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AN02FREV001/REV 4.0
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DIREITO DE FAMÍLIA
MÓDULO IV
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MÓDULO IV
Apresentação
Introdução.
Previsão legal.
Término da sociedade conjugal.
O falecimento de um dos cônjuges.
A nulidade do casamento.
A anulação do casamento.
Separação.
Separação extrajudicial.
Separação consensual judicial.
Separação litigiosa.
Medida Cautelar de Separação de Corpos.
Partilha de bens.
Reconciliação.
Divórcio.
Divórcio direto.
Divórcio conversão.
Divórcio consensual.
Divórcio litigioso.
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13 INTRODUÇÃO
14 PREVISÃO LEGAL
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O Código Civil estabelece que a morte é presumida quando:
14.3 SEPARAÇÃO
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14.4 DIVÓRCIO
O divórcio está previsto nos Artigos 1579 a 1582 do Código Civil, bem como
nas Leis 6.515 de 1997; 11.441 de 2007 e a Emenda Constitucional nº 66 de 2010.
Importante
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A dissolução da sociedade conjugal não se confunde com a dissolução do
casamento. Quando a sociedade conjugal é dissolvida, as partes deixam de ter os
deveres de coabitação e fidelidade, mas preservam vínculos jurídicos. Por esse
motivo é que as pessoas separadas não podem casar novamente.
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Nesse caso, deve-se fazer a averbação do falecimento na certidão de
casamento. Para tanto, é necessário levar a certidão de óbito ao Cartório de
Registro Civil que expediu a certidão de casamento, para que dela passe a constar o
local e data do falecimento do cônjuge.
Também é preciso fazer inventário para partilhar os bens do falecido entre
os herdeiros, especialmente se o cônjuge sobrevivente decidir casar-se novamente
porque, conforme já estudamos, enquanto não é feita a partilha, o regime de bens
em caso de novo casamento, obrigatoriamente, é o da separação de bens.
16 A NULIDADE DO CASAMENTO
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Recordando o que estudamos no Módulo I, impedimentos,
previstos no Artigo 1521 do Código Civil são circunstâncias que proíbem a
realização do casamento ou acarretam a nulidade do casamento realizado em sua
presença.
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A pessoa que adota outra com quem foi casado com a pessoa adotada e
também o adotado com quem foi cônjuge da pessoa que o adotou.
A pessoa adotada com o filho da pessoa que o adotou, porque são, na
verdade, irmãos.
Os irmãos, sejam eles por parte de pai e mãe (bilaterais), ou só por parte
de pai ou por parte de mãe (unilaterais).
Os parentes colaterais, até o terceiro grau, ou seja, tios com sobrinhos.
As pessoas casadas, porque só se pode contrair um casamento de uma
vez. Enquanto não for dissolvido o casamento anterior, a lei não permite que se case
novamente.
O cônjuge sobrevivente com a pessoa que foi condenada por homicídio
doloso ou tentativa de homicídio contra o seu esposo(a).
18 A ANULAÇÃO DO CASAMENTO
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Quando a autoridade que celebra o casamento não é competente.
Importante
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19 COAÇÃO
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Adultério.
Tentativa de morte.
Maus tratos físicos e a ofensa moral grave.
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Abandono voluntário do lar conjugal durante um ano contínuo.
Conduta desonrosa.
Além dessas, o juiz pode reconhecer outros fatos que tornem impossível a
convivência marital.
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20.2 SEPARAÇÃO EXTRAJUDICIAL
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a partilha de bens, o pagamento ou não de pensão alimentícia entre os cônjuges e a
alteração ou não do nome de casada. Feita a escritura, os cônjuges devem procurar
o Cartório de Registro Civil onde celebraram o casamento para fazer a averbação da
separação no registro do casamento.
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casada. Por meio de um advogado, devem propor ação de separação consensual
judicial. A audiência pode ser incluída na pauta de audiência do dia, conforme a
disponibilidade do juízo, caso haja urgência das partes. Não há nesta modalidade de
separação nenhum litígio a ser dirimido entre os cônjuges.
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homologação poderá ser posteriormente suprida, mediante da alteração dos termos
integrantes da separação amigável.
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Na petição de separação deve estar especificado o motivo que causou a
insuportabilidade da vida em comum, bem como as intenções do cônjuge sobre a
guarda dos filhos e regime de visitação, pensão alimentícia para os filhos, pensão
alimentícia entre os cônjuges, partilha de bens e alteração do nome de casada.
Feito isso, o outro cônjuge será citado para que se defenda na ação,
apresentando a sua versão sobre os acontecimentos. Também nesta oportunidade,
deve fazer referência ao que concorda e discorda do outro cônjuge e informar quais
as suas pretensões sobre a guarda dos filhos e regime de visitação, pensão
alimentícia para os filhos e entre os cônjuges, partilha de bens e alteração do nome
de casada.
Logo após, o juiz marcará dia e hora para audiência, para que cada um dos
cônjuges compareça juntamente com seus advogados. Na oportunidade da
audiência, o juiz ouvirá separadamente cada uma das partes e, se achar necessário,
as reunirá para ouvi-las juntos. O juiz tentará a reconciliação do casal ou o acordo
quanto aos termos da separação. Não sendo possível, analisará as intenções de
cada um dos cônjuges e decidirá conforme seu convencimento, depois de ouvido o
Ministério Público.
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Homologada a separação, o juiz emitirá um ofício que deverá ser levado ao
Cartório de Registro Civil onde foi celebrado o casamento, para que seja averbada a
separação judicial no verso da certidão de casamento. Caso bens imóveis tenham
sido partilhados, a averbação também deverá ser feita no Cartório de Registro de
Imóveis.
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Se o juiz estiver convencido de que a permanência do outro cônjuge no lar
conjugal poderá expor a vida e a moral dos membros da família, promoverá a
separação provisória de corpus, ordenando que o culpado retire-se do lar conjugal.
O cônjuge obrigado a se retirar do lar deve procurar um advogado para se defender.
21 PARTILHA DE BENS
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Em regra, entende-se como partilha de bens a transação que tem por
finalidade a divisão de herança em partes iguais entre todos os herdeiros do “de
cujus”. As partes não precisam fazer a partilha de bens durante o processo de
separação. De acordo com a lei, ela pode ser feita posteriormente; todavia, a
conversão da separação em divórcio só será permitida após a homologação da
partilha.
A partilha dos bens observará o critério fixado pela lei para a dissolução da
sociedade conjugal submetida ao regime de comunhão parcial de bens. Assim, em
princípio serão partilhados os bens que se sujeitaram à comunicação de aquestos
decorrentes do reconhecimento judicial da união estável.
Como qualquer outra relação amorosa, a união estável pode também ter o
seu término final e, de forma pacífica e madura, de marcar-se consensualmente
sobre todos os pontos da separação, como bens, guarda/visita de filhos (convivência
familiar), alimentos.
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A união estável é uma situação que existe de fato entre duas pessoas
(heteroafetivo ou homoafetivo), situação esta que a Lei outorgou praticamente as
mesmas qualidades do casamento civil, celebrado sob o regime da comunhão
parcial de bens. Essa tem sido a decisão majoritária dos tribunais. Destacando o
julgamento da ADPF 132-RJ, na qual o Supremo Tribunal Federal, decidiu, com
efeito vinculante, afastar qualquer interpretação discriminatória da união estável
entre parceiros do mesmo sexo.
Desta forma, a união estável homoafetiva também gera separação com
partilha de bens. Por fim, vimos que houve uma evolução muito importante referente
à partilha de bens nesta modalidade de entidade familiar (união estável). Tal
evolução proporciona a proteção dos companheiros, nos casos de dissolução da
união estável, equiparando-os aos civilmente casados pelo regime de comunhão
parcial de bens, no caso de não haver prévia estipulação em contrato escrito sobre
outra forma de partilha.
22 RECONCILIAÇÃO
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Para tanto, por meio de um advogado, as partes, em conjunto,
podem requerer judicialmente o restabelecimento do vínculo do casamento.
23 DIVÓRCIO
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Após dois anos da separação de fato do casal, é possível requerer
diretamente o divórcio, em vez de proceder primeiro à separação e, posteriormente,
pedir o divórcio.
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O divórcio consensual ocorre quando as duas partes manifestam a vontade
de se divorciarem. O procedimento, no caso de divórcio consensual, pode ser
extrajudicial ou judicial.
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relação de bens a partilhar e pelo menos uma testemunha que não seja parente e
conheça as duas partes, bem como saiba há quanto tempo elas estão separadas.
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Homologado o divórcio, o juiz emitirá um ofício que deverá ser levado ao
Cartório de Registro Civil onde foi celebrado o casamento, para que seja averbado o
divórcio no verso da certidão de casamento.
Ocorre quando apenas uma das partes quer o divórcio ou quando as duas
querem, mas não concordam com as condições do divórcio.
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Neste caso, a parte interessada deve procurar um advogado para instruir
ação de conversão de separação em divórcio ou divórcio direto, conforme o caso.
A outra parte será citada para se defender e informar ao juiz a sua versão
dos fatos. O juiz tentará a reconciliação e o acordo e, não sendo possível,
determinará o divórcio e os seus termos depois de ouvido o Ministério Público.
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Homologado o divórcio, o juiz emitirá um ofício que deverá ser levado ao
Cartório de Registro Civil onde foi celebrado o casamento, para que seja averbado o
divórcio no verso da certidão de casamento.
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da EC 66\2010, não se torna mais imprescindível nenhuma separação anterior, nem
prazo nenhum para que se obtenha o divórcio.
Mas como não houve qualquer alusão à separação na redação dada ao art.
226 da CF, pela a EC 66 de 2010, abre-se a polêmica sobre a abolição dela no
sistema jurídico brasileiro. Não há dúvida de que a separação, em qualquer de suas
modalidades, inclusive a separação de corpos, não serve mais como fase
intermediária obrigatória para o divórcio. Assim, é de ressaltar que na atualidade,
não se fala mais em divórcio direto ou indireto (conversão), mas simplesmente em
divórcio, uma vez que não mais existe prazo a ser observado para sua concessão.
25 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Agora que você já estudou todos os módulos, aprofunde seu conhecimento
revisando cada um deles e fazendo as associações dos temas tratados. Outra
sugestão é ficar atento às notícias sobre o Direito de Família e visitar semanalmente
os sites dos Tribunais de Justiça brasileiros, assim como os do Superior Tribunal de
Justiça e do Supremo Tribunal Federal, para acompanhar os informes e
jurisprudências sobre este assunto.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2008, v. 5.
DINIZ, Maria Aparecida Silva Matias. Adoção por pares homoafetivos. Uma
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MALUF, Carlos Aberto Dabus; MALUF, Adriana Caldas do Rego Freitas Dabus.
Curso de Direito de Família. São Paulo: Saraiva, 2013.
PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de Direito Civil. 16. ed. São Paulo:
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RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2008, v. 6.
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VECCHIATTI, Paulo Roberto Lotti. Manual da Homoafetividade: da possibilidade
jurídica do casamento civil, da união estável e da adoção por casais homoafetivos.
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VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2008, v.6.
Sites Consultados:
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