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CONTRATO DE NAMORO X UNIÃO ESTÁVEL: Questões patrimoniais

Daiane Matos Brito1


Felipe Valentim Ribeiro2

RESUMO
Esse artigo apresenta uma discussão teórica no tocante o contrato de namoro comparado à
união estável e seus efeitos patrimoniais, no qual abordará uma análise desse contrato atípico
inserido no mundo jurídico, a fim de discutir sua validade. Essa nova modalidade de contrato,
vem cada mais sendo requisitado por grande parte de casais atualmente. Ele terá como base a
lei 10.406/02, qual seja o Código Civil, a lei de nº 8.971/94 que dispõe a União estável e que
foi revogada parcialmente pela Lei 9.278 de 1996, que deixou de exigir o tempo de
convivência do casal de 05 anos para seu reconhecimento, devendo apenas o casal demonstrar
por meio de forma douradora, pública e continua objetivo recíproco de constituição de
família. Ademais, o Código Civil em seu artigo 1.723, atua em conformidade com o
dispositivo supramencionado. Dessa maneira, ficou mais complicado realizar essa
diferenciação entre os dois institutos. Nesse sentido, que o Contrato de namoro também
conhecido como “namoro qualificado” é inserido, para que afaste a caracterização da União
Estável, afastando assim graves discussões patrimoniais futuramente. É possível perceber que
a sua validade jurídica ainda é muito discutida dentro do ordenamento jurídico, de modo que,
há muitas divergências a respeito sobre o tema. Entretanto, observa-se que já se vê alguns
casos de sua elaboração, inclusive é defendido na jurisprudência. Esse artigo fará uma análise
utilizando-se de métodos de pesquisa científica, legislativa, trazendo exemplos de doutrinas,
lei seca e jurisprudência. Portanto, este artigo abordará a caracterização do contrato de
namoro, diferenciação entre os institutos contrato de namoro e união estável, bem como seus
efeitos jurídicos.
Palavras-chave: Contrato de Namoro; Diferenças do contrato de namoro; União Estável;
Validade Jurídica.

1
Acadêmica do Curso de Direito do Cento Universitário UNA Contagem. Endereço Eletrônico:
daiane_matosb@outlook.com
2
Acadêmico do Curso de Direito do Cento Universitário UNA Contagem. Endereço Eletrônico:
fvalentimr@gmail.com
INTRODUÇÃO

O trabalho, ora proposto, tem como finalidade apresentar analogia do Contrato de


Namoro com a União Estável, principalmente nas questões patrimoniais, sendo o primeiro
ausente de legislação regulamentadora, mas sendo cada vez mais utilizado no mundo jurídico,
todavia, ainda pouco conhecido.
Será discutida a caracterização do contrato de namoro, bem como sua validade no
mundo jurídico e como vem sendo visto por juristas, tendo em vista as discussões conflitantes
no que diz respeito às questões patrimoniais.
Nos dias que correm, os namoros são totalmente diferentes da época antigamente.
Anteriormente, as relações raramente continham coabitação, era tudo feito dentro da tradição
dos nossos antecedentes e com menos liberdade. Isso mudou muito, no decorrer dos anos o
namoro sofreu diversas modificações, a maioria dos casais vivem de forma muita semelhante
à união estável, uma vez que passam muito tempo juntos, ou seja, compartilham uma vida
juntos. O que faz com que seja criada uma semelhança muito grande com a União Estável,
conforme previsto no artigo 1.723, do Código Civil.
Levando em consideração os conflitos existentes na constituição dos dois institutos, a
maioria dos casais a fim de afastar a caracterização da União estável, buscam através da
lavratura de escritura pública que é o contrato de namoro, sendo este atípico, a formalizar a
expressa vontade dos envolvidos em manter apenas em namoro.
Objetiva-se realizar um paralelo da União Estável e o Namoro Qualificado acerca da
dissolução da união e divisão dos bens enquanto adquiridos na constância da união. Desta
forma, o primeiro tópico será dedicado a caracterização do Contrato de Namoro, colocando
em pauta como ocorreu seu surgimento, bem como com que base começou a ser utilizado.
No segundo tópico, serão analisados os elementos que caracterizam a União Estável,
sendo eles, convivência pública e estável, a continuidade e, por fim, e não menos importante,
o objetivo de constituir família. No terceiro tópico, será realizada a diferenciação dos dois
institutos e como vem sendo o entendimento no âmbito jurídico.
Por fim, no quarto tópico, será abordada acerca da validade jurídica do contrato de
namoro a sua aplicabilidade e avaliação da união pelos juristas, bem como o entendimento
dos tribunais e embasamento dos magistrados, haja vista, a falta de legislação
regulamentadora presente no ordenamento jurídico.
Em suma, o presente trabalho terá como base a doutrina e legislação inerentes e
decisões acerca do instituto, que se pretende analisar a caracterização do contrato de namoro e
sua diferenciação com o instituto da União Estável. Ademais, a importância do referido
contrato e sua validade jurídica.

1– CONCEITO E ELEMENTO CARACTERIZADORES DO CONTRATO DE


NAMORO

Antes de caracterizar o que é o contrato de namoro, vamos definir como referência o


fundamento legal do contrato do caso em questão e o que é o namoro. Inicialmente vamos
tratar do namoro, que é um fato não jurídico, por não ter nenhuma consequência jurídica,
trata-se de uma relação afetiva mantida entre duas pessoas que se unem pelo desejo de
estarem juntas e partilharem novas experiências. É uma relação em que o casal está
comprometido socialmente, mas sem estabelecer um vínculo matrimonial perante a lei civil
ou religiosa. Trata-se de uma relação menos formal do que é um matrimônio, todavia, envolve
também a fidelidade entre os namorados.

Namoro significa a relação afetiva mantida entre duas pessoas que se unem pelo
desejo de estarem juntas e partilharem novas experiências. É uma relação em que o
casal está comprometido socialmente, mas sem estabelecer um vínculo matrimonial
perante a lei civil ou religiosa. (Significado de Namoro, 2019)

Por sua vez, conforme definido na doutrina, o contrato é o acordo de vontades entre
duas pessoas ou mais, objetivando a necessidade dessas vontades, as partes podem levar a
obrigatoriedade do contrato.
Ante o exposto, a doutrina argumentada por Maria H. Diniz, aduz.

Contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica,


destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, com o
escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza
patrimonial. (DINIZ, Maria Helena, 2008. P. 30)

Visto que nosso ordenamento jurídico no artigo 425, do código civil dispõe que é
lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código,
podemos dizer que o contrato de namoro é um meio de formalizar através de um documento
as vontades, desejos e intenções de um casal em relação à vida amorosa entre eles, é um
método para afirmar e definir como somente um namoro o momento vivido, sem que se tenha
a intenção ou o objetivo de constituírem uma família, por isso é importante ressaltar que o
fato principal para o contrato de namoro é a vontade das partes, ou seja, através de um
contrato de namoro que o relacionamento não deverá produzir efeitos jurídicos definidos em
nosso ordenamento jurídico, seria uma fase anterior ao que consideramos hoje a união estável,
definida no artigo 1723, do código civil.

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida
com o objetivo de constituição de família.

Desta forma, podemos observar o porquê do contrato de namoro, o fundamento


necessário para assegurar aos casais de que sua relação não passa de um simples namoro,
desconstituindo o que poderá ser alegado no futuro como uma união estável, visto que as
relações atualmente têm menos durabilidade.
Trata-se de um instrumento para resguardar direitos, vontades e patrimônio dos
envolvidos, visto que juridicamente quando caracterizada a união estável, em eventual
separação, deve-se ocorrer a partilha de bens. Assim, serviria para descaracterizar a entidade
familiar entre o casal, a vontade expressa de ambos em não constituir uma família. Como
ainda não está definido em nosso ordenamento jurídico, em uma possível ação para
reconhecimento de união estável, este contrato de namoro poderia ser apenas uma prova a
respeito da vontade, das intenções, para que não seja aplicado os regimes de bens definidos no
nosso direito.
Portanto, juridicamente, ainda não é uma garantia que será resguardado os fatores que
geram o contrato de namoro, visto que, como já foi exposto anteriormente, será apenas um
meio de prova e se por acaso for comprovado a convivência duradoura, pública, contínua e
com intuito de constituir família, é caracterizado a união estável, e será aplicado tudo o que
dispõe em nosso ordenamento jurídico a respeito, por fim não terá validade alguma o contrato
de namoro, conforme é discutido e demonstrado com as diversas discussões existentes sobre a
validade do contrato de namoro, no artigo científico “Contrato de Namoro”, de Paulo Leite
Catuaba Neto (2020).
2– REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL

Cumpre observar, preliminarmente a definição de união estável prevista no art.1.723,


caput, do Código Civil de 2002:

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida
com o objetivo de constituição de família.

No mesmo sentido a Lei nº 9.278, de 10 de maio de 1996, o art.1º:

Art. 1º É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e


contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de
família.

Gagliano e Pampolha Filho dizem que a União estável é histórica, visto que nenhum
ser humano nasceu para ficar sozinho, a partir de então surge o instituto da família, antes
mesmo do casamento, inicia-se na vontade em construir uma família e se reproduzir.

Como nunca foi da natureza humana viver sozinho, a constituição de uma


família surge como uma consequência lógica, motivo pelo qual valorizar
uniões espontaneamente formadas soa perfeitamente natural para as novas
gerações, menos apegadas a tradições imemoriais. (GAGLIANO e
PAMPLONA FILHO, 2012).

De acordo com Paulo Luiz Netto Lôbo (2014) a união estável é um ato-fato jurídico,
isto é, não possui como requisito qualquer manifestação por parte do casal, de modo que,
basta a sua situação fática e presença dos requisitos para que haja sua validade e produza seus
efeitos jurídicos. Ademais, é possível a comprovação da união estável por meio de contas
bancárias conjuntas, contratos de aluguel, relatos de testemunhas, apólice de seguro, envio de
correspondência para o mesmo endereço e, até mesmo, em publicações em redes sociais.
Mesmo a união estável sendo um ato-fato jurídico, nada impede que os conviventes
querendo formalizar a união através de um contrato particular ou escritura pública para
regulamentar a União Estável. Além disso, caso o casal não regulamente a união, o regime de
bens a que prepondera é a comunhão parcial de bens, conforme estabelecido no art.1.725 do
CC, isto é, os bens adquiridos na constância da relação serão comuns ao casal, claro que há
algumas exceções, previstas em lei com relação à partilha destes.
O referido artigo apresenta os requisitos exigidos para a caracterização da união
estável, sendo esses, a relação existente entre homem e mulher; convivência pública contínuae
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. Será ainda apresentado
um quinto requisito defendido pelo doutrinador Fábio Ulhoa Coelho (2020), qual seja, o
Desimpedimento.
No entanto, oportuno esclarecer, que na data de 05/05/2011, o Supremo Tribunal
Federal por meio da ADPF 132 e ADI 4277 reconheceu a relação homoafetiva como uma
quarta família brasileira, tendo em vista, que o nosso ordenamento jurídico anteriormente
previa três espécies de família. Desta maneira, equipararam-se as relações entres pessoas do
mesmo sexo à união estável e passou a ser reconhecido com um núcleo familiar como
qualquer outro. Portanto, a união estável é entidade familiar equiparada ao instituto do
casamento e é resguardada nos mesmos termos pela Constituição Federal e, para que se
configure a união estável, a relação precisa ser entre duas pessoas e, não mais entre um
homem e uma mulher. Como é possível demonstrar no dispositivo abaixo, previsto na
Constituição Federal de 1988.

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.


§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem
e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento.

Desta forma, serão discorridos os requisitos necessários para a configuração da União


Estável.
A convivência pública consiste no reconhecimento como um casal perante a
sociedade, não podendo ser secreto ou clandestino, isto é, os círculos sociais dos quais os
casais fazem parte, devem enxergar nessas pessoas como se casados fossem (ULHOA, 2020
p.86). De modo, que a sociedade visualmente consiga perceber que o casal possui ali uma
entidade familiar, com demonstrações de afeto.
Segue o entendimento do Doutrinador Euclides de Oliveira (2003, p.132) referente a
publicidade do relacionamento de um casal como requisito da união estável:

Há de ser pública a convivência na união estável, isto é, de conhecimento e


reconhecimento no meio familiar e social onde vivem os companheiros. Não
é preciso que eles proclamem, festejem ou solenizem a vida em comum. Se a
fizerem, tanto melhor, mas a normalização da união se mostra dispensável na
espécie, diferente do casamento, que é direito eminentemente solene e de
pública celebração. (OLIVEIRA,2003, p.132).

A convivência contínua consiste na constância e estabilidade dos conviventes, isto é,


não pode ser feito apenas de encontros esporádicos e despretensiosos e não deve haver
interrupções de forma contínua (ULHOA, 2020, p.86). Por sua vez, a convivência duradoura
corresponde à relação que perdura por tempo considerável e que a durabilidade já requer certa
estabilidade entre os conviventes e não com previsão de término, não se tratando apenas de
uma simples casualidade (ULHOA, 2020, p.85).
Outro entendimento que podemos observar é de Euclides de Oliveira (2003, p.131) diz
que: “O caráter contínuo da relação atesta a solidez, pela permanência no tempo. Lapsos
temporais, com repetidas idas e vindas, tornam a relação tipicamente instável, desnaturando
sua configuração jurídica”.
Para corroborar, segue uma decisão do TJRO, 1ª Câmara Civel, sobre a convivência
pública.

O caráter público corresponde à notoriedade que se dá perante a


sociedade que se frequenta, onde as partes assumem a condição de
como se casados fossem. A durabilidade e a continuidade da relação
não podem ser efêmera, circunstancial, mas sim prolongada no tempo.
(TJRO, 1ª Câmara Cível, - AP 100.002.2003.000922-9, Relator:
Desembargador Gabriel Marques de Carvalho, Data de Julgamento:
03/10/2006).

Importante ressaltar, que anteriormente era exigido um prazo mínimo de 05 anos de


convivência, conforme era previsto na Lei 8.971/94, no entanto, agora não há mais
necessariamente um prazo mínimo para que se configure a união estável. Entretanto, é
necessário um tempo de relacionamento razoável.
A exemplo disto pode-se observar a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, do qual
se discute a importância dos requisitos para a configuração da União Estável, bem como da
necessidade de um tempo razoável de relacionamento:

RECURSO ESPECIAL. CIVIL. FAMÍLIA. RECONHECIMENTO DE UNIÃO


ESTÁVEL
POS MORTEM. ENTIDADE FAMILIAR QUE SE CARACTERIZA PELA
CONVIVÊNCIA
PÚBLICA, CONTÍNUA, DURADOURA E COM OBJETIVO DE
CONSTITUIR FAMÍLIA
(ANIMUS FAMILIAE). DOIS MESES DE RELACIONAMENTO, SENDO
DUAS SEMANAS
DE COABITAÇÃO. TEMPO INSUFICIENTE PARA SE DEMONSTRAR A
ESTABILIDADE
NECESSÁRIA PARA RECONHECIMENTO DA UNIÃO DE FATO.
1. O Código Civil definiu a união estável como entidade familiar
entre o homem e a mulher, "configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição
de família" (art. 1.723).
2. Em relação à exigência de estabilidade para configuração da união
estável, apesar de não haver previsão de um prazo mínimo, exige a
norma que a convivência seja duradoura, em período suficiente a
demonstrar a intenção de constituir família, permitindo que se
dividam alegrias e tristezas, que se compartilhem dificuldades e
projetos de vida, sendo necessário um tempo razoável de
relacionamento.
3. Na hipótese, o relacionamento do casal teve um tempo muito exíguo
de duração - apenas dois meses de namoro, sendo duas semanas em
coabitação -, que não permite a configuração da estabilidade
necessária para o reconhecimento da união estável. Esta nasce de um
ato-fato jurídico: a convivência duradoura com intuito de constituir
família. Portanto, não há falar em comunhão de vidas entre duas
pessoas, no sentido material e imaterial, numa relação de apenas
duas semanas.
4. Recurso especial provido. (REsp 1761887/MS, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 06/08/2019, DJe 24/09/2019)

O quarto requisito que é a intenção de constituir a família é considerado o basilar para


a configuração da União Estável, pois consiste na vontade mútua do casal de constituir família
futuramente (affectiomaritalis) (ULHOA, 2020, p.85).
Euclides de Oliveira (2003, p.133) diz que:

Esse propósito se evidencia por uma série de elementos comportamentais da


convivência more uxorio, com o dispensável affectiomoritalis, isto é, apresentação
em público dos companheiros com se casados fossem e com afeição recíproca de um
verdadeiro casal (OLIVEIRA,2003, p.133).

Mas é claro que, somente a intenção não é o suficiente, tendo em vista, que o casal
precisa demonstrar tal objetivo na situação de fato, conviver de forma afetuosa e
harmoniosamente, isto é, que já mantinha uma relação de casados e com objetivo de formação
de uma família. Ademais, é necessário que haja a honra de um para com o outro, a lealdade e
o dever de assistência recíproca, resultando em direito e deveres entre os conviventes.
Conforme previsto no art. 2º e seus incisos, da Lei nº 9.278, de 10 de maio de 1996 e art.1.724
do Código Civil:
Art. 2° São direitos e deveres iguais dos conviventes:
I - respeito e consideração mútuos;
II - assistência moral e material recíproca;
III - guarda, sustento e educação dos filhos comuns.

Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos


deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação
dos filhos.

Ainda de acordo com Fabio Ulhoa Coelho (2020, p.86), afirma a existência de um
quinto requisito, qual seja, Desimpedimento.

Em princípio, somente pessoas desimpedidas podem conviver em união


estável. Todos os impedimentos do casamento também impedem a
constituição da união estável. Se a ex-nora passa a conviver com o ex-sogro,
o relacionamento deles não é considerado união estável, mas união livre,
porque transgride um dos impedimentos do casamento, o relacionado aos
parentes afins em linha reta (CC, art. 1.521, II).(COELHO, 2020, p.86)

O quinto requisito precitado acima enfatiza o impedimento relacionado a pessoas


casadas, uma vez que, não é possível contrair novo casamento, sendo esta pessoa casada, sob
pena de constituir crime de bigamia previsto no Código Penal, sendo, portanto, proibido a
mantença de um casamento em conjunto com uma união estável, bem como duas uniões
estáveis, haja vista, aplicar-se os mesmos impedimentos legais para o casamento (ULHOA,
2020, p.86)
Em complemento, a legislação vigente não requisita que os conviventes possuam a
coabitação, isto é, que residam na mesma residência, podendo, portanto, um casal constituir
uma família em residências diferentes.
Deste modo, por se tratar de uma relação informal, para que haja a caracterização da
união estável, é obrigatória a existência cumulativamente dos requisitos previstos no art.
1.723 do Código Civil de 2002.

3– DIFERENÇA DO CONTRATO DE NAMORO E UNIÃO ESTÁVEL


Ao tratarmos do contrato de namoro, é necessário demonstrar as diferenças existentes
quando a União estável, para que seja possível distinguir a necessidade e a funcionalidade de
cada um desses institutos jurídicos.
Como já foi trabalhado neste artigo, o namoro é uma relação de afeto, convívio social,
provisória e sem continuidade. Não possui vínculo matrimonial estabelecido por nosso
ordenamento jurídico. O Contrato de Namoro trata-se de uma exteriorização da vontade das
partes em não constituir uma família, dessa forma não é considerada uma entidade familiar.
Quanto à união estável, é configurada a partir da convivência pública, contínua e
duradoura de um casal, mediante a vontade em constituir uma família, conforme dispõe o
texto do artigo 1.723, do Código Civil.
Segundo Rodrigo da Cunha Pereira (CUNHA PEREIRA, 2015), em seu artigo
“Contrato de namoro estabelece diferença em relação a união estável”, diz que o namoro é
uma preparação para um casal poder constituir uma família, quanto a união estável trata-se de
uma família já existente, portanto já é considerada uma entidade familiar por nosso
ordenamento jurídico. Continua dizendo que a união estável pode ser constituída com pouco
tempo de relacionamento, desde que o casal em questão se enquadre nos pré-requisitos
necessários para constituição de uma entidade familiar, entretanto, um namoro, mesmo que
dure por um longo período, pode nunca se tornar uma entidade familiar, devido as
características do namoro.
A seguir, um trecho do que Erika Nikodemos diz ser a principal diferença existente,
em seu artigo:

O que diferencia o namoro qualificado e a união estável é o requisito subjetivo. O


intuito de constituir família. Essa intenção deve ser consumada. A família já deve
estar constituída, não podendo o requisito ser mal interpretado, no sentido de que
esse objetivo de constituir família seria futuro. (NIKODEMOS, 2017)

Outro fato importante para distinção entre eles, são as consequências jurídicas para os
companheiros dessas duas entidades. O Contrato de Namoro não está previsto em lei, sua
formação, dessa forma, não possui consequências jurídicas. Entretanto, a União Estável,
conforme prevê o artigo 226, §3°, da Constituição Federal, é reconhecida como uma entidade
familiar, pelo que garante aos companheiros que vivem em união estável uma gama de
direitos, como por exemplo, a herança e alimentos. Por sua vez, os namorados não possuem
direito a Herança e nem alimentos.
EylenDelazeri (DELAZERI, 2018), em seu artigo, diz:
Contrato de Namoro visa assegurar aos integrantes da relação (para um ou para
ambos) a garantia de que o patrimônio individual é incomunicável e não será
partilhado na ocasião do término da relação, justamente porque o casal não
convive em união estável (DELAZERI. 2018).

Dessa forma, pode-se dizer que há diversas diferenças existentes entre o Contrato de
Namoro e a União estável, tanto quanto ao negócio jurídico, quanto a sua instituição. Além
disso, existe o requisito subjetivo que se trata da vontade das partes envolvidas em constituir
uma família. O Contrato de Namoro é a exteriorização da Vontade das partes em não
constituir uma família, para que seja usado em uma futura lide quando for relacionada a esse
assunto, todavia, a União estável, é uma entidade familiar, que possui continuidade,
durabilidade, um casal que estabeleceu uma família, que por consequência, trará garantias aos
companheiros, como a herança e alimentos, conforme podemos observar em todo o conteúdo
apresentado pelos autores citados neste artigo.

4–VALIDADE JURÍDICA DO CONTRATO DE NAMORO

O namoro não possui previsão em lei e trata-se apenas de uma relação afetiva, onde
dois casais mantêm uma relação amorosa, inicialmente sem nenhuma pretensão de constituir
família, diferentemente da união estável que é uma relação jurídica amparada pelo
ordenamento jurídico e possui proteção do estado, que se constitui a partir da situação fática
dos conviventes comprovada por meio dos requisitos exigidos em lei, conforme já explicados
anteriormente.
Aline Lara (LARA. 2014), diz em seu artigo que o denominado “contrato de namoro”
é conhecido como um instrumento onde as partes manifestam suas intenções em manter uma
relação amorosa apenas em namoro, sendo estas pessoas principalmente, possuidoras de bens,
razão pela qual formaliza o documento com um único objetivo, o de afastar qualquer efeito
jurídico decorrente da União estável.
O referido contrato ainda possui pouco conhecimento no ordenamento jurídico, há
muitas divergências doutrinárias acerca da sua validade, de modo que, a doutrina majoritária
defende a invalidade do contrato e pondera que dependendo da situação, pode ser usado para
defender bens patrimoniais.
Nesse sentido, necessário se faz mencionar o entendimento do ilustre PABLO STOZE
GAGLIANO que preconiza, in verbis
Por isso, não se poderia reconhecer validade a um contrato que pretendesse afastar o
reconhecimento da união, cuja regulação é feita por normas cogentes, de ordem
pública, indisponíveis pela simples vontade das partes. Trata-se, pois, de contrato
nulo, pela impossibilidade jurídica do objeto. (GAGLIANO, 2005, p. 2).

Também por este prisma é o entendimento do respeitável FLÁVIO TARTUCE que


aduz, in verbis: argumenta a nulidade do contrato de namoro “por violar normas cogentes e
desvirtuar do princípio da função social do contrato, devido à mitigação de tal preceito no que
se trata da autonomia das partes contratantes” (TARTUCE, 2011. p. 256).
Outrossim, merece ser trazido à baila o magistério da ilustre doutrinadora MARIA
BERENICE DIAS, o qual menciona que: “o contrato de namoro é inexistente no ordenamento
jurídico, e por isso é incapaz de produzir qualquer efeito, podendo inclusive representar uma
fonte de enriquecimento ilícito” (DIAS, 2010. p. 186).
Segundo Paulo Lôbo (2018) o contrato de namoro possui eficácia limitada,
considerando que a relação jurídica da união estável é ato-fato jurídico.
Sobre o tema leciona Paulo Lôbo:

Em virtude da dificuldade para identificação do trânsito da relação fática (namoro)


para a relação jurídica (união estável), alguns profissionais da advocacia, instigados
por seus constituintes, que desejam prevenir-se de consequências jurídicas, adotaram
o que se tem denominado “contrato de namoro”. Se a intenção de constituir união
estável fosse requisito para sua existência, então semelhante contrato produziria os
efeitos desejados. Todavia, considerando que a relação jurídica de união estável é
ato-fato jurídico, cujos efeitos independem da vontade das pessoas envolvidas, esse
contrato é de eficácia limitada, apenas servindo como elemento de prova, que pode
ser desmentida por outras provas. (LÔBO, 2018, P. 122)

Nesse raciocínio, o festejado professor CARLOS ROBERTO GONÇALVES


preleciona, de modo esclarecedor, no sentido de que:

O denominado “contrato de namoro” tem, todavia, eficácia relativa, pois a união


estável é, como já enfatizado, um fato jurídico, um fato da vida, uma situação fática,
com reflexos jurídicos, mas que decorrem da convivência humana. Se as aparências
e a notoriedade do relacionamento público caracterizarem uma união estável, de
nada valerá contrato dessa espécie que estabeleça o contrário e que busque
neutralizar a incidência de normas cogentes, de ordem pública, inafastáveis pela
simples vontade das partes. (GONÇALVES, 2019, p. 713)
Deste modo, é notório que a doutrina majoritária acredita que o contrato de namoro
colide na validade jurídica, principalmente acerca do seu objeto, haja vista, se tratar de
matéria de ordem pública e direito indisponível, uma vez que a União Estável possui amparo
no Código Civil e Constituição Federal, sendo, portanto, impossível haver renúncia dos
requisitos presentes no artigo 1.723 do Código Civil, mesmo existindo comum acordo entre o
casal.
No tocante a Jurisprudência, há ainda muitas divergências quanto a sua validade
jurídica, uma vez que, os elementos caracterizadores da União Estável são reconhecidos na
situação fática do casal e, sendo estes evidentemente provados, será impossível sobrepor à
realidade que o casal vive na sociedade de fato, mesmo existindo o contrato de namoro
assinado pelas partes.
Há julgados argumentando acerca da invalidade do contrato de namoro, no entanto, é
possível encontrar julgados que argumentam em sentido contrário e defendem a validade do
contrato firmado pelas partes.
Vejamos a decisão do Tribunal de Justiça do estado de São Paulo:

AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE CONTRATO DE


NAMORO CONSENSUAL. Falta de interesse de agir e impossibilidade jurídica do
pedido. Inicial Indeferida. Processo Julgado Extinto. Sentença mantida. RECURSO
DESPROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1025481-13.2015.8.26.0554; Relator (a):
Beretta da Silveira; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santo
André - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 28/06/2016; Data de Registro:
28/06/2016)

O i. Magistrado relator do caso Beretta da Silveira discorreu fazendo alusão ao


contrato de namoro, no sentido de:

(...) A impossibilidade jurídica do pedido decorre da ausência de previsão legal que


reconheça o denominado “contrato de namoro”. Ademais, a hipótese não se
assemelha ao reconhecimento e dissolução de sociedade de fato para que os autos
possam ser encaminhados a uma das Varas de Família da comarca, haja vista que se
trata de “contrato”, diga-se, não juntado aos autos, parecendo se tratar de contrato
verbal (...) A preocupação dos requerentes, notadamente a do autor, no sentido de
encerrar a relação havida de modo a prevenir outras demandas, o que o requerente
não quer que ocorra “em hipótese nenhuma” sic (último parágrafo de fl. 2) não basta
para pedir PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO Apelação nº 1025481-13.2015.8.26.0554 -Voto nº 38503-JV 7
provimento jurisdicional, desnecessário para o fim colimado. (fls. 14)
Em sentido contrário, vejamos o julgado proferido pelo mesmo tribunal mencionado
acima:

APELAÇÃO. Ação de reconhecimento e dissolução de união estável cumulada com


partilha de bens. Sentença que julgou improcedente a ação. Inconformismo da parte
autora. Não preenchidos os elementos essenciais caracterizadores da união estável
previstos na lei. Contrato de namoro firmado pelas partes. Caracterizado simples
namoro, sem intenção de formação de núcleo familiar. Sentença mantida. Recurso
desprovido.
(TJSP; Apelação Cível 1000884-65.2016.8.26.0288; Relator (a): Rogério Murillo
Pereira Cimino; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro de Ituverava -
2ª Vara; Data do Julgamento: 25/06/2020; Data de Registro: 25/06/2020)

A esse respeito, temos o informativo de jurisprudência de nº 0557 do STJ de 2015:

DIREITO CIVIL. DEFINIÇÃO DE PROPÓSITO DE CONSTITUIR FAMÍLIA


PARA EFEITO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. O fato de
namorados projetarem constituir família no futuro não caracteriza união estável,
ainda que haja coabitação. Isso porque essas circunstâncias não bastam à verificação
da affectiomaritalis. O propósito de constituir família, alçado pela lei de regência
como requisito essencial à constituição da união estável – a distinguir, inclusive, esta
entidade familiar do denominado “namoro qualificado” –, não consubstancia mera
proclamação, para o futuro, da intenção de constituir uma família. É mais
abrangente. Deve se afigurar presente durante toda a convivência, a partir do efetivo
compartilhamento de vidas, com irrestrito apoio moral e material entre os
companheiros. É dizer: a família deve, de fato, estar constituída. Tampouco a
coabitação, por si, evidencia a constituição de uma união estável (ainda que possa
vir a constituir, no mais das vezes, um relevante indício). A coabitação entre
namorados, a propósito, afigura-se absolutamente usual nos tempos atuais, impondo-
se ao Direito, longe das críticas e dos estigmas, adequar-se à realidade social. Por
oportuno, convém ressaltar que existe precedente do STJ no qual, a despeito da
coabitação entre os namorados, por contingências da vida, inclusive com o
consequente fortalecimento da relação, reconheceu-se inexistente a união estável,
justamente em virtude da não configuração do animus maritalis (REsp 1.257.819-
SP, Terceira Turma, DJe 15/12/2011). REsp 1.454.643-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, julgado em 3/3/2015, DJe 10/3/2015.

Ante o exposto, é possível perceber que o Contrato de Namoro é um instrumento


desprovido de eficácia jurídica, isso porque, os doutrinadores não conferem validade ao
referido contrato e os julgados dos tribunais ainda possuem divergências, entretanto, muitos
tribunais vêm seguindo a mesma linha de pensamento, tendo em vista, o objeto esbarrar na
matéria de ordem pública e direito indisponível.

CONCLUSÃO
Este artigo, trouxe uma analogia entre o Contrato de namoro e a União estável.
Demonstrou quais são as características de cada ente, trabalhou os requisitos de sua formação,
diferenças e a validade jurídica, com intuito de esclarecer as questões patrimoniais envolvidas
nos temas.
A partir do namoro, as partes envolvidas na relação, buscam através de uma
manifestação de vontade, formalizar o namoro como um comprometimento social, sem
vínculo matrimonial, visto que este não tem nenhuma consequência jurídica. Através de um
contrato, manifestam a vontade de esclarecer que a relação não ultrapassa o limite de um
simples namoro, para evitar qualquer consequência jurídica.
Por outro lado, a União Estável, trata-se de ato-fato jurídico, que preenchendo os
requisitos para a sua caracterização, terão consequências jurídicas, uma vez que, é definido
em nosso ordenamento jurídico as consequências de uma União Estável, em relação a herança
e Alimentos.
Pode-se perceber que uma das principais diferenças existentes entre os dois institutos,
é a vontade das partes. Por um lado, no contrato de namoro não tem o desejo em constituir
uma família e consequentemente não ter relação jurídica quanto a herança e alimentos, por
outro lado, a União estável é o desejo em constituir uma família e ter a garantia de herança e
alimentos como definido em nossas leis.
Enfim, o contrato de namoro, não possui eficácia jurídica, entretanto, é um
instrumento usado para a tentativa de descaracterizar a União estável em uma possível ação
judicial, visto que o contrato foi realizado para demonstrar a vontade das partes em não
constituir uma família, sem projetos futuros. Dessa forma não haveria do que se falar em
consequências jurídicas para o casal.
Agradecemos a leitura de nosso artigo, esperamos que possa incentivar mais pesquisas
sobre este tema, e consequentemente desenvolver novos estudos para estes institutos, por se
tratar de um tema novo com diversas divergências.

ABSTRACT
Thisarticlepresents a
theoreticaldiscussionregardingthedatingcontractcomparedtothestableunionandits
patrimonialeffects, in which it will approach ananalysisofthisatypicalcontractinserted
in the legal world, in ordertodiscuss its validity. This new
typeofcontractisbeingincreasinglyrequestedbymostcouplestoday.
Thisarticlewillbebasedonthelawof no. 8.971/94, whichprovides for a stable Union
andwaspartiallyrevokedby Law 9.278 of 1996, which no longer requires
thecoupletolivetogether for 5 years for its recognition, andonlythecouple must
demonstratebymeansof a golden, publicformand continues tohave a
reciprocalobjectiveoffamilyformation. Furthermore, the Civil Code in its article 1.723,
acts in accordancewiththeabovementionedprovision. Thisway, it became more
complicatedto make thisdifferentiationbetweenthetwoinstitutes. In thissense,
thedatingcontractalsoknown as "qualifieddating" isinserted, in orderto remove
thecharacterizationoftheStable Union, thusruling out serious patrimonial discussions
in the future. It ispossibletonoticethatitslegalvalidityis still muchdiscussedwithinthe
legal system, sothatthere are manydivergencesonthesubject. However, it
isobservedthat some cases of its elaboration are alreadyseen, and it isalsodefended
in thejurisprudence. Thisarticlewill make
ananalysisusingscientificandlegislativeresearchmethods,
bringingexamplesofdoctrines, drylawandjurisprudence. Therefore,
thisarticlewilladdressthecharacterizationofthedatingcontract,
differentiationbetweentheinstitutesofdatingcontractandstableunion, as
wellasitslegaleffects.
Keywords:DatingAgreement.Differencesofthedatingcontract.Stable Union.Legal Validity.

REFERÊNCIAS

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Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.

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Oficial da União, DF, 10 mai.1996.

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Brasil.Brasília, DF:Senado Federal: Centro Gráfico, 1988

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