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Da união estável
Iremos agora estudar a união estável, o parentesco e a filiação. Vamos ampliar
nosso conhecimento nos Direitos das Famílias, com a evolução nos dias de hoje sobre a
união estável, o reconhecimento da convivência mútua, os deveres dos conviventes, o
concubinato, alimentos entre os conviventes e a condição para conversão da união
estável em casamento. Vamos lá! Preparados? Vamos juntos nesse desafio?
A união estável hoje é reconhecida entre um homem e uma mulher, entres dois
homens, ou entre duas mulheres, desde que solteiros separados judicialmente ou
extrajudicialmente, divorciados ou separados de fato, já que na legislação vigente não é
reconhecido à união estável de quem ainda permanece no estado de casado.
Retroagindo um pouco na história sobre a união estável no Brasil, a primeira norma que
tratou desse assunto foi o Decreto-lei nº 7.036/1944, que reconheceu a companheira
como beneficiária em caso de acidente do trabalho do companheiro. Após a publicação
do referido Decreto-lei, a jurisprudência passou a reconhecer direitos para quem vivia
em companhia de outra pessoa, sendo o homem e a mulher. Posteriormente, com o
advento da Lei nº 6.015/1973, conhecida como Lei de Registros Públicos, foi permitido
que a companheira acrescentasse o sobrenome do companheiro.
Desta forma, pelo entendimento da Súmula, a (o) companheira (o) poderia
solicitar a partilha dos bens que fossem adquiridos pelo esforço comum de ambos,
desde que se comprovasse que eles viviam em uma relação de convivência estável e
duradoura.
Durante certo período entendia-se que a união estável e o concubinato eram a
mesma coisa. Esse entendimento resultava dos efeitos jurídicos do desquite, pois ele
somente terminava a sociedade conjugal, mas não permitia que houvesse novo
casamento. Todavia, a tal posicionamento teve seu fim com a promulgação da
Constituição Federal de 1988, que foi de grande avanço no tema, ao reconhecer, em
seu art. 226 § 3º, a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar e
também afirmou que “a lei deverá facilitar a conversão em casamento” (BRASIL, 1988).
Após a Constituição Federal, foi publicada a Lei nº 8.971/1994, que exigia um
lapso temporal de coabitação de cinco anos ou a existência da prole em comum para
Do parentesco e filiação