.
Características - 2 patrimônios
- administração exclusiva de cada cônjuge;
- ambos são obrigados a contribuir para as despesas comuns, na
proporção dos seus rendimentos.
- possibilidade da realização, sem o consenso do outro cônjuge,
dos atos de que trata o art. 1647 CC.
Origens -
a) - Convenção - pacto - art. 1.639 CC
- SEPARAÇÃO DE BENS PURA - resultante de acordo expresso dos cônjuges,
para separação absoluta dos bens anteriores e aqüestos (frutos e rendimentos
de bens em comum, ou de algum bem)
Extensão do pacto - (art. 1.688 CC) pode estabelecer que um ou outro cônjuge vai
administrar os bens do outro, como vão distribuir as despesas do casal, que um vai
constituir o outro como procurador (sujeito a prestação de contas - em ambos os
casos, até com remuneração).
Dissolução -
- morte, nulidade ou anulação, separação, divórcio.
- cada cônjuge retira o seu patrimônio
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Observações – falência/insolvência de um não atinge bens particulares do outro
(Dec. lei 7661/45, art. 42).
- direito a alimentos, mediante prova da necessidade e da
possibilidade.
REQUISITOS:
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UNIÃO ESTÁVEL
O CONCEITO:
HOJE:
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A fundamentação:
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Se qualquer dos companheiros for maior de 70 anos, aplica-se por analogia a
proibição da escolha do regime, vertida no art. 1641, § 2º CC.
Conversão em casamento –
Concubinato –
Direito sucessório –
Alimentos –
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O novo Código englobou os alimentos entre parentes, e, assistenciais
entre cônjuges ou companheiros, num único subtítulo, sendo a grande inovação a
extensão dos alimentos os necessários “para viver de modo compatível com a
sua condição social, inclusive para atender às necessidades escolares“.
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DIVÓRCIO
Consensual Consensual
Litigiosa Litigioso
CASAMENTO
Consensual
Divórcio Direto
Litigioso
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Mesmas regras da separação( 1576, § único).
Direitos e deveres em relação aos filhos: divórcio nem novo casamento
modificarão(art. 1579)
Partilha de bens: pode ser deferido sem que haja partilha de bens (art.1581);
Efeitos –
a) - possibilita novo casamento;
b) - não admite restabelecimento da sociedade conjugal, só novo casamento.
Nome dos cônjuges – 1571, § 2º: Pode ser mantido, salvo no indireto.
b) - Indireto litigioso -
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Por meio de sentença judicial de conversão de prévia separação judicial, em
processo contencioso, quando um cônjuge não concorda com o consensual indireto.
a) - Direto consensual -
b) - Direto litigioso -
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Suprimiram-se os requisitos temporais e técnicos exigidos na dicção anterior
do § 6º da CF/88 (“prévia separação judicial por mais de um ano nos casos
expressos em lei ou comprovada separação de fato por mais de dois anos”)
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FILIAÇÃO
CF/88, art. 227, § 6º - equiparação total, repetida no ECA (art.41)e no CC(art.1596)
ECA arts. 20 e 26
CC arts.1596 a 1606
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-1.609: É irrevogável e será feito:
I – no registro do nascimento;
II – por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III – por testamento ainda que incidentalmente manifestado;
IV – por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento
não haja sido o objeto único e principal do ato.
§ único – O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser
posterior ao seu falecimento, se deixar descendentes.
1610 – 16414 CC
Defesa: por qualquer pessoa que tenha justo interesse (mulher do requerido, seus
filhos ou parentes sucessíveis) – 1615 CC
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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE MATERNIDADE
- rara, devido a maternidade ser uma fato (mater semper certa est );
- contra a mãe ou seus herdeiros;
- de menores abandonados;
- art.356 - quando constar do termo de nascimento a maternidade, só se poderá
contestar provando a falsidade do termo ou das declarações nele contidas.
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ADOÇÃO
DEFINIÇÂO –
MHD -ato jurídico solene, pelo qual, observados os requisitos legais, alguém
estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco
consangüíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para a sua
família, na condição de filho, pessoa que geralmente lhe é estranha.
RAÍZES -
EVOLUÇÃO -
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Judicial:
h) LEI DE ADOÇÃO. A adoção no Brasil foi reformulada pela nova Lei de Adoção
(Lei n.º 12.010/2009).
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- Assistência jurídica e psicológica do Estado à gestante que queira entregar seu
filho (nascituro) à adoção;
No caso de maiores, deve o judiciário atuar com zelo e cautela extras, diz
EXIGÊNCIAS:
c) - curador e tutor só podem adotar pupilo após dar contas da sua administração;
e) - do adotando, é obrigatória:
f) RETRATABILIDADE
Na adoção de maiores de 18 anos a citação dos pais é necessária (para
precaver eventual interesse jurídico).
exceção:
- pais desconhecidos ou destituídos do poder familiar ;
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- de infante exposto, sem nomeação de tutor, ou de órfão não reclamado por
nenhum parente.
OBS. o STJ (REsp 100.294/SP) decidiu, excepcionalmente por outra hipótese de
dispensa de consentimento sem prévia destituição do pátrio poder: “quando
constatada uma situação de fato consolidada no tempo que seja favorável ao
adotando”.
CARACTERÍSTICAS
a) é irrevogável;
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O ECA determina que a adoção seja precedida de estágio de convivência, por prazo
a ser determinado pelo Juízo em observância à situação particular de cada criança
ou adolescente, sendo dispensado para crianças recém-nascidas ou ainda bebês.
Durante esse estágio de convivência os adotantes, ou a própria criança, podem
manifestar contrária à adoção pelos mais variados motivos. É o período de
adaptação para que sejam estabelecidos contatos e verificada a compatibilidade.
Este é o momento certo da desistência. A partir daí, iniciada a guarda provisória,
toda expectativa é criada pela criança, não havendo mais possibilidade de reversão.
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PODER FAMILIAR
QUEM EXERCE?
Em igualdade de condições pelos pais. Na falta ou impedimento de um, ao
outro, com exclusividade. Discordando, cabe ao Juiz decidir (1631 CC e § único, e
21 do ECA).
TRANSFERÊNCIA DO EXERCÍCIO
- em caso de morte ou impedimento competirá ao outro mesmo que venha a
casar de novo.
- separação/divórcio não modifica (art. 1632).
- novo casamento ou união estável não altera, pais continuam exercendo sem
qualquer interferência do novo cônjuge (1636).
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a) - pela morte dos pais ou do filho.
b) - pela emancipação ( art.5º, § único).
c) - pela maioridade.
d) - pela adoção (passa para os adotantes).
e)- por decisão judicial, nos casos do art. 1638 (casos de destituição...)
- casos (1638):
I - que castigar imoderadamente o filho.
II - que deixar em abandono(material ou moral)
III - que praticar atos contrários à moral e aos bons costumes (não só contra o filho)
IV – incidir, reiteradamente, nas faltas que acarretam a suspensão (1637 CC)
OBS. pode ser restabelecido se provada a regeneração do pai ou
desaparecida a causa que o determinou .
iniciativa do MP ou de quem tenha interesse (art.155 ECA).
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Duração: interesse do menor, podendo ser revogada a qualquer tempo
Código Civil: (arts. 1583 a 1590), no capítulo XI, “Da proteção da pessoa dos filhos”
- UNILATERAL;
- ALTERNADA ;
- COMPARTILHADA;
- Se pais residentes em cidades diferentes;
- Liberdade de supervisão da vida do filho do genitor que não oferece a
residência habitual art. 1583, § 5º CC. Penalidade para quem sonegar informações;
- Informações deverão ser prestadas em audiência a ser fixada pelo juiz (art.
1584, § 1º); a guarda compartilhada só não será deferida se um dos genitores
expressamente se recusar (art. 1584, § 2º CC);
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ALIMENTOS
- CF/88 – art. 229
- Arts. 1694 a 1710 = entre parentes (“jus sanguinis”) entre cônjuges e companheiros
- Lei 5478 de 25/07/68 = processamento da ação de alimentos
Regras Gerais
a) 1694 e §§ do CC -
Legitimidade: parentes, cônjuges ou companheiros;
Fixação: binômio necessidade (para viver de modo compatível com a sua condição
social, inclusive educação) x possibilidade (recursos do obrigado).
b) Art. 1700 – obrigação transmite-se aos herdeiros na forma do art. 1694 CC;
Fundamento da Obrigação
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existência de vínculo de parentesco entre o alimentando e o alimentante -
Extensão do dever:
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a) - Direito Personalíssimo - sua titularidade não passa a outrem.
b) – Transmissível – art. 1700 – exceção ao caráter personalíssimo dos alimentos -
transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1694, passando a serem
considerados dívida do falecido, cabendo aos herdeiros até o limite das forças da
herança(art. 1792);
b) - Não pode ser cedido -1707 art. 286 CC .
c) - Irrenunciável - art. 1707 - pode deixar de exercer o direito (Súmula 379);
d)- Imprescritível - o direito;
a) - incompensável – art. 373 -II;
e) - impenhorável - art. 1707 ( RTJRGS 167/258);
f) - intransacionável - art. 841;
g) - atual – devido ao seu caráter assistencial, no direito de família, visa atender
necessidades atuais ou futuras. Tal característica se manifesta no rito
executivo dos alimentos.
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AÇÃO DE ALIMENTOS
Lei 5478 de 25/07/68 (art. 13) – CC: Art. 1705/1706
Propositura:
- pessoal ou por intermédio de advogado (art. 2°, lei 5.478)
- AJG.- Por simples afirmação da falta de recursos no próprio pedido (art.1º e 2º).
Sentença -
- não transita em julgado (determinativa relativa, não faz coisa julgada material,
podendo ser revista a qualquer tempo) - art. 15 Lei Alimentos.
- os alimentos retroagem a data da citação.
c) - pelo casamento, união estável ou concubinato do cônjuge credor - art. 1708 CC.
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EXTINÇÃO DO CRÉDITO ALIMENTAR:
- Título Executivo judicial cumprimento sentença (arts. 528 – 531 CPC) com
prisão para os últimos três meses e expropriatórios para os demais retroativos
para até dois anos;
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TUTELA
OBJETIVO -
- proteger o menor não emancipado e seus bens se os seus pais são falecidos ou
tiverem suspenso ou foram destituídos do pátrio poder - art. 1728 CC.
ESPÉCIES -
a) – nomeada pelos pais- art. 1729 = por testamento ou por escritura - arts.1729
art. 1730 = nula se ao tempo da morte pai ou mãe não detinha o
poder parental.
b) - legítima - art. 1731 - ordem de nomeação pode ser alterada em benefício do
menor.
c) - nomeada pelo juiz - art. 1732, I, II, III, na falta de ‘a’ e ‘b’ (condição: idôneo e
que resida no mesmo domicílio do menor)
art. 1734 – de menores abandonados (entidades
assistenciais ou voluntários) – também
chamada dativa
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Incumbências do tutor:
*** -1750 = venda de imóveis: só com autorização judicial, com manifesta vantagem
e prévia avaliação judicial.
CESSAÇÃO DA TUTELA
- maioridade ou emancipação;
- se se alistar ou for sorteado para o serviço militar (Dec. 20330/31, Lei 4375/64 - art.
73 - cessa a incapacidade do menor de 17 anos para efeito do serviço militar - Maria
Helena Diniz - pg.313)
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CURATELA
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§ 1o A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à
sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e
ao voto.
§ 2o A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da
sentença as razões e motivações de sua definição, preservados os interesses do
curatelado.
§ 3o No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear
curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar,
afetiva ou comunitária com o curatelado.
Art. 86. Para emissão de documentos oficiais, não será exigida a situação de
curatela da pessoa com deficiência.
Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a fim de proteger os interesses
da pessoa com deficiência em situação de curatela, será lícito ao juiz, ouvido o
Ministério Público, de oficio ou a requerimento do interessado, nomear, desde logo,
curador provisório, o qual estará sujeito, no que couber, às disposições do Código
de Processo Civil.
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