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Na carne, o homem não pensa coisas boas a respeito de Deus. Quando ouve
sobre a graça, ele se pergunta: “Será que Deus pode ser assim tão bom?”
A graça não leva ao pecado, mas a lei sim. Na verdade, é a bondade de Deus
que nos conduz ao arrependimento.
Precisamos ter clareza de que Deus é bom e Ele não está nos privando de
nada bom. Ao colocar o sexo apenas dentro do casamento, Ele está fazendo
algo para nos abençoar.
Não pense que Deus seja contra o sexo. Ele criou o sexo. Na verdade, o
primeiro mandamento que Ele deu ao homem foi esse. Ele disse a Adão para
crescer e multiplicar.
Tudo aquilo que nós limitamos se torna poderoso, mas aquilo que liberamos se
dissipa e se perde. Deus criou o sexo para ser limitado ao casamento, entre
marido e mulher. Isso faz com que ele seja explosivo e gratificante. Mas o
diabo levou o sexo para fora do casamento, e isso faz com que a sua energia
se dissipe e o homem não consiga nenhuma satisfação permanente.
Os pecados não são iguais. Jesus disse que aqueles que o haviam entregado
a Pilatos tinham um pecado ainda maior (Jo 19.11).
Alguns dizem que o crente que cai em pecado sexual se enche de demônios,
mas Paulo não diz isso; antes, ele firma categoricamente que o crente continua
sendo templo do Espírito Santo. Não deixa de ser. E isso é o que torna o
pecado sexual ainda mais grave.
O CICLO DO PECADO
O grande problema do pecado sexual é a sua repetição. Ele se torna um ciclo
que, se não for quebrado, vai continuar se repetindo. É preciso dizer não em
algum ponto.
Tentação > confiança na carne (eu posso lidar com isso) > queda no pecado
> culpa (acusação e condenação) > tentação
1.
TENTAÇÃO
A respeito da tentação, precisamos esclarecer, antes de tudo, que ser tentado
não é pecado. Infelizmente, muitos se deixam levar para o pecado porque são
convencidos de que, quando sentem a tentação, então já pecaram diante de
Deus. Mas isso é um engano.
A segunda coisa é que a ordem bíblica é para que fujamos do pecado. Não
tente resistir à tentação, simplesmente fuja dela. Fuja daquilo que dá ocasião
ao pecado. Em 1 Coríntios 6.18, Paulo diz para fugirmos da impureza.
Devemos fazer como José diante da esposa de Potifar.
3. QUEDA
Quando confiamos na carne, inevitavelmente cairemos no pecado. Tenha
cuidado com o pecado, pois ele sempre tem consequências. Mesmo que
tenhamos sido libertos da maldição da colheita do pecado, ainda estamos
sujeitos às suas consequências.
Pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há
acepção de pessoas. (Cl 3.25)
Quem disse isso foi o apóstolo da graça. Ele não está dizendo que aquele que
cai no pecado sofrerá a ira de Deus. Ele diz apenas que Deus nunca é neutro.
Se dois filhos chegam diante d’Ele com uma contenda, Ele julgará a causa. Ele
jamais fica neutro. E se alguém defraudar a seu irmão nessa questão sexual,
sofrerá a disciplina do Pai.
4. CULPA
A não ser que você não tenha nascido de novo, inevitavelmente sentirá culpa
após a queda. O diabo está presente em todo o processo. Ele é o tentador e
depois se torna o acusador. Mas se você não conseguiu dizer não em nenhum
outro momento, então diga não agora. Muitos equivocadamente pensam que,
quanto mais condenação sentirem, mais força terão para vencer o pecado da
próxima vez, mas isso não é verdade. A condenação torna o pecado mais forte
ainda.
Não penseis que eu vos acusarei perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em
quem tendes firmado a vossa confiança. (Jo 5.45)
Sempre que você ler sobre a lei no Novo Testamento, você deve pensar em
condenação. A lei traz o conhecimento do pecado, e com o conhecimento, a
condenação. Ser liberto da lei é ser livre de toda condenação.
Quando alguém realmente tem revelação de que não está mais debaixo de
condenação, essa pessoa vence o pecado. Em João 8, o Senhor disse à
mulher pega em adultério: “Nem eu tampouco te condeno, vai e não peques
mais” (Jo 8.10-11).
A mulher só poderia cumprir a ordem de não pecar mais porque tinha recebido
o dom da não condenação. Quem se sente debaixo de condenação está
condenado a repetir o pecado sempre.
Estar debaixo da lei é o mesmo que estar debaixo de condenação. Paulo disse
que o pecado não terá domínio sobre nós porque não estamos mais debaixo
da lei, ou seja, debaixo de condenação (Rm 6.14). E se o pecado não tem
domínio, então a pobreza não terá domínio, a doença, a maldição e o diabo
não terão mais domínio sobre nós, porque estamos debaixo da graça.
O motivo pelo qual não há condenação é por que os nossos pecados foram
todos condenados na cruz do Calvário. Mesmo aquele pecado mais sutil que
ocorre em nossa mente, até aquele mais grotesco, todos foram todos
colocados sobre o Senhor Jesus na cruz. Deus não ignorou nenhum deles.
Mas veja bem que a razão pela qual caímos no pecado é a confiança na carne,
e se a condenação nos leva de volta ao pecado, isso mostra que o sentimento
de condenação está também baseado na confiança na carne.
Aqueles que possuem justiça própria estão sempre olhando para si mesmos,
pensando o quanto são bons e aprovados em suas obras, mas aqueles que
aceitam condenação também são ocupados consigo mesmos, sempre se
olhando com o alvo de encontrar alguma coisa boa em si.