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É considerado o ramo do direito mais intimamente ligado à vida das pessoas, uma vez que elas
estão vinculadas a um organismo familiar durante toda a sua existência, mesmo que formem uma
nova família. A família é uma realidade sociológica que constitui a base do Estado e a estrutura da
família é estabelecida pela Constituição Federal e pelo Código Civil, embora não haja uma
definição precisa do que seja família, tanto no direito quanto na sociologia.
CASAMENTO
Conceito de casamento.
O conceito de casamento ao longo do tempo e dos povos. Diferentes filósofos e escritores
apresentam definições e opiniões sobre a instituição, desde aqueles que a consideram fundamental
para a moralidade pública e privada até os que a criticam por sua constituição e finalidade. A
definição de casamento apresentada pelo escritor MODESTINO reflete as ideias predominantes
na época clássica do direito romano, que consistia na conjunção do homem e da mulher para toda
a vida e na comunhão de direitos divinos e humano.
NATUREZA JURÍDICA
A natureza jurídica do casamento, apresentando duas concepções: a individualista ou
contratualista, que considera o casamento como um contrato civil, e a concepção de instituição
social, que entende o casamento como um conjunto de regras impostas pelo Estado.
Também destaca a natureza jurídica eclética ou mista do casamento, que é considerado ao mesmo
tempo como um contrato e uma instituição social. Essa concepção reconhece que o casamento é
um contrato especial de direito de família, estabelecido pelo livre consentimento dos cônjuges,
mas também uma instituição social que estabelece normas de ordem pública para as relações
familiares.
Caracteres do casamento.
A importância da solenidade do casamento como um ato jurídico, destacando as normas que
regulamentam o casamento como de ordem pública e a necessidade das formalidades para garantir
a validade do ato. O casamento é um negócio jurídico puro e simples, que não admite termo ou
condição, e a liberdade de escolha do nubente é uma consequência natural do seu caráter pessoal.
A comunhão plena de vida, a união permanente do casamento e a atual restrição no Brasil de
casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Finalidades do casamento
As diversas finalidades do casamento, que variam de acordo com a visão filosófica, sociológica,
jurídica ou religiosa adotada. Na concepção canônica, o fim principal do casamento é a procriação
e a educação da prole, enquanto o fim secundário é a mútua assistência e satisfação sexual.
A concepção individualista que considera a satisfação sexual como o único objetivo do casamento,
o que diminui a importância da união matrimonial. Embora a atração sexual possa ser um fator
propulsor natural para o casamento, a afetividade e o amor que surgem dessa atração são os
principais objetivos do casamento, segundo a consciência religiosa e filosófica.
DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
Requisitos gerais e específicos
Não há uma correspondência perfeita entre a capacidade genérica para atos da vida civil e a
capacidade específica para o casamento. A lei, às vezes, permite o casamento para pessoas maiores
de 16 anos, mesmo que ainda não tenham capacidade civil plena. Por outro lado, mesmo sendo
maiores e capazes, algumas pessoas não têm aptidão para o casamento, como no caso de pessoas
já casadas.
Capacidade
as condições de capacidade para o casamento de acordo com o novo Código Civil brasileiro. O
código estabelece que a idade mínima para o casamento é de dezesseis anos e requer autorização
dos pais ou representantes legais caso os noivos não tenham atingido a maioridade civil. Além
disso, existem outros impedimentos ao casamento, como a loucura, a existência de outro
casamento e o prazo de viuvez para a mulher. O texto destaca que a idade núbil não é o único
critério de capacidade matrimonial.
Impedimentos
Os impedimentos ao casamento, incluindo a proibição de se casar com alguém que já esteja casado
para evitar a bigamia, o que tornaria o casamento nulo. O impedimento só desaparece após a
dissolução do anterior vínculo matrimonial pela morte, nulidade ou anulação, divórcio ou
caracterização da presunção estabelecida quanto ao ausente. Além disso, há requisitos como a
necessidade de autorização dos pais ou representantes legais para menores de idade e o prazo de
dez meses de viuvez para novo casamento, estabelecido apenas para mulheres como uma "causa
suspensiva" para evitar dúvida sobre a paternidade.
Procedimento:
O procedimento de habilitação para o casamento civil no Brasil. Depois de verificados os
requisitos legais e de constatada a capacidade dos nubentes para o casamento, é realizada a
publicação dos proclamas, afixados no cartório e publicados na imprensa local, se houver. O
Ministério Público pode requerer documentos ou providências durante a audiência, que
homologará a habilitação. Após a afixação dos editais, decorrido o prazo de quinze dias, o oficial
entregará aos nubentes a certidão de habilitação, que será válida por noventa dias. Se passado esse
prazo não ocorrer o casamento, é necessário realizar nova habilitação.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS.
Os documentos necessários para o processo de habilitação para o casamento no Brasil. A certidão
de nascimento ou documento equivalente é o primeiro documento exigido, seguido da autorização
por escrito dos pais ou responsáveis legais para menores ou incapazes. Também é exigida uma
declaração assinada por duas pessoas maiores que atestem conhecer os nubentes e afirmem não
existir impedimentos. Além disso, é necessário apresentar uma declaração do estado civil,
domicílio e residência dos contraentes e seus pais, se conhecidos, além de uma certidão de óbito,
anulação ou sentença de divórcio do cônjuge anterior. A apresentação desses documentos visa
garantir a veracidade das informações e evitar casamentos em desacordo com a lei.
DOS IMPEDIMENTOS PARA O CASAMENTO
Consequências do impedimento.
Os impedimentos para o casamento, que têm como objetivo a proteção da ordem pública. Quando
não há observância dessas normas e o casamento ocorre mesmo diante de um impedimento, a
consequência é a nulidade do ato.
A afinidade
O artigo 1.521, II, do Código Civil estabelece a proibição de casamento entre afins em linha reta.
A afinidade na linha colateral não é impedimento para o casamento, permitindo que um cônjuge
viúvo ou divorciado possa casar-se com a cunhada. O texto destaca que o companheiro foi incluído
no rol dos parentes por afinidade, o que impede que ele possa se casar com a filha de sua ex-
companheira após a dissolução da união estável. Não há impedimento para o casamento entre afins
se a união que deu origem à afinidade é declarada nula ou venha a ser anulada.
A adoção
A proibição de casamento entre afins em linha reta e as razões morais por trás dessa restrição.
Destaca-se que a adoção imita a família, portanto, o pai adotivo ou mãe adotiva não pode se casar
com a viúva do filho adotivo ou com o viúvo da filha adotiva. Além disso, o adotado não pode se
casar com irmãs anteriores ou posteriores à adoção.