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CONSTITUCIONAL PROF.
DOUGLAS CRISPIM
HABEAS DATA – SALA - PROF
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OAB SEGUNDA FASE – DIREITO
CONSTITUCIONAL PROF.
DOUGLAS CRISPIM
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DOS FATOS
DO DIREITO:
DO CABIMENTO E DA COMPETÊNCIA
Como se sabe, cabe o remédio constitucional Habeas Data quando houver recusa de
informação da pessoa do impetrante constante em banco de dados de caráter público ou
de entidade governamental (art. 5º LXXII da CF). Já a competência é definida pela
hierarquia funcional (art. 5º, LXXII da Constituição Federal, c/c art. 20 da Lei n.
9.507/97). No presente caso, a autoridade coatora foi o Ministro de Estado, o que
justifica a impetração do presente remédio perante esse Superior Tribunal de Justiça -
STJ, nos termos do artigo 105, I, b da CF.
DA LEGITIMIDADE:
A legitimidade ativa do presente remédio constitucional se encontra no art. 5º,
LXXII, a, da Constituição Federal e da Lei n.9.507/97. Assim, qualquer pessoa física ou
jurídica, pode ser titular do direito à informação pessoal. No presente caso, a
legitimidade é de Tício que teve negado o acesso a informação de
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caráter pessoal, ferindo as normas constitucionais e legais. A legitimidade passiva,
conforme art.2º da Lei n. 9.507/97, é do Ministro do Estado já que é o responsável em
conceder as informações pessoais requeridas pelo impetrante.
DO MÉRITO:
Trata-se de ato pratica por Ministro de Estado que negou acesso a informação do
impetrante, de forma abusiva e inconstitucional.
O art. 5º, XXXII, a, da CF/88 assegura a todos o direito à informação, sendo, inclusive,
a atividade pública pautada no princípio da publicidade conforme art. 37, caput da
CF/88. Portanto, a alegação de que as informações são sigilosas em virtude do
interesse público é configura abuso do poder e esbarra nos comandos constitucionais e
fundamentais da Carta Maior. Saliente-se que o direito à informação é tipificado como
direito fundamental no art. 5º, XXXIII da CF, protegido por cláusula pétrea (art. 60, §
4º, IV da CF). Registre-se que a negativa do direito à informação pessoal, também fere a
vida intima (art. 5º, X da CF) e a própria personalidade do impetrante, que se ver
privado da informação vivenciada no passado.
Por fim, nos termos do art.7º, I da Lei n. 9.507/97 fica preenchida a condição do
interesse de agir, visto que o impetrante procurou administrativamente autoridade
competente para obtenção de informações pessoais que lhe foram negadas como se
prova com o documento em anexo.
DOS PEDIDOS:
Diante de todo exposto, o Impetrante requer:
a) julgamento do presente habeas data TOTALMENTE PROCEDENTE para que seja
assegurado ao impetrante o acesso às informações pessoais constantes nos bancos de
dados do governo federal, marcando data e hora para que sejam entregues as
informações requeridas pela mesma nos termos do art. 5º, LXXII da Constituição
Federal, c/c art. 13 da Lei n. 9.507/97.
b) que seja notificada a autoridade coatora dos termos da presente ação para que sejam
prestadas as informações, no prazo de dez dias, nos termos do art. 9º da Lei n. 9.507/97.
c) intimação do Ministério Público para ser ouvido no prazo de cinco dias, nos termos
do art. 12 da Lei n. 9.507/97.
d) condenação dos impetrados ao pagamento de honorários advocatícios, custas e
despesas processuais.
e) O impetrante pretende provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, requerendo, desde já, juntada de documentos essenciais conforme art. 8º, §
único da Lei n. 9.507/97.
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Dar-se à causa o valor de 1.000,00 (um mil reais) para efeitos procedimentais. Termos
que pede e espera deferimento.
Local ..., data...
Advogado...,
OAB nº...