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Família

E
Sucessões
Caderno Teórico

Luis António de Araújo Monteiro

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Aula 1 – 21/9/2022

Bibliografia–Pereira coelho e guilherme de oliveira – Direito da Família


Tem algumas partes desatualizadas.

Avaliação – 2 testes semestrais (4 de janeiro e 17 de maio)

DIREITO DA FAMÍLIA
FONTES E NOÇÕES

O Direito da Família está no código civil no livro IV.


O primeiro artigo 1576º - são fontes das relações jurídicas familiares. De
acordo com este artigo são relações jurídicas familiares as resultantes
destes vínculos que aqui aparecem, casamento, parentesco, afinidade e
adoção.

Só existem estas fontes ou existem outras? – olhando para esta norma


diz-nos que este elenco é exaustivo, mas o 33º da CRP diz que todos
podem contrair casamento e constituir família, logo a família não tem de
existir casamento, podendo haver outras figuras como a união de facto.

Vamos estudar cada uma destas figuras. Aquela onde vamos trabalhar
mais a fundo é o casamento.

1578º e seguintes – existem normas mais gerais que são relevantes para a
compressão de outras normas.

NOÇÃO DE CASAMENTO - Artigo 1577.º - (Noção de casamento)


Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem
constituir família mediante uma plena comunhão de vida, nos termos das
disposições deste Código. – sofreu algumas alterações como o casamento
das pessoas do mesmo sexo.

O Facto de a lei dizer esta noção – é irrelevante saber se os cônjuges ao


casar pretender ter filhos ou não pretendem, ao contrario do casamento
católico que pressupõe a procriação.

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Temos o casamento civil e católico e civil sob forma religiosa.
Quando dizemos isto temos diferentes formas de celebração de
casamento, mas no católico é mais que isso. O católico e civil são regidos
por normas e regimes diferentes. – no católico, alem das normas do CC
está sujeito ao regime do direito canónico próprios para o casamento
católico.

Existe o casamento civil sob forma religiosa – celebra-se perante um


ministro de um culto religioso. Este casamento civil sobre forma religiosa
tem apenas uma diferente forma de celebração face ao casamento civil.

Para além de estudarmos o casamento civil, vamos ter de estudar algumas


normas do direito católico. Há muitas normas que são coincidentes.
Outras não.

Depois do atoto constitutivo do ato matrimonial falaremos das


FORMALIDADES DE CONTRAIR O CASAMENTO e depois falaremos da
VALIDADE OU INVALIDADE DO CASAMENTO – os problemas que podem
afetar a validade do casamento.

Os efeitos do casamento católico têm efeitos na lei civil e o direito


católico atribui legitimidade ao direito civil para regular. O direito
canónico apenas tem capacidade para atribuir validade – é o que diz no
artigo 1625º (competência dos tribunais eclesiásticos).
Se houver nulidade no casamento católico temos de pedir a nulidade no
casamento eclesiástico.

O casamento só pode ser considerado nulo ( a anulação), no católico é


nulidade.

Noção de casamento – 1576º

Noção de parentesco – 1578º Parentesco é o vínculo que une duas


pessoas, em consequência de uma delas descender da outra ou de ambas
procederem de um progenitor comum. – VINCULO DE DUAS PESSOAS ou
porque um descende da outra ou têm progenitor comum.

Desta maneira, temos de distinguir linhas de parentesco:

. linha reta ( A-----B------C)

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. linha colateral A/B
Artigo 1580º - LINHA RETA – pode ser ascendente ou descendente.

Distinção de irmãos germanos, irmãos uterinos (mesma mãe) e


consanguíneos (têm o mesmo pai)

1579º o PARENTESCO DETERMINA-SE – cada geração forma um grau, uma


serie de graus forma um parentesco.

Desta maneira temos de saber como é que se conta os graus de


parentesco.

Artigo 1581º- como se conta os graus?

A A
| /\
B B C
|
C

1º CASO:

A e B são parentes em primeiro grau em linha reta


A e C são parentes em segundo grau em linha reta

2ºCaso:
B e C são parentes em segundo grau colateral

Artigo 1582º - PRODUÇÃO DOS EFEITOS NA LINHA COLATERAL (até que


grau vai) a relação de parentesco só tem repercussões até ao 6º grau.

PARA QUE INTETRESSA OS EFEITOS DO PARENTESCO:


. para efeitos sucessórios, para responsabilidades parentais, o direito de
alimentos. Pode provocar também limitações. – impedimentos
impedientes e dirimentes- artigo 1602º e 1604.

Ambos os impedientes obstam ao casamento a diferença está:


Se alguém casar com o impediente dirimente o casamento é anulável –
1627 e 1631º

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Mas se alguém casar com um impedimento impediente, HAVERÁ UMA
SANÇÃO PATRIMONIAL.

A DIFERENÇA ESTÁ NOS EFEITOS QUE ISSO PROVOCA.

Afinidade – artigo 1584º


Nota – a finidade tem por origem SEMPRE O CASAMENTO.

1. Afinidade é o vínculo que liga cada um dos cônjuges aos parentes do


outro.
2. A afinidade é legítima ou ilegítima, consoante a natureza do
parentesco em que assente.

A afinidade mesmo quando há morte, mantém-se, mas cessa em caso de


divórcio.

NOTA: A AFINIDADE CONTA-SE DA MESMA MANEIRA QUE O


PARENTESCO.

A
|
B
|
CxO

Resposta: O é afim de A na segunda linha colateral.

Adoção 1586º – vamos ver depois da afiliação


Adoção é o vínculo que, à semelhança da filiação natural, mas
independentemente dos laços do sangue, se estabelece legalmente entre
duas pessoas nos termos dos artigos 1973.º e seguintes.

A adoção pode ser conjunta ou singular e possui os seus efeitos


característicos. O adotado adquire o estatuto jurídico do filho – 1986º e
rompe os laços com a família biológica.

Nota: A adoção visa o SUPERIOR INTERESSE DA criança.

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De acordo com o 1576º só temos estas relações familiares, por isso aquilo
que era considerado família em 1976, não é aquilo que em 2022 traduz
aquilo que é a família.

A união de facto é, como veremos na próxima aula é uma relação entre


duas pessoas em situação semelhante à dos cônjuges que não está sujeito
ao vínculo jurídico dos cônjuges. Esta não resulta do artigo 1576º , mas do
artigo 36º da CRP + artigo 26º de constituição (no âmbito do livre
desenvolvimento da personalidade). – esta não está sujeita a um vínculo
formal.

NOTA : Contudo, isto não significa que não haja efeitos atribuídos a
união de facto, semelhantes ao casamento, como a casa da família,
subsídios por morte, pensão de sobrevivência – Lei 7/2001

PEREIRA COELHO – A união de facto é uma relação para familiar. Vital


Moreira consideram que este direito abrange novas formas de família.

Aula nº2 28/09/2022

última aula:
última aula 1576º e seguintes – casamento
Parentesco, afinidade e adoção

Lei 7/2001 de 11 de maio – lei de união de facto + livre desenvolvimento


da personalidade (proteção constitucional)
Efeitos da dissolução da união de facto

À luz da legislação, quando é que se constitui a união de facto, se existem


exceções à produção dos efeitos e qual os seus efeitos.

Objecto
1 - A presente lei adopta medidas de protecção das uniões de facto.
2 - A união de facto é a situação jurídica de duas pessoas que, independentemente do sexo, vivam em condições

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análogas às dos cônjuges há mais de dois anos.

Para que a união de facto possa produzir efeitos jurídicos tem de haver
uma situação análoga à dos cônjuges por o período mínimo de 2 anos.

COMO É QUE SE PROVA A UNIÃO DE FACTO?

No casamento há uma obrigação de registo civil, então como é que


provamos a união de facto.

Artigo 2ºA

Artigo 2.º-A
Prova da união de facto

A prova da união é feita normalmente através de uma emissão


da junta de freguesia ou qualquer outro meio aceite. A prova é
feita consoante o disposto neste artigo, se for provado,
verificam-se os efeitos.

Contudo, temos de olhar para os impedimentos do artigo 2º,


estas são semelhantes com alguns dos impedimentos do
casamento.

Artigo 2.º
Excepções
Impedem a atribuição de direitos ou benefícios, em vida ou por morte, fundados na união de facto:
a) Idade inferior a 18 anos à data do reconhecimento da união de facto;
b) Demência notória, mesmo com intervalos lúcidos e situação de acompanhamento de maior, se assim se
estabelecer na sentença que a haja decretado, salvo se posteriores ao início da união;
c) Casamento não dissolvido, salvo se tiver sido decretada a separação de pessoas e bens;
d) Parentesco na linha recta ou no 2.º grau da linha colateral ou afinidade na linha recta;
e) Condenação anterior de uma das pessoas como autor ou cúmplice por homicídio doloso ainda que não consumado
contra o cônjuge do outro.

Nota: devemos ter atenção à alínea c).

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Se se verificar algumas destas exceções, a união de facto não
pode ser invocada à luz da lei.

Que efeitos é que vão ser atribuídos à união de facto?


. poderíamos ter deveres conjugais
. artigo 7º - os unidos de facto podem adotar nas mesmas
condições que as pessoas casadas
. a lei reconhece na lei 46º na lei de proteção de crianças e
jovens, pode vir a constituir uma família de acolhimento duas
pessoas
.a nível do processo pode haver uma proibição de testemunhar
quanto aos unidos de facto

Efeitos patrimoniais da união de facto


Há um conjunto de normas que se configuram regime de bens.
Os coniventes podem fazer contratos de coabitação – estipulam
as relações patrimoniais entre eles, oque acontece às dissoluções
e quem é que pode contrair dívidas (porém não há em Portugal).

Quando não acontece, aplicam-se as regras gerais. ( direitos reais


e direitos das obrigações) ?. – Porém pode haver injustiça ou
empobrecimento de algum dos cônjuges.

O instituto do enriquecimento sem causa relaciona-se para


resolver estas situações.

Proteção de efeitos patrimoniais da união de facto – DIREITOS

. artigo 3º da Lei de 2007


Artigo 3.º
Efeitos
As pessoas que vivem em união de facto nas condições previstas na presente lei têm direito a:
a) Protecção da casa de morada de família, nos termos da presente lei;
b) Beneficiar do regime jurídico aplicável a pessoas casadas em matéria de férias, feriados, faltas, licenças e de
preferência na colocação dos trabalhadores da Administração Pública;
c) Beneficiar de regime jurídico equiparado ao aplicável a pessoas casadas vinculadas por contrato de trabalho, em
matéria de férias, feriados, faltas e licenças;
d) Aplicação do regime do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares nas mesmas condições aplicáveis aos

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sujeitos passivos casados e não separados de pessoas e bens;
e) Protecção social na eventualidade de morte do beneficiário, por aplicação do regime geral ou de regimes
especiais de segurança social e da presente lei;
f) Prestações por morte resultante de acidente de trabalho ou doença profissional, por aplicação dos regimes
jurídicos respectivos e da presente lei;
g) Pensão de preço de sangue e por serviços excepcionais e relevantes prestados ao País, por aplicação dos regimes
jurídicos respectivos e da presente lei.

Ver no artigo 6º as prestações relativas ao artigo e) f) e g) do


artigo referido em cima.

Independentemente da necessidade de alimentos, estas pensões


por morte podem ser conferidas ao unido de facto, o que
acontece também na morte no casamento.

A proteção que a lei confere à casa de morada de família, por


vezes pode ser construída em moldes semelhantes à do
casamento.

O artigo 4º fala-nos de rotura por consentimento ou unilateral.


O artigo 1105º CC permite o caso da morada de família ser
arrendada o outro fala desta ser própria dos convivente, pode
ser um bem de ambos em compropriedade ou pode ser um bem
de um ou de outro – 1793º CC.

Relativamente ao 1793º
O tribunal vai aferir qual é unido que tem mais necessidade da
casa. Esse convivente pode não ser o titular da casa de morada
de família ou pode ser parcialmente, aí constitui-se um contrato
de arrendamento, onde a renda será definida por tribunal.

Se a casa for arrendada, aplicamos o 1105º que também se


aplica em caso de divórcio. – há uma concentração ou
transmissão do arrendamento, ou o contrato que era em nome
dos dois passa apenas a estar em nome de um. Como é que se
decide? Através de um juízo de quem tem mais necessidade da
casa.

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Devendo apenas comunicar-se ao senhorio que mé o titular do
contrato de arrendamento.

E em caso de morte – artigo 5 da lei de 2001:

Artigo 5.º
Protecção da casa de morada da família em caso de morte
1 - Em caso de morte do membro da união de facto proprietário da casa de morada da família e do respectivo
recheio, o membro sobrevivo pode permanecer na casa, pelo prazo de cinco anos, como titular de um direito real de
habitação e de um direito de uso do recheio.
2 - No caso de a união de facto ter começado há mais de cinco anos antes da morte, os direitos previstos no número
anterior são conferidos por tempo igual ao da duração da união.
3 - Se os membros da união de facto eram comproprietários da casa de morada da família e do respectivo recheio, o
sobrevivo tem os direitos previstos nos números anteriores, em exclusivo.
4 - Excepcionalmente, e por motivos de equidade, o tribunal pode prorrogar os prazos previstos nos números
anteriores considerando, designadamente, cuidados dispensados pelo membro sobrevivo à pessoa do falecido ou a
familiares deste, e a especial carência em que o membro sobrevivo se encontre, por qualquer causa.
5 - Os direitos previstos nos números anteriores caducam se o interessado não habitar a casa por mais de um ano,
salvo se a falta de habitação for devida a motivo de força maior.
6 - O direito real de habitação previsto no n.º 1 não é conferido ao membro sobrevivo se este tiver casa própria na
área do respectivo concelho da casa de morada da família; no caso das áreas dos concelhos de Lisboa ou do Porto
incluem-se os concelhos limítrofes.
7 - Esgotado o prazo em que beneficiou do direito de habitação, o membro sobrevivo tem o direito de permanecer no
imóvel na qualidade de arrendatário, nas condições gerais do mercado, e tem direito a permanecer no local até à
celebração do respectivo contrato, salvo se os proprietários satisfizerem os requisitos legalmente estabelecidos para
a denúncia do contrato de arrendamento para habitação, pelos senhorios, com as devidas adaptações.
8 - No caso previsto no número anterior, na falta de acordo sobre as condições do contrato, o tribunal pode fixá-las,
ouvidos os interessados.
9 - O membro sobrevivo tem direito de preferência em caso de alienação do imóvel, durante o tempo em que o
habitar a qualquer título.
10 - Em caso de morte do membro da união de facto arrendatário da casa de morada da família, o membro sobrevivo
beneficia da protecção prevista no artigo 1106.º do Código Civil.

Não há produção de efeitos sucessórios. Mas, o membro


sobrevindo tem este direito do artigo 5º que tem a ver com a
proteção da casa de família. – Pode permanecer na casa com um
direito real de habitação e um direito de uso do recheio.
(período de 5 anos).

Acrescenta o artigo 5º que pode eventualmente este direito real


de habitação pode não ser atribuído se este tiver uma morada no
mesmo concelho. – Esta norma é criticada por autores, pois o

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facto de haver uma casa pode não satisfazer as necessidades da
família.

Passado este prazo pode acontecer que continue na casa de


morada de família (nº7), mas na qualidade de arrendatário.
Os herdeiros dessa casa de morada de família podem querer
vender essa casa e o nº9, dá um direito de preferência em caso
de alienação do imóvel.

Se a casa for arrendada – o nº10 remete-nos para o 1106ºCC – o


contrato de arrendamento pode concentrar-se no membro
sobrevivo. Aplica-se em situação em caso de morte do cônjuge.
AO contrário do 1105º só fala em transmissão não fala de
concentração do contrato.

Constitucionalmente:
Temos na nossa CRP algumas normas que se referem ao direito
da família:
- artigo 36º da CRP – DLG’s (que princípios constitucionais
encontramos nesta norma?). O nº1 tem o reconhecimento de
dois direitos: o direito de constituir família e o direito de contrair
casamento- em condições de plena igualdade. A família não
assenta apenas no casamento. (DR. Pereira Coelho diz que não
abrange todas as formas de casamento?)

Artigo 36ºnº2 – o casamento pode ser civil ou católico. – artigo


1587º. Estas são dois institutos diferentes jurídicos de casar.
Quem casa catolicamente está também sujeito às leis do direito
canónico.

Temos de ver o artigo 1625º - conhecimento das causa


respeitantes À nulidade do casamento(...) repartições
eclesiásticas. Este artigo é inconstitucional (?)

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É lei civil que regula os efeitos do casamento – a lei regula os
requisitos do casamento independentemente À sua forma de
celebração – CAUSAS DE VALDIADE OU INVALIDADE. Porém há
também um choque entre a lei civil ou lei eclesiástica. Como há
uma articulação? - -artigo 1626º (reproduziu um artigo da
concordata de entre o estado português e a santa sé).
O protocolo adicional veio a causar alterações relativamente ao
divórcio perante a lei – em 1976º vem uma nova CRP em 77 veio
um reforma do Código Civil, que também não mexeu com o
1625º, isto significa que utilizando o elemento histórico,
reconhece na mesma uma competência dos tribunais
eclesiásticos.

O Estado Português deixou de ter um compromisso


concordatário de reconhecer uma competência exclusiva dos
tribunais eclesiásticos. – este reconhece competência quanto à
pronuncia deste tribunais relativamente à validade e nulidade,
mas há assim uma competência relativa. – IMPORTAnte

Artigo 36ºnº3- igualdade dos cônjuges


.nº4 não discriminação dos filhos fora do casamento
.nº5 poder dever de educação

Artigo 67º e seguintes tem a proteção da família, infância e


juventude.

Aspetos sociológicos do direito da família


. mudança de grande família para pequena família
. a família perdeu funções políticas
. evolução do casamento aliança para relação

Elenco das normas que regulam as disposições familiares, como


os efeitos subjetivos

- fiquei sem bateria, pedir ao Carlos Mini ou Pedro Sábio -

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Aula
12/10/2022

Estudo da constituição do casamento (ato constitutivo da


relação patrimonial):
O casamento é católico ou civil, logo temos dois institutos ou
duas formas de celebração diferentes?

Casamento civil e católico são isniutos diferentes regidos por


normas próprias – tem um regido pela lei civil outro pelo direito
canónico.

No direito canónico podemos ao observar também algumas


normas civis.
Há alguns caracteres do casamento que se aplicam a ambos.

O casamento é o ato pelo qual se interessa a igreja e o Estado:


Depois de falarmos um bocado sobre isso vamos começar a
estudar a promessa de casamento que é regida pela lei civil,
independente da forma de celebração

Características do casamento:

Noção de casamento civil – artigo 1577º : o casasmento é o


contrato celebrado pelas pessoas independentemente do sexo
(...) visa uma plena comunhão de vida.

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Temos assim deveres conjugais

Esta plena comunhão de vida não é definida neste artigo, mas


conseguimos perceber se articularmos com outras normas do
código civil, esta é aquela onde os cônjuges estão articulados
pelos deveres conjugais. Essa comunhão – 1570º- esta é
exclusiva e temos como impedimento matrimonial o casamento
não dissolvido a luz do 1601 c).

Outra característica: é que esta é tendencialmente insolúvel.

O casamento segundo o código do direito canónico: Canones


1057 e 1055 – a noção é muito idêntica. O que origina é o
consentimento das duas pessoas e o consentimento matrimonial
é o ato da vontade, pelo qual podem constituir matrimonio. O
casamento é o contrato entre duas pessoas onde também se visa
essa plena comunha de vida. O direito canónico apresenta
também fins matrimoniais que não existem no direito civil. Se os
cônjuges ao contrariem no casamento não quiserem os fins
matrimoniais, este pode ser declarado nulo. (Haverá uma
simulação parcial?).

Isto conduz à relevância de que o direito canónico dá ao


consumação do casamento. Não é que a consumação afete a
validade do casamento, mas afeta a sua dissolução.

Este contrato definido nestes moldes possui várias


características:
1. É um ato pelo qual se interessa o Estado e a Igreja (a igreja
tem competência exclusiva para regular os sacramentos).
Mais ou menos a partir do seculo XVI começam a surgir
algumas tendências no sentido de separar o contrato do
sacramento.
Podemos assim ver os temas em que o casamento civil
admite o casamento catlico, temos assim 4 sistemas

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matrimoniais i) sistema do casamento civil obrigatório, ii)
casamento religioso obriga´torio, iii) casamento civil
subsidiário iv) casamento civil facultativo

O casamento civil obrigatório só tem efeitos jurídicos civis o


casamento civil. Se as pessoa quiserem casar e esse
casamento em efeitos civil, têm de casar civilmente. O
estado não proibiu, mas o casamento católico não possui
efeitos civis.

Temos também o sistema religioso obrigatório: O estado


submete-se completamente à igreja e reconhece apenas os
casamentos celebrados de acordo com essa religião. O
problema é que se não houver vontade de csar
religiosamente não pode escolher outra forma de celebrar
casamento.

Depois temos dois sistemas diferentes: sistema de


casamento civil subsidiário: O casamento civil é subsidiário,
apenas se admite para aqueles que não professem uma
determinada religião.

Temos também o sistema facultativo: ou é casamento civil


ou casamento católico religioso. Aqui não precisa de haver
duplicação dos casamentos, onde ambos têm efeitos civis.
Aqui temos duas modalidades, na primeira casamento civil
e religioso são apenas duas formas a lei civil regula o
casamento. Na segunda modalidade fica comprometida a
patrimonialidade. Temos aqui dois institutos jurídicos
diferentes.

Como é o sistema matrimonial no nosso sistema jurídico?

No código civil de 1867, parecia o sistema de casamento civil


subsidiário mas não havia um controlo prévio de religião dos

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noventes, mas na verdade não tínhamos casamento civil
subsidiário, tínhamos casamento civil facultativo. O civil e o
católico eram dois institutos diferentes, regidos por normas
próprias. Como temos 2 institutos diferentes, temos duas
formas.

Podemos aplicar o controlo da capacidade matrimonial dos


noventes. Ninguém casaria sem haver a capacidade à luz dos
impedimentos da lei civil. São previstas sanções ao parago se não
for verificado. A 1º forma é como via de processo preliminar é o
controlo. O 2º é a través do registo do casamento, todos os
casamentos têm de ser registados ao abrigo do 1669º do código
Civil. No caso do casamento, o registo não é meramente uma
condição de oponibilidade face a terceiros, tem uma questão de
atendibilidade, isto é , ninguém o pode invocar logo não
produzirá efeitos.

O parogo no final do casamento deve enviar a transcrição para a


conservatória do registo civil.

Casamento na primeira república: só o casamento civil é que


produz efeitos civis, mas se casarem pelo católico terá ode csar
pelo civil para produzir efeitos civis.
Houve uma concordata entre o Estado português e a santa sé em
1940 – O Estado atribui efeitos civis ao casamento católico vai
reservar e não será aplicado o divórcio aos casamentos católicos.

Por outro lado, temos o estado a aplicar o sistema de


impedimentos patrimoniais ao casamento católico e temos o
estado a controlar também os casamentos católicos por via do
registo e aplicar aos casamentos católicos, a possibilidade de
separação de pessoas e bens.

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A principal alteração voltou a alterar o divorcio na latura do 25
de abril onde quem estivesse casado catolciamente poderia pedir
divorcio ao abrigo da lei civil

Código Civil de 77 mais constituição de 76- o sistema é


casamento civil facultativo.

A concordata, abriu a porta aos tribunais civis pronunciarem-se


quanto as nulidades do casamento católico.

Lei da Liberdade Religiosa em 2001 – também o sistema religioso


está sujeito à lei civil.

As matéria de falta de vontade e relativas ao consentimento são


regidas pelo direito canónico, a lei civil não se pronuncia.
Em matéria de capacidade serão os dois ordenamentos jurídicos
a pronunciar-se.

As formalidades do casamento vamos falar das formalidades


preliminares temos aqui uma dualidade de competências: a leo
civil regula o processo preliminar de casamento. Certificado de
casamento que atesta que foi celebrado o processo e não
irregularidades na lei civil.
A celebração em si é exclusivo do direito canónico. Quanto às
formalidade ulteriores, temos outra vez a dualidade de
competências, onde o parogo tem de enviar a fim de este ser
transcrito.

Em relação aos efeitos patrimoniais do cassamento, a lei


canónica reconhece autoridade À lei civil para tal.

Quanto Às causas de nulidade – exclusividade dos tribunais


católicos, todavia os efeitos dessa nulidade é a lei civil que regula
os efeitos desse casamento católico que foi declarado nulo.

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2. É um negócio jurídico
3. É um contrato jurídico

A cerimónia constitui uma formalidade para a realização do


casamento. Apenas é proibida a poligamia tendencial e
simultânea.

Esta matéria da promessa do casamento está nos artigo 1591 e


seguintes:

O contrato pelo qual, a título de esponsais, desposórios ou


qualquer outro, duas pessoas se comprometem a contrair
matrimónio não dá direito a exigir a celebração do casamento,
nem a reclamar, na falta de cumprimento, outras indemnizações
que não sejam as previstas no artigo 1594.º, mesmo quando
resultantes de cláusula penal.

É um contrato de promessa, as duas partes serão obrigadas a


contrair casamento- qual é a especificidade para falarmos disto?

Em caso de incumprimento, não que indemnizar os danos


causados, apenas temos de indemnizar as despesas contraídas
nos termos do artigo 1594º.

Há uma menor extensão do dever de indemnizar em caso de


incumprimento.
Devemos consultar o artigo 1594º nº1 – para estas
indemnizações existirem é necessária um condição de culpa.

Estas só existem se HOUVER UM JUSTO MOTIVO DE CUMPRIR


COM A PROMESSA.
O que é isto do justo motivo?

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Quando é que há lugar a estas indemnizações, haverá justo
motivo quando de acordo com as condições sociais em que os
noventes se inserem, em que a condição não é exigível.

Quando há ausência de justo motivo ou o seu comportamento


deu causa a outros, teremos indemnizações porque aí sim haverá
um certo grau de culpa.
Restituições

Também poderá haver restituições podendo haver culpa ou não


-artigo 1592 e 1593º restituições no caso de incapacidade ou no
caso de morte. Todos os donativos deverão ser restituídos- na
previsão e expectativa no casamento. (por exemplo de bens de
anéis )
Há restituições porque há uma expectativa criada.

No caso de morte, se assim é , a promessa também é ineficaz


porque também não há casamento. Se não se efetuar, o
promitente perderá o direito de exigir. – artigo 1593º.

Se quiser a devolução dos seus bens também terá de devolver os


seus. – artigo 1593ºnº2

. 1595º - caducidade do direito da restituição – o prazo será de


um ano consoante o que diz no artigo.

Aula
19/10/2022

Vamos falar da matéria do casamento:

Vamos falar do consentimento para efeitos do casamento:


Sem vontade de casar por parte de ambos os cônjuges, sem que essa
vontade seja manifestada nos termos da lei não pode haver casamento.
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Sem que essa vontade seja manifestada, não há possibilidade de celebrar
casamento.
É o consentimento que constitui a relação matrimonial.
O casamento é um contrato – é um contrato verbal, mas solene (?).
A lei vai dizer eu palavras é que devem ser ditas no momento do
casamento.

Artigo 1175º do CC – Se forem ditas outras palavras não deverá afetar a


validade da celebração do casamento.

Quando estamos a declarar a nossa vontade estamos a demonstrar o


nosso consentimento relativamente ao casamento.

Relevância jurídica e social do casamento – o consentimento do


casamento tem de obedecer a determinados requisitos – sendo que há
requisitos que são gerais e há requisitos que são específicos para a
matéria do casamento.

4 características do consentimento:
. pessoal
. puro e simples
. prefeito
. livre
. atual

Artigo 1617º do Código civil – a vontade dos noventes só é relevante


quando a vontade é atual e demostrada no momento do casamento.

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Pessoalidade – há de ser expresso pelos próprios noventes, pessoalmente
no ato de celebração do casamento. – artigo 1619º; A vontade é
estritamente pessoal;
Existe também a possibilidade do casamento por procuração - um dos
noventes ( que só pode ser um) se faz representar por um representante. O
legislador previu a possibilidade do casamento por procuração – artigo
1620º. + artigo 43º e 44º do CREgCivil.
Não abre mão ao princípio da atualidade do artigo 1617º não é pelo facto
de alguém se fazer representar pelo procurador que pode-se fazer um
exceção à atualidade – não se abre mão a este princípio. (a vontade é
declarada no momento do casamento e não no momento da procuração)

. 3 requisitos do casamento de procuração:


1- Formal 1620 + 43 e 44 do Cregcivil – artigo 43º n2 do Cregcivil pode
ser outorgada consoante as seguintes formas legais ( para a
procuração tem de ser valida tem de ser assinada por novente,
reconhecimento presencial de assinaturas, documento particular
autenticado ou instrumento publico.
2- Materiais – não é possível que ambos os cônjuges casem no mesmo
casamento por procuração. – 1620ºnº1 e 441 nº1 do Cregcivil;
E
Conferem-se poderes especiais para este ato, deve-se individualizar
a pessoa novente e selecionar a modalidade do casamento.

Artigo 1698º- se um dos requisitos não se verificar o casamento é


inexistente. Tem de obedecer a estas formalidade

21
Se faltasse requisitos formais- seria nulo por falta de forma - 220º
Artigo 1618º d) – o casamento é considerado inexistente nestes casos.
Artigo 1621º - cessam todos os efeitos.

A revogação por via de regra é uma declaração negocial receptícia- a sua


declaração depende desta. Chegar ao reconhecimento do seu destinatário
– artigo 224.
No casamento isto não se verifica – a procuração pode cessar no 1621º
pela revogação da procuração. A simples revogação cessa todos os efeitos
– há aqui um desvio à regra do artigo 224º

No artigo 1628º - podemos considerar que pode haver um direito a uma


indemnização, se por culpa sua não for a tempo de evitar a celebração do
casamento.

Como é que qualificamos o procurador – A pessoa é um verdadeiro


representante na vontade?
Implica que quando ele vá celebrar o negócio, se houver algo que obste
ao casamento, pode recusar-se a celebrar o negócio jurídico do
casamento.
Há quem entenda que não há liberdade nenhuma do procurador à
denuncia.

Se o nosso legislador não admite o casamento por carta é porque ele quis
que o procurador o represente na sua vontade e não só na sua declaração.

22
Puro e simples – esta característica do consentimento está no artigo
1618º do CC

A vontade de contrair casamento importa aceitação de todos os efeitos


legais do casamento – não posso dizer que quero casar sem estar sujeito
ao dever de fidelidade p ex.

Não é possível casar sob uma condição ou termo – a própria dignidade do


casamento assim o impõe.

E se na convenção pré nupcial houver condições – artigo 1618ºnº2. O


casamento é valido, mas essas convenções contam como se nunca tiverem
existido.

Prefeito
Não só a declaração de vontade tem de ser concordante uma com a outra.
Deve haver uma concordância entre a declaração e a vontade real das
partes no casamento.

Assim estaríamos perante uma situação de situações de faltas de vontade.


O legislador presume que há uma concordância entre a vontade e a
declaração – artigo 1634º do CC.
Sendo assim o casamento civil será anulável e o casamento católico será
nulo. – artigo 1635º do Código Civil;

Em matéria de invalidade vigora o princípio da tipicidade- artigo 1627º do


CC.

23
Para efeitos de invalidade só valem as situações que estão tipificadas -se
não se verificar alguma das causas.

Pode haver mil e uma causas de anulabilidade do negócio jurídico por


falta de vontade, mas para o casamento só valem as que estão
direcionadas para o casamento.
4 situações:
Reserva mental – está prevista no artigo 244º do CC. Só vai ser relevante
para relevante de invalidade quando é conhecida do delegatário senão
será equiparado à figura da simulação.
Declarações não serias
Erro da declaração – Que tipo de situações temos aqui para efeitos de
anulabilidade? – artigo 1635º a) o casamento é anulável por falta de
vontade. Que tipo de hipóteses temos ( erros na própria declaração, erro
sobre a identidade) – artigo 1640 nº2. O Prazo diz respeito ao artigo 1644º
ou seis meses
Simulação – imaginemos duas pessoas que se casam com o propósito de
adquirir nacionalidade. Se houver um propósito de haver uma vivência – o
casamento é valido se houver ainda um motivo simulatório. Artigo 1635º
alínea d).
Quando falamos de anulação do casamento, terá de ser instaurada uma
ação em tribunal – legitimidade – artigo 1640º nº1 (os próprios cônjuges
ou qualquer prejudicado) artigo 1644º do CC.
Artigo 243º - inoponibilidade a terceiros de boa fé relativamente ao
casamento civil. Ex: um casamento simulado,
NOTA: Só a simulação absoluta é que releva para efeitos do casamento.

24
Livre – O legislador presume que o consentimento é livre – artigo 1634º.
Este consagra uma dupla presunção que o consentimento é perfeito e
livre.
Poderíamos aqui estar nos vícios da vontade: erro e coação.

O casamento é verdadeiramente livre quando a vontade dos noventes se


formou com o exato conhecimento sobre as coisas – quando a vontade é
esclarecida e ao mesmo tempo que este se tenha fora do com a liberdade
exterior – livre de violências e ameaças.

Artigo 1627º - princípio da tipicidade o casamento só pode ser anulado


nos casos previstos na lei. Vamos apenas debruçar-nos sobre o erro.
Erro ou coação para efeitos de invalidade no casamento – podem ser
diferentes noutros negócios, porém temos de ter sempre atenção ao que
nos diz no casamento.

Erro :
Só vale o erro sobre qualidades essenciais sobre a pessoa do outro
conjuge – não há erro sobre os motivos, natureza dos negócios.
O erro tem de recair sobre: artigo 1636º- erro para efeitos de
consentimento.

. qualidades essenciais do outro cônjuge – não pode recair sobre


qualidades que não sejam essenciais sobre o outro cônjuge – aquelas que
são particularmente significativas e que sejam idóneas para determinar o
consentimento. (ex; doença, religião)

25
. o erro tem de ser próprio – o que é isto da propriedade do erro? O erro é
próprio se não recair sobre qualquer requisito legal de validade ou
existência do casamento; (ex: se eu me casar com 15 anos, se não tiver
casamento há um impedimento à celebração do casamento) (ex: vou-me
casar com B e estou em erro quanto ao seu estado civil que ainda é
casado). O erro incidiu sobre um pressuposto de validade do casamento.
Princípio geral do concurso de normas – por ser mais favorável, mais vale
pelo concurso de normas aplicar as normas que são mais fáceis de aplicar.

. o erro tem de ser desculpável – 1636º do código civil. O erro grosseiro no


qual não teria caído uma pessoa normal perante as circunstâncias do
casos. O erro grosseiro não é desculpável.

. a circunstância sobre que incidiu o erro tem de ser determinante na


vontade de contrair casamento – tanto subjetiva como objetivamente. Se
o erro não existisse ele nunca teria casado. Esta essencialidade tem de
assumir duas vertentes – uma essencialidade subjetiva e objetiva.
Subjetivamente é relativamente a pessoa e relativamente ao motivo.
Não basta que essa circunstância fosse essencial é necessário que esta
seja essencial do ponto de vista subjetivo.

Objetivo- se o erro é uma causa significativa de relevância do erro.

Coação:
O casamento também pode ser anulado por coação. A coação para
efeitos do casamento importa nos termos do artigo 1638º do Código Civil.

26
Para efeitos de celebração sô casamento só é relevante se estiverem
reunidos 5 pressupostos:
. a coação deve ser essencial ou determinante da vontade- o negócio
nunca teria sido celebrado se não houvesse coação.
. tem de haver a intençã ode extorquir a declaração
. deve haver uma cominação injusta ou ilícita (deve-se querer retiar da
coação um resultado injusto ou ilícito)
(estes são os 3 pressupostos gerais)
. tem de ser grave ou mal determinado (ou casas comigo ou mato-te p ex)
. tem de ser justificado o receio da sua consumação.
(acrescentam-se mais 2)

Qual a consequência de no casamento, a coação determinar a sua


vontade – o casamento é anulável – artigo 1631º b) do código civil.

Estes negócios jurídicos anuláveis podem-se convalidar objetivamente ou


subjetivamente – através do decurso do prazo ou (?)-

Não fui À ultma aula

Aula 5
2/11/2022

Devemos recorrer nesta aula ao código do registo civil:


Vamos falar das formalidade do casamento ( anteriormente falamos de
requisitos e admissibilidade).

27
O formalismo exigido para o casamento serve essencialmente para evitar
precipitações na celebração de negócio e ser vê para provar esse ato e há
duas razões para justificar a especifica forma de casamento. Quando
falamos da forma pensamos em documento escrito, a forma de
celebração do casamento é a própria cerimónia de celebração do
casamento.
O funcionário de registo civil faz o papael do parago no casamento
católico – a cerimonia do casamento civil serve para incutir a seriedade do
at oque estão a celebrar

Formalidade preliminares, formalidades da prorpia celebração e por fim


da formalidade ulteriores ao casamento (o registo):

Vamos estudar isto primeiro ao casamento civil – referencia ao casamento


ditos urgentes e os casamentos de portugueses no estrangeiro.

Formalidades preliminares:
A nossa lei exige uma aferição prévia da capacidade material por parte dos
utentes. – artigo 134º do CregCivil Qualquer conservatória do registo civil
é competente para a organização do processo preliminar de casamento.”-
296 e 297º - o processo preliminar de casamento tem de se celebrar
sempre.

No artigo 135ºnº1 “diz que Aqueles que pretendam contrair casamento


devem declará-lo, pessoalmente ou por intermédio de procurador, numa
conservatória do registo civil e requerer a instauração do processo de

28
casamento.” - no processo preliminar podem ambos estar representados
por intermédio de procurador.

Artigo 136ºn1 : “A declaração para casamento deve constar de


documento com aposição do nome do funcionário do registo civil ou de
documento assinado pelos nubentes e apresentado pessoalmente, pelo
correio ou por via eletrónica, nos termos a regulamentar em portaria do
membro do Governo responsável pela área da justiça.”
A declaração deve possuir os elementos que constam do número 2.

Devem constar de declaração negocial os documentos previstos no artigo


137º nº1 do CReg Civil – devemos ter ainda em consideração o número 4
deste mesmo artigo: “Na sequência da declaração inicial é imediata e
oficiosamente consultada a base de dados do registo civil, sendo
integrados na base de dados os documentos que se mostrem necessários,
de forma a comprovar”

Depois do processo estar instruído com todos este elementos, devemos


conferir alguma possibilidade a este mesmo – artigo 140º Creg Civil.
Ao contrário do que acontecia anteriormente ( em que o processo
preliminar de casamento se chamava processo preliminar de publicações
em que consistia na afixação na conservatória do registo civil, agora não é
assim e a publicidade dá-se nestes termos)
Este processo preliminar serve para aferir a capacidade matrimonial, no
final o conservador terá de dizer que os noventes têm capacidade para
casar- “processo preliminar de casamento é público na parte que respeita
à declaração dos elementos previstos nas alíneas a), b), c) e g) do n.º 2 do

29
artigo 136.º, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 143.º” + artigo
143º nº1 “ Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores, compete ao
conservador verificar a identidade e capacidade matrimonial dos
nubentes, podendo colher informações junto de autoridades, exigir prova
testemunhal e documental complementar e convocar os nubentes ou os
seus representantes legais, quando se mostre necessário ” + artigo
143ºnº4 “No caso de ter sido declarada a pretensão de celebração de
casamento civil sob forma religiosa, o conservador deve efetuar
diligências no sentido de assegurar que os nubentes têm conhecimento do
disposto nos artigos 1577.º, 1600.º, 1671.º e 1672.º do Código Civil.” No
casamento civil sob forma religiosa, o conservador não está presente na
celebração.

Depois disso o conservador vai emitir um documento do 144º - que atesta


a capacidade dos nubentes para contrair casamento. – “ despacho final”
nº2 “ No despacho devem ser identificados os nubentes, feita referência à
existência ou inexistência de impedimentos ao casamento e apreciada a
capacidade matrimonial dos nubentes.” – o conservador vai ter de emitir
o certificado para casamento, na sequencia do despacho que é enviado ao
parogo ou ao ministro de culto religioso que aqueles nubentes têm
capacidade matrimonial – artigo 147º cregcivil. Sem este documento não
pode haver documento celebrado -artigos 146º e 147º.

Com este despacho fina lido 144º encerra-se o processo preliminar do


casamento, mas podem surgir aqui, ainda, alguns incidentes.

30
O primeiro destes incidentes é a possibilidade ou a necessidade de ser
obtido uma dispensa do impedimento – há alguns impedimentos que são
dispensáveis – artigo 1609º do CC.
Se assim for, é preciso obedecer ao processo de dispensa de impedimento
no código do registo civil – artigo 253º e 354º ( em relação apenas ao
motivos previsto no artigo 1609º). Também pode acontecer que os
nubentes tenham demonstrado a sua vontade em cassar civilmente ou
sob forma religiosa. Neste caso, não é necessário o certificado para
casamento, previsto nos artigos 16º e 147º.
No fim, o último incidente é o de ser detetado um impedimento.
No artigo 142º e o mesmo se diz no artigo 1611º - a existência de
impedimentos pode ser – artigo 245º a 252º - processo de impedimento
de casamento. – artigo 245º a 252º do cregisto civil.

Se não for este o caso em que não se detetou nenhum impedimento,


terminamos as formalidades e passamos À celebração odo casamento.

- artigo 145º - o casamento deve celebrar-se nos 6 meses seguintes, sob


pena de ser rivalidado. “Se o despacho do conservador for favorável, o
casamento deve celebrar-se dentro dos seis meses seguintes.”

Artigo 153º - qualquer conservador do registo civil é competente para a


celebração do casamento
Artigo 154º - devem estar presentes os nubentes (ou um procurador) e o
conservador. No mesmo ato podem intervir 2 a 4 testemunhas (a
testemunha é obrigatória exceto nas situações do artigo 154ºnº3.” A
presença de duas testemunhas é obrigatória sempre que a identidade de

31
qualquer dos nubentes ou do procurador não seja verificada por uma das
seguintes formas: a) Pelo conhecimento pessoal do conservador; b) Pela
exibição dos respetivos documentos de identificação; c) Pela exibição do
título ou autorização de residência, do passaporte ou documento
equivalente, se os nubentes forem estrangeiros. “ existem sanções para
quando o celebrado ser celebrado com a presença de duas testemunhas.

Artigo 1631º c) – o casamento pode ser anulado quando há ausência de


testemunhas quando é exigido por lei – artigo 154ºnº3 do creg predial.
Artigo 155º qual a solenidade que é preciso respeitar – a celebração é
pública.nº1 a)” O conservador, depois de anunciar que naquele local vai
ter lugar a celebração do casamento, lê, da declaração inicial, os
elementos relativos à identificação dos nubentes e os referentes ao seu
propósito de o contrair, bem como o despacho final previsto no artigo
144º”
Será a declaração dos nubentes que faz o casamento.

Formalidades ulteriores à celebração do casamento:


Se olharmos para o 1º do crecivil, temos uma serie de atos que estão
sujeitas a registo civil e sabemos também que se qualquer um destes atos
que estão obrigatoriamente a registo civil não forem registados, são
inatendíveis – logo, ninguém poderá invocar. Esse ato, nem os próprios
nubentes. Só não poderá ser assim nas convenções pré-nupciais.

Artigo. 1669º do CC– Artigo 1669.º - (Atendibilidade do casamento)

32
O casamento cujo registo é obrigatório não pode ser invocado, seja pelos cônjuges
ou seus herdeiros, seja por terceiro, enquanto não for lavrado o respectivo assento,
sem prejuízo das excepções previstas neste código.

Existe uma regra de não atendibilidade casamento não registado – aritgo


1601º c) do CC casamento anterior não dissolvido, ainda que o respetivo
registo não tenha sido efetuado.
O casamento não foi regulado, logo para todos os efeitos ninguém o pode
onvocar , mas é impedimento matrimonial.

No artigo 3º - este é aprova legalmente admitiada para facto sujeitos a


registo civil.
Como é que se faz o registo dos facto sujeitos a registo?
- artigo 50 do cregcivil -1 – “O registo civil dos factos a ele sujeitos é
lavrado por meio de assento ou de averbamento” – artigo 190º do CRE
civil tem desvio a isto: não há um registo por assento lavrado por inscrição
ou transcrição no caso da convenção antenupcial.

Os assentos podem ser por inscrição ou por transcrição ( é feito por uma
entidade que se baseia em documentos elaborados por outrem-
casamento católico- ou casamento civil sob forma religiosa) nos artigos
52º e 53º vamos ver as diferenças dos registos por inscrição ou por
transcrição.
Os averbamentos são atualizações dos assentos.
Se olharmos para o artigo 62ºcregcivil (princípio da não alteralidade dos
factos registados, contudo pode haver atualizações) eles são inalteráveis–
não podemos atualizar relativamente à pessoa mas pode acontecer que o
assente de nascimento e casamento tenha de haver atualizações quando

33
há divórcios- os averbamento são essas mesmas atualizações. O artigo 92
diz que o registo juridicamente nulo ou inexistente deve ser alterado ou
ratificado – artigos 83º + 85º e seguintes fala-nos dos vícios do registo.

REGISTO DO CASAMENTO
Para que ocorra um cancelamento do registo temos de observar o que diz
nos artigo 90º e seguintes - pode dar-se de duas formas ou mediante
processos de ratificação administrativa ou processo de justificação judicial.
Artigo 92ºnº1 + 93º - só é assim quando ocorrem as situações do artigo a)
b).
Os de justificação administrativa são os mais recorrentes, porem também
pode ocorrer judicialmente – no artigo 94º do cregcivil “ O registo é
retificado mediante decisão proferida em processo de justificação judicial
quando se suscitem dúvidas acerca da identidade das pessoas a quem o
registo respeita.”

As ações de registo visam corrigir o próprio registo, as ações de estado


não afetam diretamente o registo, mas sim o facto registado – p. ex: a
ação de anulação de casamento.

Tudo isto se aplica ao casamento com os outros facto sujeitos a registo.


No caso em particular do casamento – 2º cregcivil e 1669º o casamento
não registado é inatendível- a forma de resolver isso é registar que pdoe
ser a todo o tempo.
Quando for registado temos aqui a retroatividade do registo (Desde o
momento da celebração)- entre a data de celebração e o efetivo registo

34
pode haver direitos adquiridos por terceiros que desconheciam a
existência de casamento – artigo. 1670º - artigo 188º cregcivil.

1 Efectuado o registo, e ainda que venha a perder-se, os efeitos civis do casamento

retrotraem-se à data da sua celebração.

2. Ficam, porém, ressalvados os direitos de terceiro que sejam compatíveis com os

direitos e deveres de natureza pessoal dos cônjuges e dos filhos, a não ser que,

tratando-se de registo por transcrição, esta tenha sido feita dentro dos sete dias

subsequentes à celebração.

A lei salvaguarda os casamentos por transcrição – 7 dias, ou seja o


funcionário fara o registo com base o ministro de culto religioso ou parago
que enviaram, há aqui um lapso de tempo que tem de ser respeitado
entre a celebração e o envio do registo ocorre um lapso temporal, a lei
estabelece 7 dias para abranger todo o lapso esta é a parte final.

Imagine-se que entre a data de celebração e o registo um dos cônjuges


morre. Há determinados atos que os cônjuges não podem realizar
sozinhos- se entre estes períodos resolve vender um bem ao qual
necessitava de autorização – se o bem já for registado, o cônjuge. Não
pode vir a invocar a anulabilidade- a venda ocorre entre a celebração e o
registo -a lei protege este terceiro logo não pode vir a invocar a
anulabilidade deste registo.

FORMALIDADES DO CASAMENTO:

A lei prevê a possibilidade o casamento urgente - sem processo preliminar


e sem presença de funcionário de registo civil.

35
Pressupostos deste casamento urgente:
- código civil 1622º e seguintes + cregcivil 156º e seguintes.
Só nestes casos é que se admite a celebração do casamento sem processo
preliminar e sem presença de funcionário do registo civil - . risco de morte
próxima + iminência de parto.

A lei exige que estas estejam preenchidas, agora não é preciso provar
propriamente isso é preciso que os nubentes estejam convictos que as
circunstancias se verificaram.

O facto de ser vir a celebrar um casamento sem preliminar e sem


funcionário haverá a duvida de saber qual é a utilidade do casamento a lei
regula isso no artigo 1590º do cc.
Temos de ver agora as formalidades já que vimos os requisitos e os
pressupostos:
Artigo 156º do cregcivil
Formalidade preliminares -a l. a)
Cerimonia de celebração -alb)
Registo c)

a forma que o Estado tem de comtralat.


Até à al d) tudo bem Mas a al e) sô se refere a três impedimentos mas são
aqueles em que há maior divergência entre casamento civil e canônico.
Em relação ao casamento catálico a norma diz que o impedimento ainda
subaista
Mas no art.° 160 ° nada diz.

36
Há quem considere que o registo de casamento não pode ficar
dependente de ser um casamento civil ou casamento catolico.
Imagine-se o impedimento que cessa no momento da transcrição ou da
homologação: se for católico, a conservador transcreve e fica registado; se
for civil, cancela a homologação e não fica celebrado. E por isso há quem
defenda que se aplica os dois.
Mas outros dizem que há uma diferença fundamental: o casamento civil
urgente é inexistente e desaparece na ordem juridica, mas o casamento
católico urgente existe no direito canónico.
São duas perspetivas, sendo certo que os autores optam pela equiparação
ao casamento católico urgente.

Casamentos de portugueses no estrangeiro


Portanto, o casamento contraído no estrangeiro entre dois portugueses
on entre um português e um estrangeiro pode celebrar-se por uma destas
três formas.
113.1•12,1.11.1.10.1,9.1.3.1,7,1,6,1,5,41.3.2,1.1
Art.° 162.°, CRegCiv - O casamento de português, residente no estrangeiro
ou em Portugal, previsto no artigo anterior, deve ser precedido do
processo [eS.pRatiXO, organizado nos termos dos artigos 134.° e
seguintes, pelos agentes diplomáticos ou consulares portugueses ou por
qualquer conservatória do registo civil, eu sento,se dele estiver
dispensado pela lei.
Art.°163.°, CRegCiv-1 - O português residente em Portugal que pretenda
casar no estrangeiro pode requerer a verificação da sua capacidade

37
matrimonial e a passagem do respectivo certificado em qualquer
conservatória do registo civil. 2 - O certificado é passado pelo conservador
mediante a organização prévia do processo de casamento e dele devem
constar todos os elementos de identificação do interessado, bem como do
outro nubente, e o prazo para a celebração. 3 - O português residente no
estrangeiro que pretenda casar perante as autoridades locais pode
requerer a verificação da sua capacidade matrimonial a qualquer
conservatória do registo civil ou aos agentes diplomáticos ou consulares
competentes para a organização do processo preliminar de casamento.

Aula 9
9/11/2022
Aplicam-se também ao casamento civil sob forma religiosa
Formalidades :
A lei da liberdade religiosa no seu artigo 19º - reconhecem-se efeitos civis
ao casamento religioso “ministro do culto” – artigo 135º nº4 do cregisto
civil.
Este artigo diz mais ou menos a mesma coisa – indicação do ministro do
culto credenciado para o culto -artigo 19ºnº2 Lei de liberdade religiosa.

Artigo 137º nº6 e nº7 – onde se diz que caso de casamento civil deve ser
oficiosamente comprovada.

38
O artigo 143º - nº4 faz referencia ao casamento civil sob forma religiosa –
o conservador deve efetuar algumas diligências
Artigo 144º da lei de liberdade religiosa- despacho final conde é atestada a
capacidade matrimonial dos nubentes. Artigo 146º e 147º do código de
registo civil.

Quanto às formalidades em si -artigo 19º da Lei de liberdade religiosa – o


ministro do culto lavra assente em duplicado e envia à conservatória
competente dentro do prazo de 3 dias o duplicado ser transcrito. O.
conservador tem de efetuar o registo por transcritação – o registo está.
No 187º a) a 187ºc) do cregcivil.

Artigo 1670º do. CC parte final – esta eficácia retroativa só não acontece
se estivermos a falar do período necessário para a transcrição. – é para
abranger este período de tempo necessário.
O estudo do casamento como um ato – começamos por ver a sua noção e
vemos os requisitos de forma. Há determinadas situações em que o
casamento pode ser inválido, em termos amplos.

Não encontramos o regime da inexistência – por vezes o legislador não


atribui efeitos a um determinado negócio jurídico, mas atribui enquanto
facto jurídico. O regime da inexistência existe no casamento.

Por outro lado não temos nulidades, apenas temos anulabilidade -quando
falamos em casamento civil apenas há anulabilidade. Relativamente ao
regime da inexistência, se não houver uma referência na lei quanto à
invalidade, o casamento é valido -artigo 1627º do Cc.

39
Artigo 1630º - casamento juridicamente inexistente e nem sequer é
putativo. Esta pode ser invocada por qualquer pessoa...
Sabemos que de acordo com o 1631º o casamento só anulável nestes
casos. O regime da anulação não é igual – temos aqui 3 regimes diferentes
consoante os interesses e que o legislador quis proteger com o regime da
anulabilidade.
Por vezes o. regime da anulabilidade é estabelecido no interesse dos
cônjuges e até no interesse público é o caso dos impedimentos
dirimentes.

Anulabilidade pode ser suscitada por interesses mais gerais pode ser
invocada pelos cônjuges.

Consoante o interesse que alei pretende proteger com a anulabilidade,


este regime varia quer ao nível dos prazos e até da convalidação.
O casamento sendo anulável vai fazer por exemplo que um cônjuge que
tenha sido chamado á sucessão de outro cônjuge o outro é sempre
herdeiro se depois houver uma ação de anulação do casamento este.
Efeito sucessório cai.

Casamento putativo- artigo 1647º e 1648º


Pressupostos para o funcionamento do casamento putativo – para que
haja eficácia putativa:
. o casamento tem de existir
. o casamento tem de ser anulado ou ter de ser declarado nulo.
. tem de haver boa fé dos cônjuges

40
Artigo 1647ºnº2 – quando apenas um dos cônjuges está de boa-fé

- ver impedimentos-
- esta aula deu sono, logo tenho de ver melhor -

41
2º SEMESTRE:
Modificação da relação matrimonial:
É possível modificar o vínculo e depois vamos ver o vínculo.
Existe a possibilidade da modificação do vínculo
Tradicionalmente os autores chamavam o relaxamento do vínculo da
casamento – afrouxamento do vínculo. Do casamento.
As partes continuam casadas mas com algumas alteraçãoes e aqui vamos
ver 2 figuras:
. 1 simples separação judicial de bens; - esta só interfere na esfera
patrimonial dos cônjuges (das partes)- 1767º e seguintes.

42
. 2 separação de pessoas e bens;

Estas duas são formas de moficiação do vinculo do casamento – são


figuras distintas, a separação de facto não é uma modificação do
casamento.

PRESSUPOSTOS PARA A. SEPARAÇÃO SUDICIAL DE BENS: - 1767º e


seguintes do CC
. O cônjuge esteja em PERIGO de perder o que for seu –(tem de haver um
receio justificado – cada um dos cônjuges pode perder o que é seu
. necessário que o requerente esteja em perigo de perder o que é seu
. necessário que o perigo advenha da má administração do outro cônjuge
e não de quais quer outras causas

Esta figura tem. Sempre um carater litigioso pois é sempre decreada pelo
tribunal “judicial”.
Carater. Litigioso – 1768º do CC – tem de haver uma má administração,
não pode haver um motivo que não seja imperioso.
Efeitos- artigo 1770 do CC
Irrevogabilidade d o1770º do CC – na esfera pessoal nada é alterado no
casamento só na. Esfera patrimonial

A 2ªfigura de separação de pessoas em bens não se chama judicial como


diz no código pois pode ser decretado pelo tribunal

43
1794º E seguintes - separação “judicial” de
pessoas e. bens

Não usamos sempre a expressão judicial pois há. Situações em que pode
correr na conservatória do registo civil – DL 272/2001 de 13 de outubro
(processos que correm na conservatória do registo civil)
O 1724º é uma norma puramente remissiva, quando o divorcio corre no
tribuna uma separação de pessoas e bens com o mesmo fundamento
também corre no tribunal se o. divórcio decorrer numa conservatória
uma separação de pessoas e bens também corre na conservatória.
Dos 5 poderes conjugais, a lei diz que 2 podem cessar.

Efeitos:
A separação de pessoas e bens afecta os cônjuges quanto às pessoas e
quanto aos bens. –
Remissão para o divorcio 1794º - grande parte do regime do divorcio é
aplicável À separação de pessoas e bens
Art1795.o-
A- Art. 2133.o/3 – se uma pessoa morre no. Estado de casado, em regra o
cônjuge é herdeiro

Pouca gente recorre a esta figura pois pode haver uma intuito fraudulento
– para afastar património

44
O legislador não acabou com esta figura mas vamos ter de articular com o
decreto lei.

Efeitos (cont)
Nome: n.o 1 do art. 1677.o B e art. 1677.o C
Filiação: cessa a presunção de paternidade do marido da mãe, nos termos
do art. 1829.o
Exercício responsabilidades parentais: em matéria de regulação do
exercício das responsabilidades parentais sobre filhos comuns, aplicam-se
as mesmas regras do divórcio, isto é, os artigos 1905.o e 1906.o

HÁ DUAS FORMAS DE FAZER CESSAR A SEPARAÇÃO DE PESSOAS E BENS;


Reconciliação: Art. 1795.o C (cfr. al. a) do n.o 1 do art. 12.o e art. 13.o do
DL n.o 272/2001, 13 outubro)
Conversão em divórcio: art. 1795.o D ( cfr. al. e) do n.o 1 do art. 5.o e art.
11.o do DL n.o 272/2001, 13 outubro)

Artigo 1795º - a separação de pessoas e bens pode ser pedida em divorcia,


pode pedir a reconvenção em divorcio. – a lei aconselha a esta modalidade
de conversão em divórcio.
Entre as duas modalidades (divorcio e separação de pessoas e bens)
A sentença deve decretar o divorcio se proceder? Se os dois pedidos (da
pessoas e bens e de divorcio for procedente, damos prevalência ao
divórico- esta será uma figura mais clara de dissolução de vínculo.

Se as pessoas estão separadas de pessoas e bens e querem converter em


divorcio ou reconciliar- temos de. conciliar o CCcom o decretolei que referi.

45
Reconciliação – os cônjuges podem a todo o tempo voltar ao estado de
casados- ver norma que está acima – houve uma revogação tácita nos
termos do artigo 13º c) – a competência para a reconcialiação é sempre
da conservatória (?)

Conversão em divórico. 1795º -D. – se forem os. dois podem fazer a todo o
tempo, se for só um tem de esperar um ano.

HÁ AINDA OUTRA HIPOTESE DE DISSOLUÇÃO:

Uma coisa é extinção outra coisa é dissolução:


A extinção pode ser por dissolução e invalidade;

Dissoluão: morte/divórico e ainda há outa forma que é dispensa do


casamento rato e não consumado (casamento. Católicos)

O divorcio é um ato pessoal que decorre da vontade de um ou de ambos, e


ser um ato pessoal é sempre decretado por uma autoridade. Publica –
tribunal ou conservatória do registo civil – é um direito potestativo
extintivo.

O divorcio é intransmissível, pessoal e irrenunciável

DIVÓRCIO

46
O divórcio é uma causa de dissolução do casamento decretada
pelo tribunal ou pelo conservador do registo civil, a
requerimento de um ou de ambos os cônjuges.
A Lei n.o 61/2008, de 31 de outubro, alterou o regime do
divórcio em Portugal.

1785ºnº3 – ideia de intransmissibilidade, não se transmite por


morte mas ser continuada pelos herdeiros. Só é possível
transmitir em caso de morte – a ação continua a ser pessoal.

Qual a utilidade de haver um cônjuge culpado - na ação de


divorcio ? para que. Servia o cônjuge culpado.

MODALIDADE –
1773º
Mútuo Consentimento -
1773º (mutuo consentimento)
1773ºn2 – o divorcio por mútuo consentimento pode correr na
conservatória (administrativo) -e também pode correr no
tribunal – divórcio por mútuo consentimento judicial. Temos
assim duas figuras de divórcio.

- Sem consentimento de um dos cônjuges


47
1773ºnº3 – tem de haver sempre um fundamento e este
fundamento está no 1781º

1774º seja qual for a modalidade deve haver uma obrigação de


informar – serviços de mediação familiar. A mediação familiar é
um meio de resolução alternativa de litígios. – as partes podem
chegar a acordo em relação a algumas coisas no divorcio (?). a
mediação pode ocorrer em qualquer estado no processo
(tribunal + fundamentos do 1781º)

DIVÓRICO POR MÚTUO CONSENTIMENTO:

1776º+1775º do CC

Esta modalidade de divórcio pressupõe que ambos os


cônjuges estejam de acordo quanto à dissolusão do casamento
(1773º) O divórcio por mutuo consentimento pode ser requerido
a todo o tempo.
Aquando o inicio do processo de divórcio a conservatória do
registo civil ou o tribunal devem informar os cônjuges sobre a
existência e os objetivos dos serviços de mediação familiar –
artigo 1774º + DL 14º do 272/2001 de 13 de outubro.

Quando se submete um divorcio administrativo e há filhos


menores temos de acordar com o 1776º -A
1776ºnº4-A – há uma remessa para o tribunal e vai se tornar
num divórcio por mutuo consentimento judicial

O mp tem 30 dias para se pronunciar e pode:

48
Entender que o acordo não poe em causa o interesse da crina
dando nota ªAs partes entaõ o conservador. Segue com o
divóico.
;as p ode netende ruqe o acordo poe em casua o interesse da
criança

O MP pode entender que o acordo não poe em causa o interesse


da criança- é a criança que está acautelada ou não.
1778º do CC

Se estão de acordo mas faltam alguns acordo – 1775º e 1778º-A


O requerimento de divorcio é acompanhado no tribunal se for
acompanhado ?

ISTO ESTÁ TUDO NO ARTIGO 14º DO DL DE 2001.

DIVÓRICO SEM CONSENTIMETNO DE UM CONJUGE:

Este é mais complexo pois é sempre litigioso – embora possa


haver uma conservação num divórcio com consentimento.

O tribunal deverá informa o conjugeq. Eu pretende a dissolução


odo casamento sobre a existência e objetivos da mediação
familiar

De acordo com. O 1779º nº1 CCe artigo 931º nº1 do CPC, existira
uma tentativa de conciliação dos cônjuges. Caso esta tentativa
não resulta, o juiz tentará obter. O acordo dos cônjuges por
divorcio por mutuo c consentimento – 1779ºnº3

1779ºnº1 – Há sempre tentativa de conciliação – agora foi


atualizado e já não há sempre esta tentativa –

49
1779ºnº3 – ATUALIZOU – em qualquer momento pode passar
para um divórcio por mútuo. acordo

QUE FUNDAMENOS EXISTEM NO 1781º - em Portugal não existe


divórcio unilateral, logo temos de usar e verificar os
fundamentos da lei é necessário invocar e justificar os factos.

A separação de facto no 1782º - fazer remissão da alínea a) para


o 1782º - há separação de facto. Podem não estar em comunhão
de vida – só há separação de facto quando um deles não tem.
Vida em comum ?? – separação de facto – tem de ter. dois
elementos do 1782º

1 – separados já a um ano consecutivo


2- Vontade de um deles não retomar a vida em comum

1792ºnº2 remete para o 1781b) “divorcio remedio”

São fundamento do divórcio sem consentimento de um dos cônjuges:

a) A separação de facto por um ano consecutivo;


b) A alteração das faculdades mentais do outro cônjuge, quando dure há mais
de um ano e, pela sua gravidade, comprometa a possibilidade de vida em comum;
c) A ausência, sem que do ausente haja notícias, por tempo não inferior a um
ano;
d) Quaisquer outros factos que, independentemente da culpa dos cônjuges,
mostrem a ruptura definitiva do casamento.

Desde 2008 a alínea c) esta perdeu um bocado a sua utilidade.


A alínea d) tem. Uma. clausula indeterminada relativa. Que cabe
ao. Juiz. Aferir se efetivamente há uma rutura ou não. – não
bastam factos. Banais – terá de. ser. Demonstrar uma falência
seria do casamento – em 2008 não conseguiu ir tao longe ?

50
b) - se um deles tem uma alteração das faculdades mentais
coloca em causa a vida em comum o legislador permite que isso
possa ser causa de divórcio. Ex doença psiquiátrica muito grave.

C) tempo relevante de 1 ano ??

AULA TEORICA 1/3/2023

DIVORCIO SEM CONSENTIMENTO:

Artigo 1785ºnº1 – quando estamos perante as alínea a e D) do 1781º qualquer

Alíneas b. e c) – causas unilaterais de divorcio sem consentimento, sendo a


legitimidade.

1781 d) – deixamos de ter o divorcio – quais quer outros factos que


independentemente da culpa – não há apreciação da culpa, temos sempre factos de
carater objetivo, não significa que na ose invoca comportamentos que imputem
responsabilidade a outro cônjuge – violação do dever de assistência e de cooperação.
Havia uma consideração culposa anteriormente – desde 2008 não aferimos a culpa
mas os deveres conjugais continuam a ser invocados nos termos do 1781º d). Pode
continuar a haver apreciação ode deveres conjugais, mas já não há culpa.

No divorcio sem consentimento importa demonstrar que este casamento está em


rutura definitiva. – projeto lei de 2008.

Concluindo o divorcio sem consentimento.

EFEITOS DO DIRVÓRCIO:
AQUI SÓ RELEVA QUE ODIVORICIO FOI DECRETADOE NÃO A MODALIDADE.

Os efeitos do divorcio começam no 1788º e seguintes e tem os mesmos efeitos que a


dissolução por morte – a morte e divorcio são formas de dissolução do casamento-
este são equiparados mas com algumas exceções.

1 – partilha de bens comuns do casal- se estivermos perante o regime de separação de


bens não há partilha, logo não haverá partilha não bens comuns, podendo haver
compropriedade – relembrar o 1688º e 1689º e no 1788º devemos remeter para o
1688º e 1689º - artigos relativos à partilha

QUANDO SE PRODUZEM OS EFEITOS DO DIVÓRICO?


51
Os efeitos pessoais do divorcio produzem.se a partir do trânsito em julgado da
sentença ou do despacho do conservador que decretar o divórcio – artigo 17889º nº1
1ª parte.

Pode haver uma retroatividade quando à data da entrada a ação e não quando for
decretado o casamento.
A cessação dos efeitos patrimoniais do casamento entre as partes produz-se, por
retração à data da propositura da ação – artigo 1789º nº1 2ª parte.

Segundo o 1789nº1 2ª parte a lei ficciona e a partir da entrada da ação produzem-se os


efeitos do divórcio e realização de pratica de atos que careçam do consentimento

1789ºnº2 – se houver uma separação de facto e A vende o terreno depois da


separação de facto e antes da entrada da ação. O nº1 diria que seria sempre anulável,
mas aqui é referido a separação de facto, mas já não será por força da lei, mas
qualquer um deles pode requerer. (por força da vontade das partes). Se não fizer
através de requerimento a venda será sempre passível de separação.

Quando nos reunimos com alguém que se pretende divorciar uma das coisas que se
deve fazer é saber que negócios foram celebrados desde que houve desde a separação
ode facto e antes da entrada da ação de divórcio.

NOTA: A AÇÃO DE ANULAÇÃO SÓ PODE SER POSTA DEPOIS DE DECRETADO O


DIVORCIO.

Um terceiro só pode saber através do registo.


- VER BEM ESTA PARTE-

QUAL A LOGICA DE ESTABELCER ESTES TEMPOS DIFERIDOS?


Existem processos de divórcios que demoram muito tempo e para evitar ações
sucessivas de invalidades da venda - logica do 1789º

EFETIOS DO DIV´ROCIO:
. a finidade que ligava cada um dos cônjuges aos parentes do outro cessa – artigo
1585º a contrario.

. apelidos do ex-cônjuge – artigo 1677ºB

. nenhum do cônjuges pode receber na partilha mais do que receber se o casamento


tivesse sido celebrado segundo o regime de comunhão de adquiridos – artigo 1790ºdo
CC.

52
. 1790º Temos uma especificidade no que diz respeito à partilha – vem de 2008 pois
poderá colocar em causa a autodeterminação dos cônjuges. Em caso do divorcio
nenhum poderia receber mais do que receberia através da comunhão de adquiridos-
ISTO SO VALE PARA O DIVROCIE NÃO PARA A MORTE VAMOS ATENDER o regime da
comunhão de adquiridos nenhum poderia receber mais. Mesmo que as partes casem
na comunhão geral de bens, no caso divorcio ano vamos fazer a partilha nos exatos
termos desse regime – o legislador permite a escolha do regime de bens, mas, através
de divorcio a partilha não é feita consoante o regime de bens selecionado. – Intuito de
casamentos com interesse patrimonial.
Uma leitura desatenta vem a concluir que a partilha é feita noutros termos – artigo
1750º.

EXEMPLO DA AULA:

A é casado com B em regime de comunhão geral de bens


A leva pra o casamento 2 prédios – 1 vale 20000€ outro vale 40000€
B leva para o casamento 1 prédio no valor de 10000€ e 30000€ em dinheiro.
(Nada auferiram durante o casamento)
Após o divórcio, como se pode fazer partilha tendo em conta o artigo 1790?

Património total (comunhão geral): 100.000 €


Assim, por exemplo: quinhão de A: 60000€
Quinhão de B: 40 000€

Porém 1790º - mas releva o valor, não bens em concreto.


O quinhão de B pode, neste caso, ser composto pelo terreno de 10000€ que A levou
para o caso, por exemplo.

Só usamos o regime da comunhão de adquiridos para determinar o valor- como é feita


a composição o legislador não estabelece nenhuma regra não é como o regime da
comunhão de adquiridos – a partir do momento que estamos no regime da comunhão
geral – todos estes bens deixaram da esfera de um e passou a ser de ambos.
- ESTE EFEITO FOI MUIT OFALADO NA AUAL VER MELHOR)

Estes 40000 e 60000 podem ser compostos de diversas formas – isto jamais
aconteceria no regime da comunhão de adquiridos.

EFEITOS DO DIVORICO (CONTINUAÇÃO)

. reparação dos danos – artigo 1792º nº1 – o cônjuge lesado tem o direito de pedir a
reparação dos danos causados nos termos da responsabilidade civil – não se
estabelece culpa no âmbito do divorcio mas há responsabilização no âmbito do
casamento é fechada a porta da culpa mas abre uma janela relativa a responsabilidade
civil dos cônjuges.
Existem varais posições- apenas se pretendia a responsabilidade extracontratual
alguma contratual (factos que levem o outro cônjuge, mas que não tenha

53
necessariamente a ver com o contrato de casamento). Situações de direitos de
personalidade entre os cônjuges. Teríamos resposanbildiadade no âmbito do 483º e
seguintes. A violação de deveres conjugais pode ser passível de responsabilidade ??? –
esta açã ode responsabilidade correrá nos tribunais judiciais e não dos de família.

. perda dos benefícios referidos no 1791º - benefícios que se tenha recebido em


virtude do casamento, havido divórcio, a doação que tenha ocorrido – exemplo o
sogro da ao genro, pode pedir a restituição do montante

. o ex-cônjuge- perde o direito de suceder como herdeiro legal do outro – artigo


2133ºnº3 e artigo 2157º, deixa de haver o direito á herança.

Destino animais de companhia – artigo 1793º -A – alteração do estatuto jurídico dos


animais de companhia.

. destino da casa de morada de família- necessário saber se a casa de morada pertence


a um dos cônjuges, a ambos ou se a casa está arrendada.
È necessário saber quem fica a morada na casas de morada de família, o legislador
protege da forma contundente a casa familiar, limitando ate o direito de propriedade
do proprietário da casa de morada de família.

Podemos COMEÇAR PELA CASA ARRENDADA A UM TERCEIRO – ARTIGO 1105º DO CC.


Podem sempre optar pela transmissão da posição contratual. Os arrendatários ficam
la a viver, a posição contratual que era de ambos passa a concentrar-se no
arrendatário. Mas também podem ter uma transmissão da posição contratual pode
acontecer que so o A é arrendatário (já morava la antes de casar) continua a viver
naquele imóvel, divorcia-se e quem fica la a residir foi B – é possível haver uma
transmissão da posição contratual de A para B. O senhorio não tem de consentir nesta
transmissão, o senhorio apenas tem de ter o conhecimento – 1105ºnº3. – notificação
oficiosa ao senhorio. Este é um desvio À cessão da posição contratual, para a haver a
cessão a posição contratual teria de haver consentimento e aqui não houve.- isto
quando é arrendada a um terceiro.

SE A CASA NÃO FOR ARRENDADA OU FOR COMPROPRIEDADE – artigo 1793º. No


mesmo caso pratico nunca vamos aplicar os dois artigos porque num há senhorio
noutro é se a casa é dos dois ou de um deles.

Pode dar de arrendamento a casa de morada de família considerando as necessidades


familiares.
No 1793º o arrendamento que se refere entre alei é entre cônjuges e não um
arrendamento a um terceiro como se refere o 1105º.

Se a casa for um bem comum , após o divorcio fica A a viver na casa, se a casa é dos
dois B fica privado de uma casa que também é sua. – o legislador diz que pode haver
um arrendamento entre os cônjuges. Entrada de parte de B na casa.

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Se a casa for um bem próprio de B e quem fica la a viver é o A? A vai para o
arrendamento a B – arrendamento entre os cônjuges que a lei estabelece.
1793º nº2. O valor da renda pode não seguir as regras do valor de mercado. 987º do
CPC ??? – processos de jurisdição voluntária.

Havendo circunstancias superveniente pode-se mudar o que está decidido – quem


será o ex cônjuge que tem legitimidade DL 272/2001 de 13 de outubro – remissão para
o artigo 5º nº1 b) e 5ºnº2. Devemos remete para o 1793º.

EFEITOS DO DIVORICO (ALIMENTOS)

Temos os artigos gerais 2003º e seguintes do CC e os específicos nos artigos 2016º e


seguintes.

No artigo 2009 temos o elenco das pessoas que tem de prestar alimentos em caso de
necessidade.
Em primeira linha de ajuda – mesmo com os efeitos do divorcio não cessa a
solidariedade por meio do casamento. Pode haver a possibilidade de prestar alimentos
ao ex-conjuge.

Em 2008 foi estabelecido o princípio de autossubsistência -2016nº1 – no âmbito deste


artigo, no entanto havendo necessidade, há sempre o binómio do artigo 2004º:

. possibilidade daquele que presta


. necessidade daquele que recebe

Deve haver sempre este binómio dos alimentos. Podem existir situações em que um
deles necessite de alimentos e o outro possa presta-los. Estando reunidas as condições
para os alimentos.

Em que situações pode haver a negação de prestação de alimentos?


. violência domestica – por razoes manifestas de equidade

Se uma necessidade de alimentos temos de determinar qual o montante para a


determinação de alimentos – artigo 2016 a). Devemos considerar a idade, o tempo de
casamento e outros aspetos para determinar o valor destes alimentos.
A tendência é de não decretar alimentos ao outro cônjuge para dar corpo ao princípio
da autosubsistencia.

Tese dos ovos de ouro ???

A partir de 2008 foi resolvido a partir do n3 do 2016 A – não pode beneficiar do padrao
de vida que havia durante o casamento.

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2019º - os alimentos e a sua prestação não dura para sempre se tornar indigno do seu
comportamento moral, novo casamento ou união de facto. 2016º -“devendo ter em
conta um novo casamento” – não há uma contradição.
Aquele que casar ou celebrar uma unicao de facto, perde a pensão de alimentos. O
que o 2016ºA refere é que o novo casamento do que presta alimentos que isso pode
interferir na prestação de alimentos.
O 2019 é a nova união de facto do que recebe alimentos.

AULA TEORICA – 8/3/2023

Direito de filição – 1796º e seguintes do Cc

Filiação biológica e jurídica em sentido amplo e sentido restrito.

Sentido amplo: Sentido biológico e em sentido jurídico que pode coincidir ou não.
Em sentido restrito estamos apenas a dar conta do estabelecimento de filição
enquanto laço biológico.

ESTABELECIMENTO DE FILIÇÃO : 1796º e seguintes diz respeito ao estabelecimento


biológico de acordo como laço biológico. Todo o estabelecimento de filiação tem uma
perspetiva filiocêntrica.
Quando ao filho, em princípio - numa perspetiva atual corresponde ao superior
interesse da criança.

O nosso legislador pode privilegiar o laço mesmo quando não haja os superior
interesse da criança.

Além dos princípios do direito da família- princípios da inseparabilidade dos pais e dos
filho artigo 36º.
EXISTEM OUTROS PRINCÍPIOS QUE SÃO IMPORTANTANTES PARA A ODIREITO DA
FILIÇÃO – são princípios muito importantes:
Artigo 26º da constituição – direito a identidade pessoal e desenvolvimento da
personalidade. – Isto é importante até para os casos em que não há pai nos registo –
pode ser intentada uma ação de investigação de paternidade. Um dos direitos que
invoca é ao livre. Desenvolvimento e identidade pessoal.
Dentro da identidade pessoal- existe o direito a conhecer as suas origens. AÇÃO DE
INVESTIÇÃO DE PATERNIDADE - há quem entenda que o prazo para esta ação é
inconstitucional.

. princípio da verdade biológica – o fundo deste princípio é de que o laço jurídico deve
corresponder ao laço biológica ol legislação diz que a verdade biológica deve
corresponder à verdade jurídica.

. princípio da taxatividade da filição: apenas através dos casos que se encontram


previstos. Imperativamente na lei. – 1802º do CC

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O nascimento por si só tinha uma relevância jurídica e seria sujeita a registo. –
primeiro vem o nascimento e só depois vem a filiação.

1796º e seguintes. - ARTIGO MATRIZ A FILIÇÃO

Vamos ter sempre de invocar este artigo – um diz respeito a maternidade e outro diz.
Respeito a paternidade. O nosso legislador tem um cariz relevante para o nascimento.
– 1796º há aqui um pequeno desvio se houver gestação de substituição esta não será a
que consta como mãe no registo.
O nº2 diz respeito à paternidade.
Devemos relacionar com o artigo 1º do CREgCivil.

1797º - os deveres da filiação.

1798º - momento da conceção da filiação – durante décadas não tínhamos uma forma
de saber o período legal da conceção.
Para fazer a prova de quem seria o pai teríamos uma mulher que dá a luz uma criança
e para que haja uma paternidade estabelecida,- ????.

Prova durante o lapso temporal em que se figura possível de relações fecundantes,


poderia resultar a gravidez – para ultrapassar esta questão chemoas ao período legal
de conceção – esta é uma conceção grosseira – 1798º admite-se o período legal de
conceção.

O período legal de conceção consiste nos primeiros 120 dias dos 300 que precederam
o nascimento. – Presunção jurídica. -os tribunais têm tabelas próprias para determinar
este período. – há aqui um princípio da indivisibilidade da conceção a conceção de ser
no melhor momento dos 120 dias.

Hoje em dia podemos recorrer a exames científicos para resolver questões ligadas À
filiação- os exames de ADN não resolvem tudo:

Esta abertura a oportunidades científicas, dantes havia os exames de sangue nao os


exames de adn. – nos termos do artigo 1801 do CC.

Mas e se a parte se recusa a realizar os exames científicos?


Será possível fazer uma colheita possível de ADN? – artigo 25º da CRP, mas diferente
da colheita forçada é a comparência forçada – recorrer a polícia para comparecer num
determinado sítio de medicina legal. Aqui o que vigora é uma ideia de persuasão, pois
nunca poderia ser forçado a fazer o exame de ADN.

O que é que acontece na mesma quando o reu não realiza os exames?

Princípio da cooperação 7º e 417º do CPC – relaciona-se neste caso. Quando não há


cooperação podemos ter várias consequências:
. conversão em multa

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. apreciação livre da recusa
. inversão do ónus da prova – 344º do CC remissão do CPC

417ºnº3 – considera haver casos de legitima recusa – material genético.


A. retirada de sangue é consentância com um exame de saúde de rotina e na ose
pode considerar a um exame de medico de rotina – é assim que tem
entendido, caso assim não seja há inversão do ónus da prova- ver melhor não
percebi.
NOTA: AS AÇÕES DE ADN NÃO RESOLVEM TODAS AS AÇÕES DE FILIAÇÃO.

ESTABELECIMENTO DA MATERNIDADE E PATERNIDADE:

Em Portugal é mais frequente as açoes de paternidade pois a maternidade é


estabelecida logo com o nascimento.

1804.-estabelece. A regra, normalmente é feito nos dias recentes ao nascimento,


antigamente as pessoas eu tinham filhos em casa demoravam a fazer os registos, por
isso é que se estabelecia também o 1805º . O 1804º identificamos logo a mae

1805º - hoje em dia é mais raro, decorre um ano do nascimento.


Tanto num artigo como no outro são estabelecidos regimes regra

Hoje em dia os registos até podem ser feitos nas unidades de saúde

Declaração de nacimento e diferente de declaração de maternidade (é a própria mãe


que diz que é a mãe) e é diferente de indicação de maternidade (um terceiro indica
quem é a mãe) – importante!

Pode acontecer que tenhamos o registo feito mas sem a maternidade estabelecida.

1806º – registo omisso quanto a maternidade, a mãe pode fazer na conservatória e


declarar, salvo se for na constância do matrimonio e existir perfilhação diferente,
senão haveria conflito de maternidades
1806ºnº1 segunda parte remete para o 1824º REMISSÃO IMPORTANTE.

E se noa registo tivermos uma mãe que não corresponde à verdade biológica? Isto
pode acontecer muitas vezes quando se trocam bebés – açã o de impugnação da
maternidade registada 1807º do CC

Ação de impugnação da maternidade registada – para esta ação não há prazo


poderíamos ter um filho que descobre. Quem tem legitimidade ativa e passiva? – a
pessoa declarada como mãe tem legitimidade ativa, o filho tem legitimidade +
interesse moral.

Artigo 1807ª) – quem tem legitimidade ativa:

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Existe discussão doutrinal – artigo 30º do CPC que mé que tem interesse direto em
contradizer? – poderá ser também o filho
Posição que adota o 846º - guilherme Oliveira e francisco pereira coelho – sendo
conhecido devemos chamar o pai, pois são relações triangulares.

Devemos distinguir a ação de IMPUGNAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO:

A impugnação visa destruir um vinculo que já existe, a investigação visa estabelecer.

SITUAÇÃO DE MATERNIADE DESCONHECIDA OU OMISSA:


Ex: bebes encontrados
1808 e seguintes há lugar averiguação oficiosa da maternidade – sempre que não
esteja mãe mencionada no registo do nascimento – 1808º e 1813º

Poderá intervir aqui o ministério publico- esta averiguação oficiosa pode acontecer.
. quanto a maternidade
.quanto a paternidade.

Lei 141º/2015

AÇÃO DE INVESTIÇÃO DA MATERNIDADE: QUEREMOS QUE PRETENSA MAE


APAREÇA NO REGISTO
Artigo 1814º do CC
1815º -quando não é admissível o reconhecimento da maternidade.

Os prazos para a investigação da maternidade são os mesmo para a paternidade. –


aplica-se o mesmo artigo – 1817º?

1819º -legitimidade passiva quem será o reu nesta ação – a pretensa mãe.

Ação de investigação comum 1814


Mas temos as ações especiais –
QUANDO A MAE É CASADA – isto torna especial porque muda aqui a presunção de
paternidade. Entra aqui um marido que será presumido pai que também será
chamado. 1822º1823º1824º

Vamos ter aqui desvios na legitimidade e vamos esclarecer desde logo a paternidade.

AULA – 15/3/2023
- Demonstração de ADN;
- pode haver exumação do cadáver

- ESCLARECIMENTO DA PATERNIDADE- ARTIGO. 1796º

. presunção do marido da ação- artigo 1796º nº2 1ª parte + 1826º e seguintes

59
. reconhecimento – artigo 1796º nº2 2ª parte – 1847º - devemos distinguira aqui o
reconhecimento judicia e o reconhecimento voluntário.

Ver o que acontece quando alguém se recusa a fazer o exame de adn.

1796º nº2 – reconhecimento que se diferencia da presunção. O reconhecem


voluntário chama-se PERFILHAÇÃO- caso mais comum

Nos termos do artigo 1796nº2, neste artigo temos a regra geral, se estamos no âmbito
do casamento há aqui uma PRESUNÇÃO DE PATERNIDADE, se estamos fora do
casamento será necessário o reconhecimento que pode ser: voluntario ou judicial.

ESTABELECIMENTO DA PATERNIADE POR PRESUNÇÃO:

1826º e seguintes do CC- tem como pai o marido da mãe- esta pode ser afastada, mas
porque é que há esta presunção – por uma questão de probabilidade.
A nossa lei tem forma de fazer cessar esta lei (cessação ode presunção de paternidade-
esta não chega a operar.

Há forma de fazer cessar a presunção:


1. cessação, por força da lei
2. impugnação da presunção da paternidade – se chegamos a operar a presunção,
significa que a presunção chegou a operar.

Tivemos uma questão dos impedimentos relativamente ao prazo antenupcial:


Tivemos uma alteração em 2019 – “prazo antenupcial” entre a cessação pode um
casamento e outro havia um prazo que deveria ser respeitado que era diferente para
mulheres – seria de 300 dias a não ser que não estivesse gravida (se provasse) – esta
questão era por causa da presunção de paternidade.
180 dias para os homens – período de luto/2 nojo” de ordem moral e há ainda outra
razão para estabilizar a questão patrimonial.

Este prazo de 2019 terminou?? – um bebe pode ser concebido num casamento e ser
tido no segundo – nestas situações temos o artigo 1834º do Código Civil.

CESSAÇÃO DA PRESUÇÃO –
Aqui a presunção não chega a operar por força da lei -artigo 1828º do CC – as crianças
nos termos das presunções legais se nas cem nos primeiros dias 180 dias do
casamento, esta foi criança fora do casamento.
Assim a presunção de paternidade é mais fraca e admite, por mera declaração, no
registo que esta presunção pode ser afastada. Quem é que pode AFASTAR ESTA
PRESUNÇÃO DE MATERNIDADE E O MARIDO – o marido da mãe pode afastar a
presunção de paternidade.
1832º - outro exemplo de cessação de paternidade.

Na união de facto não há presunção da paternidade – isto será uma violação do


Princípio da igualdade? - em que medida? – porque é que a unia ode facto não é

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registada? . No caso da união de facto, o estabelecimento da paternidade vai depender
da vontade do pai (o pai perfilha), se não o fizer tem de haver reconhecimento judicial.
1829º - outra cessação exemplo- se o nascimento do filho for 300 dias após a
coabitação. O funcionário do registo já não deixará funcionar a presunção.

Se acontecer alguma das situações do 1830 e 1831º - pode RENASCER a presunção.

CASO MAIS COMUM DE CESSAÇÃO - quando a própria mãe afasta a presunção da


paternidade do marido – 1832ºnº1 – cessa a presunção no termo do 1832º nº1 – esta
tem de ser feita na altura da declaração do nascimento

NOTA – CONFLITO DE PRESUNÇÕES – ARTIGO 1834º.

IMPUNGAÇÃO DA PATERNIDADE PRESUMINDA –

Não confundir com a outra impugnação???- não apanhei

Ex: situação em que funciona a presunção e é impugnada. Em regra, tem de funcionar


a presunção do 1825º. A paternidade presumida consta obrigatoriamente da certidão
do nascimento do filho.

- saí nesta parte da aula.

aula22/3/2023
Faltei

FALTA MUITAS AULAS- O CHICO MANDOU PARA O EMAIL


26/4/2023

VAMOS TERMINAR A AULA:

. direito de representação – artigo 2039º e seguintes do CC.

Em que consiste este direito de representação.

Modos de vocação sucessora:


- originaria ou subsequente
- pura ou a termo ou condicional
- simples ou modal
- direta e indireta

Cfr – 2032º do CC

Quando é que usamos o direito de representação – vamos ter uma vocação indireta,
não é a primeira pessoa a ser chamada.

61
MODOS DE VOCAÇÃO SUCESSÓRIA – artigo 2032º do CC conseguimos perceber
quando temos uma vocação indireta ou subsequente. Chamamento ou de uma
vocação subsequente. A vocação subsequente ocorre num momento posterior ao
momento da sucessão.

Vocação pura ou condicional – não há condição, se for a termo ou condicional há


tempo ou uma condição imposta. Vocação simples, sucessória ou modal.

Vocação direta ou indireta – chamamento à pessoas que ocupa o lugar prevalente, a


indireta, a indireta pode decorrer da direta. A indireta pode ser subsequente.
A vocação indireta mais comum é o direito de representação -aquele que é chamado
não pode ou não quer aceitar, deixa discedentes e estes vão ocupar a posição jurídica
do que foi originariamente chamado em primeiro lugar. O direito de representação
funciona só a favor dos descendentes.

2040º a representação tanto se dá na representação legitima ou legitimária – no


âmbito da sucessão testamentária, o artigo 2041º estabelece.

Existem alguns pressupostos do direito de representação na sucessão testamentária –


só há direito de representação havendo descendentes. Não havendo não há qualquer
causa de caducidade de vocação sucessória. Noa pode ocorrer nenhuma das situações
do 2041º nº2.

Na sucessão legal, será diferente e há contornos mais amplos – artigo 2042º. A


representação tem sempre lugar, não é só repudio ou pré- morte, pode haver também
casos de incapacidade. – Também funcionará o direito de representação.

Estirpe do 2044º, devemos considerar o 2043º, os descendentes representam os seus


ascendentes mesmo que tenham repudiado.

O que é a pré-morte???? – ver melhor.

No DIREITO DE TRANSMISSÃO TEMOS JÁ DOIS momentos sucessórios, artigo 2051º, o


legislador defende que este não teve oportunidade de aceitar ou de repudiar. Na
verdade, houve aqui uma transmissão para os herdeiros. Quando temos situações em
que alguém morre por breves instantes??

Artigo 2044º -a partilha por estipe não se confunde com a partilha por cabeça.

Vocação indireta – substituição direta (ou comum). Tal como no direito de


representação trata-se de uma vocação indireta.
A substituição pode ser singular ou plural e recíproca. Aquele que primeiro for
designado não irá ser prevalente naquela sucessão, mas pode ser substituído.
Substituição direta – 2281º - ocorre na sucessão testamentária, pode substituir no caso
de não querer ou não poder substituir a herança

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A substituição pode ser singular, plural ou recíproca. – 2281º+2282º+2283º,
respetivamente. Não tem a ver com os bens mas sim com as pessoas.

O DIREITO DE ACRESCER – é também uma vocação indireta. Este pode ocorrer na


sucessão legal ou pode ocorrer na sucessão legitimária. No âmbito da sucessão legal
temos aqui alguns artigos – 2137ºnº2. Temos um artigo da sucessão legítima, mas que
se aplicam. À sucessão legitimaria – artigo 2157º- há artigos que no âmbito da
sucessão legal valem par aa legitima e para a legitimária.

Na sucessão testamentaria temos artigos diferentes para o direito de acrescer – em.


regra só há direito de acrescer entre herdeiros- 2301+ 2303º - em relação ao mesmo
objeto. Há autores diz que é um direito de não acrescer. – depois disso não há um
novo chamamento – não pode repudiar separadamente a parte que acresce – na
verdade existe um direito de não crescer.

HERANÇA JACENTE- esta não tem personalidade jurídica mas tem personalidade
judiciaria - artigo 12º a) do CPC.

SITUAÇÃO/PERIODO DE JACENCIA- a herança jacente está no artigo 2046º.


Este lapso temporal – não há ninguém ou ninguém aceita. Se ninguém aceita a
herança, pode haver um repudio sucessivo ou ninugem aceita- pode ser que ainda seja
aceite em favor do Estado – artigo 2133º1 e) + 2046º - herança vaga para o Estado.

Há situações que durante a jacencia da herança, existe património e esse património


careça d e atos de administração – isto não significa. Uma aceitação -artigo. 2056º. Nº3
- formas de aceitação da herança, noa há uma aceitação tácita.

2249º é extensivo aos julgados do disposto sobre a aceitação ou o repúdio da herança.


Aceitação. Por força do 2349º

O domínio e posse adquirem-se pela aceitação – artigo 2050º do cC pode haver um


lapso temporal até a aceitação, mas nos termos alei vamos ficcionar. Até. Ao momento
da abertura da sucessão que é para evitar estes lapsos temporais. A lei ficciona. Que se
retrotrai a altura da sucessão – vigora a doutrina da aceitação, ou seja, entende-se
que. Há uma. Aquisição mediante aceitação- aquisição ipso iure e aquisição mediante.
Aceitação

AQUI A NOSSA. DOUTRINA SEGUE A AQUISIÇÃO MEDIANTE ACEITAÇÃO. Podemos ter


2 tipos de aceitação:

Pura e simplesmente
Benefício de inventário.

1. 2056º- os atos de administração não constam uma aceitação. É benéfico


aceitar em benefício do inventário.

REPUDIO DA HERANÇA – por força do 2062º e seguintes + 2044º

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OS EFEITOS DO REPUDIO- em regra, se a pessoa repudia é considerada não chamada
mas funciona em nome dos seus descentes e houver representação. Qual a forma
exigida para a. alienação da herança- artigo 2126º. Forma da alienação é a mesma
forma de repudiar a herança- escritura publica ou documento particular autenticado.
Ou seja,n o 2063. Que remete par ao 2126º - 2066º depois de repudiar, não há volta
atrás, o repudio é irrevogável - artigo 2065º- é anulável por dolo ou coção mas na
opor simples. Erro.
1683ººnº2- pode haver. referencia ao repudio em q eu é necessário o. consentimento.
Do cônjuge??

HABILITAÇÃO DE HERDEIROS

Como é que se prova a situação de herdeiro – é através. Da habilitação de herdeiros –


prova judicial – conservatória de registo ou no notário. È possível fazer. uma.
Habilitação de herdeiros judicial.
Existem. Também habilitaçãoes administrativas – certificados de aforro. A habilitação
de. herdeiro serve para. Demonstrar a qualidade do sucessor.

Ação de petição da herança. Artigos 2075º e ss

Pode pedir judicialmente e a restituição dos bens da herança. Há uma ação que o
herdeiro pode lançar mão. 2078 qualquer um dos herdeiros tem legitimidade para
lançar mão da petição. Administração da herança- o cabeça de casal é aquele que
administra, por regra a herança – cabeçalar.

2079º - cabeça da herança até à liquidação e partilha. – pode haver mais do que um
cabeça de casal ??. Podem, o casal, decidir que m ´que vai ser o cabeça de casal –
administração por quaisquer outros pessoa que não o cabeça de casal. – Artigo 2085º
do CC Pode haver um incidente de remoção do cabeça de casal. - artigo 2090º.

PARTILHA DA HERANÇA:

Partilha da meação conjugal daquilo que- a meação que cabe ao que morreu – 1082º
e seguintes- 1085º quem é que tem legitimidade para recolher inventário?

Sucessão legitima e sucessão legitimária. –

Vamos ver questões e exemplos práticos a partir da lei.

A sucessão legitima é muito importante, vamos precisar de uma para. Aplicar. À


sucessão legitima e como é que podemos aplicar à legitimária – artigo 2130º e
seguintes.

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2133º - Estas classes impõe também algumas regras – 2133º - ordem das diferentes
classes. E m cada alínea- o Cônjuge é o único que aparece em duas classes- se não.
Existirem descendentes.

O cônjuges não é chamado a herança se. Encontrar separado e pessoas e. bens por
pessoa que se. Venha a separar. -

2134º e seguintes, devemos referir os princípios. Grau de parentesco???

. PRINCÍPIO DA PREFERÊNCIA DE CLASSES – O DESCENDETE VEM Primeiro que o


ascendente. Dentro de cada classe os de grau mais próximo prevalecem sobre os de
grau mais afastado.
Aqui vamos chamar o B e C, porque temos o princípio da preferência do grau de
parentesco – artigo 2136º - os parentes de cada classe sucedem por cabeça ou partes
iguais.

Existem regras que apesar de. serem sucessão legitima vamos aplicar à sucessão
legitimária. – Não pode ser inferior à quarta parte da herança. Em princípio vamos
dividir por parte iguais.

2189º nº1 – 2141º - sucessão do cônjuge na falta de descendentes, o cônjuge na classe


que vimos no 2133º pode estar em mais do. Que uma classe e concorre com outras
pessoas em categorias diferentes.

Se não houver descendentes, ao cônjuge pertencerão duas terças partes – protege


mais o cônjuge em relação aos ascendentes. Se não houver cônjuge chamamos todos
os ascendentes.

2146º - não trata os irmãos todos da mesma forma- irmãos germanos é relevante fazer
a distinção.

VER NO PPW – exemplo da sucessão legitima- dentro da mesma classe devemos


considerar.

2147º - vai no seguimento dessa regra


 2148º - a partilha faz-se à cabeça, mesmo que alguém seja duplamente
pertencente a uma categoria.

SUCESSÃO LEGITIMÁRIA

A sucessão legitimaria é a imperativa – esta será imperativa, o nosso legislador.


Considera sempre uma porção de. bens – uma coisa é a. legitima outra é- HÁ DUAS
LEGÍTIMAS.

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Artigo. 2157º REGRAS DA SUCESSÃO LEGITIMAM- pela ordem e segundo as regras da
sucessão legítima. O cônjuge deixa ascendentes e deixa descendestes. Aplicamos as
regras da sucessão legitima. À legitimaria - segundo a regras da sucessão legitima. Há
sempre aqui uma norma remissiva. Identificamos a preferência de classes- 2133ºa. )
2134º. 2135º - dentro de cada classe. Os mais próximos preferem sobre os que são de
grau mais afastado.

Legitima do 2156º - esta será a quota indisponível- legitima indisponível. Essa porção
de bens é, de tal forma, indisponível. Cada um dos herdeiros legitimários tem direito a
uma parte dessa quota indisponível – legitima indisponível.

QUAL É A PROPORÇÃO como é distribuída?


Legitima do cônjuge e dos filhos em caso de concurso. Eles têm direito aqui a 2/3 da
herança – 2159º nº1 e nº2 e seguintes – vários cálculos e proporções diferentes.
Em caso de pré-morte como é que se. Conta os filhos? Não se conta – só se não houver
direito de representação.

2158º - existem cônjuges- a legitima do cônjuge é de metade da herança. Se existem


dois filhos e um repudia- contam como dois na mesma?

CALCULO DA HERANÇA – 2162º

EXISTEM VARIAS PARCELAS QUE dái é que vamos chegar aos 2/3 que vimos
anteriormente – relictum – quando ele morre vamos ver os bens que deixou, o valor
dos bens doados.
Não confundir o 2110º do CC o 2104º.

Aquilo que o autor da sucessão gratuitamente gastou em favor dos seus descendentes
vai ser tido em conta- 2110º nº3.

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