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Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
231128016761
ANTÔNIO ALEX
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Direito Civil
Direito de Família – Parte I
Antônio Alex
SUMÁRIO
Direito de Família – Parte I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Noções de Direito de Família. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Casamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1. Conceito de Casamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2. Habilitação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3. Impedimentos e Causas Suspensivas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.4. Celebração, Prova e Efeitos do Casamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5. Tipos de Casamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.6. Inexistência e Invalidade do Casamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.7. Extinção do Casamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3. Regime de Bens entre os Cônjuges. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.1. Modalidades de Regimes de Bens de Casamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.2. Outorga Conjugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4. União Estável e Concubinato. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
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Direito Civil
Direito de Família – Parte I
Antônio Alex
APRESENTAÇÃO
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
Sou o Professor Antônio Alex Pinheiro.
Inicialmente, gostaria de lhe dizer que é com grande satisfação que aceitei o desafio
de elaborar aulas para sua preparação para o exame da OAB (Exame da Ordem). A minha
aprovação nesse exame corresponde a uma das maiores alegrias da minha vida, sendo que
tenho certeza que brevemente você estará vivenciando essa experiência incrível, que vai
transformar sua vida.
Vou me apresentar rapidamente, principalmente para que você entenda a lógica de
organização do curso. Sou graduado em Engenharia Elétrica e Direito pela UnB, com Mestrado
também pela UnB, com Doutorado pelo CEUB, cursando atualmente o pós-doutorado em
Direito pelo CEUB. Possuo pós-graduação em Direito Processual Civil e em Direito Notarial.
Também finalizei o curso de graduação de licenciatura em Física.
Minha experiência com concursos públicos começou no ano de 2003 e continua até então,
nessa trajetória fui aprovado nos concursos públicos da Caixa Econômica Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Polícia Federal, Curso de Oficial da PMDF, professor da Secretaria de
Educação do Distrito Federal, professor do Instituto Federal de Brasília e Anatel. Atualmente
ocupo o cargo de Especialista em Regulação na Anatel. Recentemente, logrei êxito na
aprovação para o cargo de Notário e Registrador dos Tribunais de Justiça do Ceará, do
Amazonas, do Paraná e de Santa Catarina, quando aprofundei meus estudos em relação ao
Direito Civil. No concurso para o cargo de Notário ou Registrador, o conteúdo de Direito Civil
tem um peso extremamente importante nas três fases: prova objetiva, prova discursiva e
prova oral.
Desde o ano de 2015, exerço também a advocacia voluntária pela Defensoria Pública
do DF na área de Direito Civil. Atualmente, estou lotado no núcleo de Defensoria Pública
do DF junto aos Tribunais Superiores, atividade que me trouxe grande aprendizado na
área de Direito Civil. Como fruto de minhas pesquisas, recentemente também publiquei
livros na área de Direito Civil. Inclusive, nos anos de 2021 e 2022, recebi uma premiação
da Confederação Nacional dos Notários e Registradores como um autor de obras jurídicas
referência para a preparação desses profissionais.
O nosso curso de Direito Civil foi elaborado sabendo que, diante da vida corrida, o aluno
não dispõe de muito tempo disponível para seu estudo, com cada aula estrategicamente
pensada e elaborada com os principais conceitos relacionados com o respectivo assunto
para facilitar o entendimento e a fixação do conteúdo. Além do mais, tendo em vista a forte
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Direito de Família – Parte I
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cobrança de lei seca em questões de Direito Civil, para economizar seu tempo, sempre farei
menção aos artigos correspondentes ao conteúdo estudado, então não pule a leitura da
lei seca. Assim, além de você entender o conceito estudado, vai saber como o assunto é
disposto na respectiva redação da lei, para não errar.
Procurei esgotar questões que já caíram em provas anteriores do exame da ordem da
OAB, sempre que possível, complementando com questões de concursos quando necessário.
Ainda, ao final da aula, apresento uma lista de exercícios dos últimos anos que permitam
a fixação do conteúdo estudado. Por fim, os esquemas e os resumos trazem os principais
pontos estudados em cada aula, em que recomendo que sejam estudados entre os intervalos
das aulas para facilitar a fixação do conteúdo e também na última semana antes da prova.
Minha intenção é fazer com que você seja aprovado no exame da OAB, bem como possa
exercer com segurança a advocacia na área Cível.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. O seu feed back da
aula é muito importante para que eu possa melhorar o material, não se esqueça de avaliar
ou me enviar uma mensagem pelas redes sociais. Por favor: material obrigatório! Então,
fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Muito bem-vindo ao nosso curso, vamos ao trabalho e à sua aprovação!!!!
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família. Entretanto, cabe ressaltar, que muitas relações do Direito de Família são fiscalizadas
pelo Estado, principalmente através da participação do Ministério Público, que procura
proteger a família. A lei e o Estado se preocupam com o poder familiar, alimentos, bem de
família, além do mais, as normas do Direito de Família são imperativas e seus institutos
são irrenunciáveis/indisponíveis aproximando-se do Direito Público.
2. CASAMENTO
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos
e deveres dos cônjuges.
Em regra, a maior parte das definições apresentam o casamento como uma união entre
homem e mulher, ou seja, entre duas pessoas de sexos diferentes. Entretanto, tal requisito
já foi afastado pela jurisprudência (STF e STF) e confirmado pelo Conselho Nacional de
Justiça, que editou Resolução n. 175, de 14 de maio de 2013, dispõe sobre a habilitação,
celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre
pessoas de mesmo sexo.
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A doutrina aponta a existência de três teorias para explicar a natureza jurídica do casamento:
Teoria institucionalista: o casamento é uma instituição.
Teoria contratualista: o casamento é um contrato de natureza especial, e com regras
próprias de formação.
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Não há consenso sobre qual teoria adotada pelo Código Civil, embora o artigo 1.514 do
Código Civil, ao que parece possa ter recepcionado a teoria contratualista:
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante
o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante
o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Certo.
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O art. 1.513 do CC veda que qualquer pessoa, de direito público ou privado, interfira
na comunhão de vida instituída pela família. O casamento é um ato formal, sendo que
para sua consolidação são necessárias 3 (três) fases: habilitação, celebração e registro.
Na habilitação, são verificados se os cônjuges possuem os requisitos necessários para o
casamento; na celebração, os cônjuges manifestam sua vontade de contrair o matrimônio
e, por fim, o registro serve como prova do casamento e também para dar publicidade ao
casamento para terceiros.
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2.2. HABILITAÇÃO
Habilitação é um processo que tem a finalidade de comprovar se os nubentes (cônjuges)
preenchem os requisitos legais para o casamento civil, realizado a partir de documentos
apresentados pelos nubentes.
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O primeiro ponto a ser avaliado é a capacidade para o casamento, sendo que o Código
Civil fixou a idade para casamento (idade núbil) em 16 (dezesseis) anos no mínimo, seja
para os homens como para as mulheres.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único
do art. 1.631.
Como Rejane já possuía 16 (dezesseis) anos completos e estava devidamente autorizada pelo
seu genitor – valendo destacar que sua mãe era falecida – verificamos que o requisito da
capacidade se encontra preenchido, eis que atendidos os pressupostos do art. 1.517 do CC:
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único
do art. 1.631.
Nesse contexto, impende analisar se a menor poderia se casar com seu primo e a resposta
é afirmativa, uma vez que, sendo os primos parentes de 4º (quarto) grau, não incide o
impedimento matrimonial previsto no art. 1.521, IV, CC, que veda o casamento, sob pena
de nulidade (art. 1.548, II, CC), entre colaterais até o 3º (terceiro) grau:
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O inc. IV do art. 1.521 do novo Código Civil deve ser interpretado à luz do Decreto-lei
n. 3.200/41, no que se refere à possibilidade de casamento entre colaterais de 3º grau.
Letra c.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único
do art. 1.631.
[...]
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta
ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer
deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
Nessa hipótese, obtido o suprimento judicial, o casamento será celebrado sob o regime
da separação de bens legal/obrigatório, consoante art. 1.641, III, CC:
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Direito de Família – Parte I
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Júlia, apaixona-se por Rodrigo, 19 anos, também com espectro autista, com quem quer
se casar. Mas Rita, mãe de Júlia, temendo que Júlia não tenha o discernimento adequado
para tomar as decisões certas em sua vida, e no intuito de proteger o melhor interesse de
sua filha, impede o casamento.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) Júlia é relativamente incapaz e, assim o sendo, precisará de anuência de sua mãe, Rita,
para celebrar o ato, em prol da proteção de sua dignidade.
b) A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa para casar-se, de modo que
Rita não poderá impedir o casamento de Júlia.
c) Júlia é plenamente capaz em razão de sua idade, mas, em razão da deficiência que a
acomete, deverá confirmar sua vontade com o curador que deverá ser instituído.
d) Rita, ainda que esteja atuando no melhor interesse de Júlia, na qualidade de mãe, não
pode impedir o casamento podendo, contudo, impor à Júlia, sua curatela.
a) Errada. A partir da leitura do enunciado, podemos concluir que Júlia é uma pessoa com
deficiência, nos termos do § 2º do art. 1º da Lei n. 12.764/2014 – que institui a Política
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista – mas não
relativamente incapaz, haja vista não estar impedida, por causa transitória ou permanente,
de exprimir sua vontade (art. 4º, III, CC) nem se enquadrar nas outras hipóteses taxativas
do rol do art. 4º do Código Civil. Dessa forma, por ter plena capacidade, poderá ela se casar
sem necessidade de anuência de sua mãe, consoante art. 6º, I, da Lei n. 13.146/2015 e art.
1.550, § 2º, CC:
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I – casar-se e constituir união estável; [...]
Art. 1.550. É anulável o casamento: [...]
§ 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio,
expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
b) Certa. É o que se depreende do art. 6º, I, do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n.
13.146/2015, também conhecida como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência):
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I – casar-se e constituir união estável; [...]
c) Errada. Júlia pode se casar expressando sua vontade diretamente, não havendo, em regra,
necessidade de curador para ratificação (art. 6º, I, EPcD e art. 1.550, § 2º, CC).
d) Errada. A curatela, por ser medida protetiva extraordinária, deve ser proporcional às
necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível, não havendo
se falar em imposição. Ademais, tratando-se de pessoa com deficiência plenamente capaz,
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Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial
e negocial.
§ 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio,
à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
§ 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as razões e
motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado.
§ 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz deve dar
preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou comunitária com o
curatelado.
Letra b.
A questão deve ser atualizada nos termos do art. 1.520 do CC, que dispõe que não será
permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil de 16 anos.
Errado.
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Errado.
Afinidade:
Parentesco
• Os afins em linha reta (Avós, pais e filhos, netos,
bisnetos, ou seja, aplica-se somente em linha reta);
Adoção:
• O adotante com quem foi cônjuge do adotado e
o adotado com quem o foi do adotante;
• O adotado com o filho do adotante;
Casamento anterior • As pessoas casadas
• O cônjuge sobrevivente com o condenado por
Crime homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu
consorte (exige condenação)
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Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos parentes
em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo
grau, sejam também consanguíneos ou afins.
Por fim, em relação aos impedimentos matrimoniais, a lei civil confere legitimidade para
sua oposição a toda pessoa capaz (art. 1.522, caput, CC):
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento,
por qualquer pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum
impedimento, será obrigado a declará-lo.
Errado.
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Nos termos do art. 1.522, os impedimentos podem ser opostos no processo de habilitação
e até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. Já as causas
suspensivas devem ser opostas no curso do processo de habilitação, até o decurso do prazo
de quinze dias da publicação dos proclamas, ou seja, possuem um prazo mais curto.
Everaldo e Luciana estão impedidos de se casar porque são parentes por afinidade em linha
reta (art. 1.521, II, CC). Everaldo é equiparado a pai de Luciana (art. 1.591, CC). O parentesco
por afinidade decorre da união estável e não se extingue com o fim dela (art. 1.595, CC):
Everaldo não deixará de ser considerado pai de Luciana com o fim da união estável entre
ele e Priscila, sua mãe.
Letra d.
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Nesse sentido, é correto afirmar que não deve(m) casar, por dar(em) ensejo a causa impeditiva
da alteração de regime legal,
a) o viúvo ou viúva que tiver filho do cônjuge falecido enquanto não der início à abertura
do inventário dos bens do casal.
b) o adotante com quem foi cônjuge do adotado.
c)o cônjuge sobrevivente com o condenado por tentativa de homicídio contra o seu consorte.
d) a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até 10 meses depois
do começo da dissolução da sociedade conjugal.
e) o tutor, o curador e seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos
com a pessoa tutelada ou curatelada, até 6 meses após cessada a tutela ou curatela.
a) Errada. A causa suspensiva não é afastada pela tão só abertura do processo de inventário,
mas sim com a devida partilha, donde o erro da assertiva (art. 1.523, I, CC).
b) Errada. O adotante não pode casar com quem foi cônjuge do adotado, sendo uma das
hipóteses de impedimento matrimonial que acarreta a nulidade do casamento (art. 1.521,
III, CC).
c) Errada. Cuida-se de mais uma hipótese de impedimento matrimonial (art. 1.521, VII, CC).
d) Certa. É a disposição do art. 1.523, II, c.c. art. 1.641, I, CC: Art. 1.523. Não devem casar:
II – a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses
depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
e) Errada. A causa suspensiva do art. 1.523, IV, do Código Civil, não fixa um interregno da
cessação da tutela/curatela, mas vincula o afastamento à prestação de contas.
Letra d.
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Também se admite a prova do casamento quando não puder ser provada por outros
meios, como no caso perda ou falta do registro civil (art. 1.546 do CC).
Prevista no art. 1.545 do CC, a Posse do Estado de Casado é uma prova de exceção do
casamento, podendo ser invocada quando os cônjuges não puderem manifestar sua vontade,
ou tenham falecido, para sanar qualquer falha no registro de casamento, para beneficiar
os filhos comuns do casal ou quando o casamento for impugnado, havendo provas dúbias
quando à existência do casamento, julgar-se-á pelo casamento.
Art. 1.545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar
vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante
certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento
impugnado.
Art. 1.547. Na dúvida entre as provas favoráveis e contrárias, julgar-se-á pelo casamento, se os
cônjuges, cujo casamento se impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados.
Posse do estado de casados é a situação em que 2 (duas) pessoas vivem como casadas
e assim são consideradas por todos, ou seja, vivem publicamente como marido e mulher,
inclusive reconhecidos pela sociedade. Não se trata de conferir status de casamento a
situações de mera convivência ou coabitação, mesmo com filhos, mas de induzir a existência
do casamento, que não pode ser provado em face do registro de casamento. Trata-se de
uma prova de casamento que tenha efetivamente sido realizado, tendo como requisitos
o indicativo de que a mulher usava o nome do marido, tratavam-se publicamente como
marido e mulher e gozavam de reputação de pessoas casadas.
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Efeitos (CF, art. 226, CC, art. 1.565, 1.566, art. 1.639, § 1º) Deveres (CC, art. 1.566 1.568)
A constituição da família Fidelidade
Os cônjuges se tornam consortes, companheiros e Vida em comum (coabitação), no
responsáveis pelos encargos da família. domicílio conjugal
A imposição de deveres aos cônjuges, a partir da celebração Mútua assistência
A imediata vigência, na data da celebração (CC, art. 1.639, §
1º), do regime de bens, que só pode ser alterado mediante
Sustento, guarda e educação dos filhos
autorização judicial em pedido motivado de ambos os
cônjuges.
Respeito e consideração mútuos
Os cônjuges são obrigados a
concorrer, na proporção de seus bens
e dos rendimentos do trabalho, para
o sustento da família e a educação
dos filhos, qualquer que seja o regime
patrimonial.
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2.5.1. REGULAR:
É o casamento realizado com todas das formalidades exigidas sem contrariar qualquer
impedimento ou causa suspensiva.
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2.5.4. NUNCUPATIVO:
Previsto nos artigos 1.540 e 1.541 do CC, o casamento nuncupativo constitui uma
segunda exceção de dispensa das formalidades exigidas para o casamento. O casamento
nuncupativo dispensa o processo de habilitação e até mesmo a presença do celebrante.
Assim, diante de extrema urgência, os contraentes poderão celebrar o casamento,
recebendo um ao outro, por marido e mulher, desde que na presença de 6 (seis) testemunhas
que não tenham parentesco com os cônjuges em linha reta, ou colateral, até em segundo grau.
Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial
mais próxima, dentro em 10 (dez dias), pedindo que lhes tome por termo a declaração,
quando o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam
ter-se habilitado, decidindo em seguida.
Nos termos do § 2º art. 1.542 do CC, o nubente que não estiver em iminente risco de
vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo por meio de instrumento
público com poderes específicos, ou seja, procuração pública com poderes especiais.
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2.5.6. CONSULAR:
Previsto no art. 1.544 do CC, o casamento consular é aquele realizado entre brasileiros
no exterior perante a autoridade consular brasileira. Após a realização do casamento, ele
deverá ser registrado no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, a contar da volta de um
ou ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1º
Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
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2.6.1. INEXISTENTE
A doutrina tradicional entende que para a existência do casamento é necessária a presença
dos chamados elementos essenciais ou estruturais: diferença de sexo, consentimento e
celebração.
Entretanto, cabe ressaltar que a necessidade de diferença de sexo foi excluída, sendo
possível o casamento de pessoas do mesmo sexo.
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2.6.2. ANULÁVEL
As hipóteses de casamento anulável estão previstas no art. 1.550 do CC. A anulabilidade
é decretada por meio da ação chamada ação anulatória, cuja sentença produz efeitos ex
nunc, ou seja, não retroage. Trata-se de ação de estado e versa sobre direitos indisponíveis,
não se operando à revelia.
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É anulável o casamento de quem não completou a idade núbil (16 anos), sendo necessária
autorização judicial, salvo nos casos do art. 1.551 do CC:
Art. 1.551, CC – Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.
O menor, quando se casa, tem uma autorização especial dos pais, e não representação.
Esse artigo comporta uma regra de convalidação, conforme art. 1.555, § 2º, do CC, que é
a aprovação posterior do representante, expressa ou tácita:
Art. 1.555. O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante
legal, só poderá ser anulado se a ação for proposta em cento e oitenta dias, por iniciativa do
incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários.
§ 2º Não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os representantes
legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua aprovação.
Art. 151, CC – A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente
fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Art. 1.556 do CC – O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de
um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
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Exemplo: não sabia que o marido era homossexual, bissexual, transexual, sadomasoquista,
casamento com o irmão gêmeo etc.
II – a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a
vida conjugal;
III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize
deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em
risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
010. (FGV/NACIONAL UNIFICADO (OAB)/III EXAME/2010) João foi registrado ao nascer com o
gênero masculino. Em 2008, aos 18 anos, fez cirurgia para correção de anomalia genética e
teve seu registro retificado para o gênero feminino, conforme sentença judicial. No registro
não constou textualmente a indicação de retificação, apenas foi lavrado um novo termo,
passando a adotar o nome de Joana. Em julho de 2010, casou-se com Antônio, homem
religioso e de família tradicional interiorana, que conheceu em janeiro de 2010, por quem
teve uma paixão fulminante e correspondida. Joana omitiu sua história registral por medo
de não ser aceita e perdê-lo. Em dezembro de 2010, na noite de Natal, a tia de Joana revela
a Antônio a verdade sobre o registro de Joana/João. Antônio, não suportando ter sido
enganado, deseja a anulação do casamento.
Conforme a análise da hipótese formulada, é correto afirmar que o casamento de Antônio
e Joana
a) só pode ser anulado até 90 dias da sua celebração.
b) poderá ser anulado pela identidade errônea de Joana/João perante Antônio e a
insuportabilidade da vida em comum.
d) é inexistente, pois não houve a aceitação adequada, visto que Antônio foi levado ao erro
de pessoa, o que tornou insuportável a vida em comum do casal.
e) é nulo; portanto, não há prazo para a sua arguição
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No Direito brasileiro, o casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por
parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. Trata-se
de causa de anulabilidade, sujeita, portanto, a prazo decadencial. Vejamos como o Código
Civil de 2002 trata a matéria:
Conforme observado, tem-se que o casamento de Antônio e Joana poderá ser anulado, no
prazo de três anos (art. 1.560, III, CC/02), pela identidade errônea de Joana/João perante
Antônio e a insuportabilidade da vida em comum.
Letra b.
V – realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do
mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
§ 1º. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.
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Esse mandato deve ser celebrado por escritura pública com poderes especiais. Se
o mandatário efetuar o casamento mesmo após de o mandante revogar o mandato, o
casamento será anulável. Esse casamento pode ser convalidado pela coabitação. Qualquer
invalidade do mandato (mandato nulo ou anulável) gera a anulabilidade do casamento.
g) Casamento celebrado por autoridade relativamente incompetente.
Exemplo: juiz de paz de uma localidade que celebra o casamento em outra localidade.
2.6.3. NULO
As hipóteses de casamento nulo estão no Inciso II do art. 1.548 do CC:
Entretanto, o referido artigo deve ser lido em conjunto com o art. 1.521 do CC, o qual
traz o rol das situações de impedimento. A nulidade do casamento é declarada por meio da
ação declaratória de nulidade, com efeitos ex tunc (retroativos), ação de estado que versa
sobre direitos indisponíveis. Desta forma, as hipóteses de casamento nulo são as seguintes:
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Art. 169 do CC – O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo
decurso do tempo.
Podem ajuizar essa ação declaratória por qualquer interessado, ou o Ministério Público,
quando lhe couber intervir, pois a matéria envolve ordem pública, nos termos do art.
1.549 do CC:
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Obs.: O juiz pode conhecer de ofício a nulidade do casamento? O CC diz que o juiz deve
conhecer de ofício os impedimentos matrimoniais. Mas, o juiz não pode reconhecer
de ofício a nulidade do casamento. Isso é majoritário, em razão do princípio da não
intervenção, consagrado no art. 1.513 do CC.
Então, o impedimento matrimonial pode ser conhecido de ofício, mas o casamento nulo
não. O art. 1.522 do CC diz que:
Art. 1.522, CC – Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento,
por qualquer pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum
impedimento, será obrigado a declará-lo.
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a) Errada. Na alternativa “A”, nos termos do art. 1.548, II, CC é nulo o casamento contraído
for infringência de impedimento.
b) Errada. Na alternativa “B”, nos termos do art. 1.550, VI, CC é anulável o casamento
celebrado por autoridade incompetente.
c) Errada. Na alternativa “C”, a anulação do casamento pode ser requerida pelo próprio
cônjuge menor, nos termos do art. 1.552, III, do CC.
d) Errada. Na alternativa “D”, nos termos do art. 1.550, III, é anulável o casamento celebrado
por vício de vontade.
e) Certa. Na alternativa “E”, nos termos do art. 1.550, V do CC, é anulável o casamento
realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do
mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges.
Letra e.
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Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Assim, pela leitura conjunta dos 2 (dois) artigos do Código Civil, quanto ao ausente, o
término da sociedade conjugal ocorre com a abertura da sucessão definitiva. A abertura da
sucessão definitiva poderá ser requerida após dez anos de passada em julgado a sentença
que conceder a abertura da sucessão provisória ou, então, provando-se que o ausente
conta com oitenta anos de idade e que de cinco datam as últimas notícias dele, conforme
os artigos 37 e 38 do CC. Antes da sucessão definitiva, os efeitos da declaração de ausência
serão apenas patrimoniais, limitando-se a permitir a abertura da sucessão provisória.
Também deve ser ressaltado, embora não previsto na redação do art. 1.571 do CC, a
hipótese de decretação da morte presumida sem decretação da ausência, a qual ocorre
nas situações de guerra ou perigo de vida, nesses casos a sentença judicial que declara a
morte presumida vai extinguir a sociedade conjugal.
O inciso II do art. 1.571 do CC prevê como causas de extinção da sociedade conjugal a
nulidade ou a anulação do casamento, as quais rompem o vínculo matrimonial, extinguindo
a sociedade conjugal e permitindo que os cônjuges se casem novamente. Estudamos as
causas de nulidade e de anulabilidade do casamento nos itens. 2.6.2 e 2.6.3.
No inciso III, temos como causa de extinção da sociedade conjugal a separação judicial,
que, conforme o art. 1.576 do CC, coloca fim aos deveres de coabitação e fidelidade
recíproca e ao regime de bens. Entretanto, outros 3 (três) deveres, previstos no art. 1.566
do CC, permanecem: mútua assistência; sustento, guarda e educação dos filhos; respeito
e consideração mútuos. Assim, a separação não quebra o vínculo jurídico do casamento, e
o casal não poderá se casar outra vez enquanto não estiver divorciado. A separação pode
ser realizada pela via extrajudicial, por escritura pública no Cartório de Notas, desde que
exista consenso entre os cônjuges, bem como, não exista filhos menores ou incapazes.
Por fim, no inciso IV, temos como causa da extinção da sociedade conjugal o divórcio, que
é capaz de romper todos os laços do casamento e os cônjuges podem se casar novamente.
O divórcio também pode ser feito extrajudicialmente no Cartório de Notas, por escritura
pública, se não houver litigio entre os cônjuges, bem como, se não houver filhos menores
ou incapazes. Havendo litígio ou filhos menores ou incapazes, necessariamente o divórcio
deve ser realizado pela via judicial.
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Sobre o divórcio cabe ressaltar a Emenda à Constituição n. 66/2010, conhecida como “PEC
do Divórcio”, que alterou o § 6º do art. 226 da CF/88, retirando a exigência, para o divórcio,
do requisito temporal e da prévia separação. Ou seja, para a realização do divórcio, não é
mais necessário esperar algum tempo mínimo de casado, bem como, não há necessidade
de realizar a separação para, posteriormente, realizar o divórcio.
Cabe ressaltar que, após a dissolução da sociedade conjugal, os cônjuges podem
restabelecer a união conjugal, inclusive caso a dissolução tenha sido feita de forma judicial,
o restabelecimento pode ser feito de forma extrajudicial. Diante do exposto, as causas de
extinção da sociedade conjugal podem assim ser resumidas:
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c) dez anos depois de passada em julgado a sentença que conceder a abertura da sucessão
provisória.
d) não regressando o ausente nos dez anos seguintes de passada em julgado a sentença
que determinar a abertura da sucessão definitiva.
e) não se pode mais declarar a viuvez do cônjuge do ausente, pela sistemática do Código
Civil de 2002, devendo o casamento ser dissolvido por meio do processo de divórcio.
A questão precisa ser interpretada à luz § 1º do art. 1.571 do CC em conjunto como art. 6º
e 37 do CC:
A sucessão definitiva, nos termos do art. 37 do CC, ocorrerá em 10 anos após a abertura
da sucessão provisória.
Letra c.
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei.
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Por exemplo, o art. 1.655 do CC proíbe que cláusula contratual em pacto antenupcial
afaste o regime de separação de bens obrigatório previsto no art. 1.641 do CC:
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não
lhe seguir o casamento.
Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de
registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
O casal pode acordar regime diverso do legal, para tanto, devem celebrar Pacto Antenupcial,
o qual deverá ser registrado em livro especial a fim de produzir efeito erga omnes, nos
termos do art. 1.657 do CC:
Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de
registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
Certo.
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Diante disso, Arlindo e Berta decidem não se casar e passam a conviver maritalmente. Após
cinco anos de união estável, Arlindo pretende dissolver a relação familiar e aplicar o pacto
antenupcial, com o objetivo de não dividir os bens adquiridos na constância dessa união.
Nessas circunstâncias, o pacto antenupcial é
a) válido e ineficaz.
b) válido e eficaz.
c) inválido e ineficaz.
d) inválido e eficaz.
A questão diz que o pacto antenupcial preencheu os requisitos legais, os quais exigem
escritura pública, logo ele é VÁLIDO; todavia, como o casamento não se consumou após
celebração do pacto, será ele [o pacto] INEFICAZ, consoante dispõe o art. 1.653, CC/2002:
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não
lhe seguir o casamento.
Letra a.
Pelo princípio da indivisibilidade dos bens, o regime de bens é uno para ambos os cônjuges,
se por caso o regime escolhido for comunhão universal de bens, aplica-se tanto para o
homem como para a mulher. Pelo princípio da variedade dos regimes de bens, existem os
seguintes regimes de bem.
Os nubentes estipulam o regime de casamento antes da celebração do casamento nos
termos do art. 1.639 do CC:
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus
bens, o que lhes aprouver.
§ 1º O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado
de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos
de terceiros.
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Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus
bens, o que lhes aprouver.
§ 1º O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado
de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos
de terceiros.
Letra c.
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Como é um assunto muito cobrado em prova, vamos fazer muitos exercícios para que
você domine o assunto:
016. (FGV/NACIONAL UNIFICADO (OAB)/II EXAME/2010) Jane e Carlos constituíram uma união
estável em julho de 2003 e não celebraram contrato para regular as relações patrimoniais
decorrentes da aludida entidade familiar. Em março de 2005, Jane recebeu R$ 100.000,00
(cem mil reais) a título de doação de seu ti o Túlio. Com os R$ 100.000,00 (cem mil reais),
Jane adquiriu em maio de 2005 um imóvel na Barra da Tijuca. Em 2010, Jane e Carlos se
separaram. Carlos procura um advogado, indagando se tem direito a partilhar o imóvel
adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005.
Assinale a alternativa que indique a orientação correta a ser exposta a Carlos.
a) Por se tratar de bem adquirido a título oneroso na vigência da união estável, Carlos tem
direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005.
b) Carlos não tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em
maio de 2005 porque, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais entre os mesmos o regime da separação total de bens.
c) Carlos não tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio
de 2005 porque, em virtude da ausência de contrato escrito entre os companheiros, aplica-
se às relações patrimoniais entre os mesmos o regime da comunhão parcial de bens, que
exclui dos bens comuns entre os consortes aqueles doados e os sub-rogados em seu lugar.
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d) Carlos tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de
2005 porque, muito embora o referido bem tenha sido adquirido com o produto de uma
doação, não se aplica a sub-rogação de bens na união estável.
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I – os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
Letra c.
Em caso de divórcio, os bens que devem ser partilhados estão previstos no art. 1.660 do
CC, dentre eles:
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De outro lado, os frutos decorrentes dos bens particulares que cada cônjuge possui, e
recebidos durante a constância do casamento, são comunicáveis, pois representam, em
suma, acréscimo da vida em comum. Nesse sentido, é a previsão do inciso V do art. 1.660, CC:
Art. 1.660. Entram na comunhão:
[…]
V – os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância
do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão (ALUGUÉIS DE IMÓVEIS).
Letra d.
Em caso de divórcio, os bens que devem ser partilhados são o carro e o prêmio de loteria,
por força do disposto no art. 1.660, I e II do Código Civil.
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I – os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome
de um dos cônjuges;
II – os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
As ações herdadas por Pedro e o apartamento que Joana recebeu em doação não entram
não partilha, de acordo com o art. 1.659, I do Código Civil.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I – os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
Letra b.
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No regime da comunhão parcial de bens (arts. 1.658 a 1.666, CC), os bens que sobrevêm ao
casal, a título oneroso, na constância do casamento, com as exceções legais (art. 1.658, CC).
No que se refere aos bens doados a um dos cônjuges, são eles incomunicáveis, sejam eles
recebidos antes ou depois do matrimônio, sendo, portanto, considerados bens particulares,
conforme art. 1.659, I, CC:
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I – os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
De outro lado, os frutos decorrentes dos bens particulares que cada cônjuge possui, e recebidos
durante a constância do casamento, são comunicáveis, pois representam, em suma, acréscimo
da vida em comum. Nesse sentido, é a previsão do inciso V do art. 1.660, CC:
Art. 1.660. Entram na comunhão:
[…]
V – os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância
do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Logo, sendo os aluguéis (frutos civis) decorrentes do bem particular de Mariane (imóvel
doado pelo seu pai), e havendo recebimento durante a constância do casamento, terá Aldo
direito à meação desses valores, sendo a assertiva C o gabarito da questão!
Letra c.
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O regime de bens é o conjunto de regras que os nubentes devem escolher antes da celebração
do casamento, determinando juridicamente como os bens do casal serão administrados
durante o casamento. Pelo regime da comunhão parcial de bens, somente os bens adquiridos
após a data do casamento serão comuns ao casal, com algumas exceções.
Dispõe o Código Civil que:
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal,
na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
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Nos termos do art. 1.669 do CC, embora os bens previstos no art. 1.668 do CC sejam
excluídos da comunhão, os frutos dos bens que são incomunicáveis se comunicam:
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende
aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.
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Art. 1.672. No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio,
consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal,
direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poder-
se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
Art. 1.673. Integram o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía ao casar e os por
ele adquiridos, a qualquer título, na constância do casamento.
Parágrafo único. A administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá
livremente alienar, se forem móveis.
Cabe ressaltar, nos termos do caput do art. 1.656 do CC, que os cônjuges casados sob
o regime de participação final nos aquestos, podem convencionar, no pacto antenupcial, a
livre disposição também dos bens imóveis, ou seja, o cônjuge pode livremente praticar atos
de disposição sobre bens imóveis, como alienação, doação ou gravar de ônus reais, sem a
autorização do outro cônjuge.
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a) anulável.
b) nulo.
c) ineficaz.
d) válido.
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poder-
se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
Letra d.
Após a dissolução da sociedade conjugal, serão apurados os bens de cada cônjuge, cabendo
a cada cônjuge a metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso na constância
do casamento. Na apuração dos aquestos com a dissolução da sociedade conjugal, alguns
bens são excluídos:
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos aquestos,
excluindo-se da soma dos patrimônios próprios:
I – os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;
II – os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;
III – as dívidas relativas a esses bens.
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva
de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção
dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto
antenupcial.
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Existem hipóteses de casamento que a lei obriga que necessariamente seja aplicado o
regime de separação de bens (Separação Legal), chamado de separação obrigatória/legal,
previsto no art. 1.641 do CC:
Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade
núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código.
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d) somente poderão se casar pelo regime da separação obrigatória de bens, por força de
lei e independentemente da celebração de pacto antenupcial.
Como se trata de casamento envolvendo pessoas idosas (maior de 60 anos de idade), sempre
se deve analisar a exigência, ou não, do regime de separação obrigatória de bens. Vejamos
como o Código Civil disciplina a matéria:
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I – das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do
casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
III – de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Como se percebe, o regime de separação de bens é obrigatório apenas àqueles que contam
com mais de 70 anos de idade, o que não é o caso da narrativa (Mathias possui 65 anos
e Tânia 60 anos). Dessa forma, aplica-se a regra geral, que determina que não havendo
convenção (pacto antenupcial) ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens
entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. Assim sendo, concluímos que está correta
a alternativa de letra C.
Letra c.
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A separação legal não seria uma separação absoluta, pois se aplica para a separação
legal a súmula 377 do STF.
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estável, quanto a possível divisão de bens, será aplicado o regime de separação obrigatória
de bens, conforme art. 1.641, II do CC.
I – comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; II – obter, por empréstimo,
as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir;
Letra c.
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c) Silvana não precisa de autorização de Arnaldo para alienar o apartamento, pois se trata
de bem particular.
d) A autorização de Arnaldo para alienação por Silvana é necessária e decorre do casamento,
independentemente do regime de bens.
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente:
I – praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua
profissão, com as limitações estabelecida no inciso I do art. 1.647; [...]
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
b) Certa. Com efeito, a anuência é necessária por força do art. 1.647, I, CC, acima citado.
Ressalta-se, por oportuno, que a hipótese do enunciado não se encaixa na previsão do art.
978 do CC, que possibilita ao empresário casado, qualquer que seja o regime de bens e sem
necessidade de outorga conjugal, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa
ou gravá-los de ônus real, haja vista que se trata de bem particular de Silvana. Portanto,
se por acaso o bem já integrasse o patrimônio empresarial afetado, não seria necessária
a autorização.
c) Errada. Ainda que se trate de bem particular, faz-se necessária a outorga conjugal (art.
1.647, I, CC).
d) Errada. A outorga conjugal é dispensada no regime da separação absoluta (art. 1.647,
caput, CC), bem como pode ser afastada, por pacto antenupcial, no regime de participação
final nos aquestos, quando se tratar, nesse último caso, de bens imóveis particulares (art.
1.656, CC).
Letra b.
O juiz pode suprir a outorga, no caso de ausência de justa causa na negativa da vênia,
conforme art. 1.648 do CC:
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos
cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
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A falta da outorga, pelo CC, gera a anulabilidade do ato, desde que proposta a ação
anulatória no prazo decadencial de 2 anos, depois de terminada a sociedade conjugal,
conforme art. 1.649 do CC:
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará
Anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois
de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou
particular, autenticado.
O art. 1.647, I, prescreve que nenhum dos cônjuges, exceto no regime de separação absoluta,
poderá alienar ou gravar de ônus real bens imóveis sem que haja autorização do outro, verbis:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval;
IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura
meação.
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Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem
economia separada.
Logo, tendo em vista que Mônica e Geraldo eram casados sob o regime da comunhão
total de bens, impunha-se a autorização daquela na alienação do imóvel. É de se destacar,
por oportuno, que a ausência de outorga conjugal poderá ser suprida pelo juiz, quando o
cônjuge não puder concedê-la ou venha a denegá-la de maneira injusta, como disposto no
art. 1.648, CC/2002:
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos
cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará
anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois
de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou
particular, autenticado.
Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem consentimento,
ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo cônjuge a quem cabia concedê-la,
ou por seus herdeiros.
Letra b.
Súmula 332, do STJ – A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica
a ineficácia total da garantia.
Cabe relembrar, nos termos do caput do art. 1.656 do CC, que os cônjuges casados sob
o regime de participação final nos aquestos, podem convencionar, no pacto antenupcial,
a livre disposição também dos bens imóveis, ou seja, o cônjuge pode livremente praticar
atos de disposição sobre bens imóveis, como alienação, doação ou gravar de ônus reais,
sem a autorização do outro cônjuge. Ou seja, precisa existir previsão expressa no pacto
antenupcial.
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A questão deve ser resolvida conforme as disposições da Súmula 332 do STJ em conjunto
com o art. 1.647 do CC. Assim, a Súmula 332 do STJ diz: A fiança prestada sem autorização
de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia. A outorga conjugal é uma hipótese
de legitimação, ou seja, de capacidade especial para determinado ato ou negócio. Está,
portanto, no plano da validade do negócio jurídico. O art. 1.647 dispõe sobre os atos que
exigem outorga:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval;
IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura
meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem
economia separada.
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Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher,
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família.
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Art. 1.723, §2º, CC – As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da
união estável.
Art. 1.725, CC – Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às
relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Quanto aos efeitos da sucessão do companheiro, são tratados no art. 1.790 do CC, em
que o companheiro era tratado com grande desvantagem. Sobre o referido artigo, o STF
manifestou-se no Recurso Extraordinário n. 878.694, sobre a inconstitucionalidade do
referido artigo. Nesse sentido, a partir de então, aplicam-se, para sucessão do companheiro,
as mesmas disposições da sucessão legítima, previstas no art. 1.829 do CC, equiparando o
companheiro aos cônjuges devidamente casados. Em relação à conversão da união estável
em casamento, as disposições estão previstas no art. 1.726 do CC:
Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros
ao juiz e assento no Registro Civil.
O artigo em questão exige uma ação judicial proposta pelos companheiros para a conversão,
desobedecendo às previsões da Constituição de 1988, não facilitando a conversão da união
estável em casamento. Por isso, os Códigos de Normas Extrajudiciais das Corregedorias dos
Tribunais de Justiça Estaduais dispensam a ação judicial, convertendo administrativamente
no Cartório a união estável em casamento. Cabe ressaltar que, caso os companheiros queiram
a conversão com data retroativa, precisam necessariamente recorrer ao poder judiciário.
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a) Errada. Segundo o Código Civil atual, é reconhecida como entidade familiar a união estável
entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e
estabelecida com o objetivo de constituição de família (art. 1.723).
Como se percebe, o conceito legal do instituto não impõe lapso temporal mínimo para a
configuração da união estável. Ademais, a doutrina é unânime nesse sentido (“a lei não
exige prazo mínimo para a sua constituição, devendo ser analisadas as circunstâncias do
caso concreto” – (TARTUCE, Flávio, Manual de Direito Civil, Método. p. 1.090).
b) Errada. Cônjuges separados (de fato ou judicialmente) podem constituir união estável.
c) Certa. Em que pese a doutrina majoritária ensinar que a presunção de filiação, de
paternidade e de maternidade aplica-se à união estável, a assertiva impõe subsunção do
enunciado ao Código Civil (presunção legal), o que, embora seja passível de críticas, não
está errado. Vejamos o dispositivo do Código Civil de 2002 que trata da matéria:
Logo, conclui-se que a Lei Civil enumera hipóteses de presunção de paternidade de filhos
concebidos na constância do casamento.
d) Errada. A união estável resulta de uma constatação fática de indivíduos que possuem
objetivos de constituir família. Assim, preenchidos os requisitos legais do art. 1.723,
configurada estará a união. O que se impõe é que, havendo interesse do regime patrimonial
ser diverso da comunhão parcial, deverão os companheiros pactuarem um contrato de
convivência, por meio de escritura pública ou instrumento particular registrado.
Letra c.
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a) Errada. Na alternativa “A”, O art. 226, § 3º da CF/88 reconhece a união estável entre o
homem e a mulher como entidade familiar.
b) Errada. Na alternativa “B”, o STF equiparou o companheiro ao cônjuge, declarando a
inconstitucionalidade da distinção feita entre ambos pelo Código Civil atual na sucessão.
Entendeu pela aplicação da regra de sucessão do artigo 1.829 do CC ao companheiro, com
a declaração de inconstitucionalidade do artigo 1.790 do CC. A tese fixada para fins de
repercussão geral ocorreu no RE 878.694/MG.
c) Errada. Na alternativa “C”, a Emenda à Constituição n. 66/2010 não revogou os artigos
do Código Civil que tratam da separação judicial.
d) Errada. Na alternativa “D”, STF no julgamento do RExt. n. 898.060/SC, O STF admite a
possibilidade do reconhecimento de dupla paternidade quando, embora existente paternidade
socioafetiva, o filho deseja o reconhecimento da paternidade biológica, decorrendo daí
todos os efeitos jurídicos, inclusive sucessórios
e) Certa. Na alternativa”E”, o STJ, no REsp 1008398/SP, reconheceu a família eudemonista
como um arranjo familiar que busque a felicidade individual com o propósito de emancipação
de seus membros.
Letra e.
Concubinato são relações não eventuais entre pessoas impedidas de se casar, que não
se confunde com a união estável, famoso amante conforme art. 1.727 do CC:
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem
concubinato.
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Se você gostou do material ou tem críticas, dá um feedback, bem como poste suas
dúvidas lá no fórum. Estou esperando você lá no Fórum! Estudaaaaa!!!!
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RESUMO
Nesta aula, você deve fixar os seguintes pontos:
DIREITO DE FAMÍLIA: constitui um ramo do direito civil que regula das relações entre
pessoas unidas pelo casamento, pela união estável ou pelo parentesco, assim como os
institutos complementares da tutela e curatela, que embora não venham de relação de
parentesco, possuem conexão com as relações familiares.
CASAMENTO: é a união solene, formal, entre pessoas humanas com a intenção de
constituir família, com base na igualdade de direitos e deveres entre os cônjuges.
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Afinidade:
Parentesco
• Os afins em linha reta (Avós, pais e filhos, netos,
bisnetos, ou seja, aplica-se somente em linha reta);
Adoção:
• O adotante com quem foi cônjuge do adotado e
o adotado com quem o foi do adotante;
• O adotado com o filho do adotante;
Casamento anterior • As pessoas casadas
• O cônjuge sobrevivente com o condenado por
Crime homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu
consorte (exige condenação)
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Efeitos (CF, art. 226, CC, art. 1.565, 1.566, art. 1.639, § 1º) Deveres (CC, art. 1.566 1.568)
A constituição da família Fidelidade
Os cônjuges se tornam consortes, companheiros e responsáveis Vida em comum (coabitação), no
pelos encargos da família. domicílio conjugal
A imposição de deveres aos cônjuges, a partir da celebração Mútua assistência
A imediata vigência, na data da celebração (CC, art. 1.639, § 1º),
do regime de bens, que só pode ser alterado mediante autorização Sustento, guarda e educação dos filhos
judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges.
Respeito e consideração mútuos
Os cônjuges são obrigados a concorrer,
na proporção de seus bens e dos
rendimentos do trabalho, para o
sustento da família e a educação dos
filhos, qualquer que seja o regime
patrimonial.
TIPOS DE CASAMENTO:
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Direito de Família – Parte I
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Direito de Família – Parte I
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EXTINÇÃO DO CASAMENTO:
COMUNHÃO PARCIAL DE BENS: esse regime terá validade e eficácia no caso de silêncio
entre as partes, ou se o pacto antenupcial for nulo (Ex. pacto antenupcial não foi feito
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Direito de Família – Parte I
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por meio de escritura pública) ou ineficaz. Nos termos do art. 1.640 do CC, esse regime é
legal de bens.
• O referido regime de bem tem como característica:
• a separação quanto aos bens que cada cônjuge possuía antes do casamento;
• e a comunhão quanto ao futuro, ou seja, quanto aos bens adquiridos na constância
do casamento, formando três tipos de bens: os do marido, os da mulher e os comuns.
COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS: esse regime de bens, conforme art. 1.667 do CC prevê
a comunicação de todos os bens, atuais e futuros, dos cônjuges, mesmo que adquiridos
em nome apenas um, assim como as dívidas posteriores ao casamento. Deve ser instituído
por meio de pacto antenupcial. São excluídos da comunhão, conforme art. 1.668 do CC,
os seguintes bens:
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PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS: de acordo com o referido regime, segundo o art.
1.672 do CC, cada cônjuge possui patrimônio próprio, cabendo a cada cônjuge, à época, da
dissolução da sociedade conjugal metade dos bens adquiridos pelo casal a título oneroso na
constância do casamento. Trata-se de um regime misto: aplicando-se o regime de separação
total, durante o casamento, e o regime de comunhão parcial após a sua dissolução.
SEPARAÇÃO DE BENS: admite suas variantes, a separação convencional de bens/ absoluta
(por pacto antenupcial), e a separação legal/obrigatória, em virtude de imposição legal.
No regime de separação de bens convencional/absoluta, cada cônjuge possui a plena
propriedade e gozo dos seus próprios bens, podendo aliená-los e gravá-los de ônus real
livremente, sejam móveis ou imóveis. Cada cônjuge continua dono do que lhe pertencia e
se tornará proprietário exclusivo dos bens que vier a adquirir, recebendo, sozinho, as rendas
produzidas por esses bens.
Existem hipóteses de casamento que a lei obriga que necessariamente seja aplicado o
regime de separação de bens (Separação Legal), chamado de separação obrigatória/legal,
previsto no art. 1.641 do CC:
OUTORGA CONJUGAL: está tratada no CC entre os arts. 1.647 a 1.650 do CC e pode ser
de 2 tipos: outorga uxória (da mulher) e outorga marital (do marido). Trata-se de autorização
cônjuge para atos de disposição de bens imóveis, no caso de alienação, doação e gravações
de direitos reais.
A outorga conjugal é dispensável no regime da separação absoluta. Segundo o
entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência, o regime de separação absoluta
é somente a separação convencional (por pacto antenupcial). A falta da outorga conjugal
torna o ato ANULÁVEL.
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UNIÃO ESTÁVEL: trata-se da união de duas pessoas (não precisa mais ser só homem
e mulher) com convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de
constituição de família.
CONCUBINATO: são relações não eventuais entre pessoas impedidas de se casar, que
não se confunde com a união estável, famoso amante.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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c) Felipe terá direito à meação do veículo adquirido sem a necessidade de prova de esforço
comum. Por outro lado, Paulo não fará jus à partilha do valor recebido a título de doação,
por se tratar de bem excluído da comunhão no regime de bens aplicável à relação.
d) Paulo terá direito à meação do valor recebido a título de doação sem a necessidade de
prova de esforço comum. Em contrapartida, Felipe não fará jus à partilha do veículo, o
qual foi adquirido para facilitar a locomoção de Paulo ao trabalho e, portanto, excluído da
comunhão no regime de bens aplicável à relação.
e) Paulo não fará jus à partilha do valor recebido a título de doação, por se tratar de bem
excluído da comunhão no regime de bens aplicável à relação. Por sua vez, Felipe também
não fará jus à partilha do veículo, o qual foi adquirido para facilitar a locomoção de Paulo
ao trabalho e, portanto, excluído da comunhão no regime de bens aplicável à relação.
005. (COM. EXAM./MPE SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE SP)/2022/94º) João e Maria estão
casados há dez anos. Inexistiu união estável anterior entre eles. Não houve pacto antenupcial.
Estão ausentes as hipóteses de separação legal/obrigatória de bens. Ele adquiriu um imóvel
não residencial a título oneroso em 2010. Ele hoje pretende doar referido bem ao seu pai,
viúvo. João é filho único. Pode-se dizer que
a) a falta de vênia conjugal ou suprimento judicial torna o ato nulo.
b) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois se trata de bem particular
do João.
c) haveria diferente tratamento legal se João não fosse doar, mas sim hipotecar o bem.
d)a falta de vênia conjugal ou suprimento judicial torna o ato anulável.
e) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois o bem continuará dentro
da esfera familiar de João que será, mais adiante, o seu herdeiro.
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c) A partilha amigável entre herdeiros capazes será feita por termo nos autos do inventário
ou por escritura pública, não se admitindo escrito particular, ainda que homologado pelo
Juiz.
d) A doação será realizada por meio de escritura pública ou instrumento particular, não
tendo validade a doação verbal, tendo em vista ser expressamente vedada pela norma.
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a) separação judicial;
b) anulação;
c) declaração de nulidade;
d) separação administrativa;
e) declaração de inexistência.
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a) O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante.
b) O cônjuge com o acusado pela prática de crime contra seu consorte.
c) Os incapazes de consentir ou de manifestar, de modo inequívoco, o consentimento.
d) O viúvo ou a viúva, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos
herdeiros.
e) O divorciado, enquanto não decidida a questão da partilha dos bens do casal.
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V – Para obter alimentos, o filho havido fora do casamento pode acionar o genitor, sendo
facultado ao juiz determinar, a pedido de qualquer das partes, que a ação se processe em
segredo de justiça.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e V.
c) III, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II, III e IV.
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d) não cabe a reserva legal de um quarto da herança à Olga, considerando-se que ela não
é ascendente das filhas de Pedro.
e) em razão do regime da comunhão universal de bens que regia seu casamento com Pedro,
Olga tem assegurado o direito real de habitação sobre a residência da família.
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Direito de Família – Parte I
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GABARITO
1. d 35. b
2. E 36. b
3. E 37. d
4. c
5. d
6. b
7. e
8. C
9. a
10. E
11. c
12. d
13. C
14. E
15. C
16. C
17. C
18. e
19. c
20. c
21. c
22. b
23. a
24. a
25. b
26. C
27. a
28. a
29. d
30. e
31. d
32. a
33. c
34. e
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GABARITO COMENTADO
b) Errada. É nulo de pleno direito, bem como o casamento decorrente de vício da vontade
é anulável. Vejamos:
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É anulável o casamento da pessoa incapaz de consenti-lo (art. 1.550, IV, Código Civil).
Errado.
Veja o teor do art. 1.571, § 2º, do CC, que dispõe acerca da possibilidade de manutenção
do nome de casado com o divórcio, do que se extrai a regra de restabelecimento do nome
de solteiro:
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§ 2º Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o
nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.
Errado.
a) Errada. Em eventual meação, apenas o veículo será objeto de partilha entre os ex-
companheiros, pois adquirido onerosamente na constância da união estável, havendo, in
casu, uma presunção de esforço comum para a aquisição do bem, consoante art. 1.660, I,
c.c. art. 1.725 do CC e art. 5º, caput, da Lei n. 9.278/1996:
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Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Art. 5º Os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou por ambos os conviventes, na constância
da união estável e a título oneroso, são considerados fruto do trabalho e da colaboração comum,
passando a pertencer a ambos, em condomínio e em partes iguais, salvo estipulação contrária
em contrato escrito.
§ 1º Cessa a presunção do caput deste artigo se a aquisição patrimonial ocorrer com o produto
de bens adquiridos anteriormente ao início da união.
§ 2º A administração do patrimônio comum dos conviventes compete a ambos, salvo estipulação
contrária em contrato escrito.
c) Certa. É o que se depreende do art. 5º, caput, Lei n. 9.278/1996 e dos arts. 1.659, I, 1.660,
I, 1.725 do CC:
Art. 5º Os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou por ambos os conviventes, na constância
da união estável e a título oneroso, são considerados fruto do trabalho e da colaboração comum,
passando a pertencer a ambos, em condomínio e em partes iguais, salvo estipulação contrária
em contrato escrito.
§ 1º Cessa a presunção do caput deste artigo se a aquisição patrimonial ocorrer com o produto
de bens adquiridos anteriormente ao início da união.
§ 2º A administração do patrimônio comum dos conviventes compete a ambos, salvo estipulação
contrária em contrato escrito.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I – os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; […]
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Anota-se, por oportuno, que, segundo o STJ, na união estável de pessoa maior de 70
(setenta) anos (art. 1.641, II, CC), impõe-se o regime da separação obrigatória, sendo
possível a partilha de bens adquiridos na constância da relação, desde que comprovado
o esforço comum (EREsp n. 1.171.820/PR, Rel.: Min. Raul Araújo, Órgão Julgador: 2ª
Seção, j. em 21.9.2015).
d) Errada. O valor doado a Felipe constitui bem excluído da comunhão, de modo que Paulo
não será meeiro (art. 1.659, I, CC). Em relação ao automóvel, tratando-se de bem adquirido
onerosamente na constância da união estável será ele objeto de partilha (art. 1.660, I,
c.c. art. 1.725, CC). Sublinhe-se que caso a doação tivesse sido em benefício do casal, a
situação seria diferente, pois estaria incluído na comunhão, segundo o quanto disposto
no art. 1.660, III, CC:
005. (COM. EXAM./MPE SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA (MPE SP)/2022/94º) João e Maria estão
casados há dez anos. Inexistiu união estável anterior entre eles. Não houve pacto antenupcial.
Estão ausentes as hipóteses de separação legal/obrigatória de bens. Ele adquiriu um imóvel
não residencial a título oneroso em 2010. Ele hoje pretende doar referido bem ao seu pai,
viúvo. João é filho único. Pode-se dizer que
a) a falta de vênia conjugal ou suprimento judicial torna o ato nulo.
b) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois se trata de bem particular
do João.
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c) haveria diferente tratamento legal se João não fosse doar, mas sim hipotecar o bem.
d)a falta de vênia conjugal ou suprimento judicial torna o ato anulável.
e) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois o bem continuará dentro
da esfera familiar de João que será, mais adiante, o seu herdeiro.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará
anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois
de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou
particular, autenticado.
a) Errada. Ainda que se trate de bem particular, como é o caso, faz-se necessária a vênia
conjugal ou o suprimento judicial (art. 1.647, I, CC).
c) Errada. Segundo entendimento majoritário, o verbo “alienar”, empregado no art. 1.647,
I, do Código Civil, deve ser entendido em sentido amplo, abarcando, nesse sentido, a
constituição de hipoteca ou de outros ônus reais sobre imóveis.
d) Certa. É o que consta do art. 1.647, I, c.c. arts. 1.648 e 1.649, caput, do CC:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
[...]
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos
cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará
anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois
de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou
particular, autenticado.
e) Errada. Por expressa previsão legal, impõe-se, sob pena de anulabilidade, a vênia conjugal
ou o suprimento judicial (arts. 1.647, I, c.c. arts. 1.648 e 1.649, caput, do CC), ainda que se
trate de doação feita a ascendente.
Letra d.
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Direito de Família – Parte I
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a) Errada. Nos termos do Art. 1.711 do CC/02. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar,
mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir
bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao
tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial
estabelecida em lei especial.
b) Certa. Pacto antenupcial é um contrato solene, realizado antes do casamento, por meio
do qual as partes dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre elas desde a data
do matrimônio. Solene pois exige forma prescrita em lei (sob pena de nulidade). Vejamos:
Art. 1.653, CC. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se
não lhe seguir o casamento.
Art. 2.015. Se os herdeiros forem capazes, poderão fazer partilha amigável, por escritura pública,
termo nos autos do inventário, ou escrito particular, homologado pelo juiz.
Logo, nada obsta que, sendo os herdeiros capazes e não havendo litígio, a partilha seja feita
mediante instrumento particular homologado pelo juiz.
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Lembrando que a idade núbil é dezesseis anos, exigindo-se autorização dos pais ou
representantes legais para o casamento do maior de dezesseis e menor de dezoito anos,
ou seja, enquanto não atingida a maioridade, nos termos do art. 1.517 do CC:
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único
do art. 1.631.
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Letra e.
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§ 2º Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o
nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.
Certo.
b) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
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Direito de Família – Parte I
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Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes,
companheiros e responsáveis pelos encargos da família.
e) Certa. A assertiva está de acordo com o Código Civil. Verifique o seguinte dispositivo:
Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o modo como esta se faça, é lícito aos
cônjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juízo.
Letra a.
Não é permitido que um homem se case com a própria filha, mesmo que ela não seja sua
filha natural (art. 1.521, I, Código Civil).
Errado.
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Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Letra c.
A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código de Processo Civil. Vejamos:
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre
direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
Letra d.
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante
o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Certo.
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A Lei n. 13.811/2019 alterou o Código Civil para proibir, em qualquer hipótese, o casamento
de pessoa menor de 16 anos. Vejamos:
Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil,
observado o disposto no art. 1.517 deste Código. (Redação dada pela Lei n. 13.811, de 2019)
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Errado.
Previsto nos artigos 1.540 e 1.541 do CC, o casamento nuncupativo constitui uma segunda
exceção de dispensa das formalidades exigidas para o casamento. O casamento nuncupativo
dispensa o processo de habilitação e até mesmo a presença do celebrante. Assim, diante de
extrema urgência, os contraentes poderão celebrar o casamento, recebendo um ao outro,
por marido e mulher, desde que na presença de 6 (seis) testemunhas que não tenham
parentesco com os cônjuges em linha reta, ou colateral, até em segundo grau. Realizado
o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais
próxima, dentro em 10 (dez dias), pedindo que lhes tome por termo a declaração, quando
o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se
habilitado, decidindo em seguida. Nos termos do § 2º art. 1.542 do CC, o nubente que não
estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo
por meio de instrumento público com poderes específicos, ou seja, procuração pública com
poderes especiais:
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com
poderes especiais.
§ 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas,
celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da
revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
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Direito Civil
Direito de Família – Parte I
Antônio Alex
§ 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no
casamento nuncupativo
Certo.
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
I – recusar a solene afirmação da sua vontade;
(...)
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à
suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
Certo.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído
o certificado.
Certo.
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De acordo com o magistério de Carlos Roberto Gonçalves (Direito civil brasileiro, volume 6:
direito de família. 14. ed. [livro eletrônico]. São Paulo: Saraiva, 2017), as causas suspensivas são
determinadas circunstâncias ou situações capazes de suspender a realização do casamento,
se arguidas tempestivamente pelas pessoas legitimadas a fazê-lo, mas que não provocam,
quando infringidas, a sua nulidade ou anulabilidade. O casamento é apenas considerado
irregular, tornando, porém, obrigatório o regime da separação de bens (CC, art. 1.641, I),
como sanção imposta ao infrator.
Nesse sentido, dispõem os arts. 1.523 e 1.641, I, CC:
Anota-se que a oposição das causas suspensivas deverá ser feita no prazo de 15 (quinze)
dias da publicação dos editais, para produzir o efeito de sustar a realização do casamento
(art. 1.527, CC). Se efetivada após esse prazo, não terá o condão de obstá-lo, embora
sujeite os cônjuges ao regime da separação dos bens e os imóveis destes à hipoteca legal,
na hipótese do inciso I do art. 1.523 do CC (Cf. GONÇALVES, Carlos Roberto. Op. Cit.).
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Voltando ao enunciado, temos que, diante da ausência de oposição das causas suspensivas
pelos legitimados (parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou
afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins, ex vi do
art. 1.524, CC), o casamento entre Rita e João será válido, mas submetido ao regime da
separação legal/obrigatória de bens (art. 1.641, I, CC).
Letra e.
A sogra é parente em primeiro grau em linha reta por afinidade do seu genro. Registra-se
que o parentesco por afinidade entre sogra e genro não se extingue com a dissolução do
casamento. Sendo assim, a sogra é impedida de casar com o genro. Não havendo que falar
em união estável. Vejamos:
TÍTULO III
DA UNIÃO ESTÁVEL
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher,
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família.
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Letra c.
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos
nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I – o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu
conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II – a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a
vida conjugal;
III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize
deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em
risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
Letra c.
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a) Errada. A comunicação dos bens depende do regime de bens adotado pelo casal. No
regime legal, ou seja, o regime da comunhão parcial de bens, comunicam-se os bens que
sobrevierem ao casal, na constância do casamento, excetuado os seguintes. Vejamos:
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal,
na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I – os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II – os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-
rogação dos bens particulares;
III – as obrigações anteriores ao casamento;
IV – as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V – os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI – os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII – as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I – os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome
de um dos cônjuges;
II – os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
III – os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV – as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V – os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância
do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Art. 1.674, CC. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos
aqüestos, excluindo-se da soma dos patrimônios próprios:
I – os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;
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Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à aprovação
de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.
c) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
Art. 1.686. As dívidas de um dos cônjuges, quando superiores à sua meação, não obrigam ao
outro, ou a seus herdeiros.
Letra c.
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a) Errada. O tutor não pode casar com a pessoa tutelada enquanto não cessar a tutela,
salvo prova de inexistência de prejuízo para a pessoa tutelada ou curatelada. Examine:
Art. 1.523. Não devem casar: (...)
IV – o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos,
com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem
saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo,
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada;
no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez,
na fluência do prazo.
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com
poderes especiais.
c) Errada. Pode ser celebrado o casamento de menor, que conte com dezesseis anos, desde
que ambos os pais ou os seus representantes legais autorizem. Vejamos:
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
d) Errada. O cônjuge sobrevivente não pode casar com o condenado por homicídio praticado
contra o seu consorte. Examine:
Letra b.
a) O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante.
b) O cônjuge com o acusado pela prática de crime contra seu consorte.
c) Os incapazes de consentir ou de manifestar, de modo inequívoco, o consentimento.
d) O viúvo ou a viúva, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos
herdeiros.
e) O divorciado, enquanto não decidida a questão da partilha dos bens do casal.
a) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
a) Errada. Para ser causa de impedimento deve haver condenação por homicídio ou tentativa
de homicídio contra o seu consorte (não basta a acusação). Vejamos:
Letra a.
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prudência legislativa em favor das pessoas e de suas famílias, considerando a idade dos nubentes.
É de lembrar que, conforme os anos passam, a idade avançada acarreta maiores carências
afetivas e, portanto, maiores riscos corre aquele que tem mais de setenta anos de sujeitar-se
a um casamento em que o outro nubente tenha em vista somente vantagens financeiras, ou
seja, em que os atrativos matrimoniais sejam pautados em fortuna e não no afeto (MONTEIRO,
Washington de Barros. Curso de direito civil: direito de família. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 295).
Havendo dissolução de casamento ou união estável que era regulado pelo regime da
separação obrigatória de bens (art. 1.641, II, do CC), como deve ser feita a partilha dos
bens?
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Letra a.
Art. 1.710. As prestações alimentícias, de qualquer natureza, serão atualizadas segundo índice
oficial regularmente estabelecido.
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Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na
proporção de seus recursos.
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de
prestar alimentos.
V – Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
Art. 1.705. Para obter alimentos, o filho havido fora do casamento pode acionar o genitor,
sendo facultado ao juiz determinar, a pedido de qualquer das partes, que a ação se processe
em segredo de justiça.
Letra b.
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poder-
se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
Pelo regime de participação final nos aquestos, durante o casamento, cada cônjuge possui
patrimônio próprio e administração exclusiva dos seus bens (bens particulares), cabendo-
lhes, no entanto, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito de meação sobre os
bens aquestos onerosamente adquiridos pelo próprio casal (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona
Filho, Manual de Direito Civil [livro eletrônico], 6ª ed., Saraiva Educação, 2022, p. 1.757). É
um regime em que há separação de bens, no qual cada consorte tem a livre e independente
administração do seu patrimônio pessoal, dele podendo dispor quando for bem móvel e
necessitando da outorga do cônjuge se imóvel, salvo dispensa em pacto antenupcial para
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os bens particulares (Rolf Madaleno, Manual de Direito de Família [livro eletrônico], 4ª ed,
Forense, 2022, p. 502).
Certo.
Por sua vez, o jet ski constitui bem excluído da comunhão, não sendo objeto de meação,
ante a previsão do art. 1.659, I, CC:
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Já o automóvel de Jussara, bem como o prêmio amealhado por Evandro serão partilhados
em caso de eventual divórcio, porquanto são bens que integram a comunhão, como disposto
no art. 1.660, I e II, CC:
Dois conceitos merecem ser citados na presente questão. O primeiro diz respeito ao pacto
antenupcial (arts. 1.653 a 1.657, CC), que se trata de um contrato solene e condicional, por
meio do qual os nubentes dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre ambos, após
o casamento (Cf. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 6: direito de
família. 14. ed. [livro eletrônico]. São Paulo: Saraiva, 2017).
O outro é o do regime de participação final nos aquestos (arts. 1.672 a 1.686, CC), um das
espécies de regime de bens legalmente estabelecido, e que veio a substituir o regime dotal
do CC/1916, o qual prescreve uma separação convencional de bens durante o casamento
e, no caso de dissolução da sociedade conjugal, algo próximo ao regime da comunhão
parcial de bens, de modo que cada cônjuge terá direito a uma participação dos bens para
os quais colaborou para a aquisição, devendo provar o esforço patrimonial nesse sentido
(Cf. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 8. ed. São Paulo: Método, 2018,
pp. 1.410-1.411).
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Feitos esses breves esclarecimentos, temos que a resposta da questão está no comando
do art. 1.656 do Código Civil, que assim estabelece:
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poder-
se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
Dessa forma, o preceito autoriza que, no pacto antenupcial que adote o regime da participação
final nos aquestos, poderá ser inserida cláusula admitindo a livre disposição de bens imóveis,
desde que sejam particulares do alienante, sem a necessidade de outorga conjugal.
Letra a.
Já o sítio e o apartamento são bens excluídos da comunhão, pois se enquadram nas hipóteses
do inciso I do art. 1.659 do CC:
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Na disciplina conferida pelo Código Civil, o regime da comunhão parcial de bens (arts. 1.658
a 1.666, CC) é aquele que vigorará entre os cônjuges quando não houver pacto antenupcial
ou sendo ele nula ou ineficaz, daí ser chamado de regime legal ou supletório, ex vi do art.
1.640, caput, do CC:
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens
entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes
que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial,
fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.
Anota-se que esse entendimento também é aplicável à união estável, ante a disposição
do art. 1.725 do CC:
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Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
a) Errada. Os bens sub-rogados no lugar dos que cada cônjuge já possuía ao casar, recebidos
por sucessão, são excluídos da comunhão. Vejamos:
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d) Certa. A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo do Código Civil. Vejamos:
Letra d.
a) Certa. A assertiva está correta, pois o prêmio da loteria se trata de um bem adquirido
por fato eventual. Assim sendo, integra a massa de bens comuns, tendo João direito de
requerer a partilha deste bem em caso de dissolução do casamento. Vejamos:
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a) Errada. O quadro foi presente de casamento dado pela mãe de João em favor de ambos
os cônjuges. À vista disso, deve ser considerado bem comum. Vejamos:
c) Errada. Não é necessário comprovar que João contribuiu para o pagamento da aposta.
O prêmio da loteria é considerado bem comum, com ou sem o concurso de trabalho ou
despesa anterior. Vejamos:
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
pela covid-19 no início deste ano e que Olga, Ingrid e Natália são as únicas familiares que
o sobreviveram,
a) defere-se a integralidade do patrimônio de Pedro às suas filhas.
b) além da meação decorrente do regime de bens do casamento com Pedro, Olga recebe
um terço da herança deixada por ele, assim como Ingrid e Natália.
c) Olga recebe sua meação em decorrência do regime de bens adotado ao casar com Pedro,
enquanto suas filhas herdam por cabeça a meação de Pedro, incidindo concorrência entre
ela e as filhas, se houver bens de Pedro excluídos da comunhão.
d) não cabe a reserva legal de um quarto da herança à Olga, considerando-se que ela não
é ascendente das filhas de Pedro.
e) em razão do regime da comunhão universal de bens que regia seu casamento com Pedro,
Olga tem assegurado o direito real de habitação sobre a residência da família.
a) Errada. Olga terá direito à metade do patrimônio a título de meação, tendo em vista
que era casada pelo regime da comunhão universal. Olga não é herdeira, mas é meeira. As
filhas são herdeiras da outra metade, em partes iguais. Vejamos:
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes
e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário n.
646.721) (Vide Recurso Extraordinário n. 878.694)
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares; (...)
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
a) Errada. Olga era casada com Pedro pelo regime da comunhão universal de bens. Desse
modo, em relação aos bens comuns do casal, Olga é meeira (não herdeira). Sendo assim,
Olga possui direito a 50% do patrimônio comum do casal, que corresponde a meação. Por
outro lado, Olga somente será herdeira, em concorrência com as filhas, em relação aos bens
particulares de Pedro, se houver. Ademais, quando o Código Civil se refere a porcentagem
do cônjuge ele menciona a quarta parte (não a um terço). Dessarte, segundo entendimento
firme dos Tribunais Superiores, a filiação socioafetiva é equiparada para todos os fins à
filiação biológica, inclusive para fins sucessórios, de forma que no caso em tela, as filhas
são comuns do casal. Vejamos dispositivos do Código Civil que corrobora o exposto:
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes
e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão
igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da
herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário n.
646.721) (Vide Recurso Extraordinário n. 878.694)
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares; (...)
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
c) Certa. Como Olga era casada com Pedro pelo regime da comunhão universal de bens, ela é
meeira de 50% do patrimônio do casal. As filhas de Pedro herdam o restante. Registra-se que
se houver bens particulares de Pedro, Olga é herdeira (não meeira) em concorrência com as
filhas. Registra-se que mesmo no regime da comunhão universal de bens, existe patrimônio
que pode ser excluído da comunhão, como os bens com cláusula de incomunicabilidade.
Vejamos dispositivos do Código Civil que corrobora o exposto:
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes
e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário n.
646.721) (Vide Recurso Extraordinário n. 878.694)
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares; (...)
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I – os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu
lugar;
II – os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada
a condição suspensiva;
III – as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou
reverterem em proveito comum;
IV – as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de
incomunicabilidade;
V – Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
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Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão
igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da
herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário n.
646.721) (Vide Recurso Extraordinário n. 878.694)
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares;
e) Errada. Por expressa previsão do Código Civil, o direito real de habitação é assegurado
independente do regime de bens. Vejamos:
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem
prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao
imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
Letra c.
Em caso de divórcio devem ser partilhados o sítio porque foi comprado por Celso durante o
casamento (art. 1.660, I em combinação com o art. 1.658, ambos do Código Civil) e o prêmio
de loteria, bem adquirido por Maria por fato eventual durante o casamento (art. 1.660, II
em combinação com o art. 1.658, ambos do Código Civil).
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal,
na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I – os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome
de um dos cônjuges;
II – os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
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III – os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV – as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V – os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância
do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
O apartamento herdado por Celso e a fazenda que Maria recebeu por doação não entram
na partilha em caso de divórcio porque são excluídos dela pelo art. 1.659, I, do Código Civil.
Letra e.
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Já a casa simples adquirida por Roberto antes do casamento, assim como o automóvel
herdado por Sara constituem bens excluídos da comunhão, ex vi do art. 1.659, I, CC:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
o empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime
de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
c) Errada. Cuida-se de hipótese de solidariedade legal, consoante art. 1.643, I, c.c. art.
1.644, ambos do CC:
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beneficie o casal, e não apenas um dos cônjuges, fará a doação ou o legado em favor do
casal, como determina o art. 1.660, III, do Código Civil.
Letra b.
A separação legal de bens é imposta nas hipóteses arrolada no art. 1.641 do CC, dentre as
quais quando a pessoa é maior de 70 anos, como no caso de Murilo:
Letra b.
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c) haveria diferente tratamento legal se João não fosse doar, mas sim hipotecar o bem.
d) a falta de vênia conjugal ou suprimento judicial torna o ato anulável.
e) são desnecessários vênia conjugal ou suprimento judicial, pois o bem continuará dentro
da esfera familiar de João que será, mais adiante, o seu herdeiro.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens
entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes
que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial,
fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.
Nessa linha, considerando que João e Maria estão casados há 10 (dez) anos, e tomando
por base o ano da realização do certame (2022), podemos concluir que a aquisição do bem
se deu antes da formação da sociedade conjugal, sendo certo, ainda, que não havia união
estável entre o casal antes do casamento, nem fora firmado pacto antenupcial.
Logo, cuida-se de bem particular de João e, por consequência, não integrante da meação
(art. 1.659, I, CC).
No mais, interessa-nos o quanto disposto nos arts. 1.647 a 1.650 do CC:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval;
IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura
meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem
economia separada.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos
cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará
anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois
de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou
particular, autenticado.
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Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem consentimento,
ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo cônjuge a quem cabia concedê-la,
ou por seus herdeiros.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
[...]
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos
cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará
anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois
de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou
particular, autenticado.
Sobre a restrição – que não é causa de incapacidade, mas sim de carência de legitimação
– esclarece Carlos Roberto Gonçalves (Direito civil brasileiro, volume 6: direito de família.
14. ed. [livro eletrônico]. São Paulo: Saraiva, 2017):
Justifica-se a exigência [do art. 1.647, I, do Código Civil] pelo fato de os imóveis serem considerados
bens de raiz, que dão segurança à família e garantem o futuro dos filhos, malgrado o patrimônio
mobiliário possa atingir valor pecuniário muitas vezes maior que o imobiliário. Justo que o outro
cônjuge seja ouvido a respeito da conveniência ou não da alienação. O verbo “alienar” tem sentido
amplo, abrangendo toda forma de transferência de bens de um patrimônio para outro, como a
venda, a doação, a permuta, a dação em pagamento etc.
[...]
A vênia conjugal é necessária também no compromisso de compra e venda irretratável e irrevogável,
pois é hábil para transferir o domínio por meio da adjudicação compulsória (CC, art. 1.418).
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Letra d.
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REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado. 11ª edição, Editora Saraiva, 2021.
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caminhos
crie
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