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O direito brasileiro atualmente, fica de certa forma, atrasado com o dinamismo e evolução as

sociedade, pois sendo as normas jurídicas brasileiras positivadas e rígida, para que ocorra
qualquer tipo de mudança em seu conteúdo. Não consegue acompanhar, tal evolução.

Hoje, fica claro notar, essa evolução da sociedade e com tal clareza percebe-se que alguns
membros desta mesma sociedade ficam a exclusa do manto protetor que o Estado tem de garantir
o que está prescrito, na Constituição Brasileira.

E um desses problemas que é bastante é bastante explicito e a união homoafetiva a qual a


legislação brasileira não tem de forma explicita nos seus artigos uma definição de tal união.
Ficando assim a critério a interpretação do hermeneuta o entendimento da recusa ou não da união
homoafetiva.

Diante da prévia introdução, foi requerido por uma petição inicial, nesta comarca da vara da
família, o pedido de reconhecimento da união estável homoafetiva dos senhores: Francisco José
da Silva e Joaquim da Silva, que tem comprovada relação de 10 anos de união e requer também
logo após reconhecimento a sua dissolvição.

Mediante, a atual legislação brasileira entende-se que como entidade familiar na Constituição
Federal no seu capítulo VII, do artigo 226, §3º, que diz: “para efeito da proteção do Estado, é
reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei
facilitar sua conversão em casamento.”. Desta forma, é possível, concluir que por meio de uma
interpretação unitária e sistemática da CF, que traz a dignidade da pessoa humana, igualdade e
também a não discriminação da opção sexual e o dinamismo familiar como princípios
norteadores.

Entende-se que no Código Civil no Art.1.723 que é reconhecido como entidade familiar a
união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, continua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. Usando a interpretação
analógica e extensiva, artigo citado, é plausível a aceitação de que a união homoafetiva seja
configurada pois, entendo que a entidade familiar citada entre homem-mulher seja também
admitida em casais homoafetivos pois, irá ter as mesma configurações expostas no artigo
referido. Sendo assim, o Art.1.511,CC, irá configura também a união homoafetiva dos
requerentes, já que a relação homofetivas e viável tanto quanto uma relação heteroafetiva pois
seus fundamentos e os seus valores são os mesmo: amor familiar, respeito mutuo entre os
conjugues, união duradoura, etc. E, a união homoafetiva pode ser configurada também pois
dentre os princípios fundamentais contido na Constituição Federal que veda, qualquer tipo de
discriminação quanto ao sexo, por esse motivo sendo desapropriado a descriminação quanto a
união homoafetiva, afirma-se no Constituição Brasileira:

Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

................................................

III – a dignidade da pessoa humana

Art. 3º. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

....................................................

IV – promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

Nota-se que hoje, com tal evolução da sociedade com já dito anteriormente, o Direito tem que
acompanhar aos mesmo passos que a sociedade evolui, para que na legislação não fique sem
dispositivos legais. Na hodiernidade, nota-se há, existência de doutrinas que normatizam a
Família Homoafetiva como a digníssima autora Maria Berenice Dias, que diz: “..., na ausência
de vedação constitucional ou legal, não há impedimento ao casamento homossexual.”. e
jurisprudências como ao que ocorreu na Sétima Câmera Cívil da comarca de Porto Alegre Nº
70012836755, onde é reconhecida a união estável de um casal homoafetivo.

Diante dos fundamentos argumentados,e de que a justiça não pode omitir a existência de casais
homoafetivos, e pela não privação dos direitos assegurados que a Constituição Brasileira garante,
como o princípio da dignidade da pessoa humana, é aceito o provimento do pedido

BIBLIOGRAFIA:

BERENICE,Maria dias, manual de direito das famílias, 5º edição, Ed. Revista atualizada e
ampliada, SP, 2009

HOLANDA, Caroline sátiro, a natureza jurídica da união homoafetiva,


disponível em: http://conpedi.org/manaus/arquivos/Anais/Caroline%20Satiro%20de
%20Holanda.pdf

JUNIOR,Enéas Castilho Chiarini , a união homoafetiva no direito brasileiro contemporâneo,


disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=4210

OLIVEIRA, José Sebastião de. Fundamentos Constitucionais do Direito de Família. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2002
FACULADADES CEARENSES

CURSO DE DIREITO

DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL I

PROFESSOR JALES FIGUEIREDO


UNIÃO HOMOAFETIVA

FRANCISCO AYTALLO E. DA SILVEIRA


FORTALEZA/ 2009

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