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Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana - “a milenar proteção da família como instituição, unidade de Casamento putativo - O casamento nulo

O casamento nulo ou anulável pode gerar efeitos em relação à pessoa que o celebrou de boa-fé e
produção e reprodução dos valores culturais, éticos, religiosos e econômicos, dá lugar à tutela essencialmente aos filhos, sendo denominado casamento putativo.
funcionalizada à dignidade de seus membros, em particular no que concerne ao desenvolvimento da personalidade dos
filhos”. “o conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, qual o momento exato de celebração do casamento? Quando da declaração oral do presidente do ato ou quando do
separadas e viúvas”. Princípio da igualdade jurídica dos cônjuges e dos companheiros, no que tange aos seus direitos e assento no registro civil? A resposta correta é que o ato será plenamente firmado com a declaração solene pela autoridade
deveres; “Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher”. competente, o que também é esclarecido pelo outrora comentado art. 1.514 do CC (“O casamento se realiza no momento
Princípio da igualdade jurídica de todos os filhos “Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara
os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação”. Princípio da casados”).
paternidade responsável e planejamento familiar que o planejamento familiar é livre decisão do casal, fundado nos
princípios da dignidade da pessoa humana e da parternidade responsável. Princípio da comunhão plena de vida baseada Por outra via, estabelece o art. 1.538 do CC que a celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos
na afeição entre os cônjuges ou conviventes dispositivos tem relação com o aspecto espiritual do casamento e com o contraentes: - recusar a solene afirmação da sua vontade; - declarar que esta não é livre e espontânea; - manifestar-se
companheirismo que nele deve existir. Princípio da liberdade de constituir uma comunhão de vida familiar, seja pelo arrependido. . O nubente que der causa à suspensão do ato não poderá retratar-se no mesmo dia (art. 1.538, parágrafo
casamento, seja pela união estável, sem qualquer imposição ou restrição de pessoa jurídica de direito público ou privado. único do CC).
Princípio da não intervenção ou da liberdade (art. 1513 do CC); “É defeso a qualquer pessoa de direito público ou de direito
CASAMENTO NOS CASOS DE MOLÉSTIA GRAVE - Onde se encontrar a pessoa impedida, e sendo urgente ainda que à
privado interferir na comunhão de vida instituída pela família”. Princípio do melhor interesse da criança (art. 227, caput,
noite. O ato será celebrado perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
da CF/1988 e arts. 1.583 e 1.584 do CC) “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente
e a o jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, CASAMENTO NUNCUPATIVO OU IN EXTREMIS VITAE MOMENTIS, OU IN ARTICULO MORTIS; O casamento nuncupativo
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda está tratado no art. 1.540 da codificação, que estabelece o matrimônio quando um dos contraentes estiverem em iminente
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” risco de vida em que, não havendo autoridade oficial nem substituto, será permitido o casamento perante 06 testemunhas.
devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes
Os 3 eixos básicos da revolução do Direito de Família: 1º eixo – o art. 226 da CF/88 afima que “a entidade familiar é plural
tome por termo a declaração de: a) que foram convocadas por parte do enfermo; b) que este parecia em perigo de vida,
e não mais singular, tendo várias formas de constituição”. 2º eixo – encontra-se no § 6º do art. 227 “É a alteração do sistema
mas em seu juízo; c) que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido
de filiação, de sorte a proibir designações discriminatórias decorrentes do fato de ter a concepção ocorrido dentro ou fora
e mulher.
do casamento”. 3º eixo – A terceira grande revolução situa-se “nos artigos 5º, inciso I, e 226 § 5º. Ao consagrar o princípio
da igualdade entre homens e mulheres, derrogou mais de uma centena de artigos do Código Civil de 1916”. CASAMENTO POR PROCURAÇÃO - Conforme o art. 1.542 da atual codificação privada, desde que haja instrumento público
Para Tartuce (2017) O casamento pode ser conceituado como a união de duas pessoas, reconhecida e regulamentada pelo com poderes especiais para tanto. Vale dizer que a eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias da sua celebração
Estado, formada com o objetivo de constituição de uma família e baseada em um vínculo de afeto. (art. 1.542, § 3º).

Teoria institucionalista: para essa corrente, o casamento é uma instituição social. Teoria contratualista: o casamento Mas como o casamento é um negócio jurídico complexo e único (sui generis), existem normas especiais quanto à sua
invalidade, que devem necessariamente ser consideradas diante de um tratamento específico que consta da Parte Especial
constitui um contrato de natureza especial, e com regras próprias de formação. A Teoria Mista é levemente majoritária.
Desse modo, melhor considerar o casamento como um negócio jurídico bilateral sui generis, especial. Trata-se, portanto, da codificação material.. Quando se estuda os problemas que atingem o casamento, a doutrina aponta três hipóteses: 1 –
de um negócio híbrido: na formação é um contrato, no conteúdo é uma instituição. casamento inexistente; 2 – casamento nulo; 3 – casamento anulável.

Características do casamento: É ato eminentemente solene. O casamento e o testamento constituem os dois atos mais Enuncia os deveres de ambos os cônjuges no casamento, vejamos: I - fidelidade recíproca; II - vida em comum, no
repletos de formalidades do direito civil, devido à sua reconhecida importância. As normas que o regulamentam são de domicílio conjugal; III - mútua assistência; IV – sustento, guarda e educação dos filhos; V – respeito e consideração
ordem pública. Estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. Representa mútuos.
união permanente. Predominam atualmente os que consagram a sua dissolubilidade. Não comporta termo ou condição. Conceito de Regime de Bens: “O conjunto de regras relacionadas com interesses patrimoniais ou econômicos resultantes
Constitui, assim, negócio jurídico puro e simples. Permite liberdade de escolha do nubente. Trata-se de uma consequência da entidade familiar, sendo as suas normas, em regra, de ordem privada.” Princípios do Regime de Bens - . A) Princípio da
natural do seu caráter pessoal. Gera efeitos. Patrimoniais, sucessórios, dever de sustento aos filhos, alimentos Autonomia Privada; . A autonomia privada decorre da liberdade e da dignidade humana, sendo o direito que a pessoa tem
de se autorregulamentar. Introdução ao Regime de Bens - Assim sendo, é possível que os cônjuges celebrem casamento
OPOSIÇÃO MOTIVO MOMENTO DA OPOSIÇÃO LEGITIMADOS por outro regime de bens, que não seja um dos mencionados pela legislação em vigor, ou mesmo combine os vários
regimes de bens existentes (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito..., 2003, p. 356). Nessas hipóteses o regime será denominado
Em declaração escrita, IMPEDIMENTOS (plano da No processo de MP e qualquer regime misto. Porém, esse novo regime escolhido não pode ferir normas cogentes, de ordem pública. Princípio da
assinada e com provas. validade: casamento nulo) habilitação e até o interessado. indivisibilidade do regime de bens. . . . Apesar de ser viável juridicamente a criação de outros regimes que não estejam
momento da celebração. previstos em lei, não é possível fracionar os regimes em relação aos cônjuges. Como exceção, mencione-se o tratamento
Obs.: isso não impede a
diferenciado no casamento putativo quando há má-fé de um dos cônjuges. O princípio da variedade de regime de bens -
ação de nulidade.
Como visto, a lei consagra quatro possibilidades de regime de bens aos nubentes. No silêncio das partes, prevalecerá o
regime da comunhão parcial, que é o regime legal ou supletório. Princípio da mutabilidade justificada. A ação de
CAUSAS DE SUSPENSÃO Só no processo de Parentes em linha reta e alteração do regime de bens (art. 734 do CPC); . O art. 1.639, § 2º, do CC em vigor, possibilita a alteração do regime de
(plano da eficácia: sanção habilitação, até 15 dias colateral até o 2º grau bens, mediante autorização judicial, em pedido motivado de ambos os nubentes, apurada a procedência das razões
patrimonial – regime de após os proclamas. (consanguíneos ou afins). invocadas e desde que ressalvados os direitos de terceiros.. Requisitos:- Pedido realizado por ambos os cônjuges;- Esse
bens) requerimento tange quanto ao “pedido motivado” ou “motivadamente”, desde que “apurada a procedência das razões
invocadas.”

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