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AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO LIMINAR

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ª VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DO


MUNICÍPIO DE (...) NO ESTADO (...)

Nome, Prenome, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº..., CPF nº..., residente e domiciliado na rua..., vem,
por seu advogado, infra-assinado, com procuração anexa e endereço profissional na rua..., onde serão
encaminhadas as intimações do feito, propor AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO LIMINAR em
face da União Federal, pessoa jurídica de direito publico interno, CNPJ nº..., com sede na rua..., pelos fatos e
fundamentos a seguir.

DO CABIMENTO

É cabível a propositura da presente ação ordinária, com fulcro no artigo 282 e seguintes do Código de Processo
Civil, por se tratar de omissão no dever de prestar informações.

DOS FATOS

DA TUTELA ANTECIPADA

Primeiramente, o Art. 273 do Código de Processo Civil estabelece como requisitos para concessão de
antecipação dos efeitos da tutela a verossimilhança das alegações e o fundado receio de dano irreparável.

DO MÉRITO

Inicialmente, o Art. 5º, inciso XXXIII da Constituição Federal estabelece o direito à informação como garantia
fundamental do cidadão. Vejamos:

Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo
ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

No mesmo sentido o Art. 5º, inciso XIV da Constituição Federal prevê a garantia à informação.

O Art. 10, §3º da Lei n. 12.527/11 também estabelece o direito de acesso à informação e a define como garantia
do cidadão, proibindo qualquer exigência por parte do Poder Público no sentido de que o particular deva motivar o
pedido de acesso a tais informações junto aos órgãos públicos.

Dessa forma, a conduta do Poder Público é viciada por contrariar normas legais e, consequentemente, afrontar
ao princípio da legalidade.

Ademais, o Art. 37, caput, da Constituição Federal prevê a publicidade como princípio inerente as atividades da
Administração Pública, não sendo possível a edição de ato sigiloso, salvo disposição constitucional em contrário,
o que não é o caso.

No caso em apreço a demarcação de áreas de proteção ao meio ambiente não se configura exceção ao princípio
da publicidade dos atos administrativos, estampado no caput e §1º do Art. 37 da Carta Magna.

Desse modo, ilícito é o ato do Poder Público que denegou a prestação das informações requeridas pelo Autor,
fazendo-se necessária a concessão dos pedidos, ora apresentados.

DOS PEDIDOS

Pelo exposto, requer:

1. a citação do Réu na pessoa do Advogado-Geral da União para, querendo, contestar o feito;


2. a antecipação dos efeitos da tutela para que o Réu providencie as informações solicitadas;
3. a confirmação da tutela antecipada com a procedência dos pedidos, marcando dia e hora para que o órgão
ministerial apresente as informações pleiteadas;
4. a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
5. a produção de todos os meios de provas admitidos em direito e necessários à solução da controvérsia,
inclusive a juntada dos documentos anexos.

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