DIREITO DE FAMÍLIA

Diferenças e igualdades entre o Casamento e União Estável

Acadêmica: Beatriz de Sousa Nonato R.A.: 01570007879

Acadêmica: Denise de Oliveira Santos R.A.: 02320008352

Turma: DR9P-0157

Professor: César Floriano de Camargo

Palmas/TO, 2024
 Diferenças e igualdades entre o Casamento e União Estável

Preliminarmente, cabe trazer o conceito de casamento e união estável, sendo:

Casamento: Segundo Oliveira (2006), o casamento, de um modo geral, é uma

união socialmente aprovada entre pessoas físicas que tenham como propósito constituir
família, mediante comunhão de vida. A aprovação do casamento pelo Estado é chamada
de casamento civil. Com o reconhecimento de uma comunidade religiosa, o casamento
passa a ser conhecido como casamento religioso.

União Estável: Segundo Azevedo (2000), união estável é a convivência não-

adulterina, nem incestuosa, duradoura, pública e contínua de um homem e de uma mulher
sem vínculo matrimonial, convivendo como se casados fossem, sob o mesmo teto ou não,
constituindo, assim, sua família de fato. A Constituição Federal de 1988 reconheceu a
união estável como entidade familiar, facilitando a sua conversão em casamento, mas não
definiu quais seriam os direitos assegurados, o que foi feito pelo legislador
infraconstitucional (Leis 8.971/94, 9.278/96, anteriormente, Código Civil, arts. 1.723 a
1.727 e súmula 380 do STF).

Assim, o casamento é um ato civil e formal, que precisa ser formalizado perante
cartório. A união estável não é um ato formal, mas sim uma situação de fato, que pode ou
não ser formalizada.

Para melhor elucidação, vejamos um quadro comparativo entre esses dois regimes
de acordo com o Código Civil:

Diferenças:

Casamento União Estável

1. Conceito O casamento estabelece A união estável é reconhecida
comunhão plena de vida, com como entidade familiar entre
base na igualdade de direitos e duas pessoas, configurada na
deveres dos cônjuges. (art. convivência pública, contínua e
1.511) duradoura, estabelecida com o

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2. Características
3. Regimes de bens
4. Registro Civil
5. Estado Civil
6. Formalização
6. Reconhecimento
objetivo de constituição de uma
família (Art. 1.723)
Os principais elementos são a Tem como elementos principais
formalidade, publicidades dos a publicidade de convivência,
atos, habilitação matrimonial durabilidade e continuidade do
prévia, solenidade de celebração, vínculo, objetivo de constituição
união permanente e exclusiva. familiar.
Permite a escolha e modificação Vedada a escolha de regime
do regime de bens (comunhão parcial regime
obrigatório).
Obrigatório o registro Facultativo o Registro
O sobrenome pode ser alterado e O estado civil não sofre
o estado civil muda de “solteiro” alterações.
para “casado”.
Formalizado por meio de uma Sem formalidade. Acontece
celebração feita por um juiz de quando duas pessoas passam a
paz ou juiz de direito. Depois vai viver juntas, formando uma
para o registro civil e é emitida entidade familiar.
uma certidão de casamento.
Efeito imediato, logo após É necessário um processo judicial
celebração do casamento. com sentença favorável ao
reconhecimento.

Igualdades:

Casamento União Estável

1. Dissolução Judicial ou Extrajudicial Judicial ou Extrajudicial
(divórcio). (necessita-se primeiro o
reconhecimento da união para
depois a dissolução, nos casos
que houver interesse na partilha
de bens e filhos menores
(dissolução).
2. Direito a pensão de morte O parceiro tem direito. O parceiro também tem direito,
porém terá de provar a união
estável ao INSS.

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 3. Impedimentos legais
4. União homo afetiva
Previstos pelo artigo 1521 do Todos os impedimentos legais
Código Civil, restringe a união ao casamento são também
entre pessoas com grau de aplicáveis à união estável.
parentesco por laços de sangue
ou por afinidade.
Casais homo afetivos possuem o Possuem direito de ter a união
direito ao casamento civil. estável reconhecida.

Assim, nota-se que o fato da união estável ter sido equiparada ao casamento e ter
as mesmas proteções jurídicas, ainda que haja diferenças, foi uma grande conquista do
direito brasileiro.

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Referências Bibliográficas:

 OLIVEIRA, Dalva Trindade de Souza. União Estável Paralela ao

Casamento ou Famílias Simultâneas. Salvador/BA, 2006.

 AZEVEDO, Álvaro Villaça. União Estável. Revista do Advogado n° 58,

AASP, São Paulo, março/2000.

 Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm

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