Você está na página 1de 2

1) Renato, ao completar 16 anos, em 18/10/2015, foi contratado pela empresa

Dantas S/A, para trabalhar na função de office boy, sendo dispensado em 15/05/2017
(aviso prévio trabalhado). Diante de algumas irregularidades contratuais, ajuizou ação
em 01/06/2019. A empresa poderá alegar a prescrição bienal? Por quê?
Resposta: Não, porque a prescrição bienal ocorre somente dois anos após o trabalhador
atingir 18 anos. Segundo prescreve o art. 400 da CLT, não corre prescrição contra
menor de 18 anos.

2) Fabiany com 13 anos foi admitida irregularmente pela empresa Mar e Lua
Ltda., hipótese em que trabalhou por três anos (10/10/2012 a 10/10/2015), sem nunca
ter sido registrada. Na data de 20/04/2019 pretende ajuizar ação para reconhecer o
vínculo empregatício, com a devida anotação em sua CTPS. A empresa poderá alegar a
prescrição bienal? Por quê?
Resposta: Não, pois a anotação da CTPS é pedido de reconhecimento declaratório, não
sendo passível de prescrição, podendo também solicitar o pedido de anotação por
expressa disposição, conforme disposto no art. 11, §1° da CLT.

3) Fernando foi admitido pela empresa Beta S/A, em 13/01/2010, quando apenas
tinha 13 anos de idade, sendo que sempre extrapolou a jornada normal de trabalho, sem
nunca ter recebido horas extras. Trabalhou na empresa até o dia 20/04/2018. Ao ajuizar
a ação trabalhista, em 20/04/2019, para pleitear o pagamento das horas extras, a
empresa em sede de defesa alegou a prescrição quinquenal. Deverá ser acolhido a
prejudicial de mérito pelo Juiz? Por quê?
Resposta: Não há que se falar em prescrição quinquenal, uma vez que a prescrição
quinquenal é contada do ajuizamento da ação. No caso da peculiaridade de Fernando ser
a época menor de idade. Prevalece então o entendimento que a prescrição quinquenal se
retroagida cair em data em uma data em que ainda permanecia como menor de idade,
não há de se falar em prescrição, podendo então retroagir até 8 anos para pleitear o
pedido, caso fique provado a irregularidade. O referido pedido da empresa não deve ser
acolhido pelo juiz.

4) Gabriela teve seu contrato de trabalho extinto, ante o aviso prévio trabalhado, na
data de 15/05/2016. Em 15/05/2017 ajuíza ação trabalhista, ante o não pagamento do
adicional noturno que entende devido. A audiência foi designada para o dia 20/11/2017,
quando a trabalhadora não comparece em audiência, hipótese em que a ação é
arquivada. Na data de 15/05/2019, a trabalhadora ajuíza nova ação para o pagamento do
adicional noturno e também de adicional de horas extras, pela extrapolação da jornada.
A empresa poderá alegar a prescrição bienal? Por quê?
Resposta: A empresa poderá alegar apenas a prescrição bienal do pedido de horas
extras, uma vez que a prescrição se caracteriza em data divergente do pedido pleiteado
anteriormente. Porem em relação ao pleito de adicional noturno não, uma vez que houve
interrupção da prescrição com ajuizamento de nova demanda. Artigo 11, §3° da CLT,
conforme entendimento consagrado da sumula 268 do TST.

5) 5) Marcela, ao completar 03 anos de contrato de trabalho, foi comunicada e


imediatamente dispensada na data de 15/08/2017, hipótese em que não recebeu as
verbas rescisórias. No dia 20/09/2019, a trabalhadora ajuíza ação trabalhista pleiteando
o pagamento de referidas verbas rescisórias. A empresa poderá alegar a prescrição
bienal? Por quê?
Resposta: A empresa não pode alegar a prescrição bienal, uma vez que a ação ajuizada
está dentro do prazo. Conforme disposto no art. 487, §1°, da CLT, o aviso prévio
indenizado integra o contrato de trabalho para todos os efeitos legais, até mesmo a baixa
da CTPS e contagem do prazo prescricional, conforme entendimento consagrado pela
jurisprudência do TST, Ojs n° 82 e 83 da SDI. Então Marcela terá direito a 39 dias de
aviso prévio proporcional, por conter 3 anos de contrato de trabalho.

6) Pedro passou a trabalhar para a empresa Doloris Ltda. em 10/01/2011, sendo


que exerceu suas atividades até o dia 15/06/2017, quando pediu demissão. Diante de
algumas irregularidades, ajuizou ação trabalhista na data de 10/05/2019, visando a
condenação da empresa em algumas verbas contratuais. Delimitar o prazo prescricional.
Resposta: O prazo quinquenal é contado da data do ajuizamento da ação, conforme
sumula 308 do TST, portanto levando em consideração a data está prescrita. Todos os
pleitos pecuniários anteriores foram culminados.

Você também pode gostar