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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

DIREITO

LUIZ GUSTAVO PANAZIO DE OLIVEIRA

O Contrato de Namoro e sua Validade Jurídica

RIO DE JANEIRO,
2022.
2

O CONTRATO DE NAMORO E SUA VALIDADE JURÍDICA

Luiz Gustavo Panazio de Oliveira1

RESUMO: Este tema busca estudar a validade do contrato de namoro e sua


abrangência no intuito de excluir um possível reconhecimento de União Estável,
apresentando os posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais sobre o assunto,
visto que não há legislação específica para o contrato de namoro. O contrato de
namoro tenta ser uma ferramenta para proteger os direito, vontades e bens das
partes envolvidas, pois juridicamente, uma vez caracterizada a União Estável, em
caso de sua dissolução, os efeitos deste instituto atinge também os bens das partes
envolvidas, por isso, essa ferramenta vem com o intuito de deixar claro que a
vontade do casal era apenas de compartilhar experiências afetivas, sem o objetivo
de constituir família. Desta forma, como não se tem previsão legal do referido
contrato, este acordo serviria apenas para mostrar que em um primeiro momento as
partes não possuíam interesse algum além do romantismo.

Palavras-chave: Contrato. Namoro. Validade.

SUMÁRIO: Introdução. 1. Da União Estável. 2. Do Namoro. 2.1. Do Contrato.


3.Validade do contrato de namoro 3.1.Autonomia de vontades. 4. Sociedade e
Doutrinadores sobre o Tema 4.1 Tribunal e Suas Decisões. Conclusão. Referências.

INTRODUÇÃO

Inicialmente, se faz necessário afirmar que namorar hoje é completamente


diferente do que costumava ser antigamente. É sabido que, as relações raramente
incluíam a coabitação, pois tudo era feito de acordo com a tradição da época e com
menos liberdade do que se tem nos dias atuais.
Contudo, há de salientar que, com base no exposto acima, o namoro mudou
muito, visto que, com o passar dos anos, abarcou diversas modificações em virtude

1 Bacharelando em Direito do 10º período pela Universidade Estácio de Sá- Campus Nova América.
Email: luizgustavo608@outlook.com
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das alterações dos costumes e princípios da sociedade.


Comumente, os casais que se intitulam namorados vivem muito parecido
como se estivessem em uma União Estável, uma vez que, passam muito tempo
juntos, compartilhando de intimidades, que antigamente, só se tinha quando da vida
de casado e assim, surge a necessidade de se distinguir o tipo de relacionamento
que está ocorrendo de fato entre os parceiros.
Ademais, essa vida em comum que hoje se apresenta de forma tão liberal
entre os namorados, acaba por criar uma semelhança com os requisitos pertinentes
à validação da União Estável, cujo estão elencados no artigo 1.723 do Código Civil.
Diante da insegurança jurídica causada pelas confusão que pode ser criada
em torno do namoro e da União Estável, alguns casais com o objetivo de deixar
notório que a relação é pautada somente em afeto e compartilhamento de
experiências e que não possuem cunho de evolução familiar, se criou a ideia de que
um contrato seria pertinente e atenderia as demandas e situações ora apresentadas,
pois, a partir da elaboração de um documento público e um acordo de conveniência,
estaria formalizada a ideia de que os envolvidos visam apenas o ato de namorar, ei
que, se diferente fosse, a Lei já prevê o casamento ou até mesmo a União Estável.
Este tema busca averiguar a validade do contrato de namoro e sua
legalidade para a exclusão do Instituto da União Estável.
A metodologia usada foi buscas através de pesquisas realizadas em sites,
Legislações e julgados dos Tribunais Brasileiros, artigos e Programas de televisão
ilustrando as necessidades de regulamentação do contrato de namoro, devido às
demandas já existentes.

1. DA UNIÃO ESTÁVEL

De início, se tinha como um dos requisitos para a união estável, que esta
ocorresse entre a união entre pessoas de sexo oposto, que surge livremente e tem
uma característica estável. Essa característica foi trazida pelo respaldo doutrinário
de Diniz (2009) por meio do seguinte depoimento:

[...] com base no casamento, reconhece como entidade familiar a união


estável, a convivência pública, contínua e duradoura de um homem e uma
mulher, vivendo ou não sob o mesmo texto, sem casamento, que se
estabeleça na família a constituir, desde que tenha condições de se tornar
matrimonial, desde que não haja impedimento legal à sua dissolução (CC,
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art. 1.723, §§ 1 e 2).2

Desta forma, os aspectos essenciais de uma união estável eram enfatizados


como a diversidade de gênero, ausência de impedimento ao casamento civil,
reconhecimento de afeto mútuo, honra, coabitação e fidelidade ou lealdade.
Uma unidade familiar também pode ser formada por meio de uma união
estável santificada pelo status de fato, levando a uma instituição semelhante ao
casamento. Assim como já descrito por Lôbo (2008), a união estável é uma unidade
familiar formada por um homem e uma mulher que vivem juntos como se casados
fossem ou com animus de manifestação de constituir família.
Ademais, se tem na União estável um estado de fato que se tornou uma
relação jurídica por força da constituição e da lei que lhe confere o instituto de
comunidade familiar própria, com listas de direitos e obrigações.
Embora o casamento seja sua referência estrutural, é diferente dele; cada
entidade tem seu próprio status legal sem hierarquia ou precedência.
A união estável agregada à constituição de 1988, vem a ser um avanço e a
continuação de uma trajetória lenta e turbulenta de discriminação e desrespeito
legal, onde as situações existenciais são enquadradas sob o conceito pejorativo de
concubinato, definido como uma relação imoral e ilegal, questionando a santidade
que é atribuída ao casamento.
Contudo, a influência da Igreja Católica ainda durante a República -
autoproclamada laica - impediu que os projetos de lei atribuíssem efeitos jurídicos à
concubina, principalmente devido à barreira legal ao divórcio, que entrou no
ordenamento jurídico brasileiro apenas em 1977. A ausência de divórcio foi
responsável pelo aumento exponencial do concubinato.
A proteção constitucional e jurídica discorre sobre o casamento e as relações
convencionais como, por exemplo, a União Estável, onde duas pessoas, que não
optaram pelo casamento, possuem intenção de constituir família porque,
simplesmente, assumiram "uma relação" sólida, com aspectos matrimoniais.
Assim, após a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, a união
estável passou a ser regulamentada por outras leis extraconstitucionais, entre elas a
Lei nº 8.971/94 e a Lei nº. 9 278/96.
Todavia, se nota que, quando nos atentamos ao requisitos da união estável,
2 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade. ADI n.4277/DF. Tribunal
Pleno. Relator: BRITTO, Ayres. Brasília, 14 de outubro de 2011.
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um deles dispõe sobre a união de homem e mulher, o que acabou excluíndo as


pessoas do mesmo sexo que possuem o interesse de formalizar essa relação.
Para solucionar esse problema, ocorreu uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, onde ficou decidido que apesar
da lei não permitir de maneira expressa a união homoafetiva, ela também não fala
em momento algum sobre sua proibição, e assim, os Ministros decidiram da
seguinte maneira:

Ementa: 1. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO


FUNDAMENTAL (ADPF). PERDA PARCIAL DE OBJETO.
RECEBIMENTO, NA PARTE REMANESCENTE, COMO AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE. UNIÃO HOMOAFETIVA E SEU
RECONHECIMENTO COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA
DE OBJETOS ENTRE AÇÕES DE NATUREZA ABSTRATA.
JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº
132- RJ pela ADI nº 4.277-DF, com a finalidade de conferir “interpretação
conforme à Constituição” ao art. 1.723 do Código Civil. Atendimento das
condições da ação. 2. PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DAS PESSOAS
EM RAZÃO DO SEXO, SEJA NO PLANO DA DICOTOMIA
HOMEM/MULHER (GÊNERO), SEJA NO PLANO DA ORIENTAÇÃO
SEXUAL DE CADA QUAL DELES. A PROIBIÇÃO DO PRECONCEITO
COMO CAPÍTULO DO CONSTITUCIONALISMO FRATERNAL.
HOMENAGEM AO PLURALISMO COMO VALOR SÓCIO
POLÍTICO-CULTURAL. LIBERDADE PARA DISPOR DA PRÓPRIA
SEXUALIDADE, INSERIDA NA CATEGORIA DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO, EXPRESSÃO QUE É DA AUTONOMIA
DE VONTADE. DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA. CLÁUSULA
PÉTREA. O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou
implícita em sentido contrário, não se presta como fator de desigualação
jurídica. Proibição de preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da
Constituição Federal, por colidir frontalmente com o objetivo constitucional
de “promover o bem de todos”. Silêncio normativo da Carta Magna a
respeito do concreto uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana
“norma geral negativa”, segundo a qual “o que não estiver juridicamente
proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido”. Reconhecimento do
direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da
“dignidade da pessoa humana”: direito a auto-estima no mais elevado ponto
da consciência do indivíduo. Direito à busca da felicidade. Salto normativo
da proibição do preconceito para a proclamação do direito à liberdade
sexual. O concreto uso da sexualidade faz parte da autonomia da vontade
das pessoas naturais. Empírico uso da sexualidade nos planos da
intimidade e da privacidade constitucionalmente tuteladas. Autonomia da
vontade. Cláusula pétrea. [...] 6. INTERPRETAÇÃO DO ART. 1.723 DO
CÓDIGO CIVIL EM CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
(TÉCNICA DA “INTERPRETAÇÃO CONFORME”). RECONHECIMENTO
DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO FAMÍLIA. PROCEDÊNCIA DAS
AÇÕES. Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso
ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz dele
próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de “interpretação
conforme à Constituição”. Isso para excluir do dispositivo em causa
qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua,
pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família.
Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as
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mesmas consequências da união estável heteroafetiva.”

Sendo assim, a diversidade dos sexos deixou de ser um requisito, pois negar
a União Estável para pessoas do mesmo sexo acabaria confrontando alguns
princípios constitucionais, principalmente aqueles que vedam a distinção e o
tratamento desigualitário em razão da raça, cor, sexualidade etc.

2. NAMORO

Para começar, cabe apontar que namorar significa uma relação afetiva entre
duas pessoas que estão unidas pelo desejo de estar junto e compartilhar novas
experiências. É uma relação em que um casal está comprometido socialmente,
mas sem casamento de acordo com a lei civil ou religiosa. (Significado de Namoro,
2019)
A partir daí, discutiremos o namoro como uma vivência, um costume, um fato
não jurídico porque não tem consequências jurídicas, sendo um relacionamento
menos formal do que o casamento, mas também envolve lealdade e fidelidade
entre os amantes e respeito, pois também, é pautado em notoriedade.

2.1 DO CONTRATO

O contrato como um todo, no sentido amplo da palavra, por sua vez, segundo
a definição da doutrina, é uma manifestação de vontade entre duas ou mais
pessoas, cujo objetivo é que a necessidade ali atestada seja cumprida de acordo
com o que foi determinado e desejado pelas partes.

Um contrato é um acordo jurídico entre dois ou mais testamentos, cujo


objetivo é criar interesses entre as partes, com o objetivo de adquirir, alterar
ou encerrar relações jurídicas de natureza de capital. (DINIZ, Maria Helena,
2008. p. 30).4

Como nosso ordenamento jurídico, no artigo 425 do Código Civil, estipula que
as partes podem celebrar contratos não padronizados seguindo as regras gerais
estabelecidas nesta lei, podemos dizer que um contrato de namoro é uma forma de

3 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade. ADI n.4277/DF. Tribunal
Pleno. Relator: BRITTO, Ayres. Brasília, 14 de outubro de 2011.
4 DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva. 2008. p.272.
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formalizar com um documento os desejos, vontades e intenções do casal em relação


à vida amorosa entre eles, é uma forma de confirmar e definir o momento vivido
como apenas namoro sem o propósito ou objetivo de formar um família, por isso é
importante ressaltar que o fato principal do acordo de namoro é a vontade das
partes, ou seja, através do acordo de namoro, que a relação não deve ter efeitos
jurídicos definidos em nosso ordenamento jurídico, seria uma fase , que antecedeu a
união estável definida no artigo 1723 do Código Civil.

Art. 1.723. A união estável entre um homem e uma mulher é reconhecida


como uma unidade familiar formada para a convivência pública, contínua e
sustentável, com o objetivo de formar uma família. 5

Dessa forma, podemos ver na razão do contrato de namoro, a base


necessária para assegurar aos casais que seu relacionamento nada mais é do que
um namoro, desconstruindo o que se poderia argumentar ser uma união estável no
futuro, pois as relações são menos sustentáveis no momento.
É uma ferramenta para proteger os direitos, vontades e bens das partes
envolvidas, pois juridicamente, uma vez caracterizada a união estável, em caso de
eventual dissolução, em havendo bens, existe a necessidade de divisão do
patrimônio, assim, com o contrato de namoro, ficaria claro e evidente a vontade
expressa por ambos de não constituir família.
Como ainda não está definido em nosso ordenamento jurídico, em eventual
ação de reconhecimento de união estável, esse acordo de namoro só poderia ser
prova de vontade, intenções, de modo que não se apliquem os arranjos patrimoniais
definidos em nossa lei.
Assim, juridicamente, ainda não é garantia de que os fatores que dão origem
a um contrato de namoro estejam protegidos, pois, como dito anteriormente, é
apenas um meio de prova e se por acaso uma relação permanente, pública,
contínua e intencional se caracteriza como união estável, e tudo o que está
estipulado em nosso ordenamento jurídico a esse respeito seja aplicado em última
análise, o acordo de namoro não tem validade alguma, como já foi discutido e
demonstrado nos diversos debates existentes sobre a validade do contrato de
namoro no artigo acadêmico de Paulo Leite Catuaba Neto "Contrato de Namoro"
(2020).

5 BRASIL. Código Civil Brasileiro, de 2002. Disponível


em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em 20 de Out de 2022.
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3. VALIDADE DO CONTRATO DE NAMORO

O namoro constitui uma relação instável que não tem efeitos jurídicos
possíveis. Sendo o namoro apenas um hábito social que não se enquadra no
âmbito do ordenamento jurídico, não produz efeitos jurídicos, não cria direitos e
obrigações, como a distribuição de bens.
Com o advento da vida moderna, a doutrina passou a distinguir entre namoro
simples e namoro qualificado, sendo o primeiro aquele que não se assemelha a
nenhuma união estável, e o segundo uma relação baseada em uma convivência
contínua e duradoura, bastante mesclada com a referida unidade familiar.
A falta de planejamento jurídico do namoro, aliada à subjetividade de uma
união estável, cuja existência na maioria das vezes depende de uma decisão judicial
baseada no livre convencimento do juiz, onde são observados os requisitos e as
provas relacionadas aquela união, acabaram por ocasionar nas pessoas que
mantêm um namoro qualificado, um sentimento de incerteza jurídica.
Desta forma, impulsionadas por esse medo da união estável, a convenção de
namoro foi idealizada. Com este contrato, os amantes poderiam evitar a interferência
do Estado em suas relações privadas e assumir o direito de decidir em que tipo de
relacionamento estão envolvidos e seus efeitos jurídicos, sem a necessidade de
serem submetidos a um tribunal.
Uma convenção que regulamenta o namoro como uma relação afetiva
simples e incerta parece ser a solução perfeita para liberar o judiciário ao devolver
ao indivíduo o poder de declarar que tipo de envolvimento deseja ter com uma
pessoa e os efeitos que esse envolvimento teria em sua vida.

3.1 AUTONOMIA DE VONTADES

Certo é que, não basta a idealização do acordo, resta saber se é o aparato do


direito brasileiro e se tal ato jurídico se enquadraria no direito de família ou
contratual.
Portanto, questiona-se a validade dessa forma de contrato, e se a validade é
legítima e efetiva, ou seja, se poderia produzir efeitos no mundo jurídico.
Não há dúvida de que um acordo é possível e muito necessário, pois muitos
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desejam algum tipo de segurança jurídica para relacionamentos que se assemelham


a uma unidade familiar. Em uma ampla discussão, se questiona, se o referido tipo de
contrato seria válido ou, ainda, em decorrência de sua validade, poderia atingir os
objetivos perseguidos por seus contratantes.
Decorre que um contrato é um ato jurídico bilateral com um acordo voluntário
nos termos da lei, que exige o consentimento livre e espontâneo de ambas as
partes. Tal consentimento livre não se aplica apenas à capacidade geral que deve
estar presente no momento da celebração de um contrato, mas também à
capacidade específica que aparece como requisito quando a lei impõe certas
restrições à liberdade contratual dirigida a pessoas que já são capazes.
Consequentemente, se a lei não se opuser expressamente à execução do
contrato, seja por incapacidade ou outros obstáculos à celebração do contrato, as
partes são livres de celebrar o contrato com base no princípio da autonomia da
vontade.
A liberdade contratual é utilizada não apenas pela discricionariedade do
contratante em firmar ou não um contrato, mas também pela liberdade que o
contratante tem de escolher com quem contratar e que tipo de negócio é realizado
entre as partes. Além disso, essa liberdade abrange o poder das partes de
acordarem em conjunto o conteúdo do contrato assinado e de lhes imporem as
melhores condições que entenderem, desde que não contrariem a lei.
Tal liberdade decorrente do princípio da autonomia da vontade limita a função
social do contrato. A função social do contrato decorre do fato de que a autonomia
da vontade deve sempre respeitar os interesses sociais, pois a ação judicial é um
fator que muda a realidade social, ou seja, a forma como as pessoas confirmam sua
vontade e satisfazem suas necessidades e interesses.
Além da liberdade contratual e da liberdade contratual limitada pelo interesse
social, o princípio da autonomia da vontade confere às partes a soberania para
celebrar contratos livremente e o Estado proporciona, através do judiciário, o direito
de processar a outra parte contratante para cumprir o acordo assinado.
Caso os contratos tenham o requisito subjetivo explicado acima, o objeto do
contrato deve ser seguido, o que deve ser possível. Essa possibilidade deve ser
tanto material, ou seja, o objeto deve ser exigível e legal, pois além de
materialmente possível, não pode haver proibição legal para sua implementação.
Como o contrato de namoro é celebrado por agentes competentes com ampla
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liberdade de contratação e contrato garantido por lei, seria válido nos aspectos
formais e substantivos exigidos pelo direito civil, desde que não haja óbice à sua
execução.
Portanto, a ineficácia do acordo de convivência enfrenta os maiores entraves,
não no direito dos contratos, mas no direito de família, pois, conforme afirmado na
primeira parte do texto, o Tipo de Acordo surgiu como forma de afastar a
constituição de uma união estável, o que seria realmente uma situação inevitável.
De início, ressalta-se que não há entendimento unânime da validade jurídica
dos acordos de namoro na doutrina. Para alguns pesquisadores da área, Maria
Berenice Dias e Flávio Tartuce podem ser citados como exemplo, o instrumento não
possui validade jurídica que exclua os efeitos da união estável quando esta
permanece configurada.
Por outro lado, há quem afirme que este acordo é válido porque não há
nenhum obstáculo legal à sua aceitação. Assim, é considerado um contrato atípico
porque sua existência e validade exigem que as partes sejam capazes, o objeto seja
legal, possível e determinável, seguindo a forma ou defesa prescrita em lei, podendo
ser público ou privado.
Tartuce (2017, p. 780) ensina sobre a validade do contrato de data de
nulidade do instrumento nos casos em que se configura aliança estável entre as
partes contratantes.
Para ilustrar, um acordo de convivência é nulo nos casos em que há união
estável entre as partes, vide, a parte renuncia por meio deste acordo e indiretamente
alguns direitos essencialmente pessoais, como o direito à pensão alimentícia. Por
outro lado, é válido um acordo de coabitação, em que se confirma um arranjo
diverso da união parcial de bens para uma união estável (CC 1725 art.).
Entretanto, o autor ressalta que as uniões estáveis não podem ser
confundidas com relacionamentos de longo prazo, que também são chamados de
relacionamentos válidos. Hipótese em que o objetivo de uma futura família, que
difere de uma união estável quando já existe uma família, é definido como animus
familiae. Para configurar a intenção dessa família no futuro ou no presente, leva-se
em consideração o tratamento dos parceiros por meio do contrato, bem como o
reconhecimento de sua reputação pública. (TARTUCE, 2017, p. 864). 6

6 TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil. 7. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Método, 2017.
p.864.
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Freitas e Gonçalves (2017) afirmam que um acordo de namoro é válido e


“constitui uma significativa declaração de vontade que deve ser tida em conta pelos
juízes de instrução e, em caso de dúvida, pode ser determinante para a
condenação”.
Sobre a possibilidade de responsabilizar os namorados pelas obrigações do
direito de família, Figueiredo e Figueiredo (2015, p. 276) apontam que "embora o
namoro não possa criar no mundo jurídico uma obrigação de pagamento de
alimentos, a parcela devida ao regime de propriedade e herança de direitos, em uma
união estável leva a todas essas consequências".

4. SOCIEDADE E DOUTRINADORES SOBRE O TEMA

Uma reportagem no programa Fantástico revelou que o contrato de namoro


tem sido cada vez mais utilizado por pessoas que querem impedir que um
relacionamento se transforme em união estável. O objetivo é claro, limitar a relação
ao namoro e eliminar a transferibilidade de propriedade.
De acordo com o relatório, foram celebrados exatamente 17 (dezessete)
contratos de namoro em cartórios durante o ano de 2018. Em todos os casos, esses
contratos devem atender aos requisitos gerais de validade dos contratos, pois não
há exigência específica na lei para a execução de um contrato de data.
O tema desperta muita discussão, entre outras coisas, por ser um tema novo
no mundo jurídico e por se tratar de um fenômeno social que tem efeitos na vida
pessoal e hereditária das partes envolvidas. 7
Além disso, em entrevista a Rede Globo no ano de 2018 para o programa
Mais Você, a especialista em direito de família, Buchala, esclarece as diferenças
entre Namoro e União Estável, afirmando que quando há dependência financeira
entre os sujeitos, forma-se uma relação estável, uma situação em que um contrato
de namoro não seria válido.
Sob outro ponto de vista, o acordo de namoro é necessário quando um casal
mantém um relacionamento que pode ser misto, ou porque um dos sujeitos relata
estar em um relacionamento maior do que um namoro, ou quando é visto em um

7 FANTÁSTICO. Contrato de namoro é alternativa para evitar aborrecimentos em uma eventual


separação. Exibido em 04 de novembro de 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=Tv0gy-9jaqs. Acesso em 15 de Out de 2022.
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relacionamento. tendência à união estável. Situações de namoro diário, onde há


uma ligação espiritual, mas sem herança ou ligação financeira, não precisam de
implementar um contrato. (BUCHALA, 2018)
Conclui-se, portanto, que um acordo celebrado é válido porque é um ato com
validade jurídica, desde que seja firmado com o intuito de refletir a realidade em
documento escrito, já que não viola direitos, uma vez que no ordenamento jurídico
não há direitos para esse tipo de relacionamento.
O tema do namoro e do acordo de namoro ainda é uma perspectiva nova na
legislação, além da discussão da doutrina a respeito da validade do acordo, também
há divergências entre os magistrados. A jurisprudência não é unânime, e os
acórdãos coletados para compor esse ponto mostram que em certos casos se busca
mais separação do instituto da união estável.
Questionado sobre o traço distintivo entre união estável e namoro, o STF
destacou a intenção de constituir família ou a animosidade como elemento
diferenciador, exigindo que cada conjunto de fatos considere os elementos
probatórios de cada relação entre assuntos.
De acordo com os ensinamentos de Montemurro (2013), “à medida que o
encontro se desenvolve em uma aliança estável, a afirmação expressa no acordo
perde validade porque reflete uma afirmação que é inconsistente com a verdade”. 8
Assim, fica claro que o acordo por si só não pode eliminar os efeitos de uma união
estável quando esta subsistir, pois as normas de direito de família são normas de
direito público.
Embora não possa cessar os efeitos de uma união estável quando não
configurada, o acordo instrumentado de um contrato de namoro pode produzir
efeitos que atingem as partes envolvidas. Isso pode ser observado nos casos em
que o dano moral é exigido para o rompimento de um relacionamento (DIAS, 2016).
Dias (2016) alerta que a responsabilidade nesses casos não é reconhecida
pela maioria da jurisprudência, mas é possível falar em dano moral e indenização
pelo fim de um sonho desfeito e também quando há indícios de dano material.
De outro ponto de vista, Pereira (2015) ensina que se um casal de namorados
adquire um imóvel em conjunto, por exemplo quando o relacionamento termina,

8 MONTEMURRO, Danilo. Contrato de namoro é válido, mas tem pouca utilidade. 17 de


novembro de 2013. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2013 nov17/danilo-montemurro-
contrato-namoro-valido-utilidade acesso 20 de Out de 2022.
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esse imóvel pode ser dividido se não houver acordo escrito entre eles, de acordo
com as regras do direito da obrigação.
Figueiredo e Figueiredo (2015) defendem que existe um contrato de namoro e
ensinam que um contrato pode ter efeitos. Quanto a esse entendimento, combina a
lição sugerida pelos autores que o referido contrato tem presunção de validade e
inexistência de males, nesse momento é executado no cartório público competente
com a intenção do representante do Estado respeitar a vontade livre e inventiva
conforme o pilar de autonomia privada. É claro que o acordo não é um instrumento
absoluto, sendo possível ao juiz, ao analisar um caso concreto e avaliar o conteúdo
da prova, entender que o acordo em questão revela uma tentativa de fraudar sem
levar em consideração a definição de união estável. Isso, reitere-se, não significa
que o acordo seja inválido ao nascimento, mas que já não corresponde à situação
real vivida pelo casal.

4.1 TRIBUNAIS E SUAS DECISÕES

Em recente julgamento, o STF julgou por bem reconhecer a validade do


acordo de convivência e afastar a existência de união estável, o que afetou a
igualdade das partes. Isso ocorre porque não há interesse em começar uma
família. Com base nos fundamentos finalmente aceitos pelo tribunal de origem (à
época da decisão sobre os embargos infringentes), não há provas que no período
que antecede o casamento, a constituição de uma família no sentido jurídico da
palavra, onde vidas e esforços são inevitavelmente compartilhados com total e
irrestrito apoio moral e material entre os coabitantes. Como único reflexo da
formação de uma família, os relatos da expectativa de morar no exterior com um
namorado, a coabitação que daí resulta, são ressaltados, o acaso e os interesses
especiais de cada um, conforme delineado por aqueles casos ordinários. ser
insuficiente para autenticar o affectio maritalis e, portanto, a composição de uma
união estável. (BRASIL. Supremo Tribunal Federal. REsp 1454643/RJ, Rel Min.
Marco Aurélio Bellizze, 3ª Turma, Despacho 03/10/2015).
A finalidade de constituir família tornou-se uma presunção na distinção entre
namoro e união estável, conforme decidiu o STJ em 2015:

A finalidade de constituir família, que a lei vigente estabelece como


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condição essencial para o estabelecimento de uma união estável - até para


distinguir esta unidade familiar do chamado "namoro válido" - não é uma
mera declaração, para o futuro, da intenção de constituir família. É mais
abrangente. Isso deve estar presente em toda a coabitação com partilha
efetiva de vidas e apoio moral e material ilimitado entre os parceiros. Em
outras palavras: a família realmente tem que ficar unida. Além disso, a
coabitação por si só não indica a formação de uma união estável (embora
possa ser uma indicação relevante na maioria dos casos), especialmente se
levarmos em conta as características especiais do caso em que as partes,
devido a eventos aleatórios e interesses especiais (ele para o trabalho, ela
para os estudos) foram para o exterior em épocas diferentes, e eles não
hesitaram em morar juntos. Esse comportamento, é verdade, acaba sendo
absolutamente comum hoje e obriga a lei, longe da crítica e da
estigmatização, a se adequar à realidade social (BRASIL, STJ, REsp
1.454.643/RJ, 3. T., min. relator Marco Aurélio Bellizze, j. 3.3.2015). 9

O acórdão afirma a necessidade de adequação da lei à realidade social, ou


seja, o acordo de namoro pactuado pelos contraentes é válido quando não há união
estável. Assim, um contrato de namoro é capaz de gerar efeitos quando não estão
presentes os elementos característicos de uma união estável.
No acórdão acima referido, depreende-se ainda que o facto de duas pessoas
em relação viverem juntas, coabitando no mesmo imóvel, não garante a formação
de uma união estável. Isso porque os elementos característicos devem ser avaliados
em cada caso individual e o intérprete da norma deve ponderar todo o material fático
e probatório apresentado.
A súmula do acórdão explica esse entendimento e também confirma que o
animus deve constituir a família como limite da relação de namoro:

A união estável não foi determinada. (...) 1. A união estável antes do


casamento. No processo, não há provas suficientes de que a relação entre
as partes antes do casamento era uma união estável. Atualmente, o fato de
as pessoas dividirem a cama, viajarem juntas, conviverem perto das famílias
em momentos sociais são práticas de namoro típicas da vida moderna. No
caso dos registros, o simples fato de não morarem sob o mesmo teto não
falsifica a relação. Mas o ponto de vista de que mesmo em lugares
distantes, o lugar onde a família morava não era definido como sua casa e
onde eles estavam todos os dias durante suas folgas ou férias.
Considerando os limites sutis entre namoro e união estável, o objetivo é
criar uma família que viva em tudo e na frente de todos como se fossem
casados, a fim de encontrar o elemento emocional que separa uma união
estável de outras formas de relacionamento com afeto e intimidade.
(BRASILIA, TJRS, AC 70054895271, 8ª Função Pública, Rel. Des. Luiz
Felipe Brasil Santos, d. 01.08.2013).10

Vale ressaltar que novos arranjos sociais passaram a formar novas formas de
9 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp 1454643 / RJ, Rel Min. Marco Aurélio Bellizze, 3ª
Turma, pub. 10/03/2015.
10 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial. REsp. nº 1.454.643.Tribunal. Terceira
Turma. Recorrente: M A B. Recorrido: P A DE O B. Relator: Ministro Marco Aurélio Bellizze. Brasilia,
10 de março de 2015.
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relacionamento e que essas relações, como o namoro, nem sempre são


regulamentadas por lei. O que culmina na elaboração de um acordo de namoro, cujo
objetivo é impedir que a relação entre as partes forme uma aliança estável.
Em ação movida no estado de São Paulo, em que uma das partes queria
reconhecer e dissolver a união estável, o tribunal entendeu que não era possível
porque não havia sido comprovado que a relação era pretendida. A parte não obteve
êxito no recurso para o Tribunal Comunitário, como se depreende do acórdão
abaixo:

União estável - Pedido de reconhecimento e dissolução de união estável


combinada com pensão alimentícia e divisão de bens - Negligência -
Desentendimento - Período probatório inconsistente que não justifique o
reconhecimento da união estável como pretendido - Ausência de
comprovação de dependência financeira - Impossibilidade de acordo sobre
manutenção e divisão de bens - Acórdão confirmado - Recurso negado. [...]
Além disso, os termos do documento da página 88 (antes da página 91,
conforme mencionado na sentença) são contrários à pretensão do
recorrente. E, como enfatizou a fundamentação do tribunal de condenação,
"no que diz respeito ao documento da página 91, parece que as partes
concordaram com um acordo de namoro verdadeiro" que foi celebrado
apenas em janeiro de 2005, cujo objeto e cláusulas não indicam que
querem começar uma família. (BRASIL. TJ-SP - CR: 5542804700 SP,
Apresentador: Grava Brasil, Data do Julgamento: 08/12/2008, 9ª Vara Cível,
Data de Publicação: 09/04/2008).

Ressalta-se, no caso supracitado, que a celebração do contrato de namoro,


quando ainda não foi constituído o sindicato da equipe, culmina na sua vigência. O
juiz baseou sua decisão em fatos e provas e utilizou o documento anexado pela
parte como prova de que a relação entre as partes era um namoro válido, pois
haviam concordado em não constituir família.

CONCLUSÃO

O presente trabalho trouxe uma analogia entre ocontrato de namoro e a união


estável. Apresentou as características de cada entidade, trabalhou os requisitos,
diferenças e validade jurídica de sua formação, a fim de esclarecer as questões
sucessórias relacionadas aos temas.
A partir do namoro, as partes envolvidas em um relacionamento buscam
formalizar o relacionamento como um compromisso social sem casamento, não tem
assim, consequências jurídicas.
Por meio do acordo, as partes expressam o desejo de esclarecer que a
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relação não ultrapassa os limites do simples namoro, a fim de evitar quaisquer


consequências legais.
Contudo, por outro lado, como a união estável é um fato jurídico que reúne as
condições para sua caracterização causará consequências jurídicas, pois é definido
em nosso ordenamento jurídico como as consequências de uma união estável, os
termos sucessórios e herança.
Percebe-se que uma das principais diferenças entre as duas instituições é a
vontade das partes. Por um lado, não há desejo de constituir família em um acordo
de namoro e, portanto, não há relação jurídica em termos de herança e manutenção,
por outro lado, a união estável é o desejo de constituir família e obter uma garantia
de cobrança e manutenção conforme definido em nossas leis.
Conclui-se que, o acordo de namoro não tem efeito jurídico, mas é uma
ferramenta para tentar descaracterizar uma união estável em uma eventual ação
judicial, pois o acordo foi feito para demonstrar o desejo das partes em não constituir
família, dessa forma, não haveria consequências legais a serem suportadas pelas
partes.

REFERÊNCIAS

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http://www.acritica.net/mais/opiniao-dos-leitores/uma-lenda-chamada-contrato-
denamoro/188586/ Acesso 13 de Out de 2022.

BUCHALLA, Sérgio Rizick. Advogado Luiz Kignel - Considerações sobre namoro e


união estável. Youtube. Publicado em 12 de out. de 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ew_LknTMrik Acesso 20 de Out de 2022.

FANTÁSTICO. Contrato de namoro é alternativa para evitar aborrecimentos em uma


eventual separação. Exibição em 04 de novembro de 2018. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Tv0gy-9jaqs Acesso 10 de Out de 2022.

DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2010.Acesso em: 25 de Out de 2022.

DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva. 2008.


MONTEMURRO, Danilo. Contrato de namoro é válido, mas tem pouca utilidade. 17
de novembro de 2013. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2013 nov17/danilo-
montemurro-contrato-namoro-valido-utilidade Acesso em: 11 de Out de 2022.

NETO, P. L. C.; SANTOS, E. C. M. dos, coord. Contrato de Namoro. Âmbito Jurídico,


2020. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direitocivil/contrato-de-
17

namoro-2/. Acesso em: 11 de Out de 2022.

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SILVA, Regina Beatriz Tavares da. Contrato de namoro. 2016. Disponível em:
http://reginabeatriz.com.br/contrato-de-namoro/ Acesso em: 15 de Out de 2022.

TARTUCE, Fernanda. Como se preparar para o exame de Ordem, 1.ª fase: Civil.
Coordenação Vauledir Ribeiro Santos. – 12. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: Método, 2014

TARTUCE, Flávio. Direito de Família: Namoro – Efeitos Jurídicos. São Paulo: Atlas,
2011. Acesso em: 13 de Out de 2022.

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS

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BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução 175. 2013.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do


Brasil.Brasília, DF:Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

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BRASIL. Lei nº9.278, de 10 de maio de 1996. Dispõe sobre a União Estável. Diário
Oficial da União, DF, 10 mai.1996.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial. REsp. nº


1.454.643.Tribunal. Terceira Turma. Recorrente: M A B. Recorrido: P A DE O B.
Relator: Ministro Marco Aurélio Bellizze. Brasilia, 10 de março de 2015.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp 1.183.378/RS, 4.ª T., Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, j. 25/10/2011.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp 1454643 / RJ, Rel Min. Marco Aurélio

Bellizze, 3ª Turma, pub. 10/03/2015.


BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade. ADI
n.4277/DF. Tribunal Pleno. Relator: BRITTO, Ayres. Brasília, 14 de outubro de 2011.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 4.277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Brito, j.
05/05/2011.

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