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Direito de Família

Tipos de Família
São elas: Família “Tradicional”; União Estável; Família Homoafetiva; Família Paralela ou Simultânea;
Família Poliafetiva; Família Monoparental; Família Parental ou Anaparental; Família Composta,
Pluriparental ou Mosaico; Família Natural, Extensa ou Ampliada; Família Substituta; Família
Eudemonista.

Do Casamento
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os
pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art.
1.631.
Artigo 1631
1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou
impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade. Parágrafo único. Divergindo os pais
quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do
desacordo.

Do Casamento
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o
juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.

Art. 1.550. É anulável o casamento: (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)


I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e
não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
§ 1 o . Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. (Redação dada pela
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
§ 2 o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio,
expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. (Incluído pela Lei nº
13.146, de 2015) (Vigência)

Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração,
é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos, se houver coação.
§ 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis
anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus
representantes legais ou ascendentes.
§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta
dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.

Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:


I - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
II - por infringência de impedimento.

Art. 1.523. Não devem casar:


I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do ca
sal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois
do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a
pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as
respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo,
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do
inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.

Do Regime de Bens entre os Cônjuges


Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

Casamento Putativo
O vocábulo putativo deriva do latim “putare”, cujo significado é imaginar.

Portanto, o casamento putativo pode ser entendido como o casamento “imaginado válido”. Conceitua-se
mais formalmente como o matrimônio que, embora padeça de algum vício capaz de torná-lo nulo ou
anulável, produz efeitos legais, em respeito à boa-fé de um ou de ambos os consortes.

Para que reste caracterizada a putatividade do matrimônio, é indispensável a verificação da boa-fé. O


artigo 1.561 do Código Civil, em seu caput, menciona a boa-fé de ambos os cônjuges. Todavia, o § 1º do
referido artigo assegura a preservação dos efeitos do casamento nos casos em que há boa-fé de apenas
um dos consortes, a exemplo da bigamia.
Exige-se ainda a invalidade do casamento, o erro desculpável e a declaração judicial de nulidade ou
desconstituição do matrimônio.

No que diz respeito ao erro, este pode ser de fato ou de direito, constituindo assim uma rara exceção ao
artigo 3º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que veda a possibilidade de alegação do
desconhecimento da lei como forma de justificar seu descumprimento.

A sentença declaratória de nulidade (ação declaratória de nulidade) ou desconstituição (ação anulatória)


do casamento poderá reconhecer ou não a putatividade. Faculta-se às partes alegá-la desde então,
dispensando a necessidade de ação autônoma posterior para fazê-lo. Em todo caso, nada impede que o
magistrado a reconheça de ofício.

A verificação da putatividade produz o aproveitamento dos efeitos jurídicos do casamento, para ambos
os cônjuges ou para aquele que agiu de boa-fé. Cessados os direitos e deveres conjugais, os efeitos são:

Fixação de alimentos;
Partilha de bens, tal como ocorre num divórcio;
Uso do nome, quando houver justificado receio de lesão a direito pessoal;
Subsistência das doações feitas em contemplação de casamento futuro;
Emancipação ocasionada pelo casamento;
Configurada a boa-fé de apenas um dos consortes, tais efeitos somente a este aproveitarão, sendo-lhe
assegurado ainda o direito de pleitear reparação pelos danos morais ou materiais suportados.

Quando ambos os cônjuges agem de má-fé, não há que se falar em putatividade. Entretanto, sendo o
casamento inválido, os filhos havidos serão beneficiados de seus efeitos.

Pacto antenupcial
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o
casamento.

1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à aprovação de seu
representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.

1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei.

Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos, poder-se-á
convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.

Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas,
em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.

Regimes de Casamento
Comunhão Parcial de Bens
A Comunhão Parcial de Bens é o regime mais comum de casamento, é o regime "padrão" do
casamento. Esse será o regime aplicado caso as partes não escolham outro através do pacto antenupcial.
O elemento central deste regime é a presunção do esforço comum, ou seja, presume-se que, durante o
casamento, os dois contribuirão para a aquisição dos bens.
Como regra geral, a comunhão parcial possui uma diretiva simples: comunicam-se os bens que
são adquiridos pelos cônjuges durante o casamento (chamados de aquestos) e não se comunicam os
bens que cada um dos cônjuges já possuía anteriormente (chamados de particulares).
Numa singela explicação, comunicar, em termos jurídico, significa passar a pertencer ao casal.

Comunhão Universal de Bens


Na Comunhão Universal de Bens, a massa patrimonial é única, não existindo bens individuais,
pois acontece uma união dos patrimônios inclusive daqueles adquiridos antes do casamento.
Excetuam-se da comunicabilidade os bens doados/herdados com cláusula de
incomunicabilidade, os sub-rogados, os de uso pessoal, assim como livros e instrumentos de profissão,
os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge, as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas
semelhantes.
Do ponto de vista sucessório, no regime da comunhão universal o cônjuge não é herdeiro, mas
tem direito à meação (metade dos bens).

Separação Convencional de Bens


Para a adoção do regime da Separação Convencional de Bens, é necessária a celebração prévia
de pacto antenupcial, por meio do qual o casal convenciona que seus bens, presentes e futuros, serão
incomunicáveis.
Em caso de divórcio não há divisão de bens e cada um dos cônjuges permanecerá com os seus
respectivos bens, visto inexistirem bens comuns, sendo todos exclusivos de quem os adquiriu e registrou
em seu nome (ver comentários sobre a Súmula 377, abaixo).
Por outro lado, em caso de falecimento, o cônjuge sobrevivente torna-se herdeiro e terá direito a
uma parte dos bens deixados pelo falecido, senão a sua totalidade, caso não haja descendentes nem
ascendentes.

Separação Obrigatória de Bens


O regime de Separação Obrigatória de Bens é imposto pelo artigo 1.641, do Código Civil, o qual
determina que deverá haver a separação total de bens no casamento de pessoa maior de setenta anos,
bem como para os que dependerem de suprimento judicial para casar (menores de 18 e maiores de 16
anos cujos pais divergem quanto à autorização para o casamento, por exemplo), o que poderá ser
alterado quando da maioridade. Dessa forma, o patrimônio dos cônjuges não se mistura. Esse regime
seria necessário, para os maiores de 70 anos, para proteger-lhes o patrimônio, partindo do contestável
pressuposto de que são vulneráveis.
O art. 1641, do Código Civil, no que se refere aos maiores de 70 anos, é muito discutido
atualmente, especificamente sobre sua constitucionalidade. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
(TJ/RS), por exemplo, já decidiu pela inconstitucionalidade desse dispositivo, por trazer violação à
dignidade da pessoa humana. Por outro lado, o Ministro do STF, Luís Roberto Barroso, reconheceu que a
matéria é de nível constitucional e a repercussão geral do tema, mas ainda depende de julgamento pelo
Plenário do STF.

Separação de bens - Convencional e Obrigatória - Outras considerações


No regime da separação de bens (convencional e obrigatória), em caso de divórcio, deve ser
levada em consideração a regra pacificada pela Súmula 377, do STF, segundo a qual: "No regime de
separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento", ou seja, em caso de
divórcio, os bens adquiridos durante a união devem ser divididos entre os cônjuges (devendo em alguns
casos ser provado o esforço comum), já aqueles adquiridos antes da união, pertencem exclusivamente a
quem os adquiriu.
Por outro lado, o STJ já reconhece a inaplicabilidade da súmula 377, editada sob Código Civil de
1916, em regime de Separação Convencional de Bens, pois o regime é escolhido pelo casal e não uma
imposição legal. Com efeito, a aplicação da súmula, basicamente, transforma o regime de separação
obrigatória de bens no regime de comunhão parcial de bens, pois, em tese, ambos haveria a
comunicação de bens adquiridos com esforço comum na constância do relacionamento.
Em caso de falecimento, o cônjuge/companheiro sobrevivente, em geral, não é considerado
herdeiro se houver descendentes do falecido (artigo 1.829, inciso I, do CC).
Hoje é aceito que os nubentes, caso desejem, podem afastar Súmulas do STF e STJ via pacto
antenupcial.

Participação Final nos aquestos


Por fim, o último regime de bens previstos em lei é o da Participação Final nos Aquestos, de
longe, é o regime menos comum. Trata-se de um regime híbrido, segundo o qual, no decorrer do
casamento, são aplicadas as regras da separação total/convencional de bens e, no momento do divórcio,
as normas da comunhão parcial de bens, partilhando-se os bens adquiridos onerosamente por cada um
durante a união.
Assim, na constância da união cada cônjuge é livre para administrar seus próprios bens, sem a
necessidade de pedir autorização do outro cônjuge para a venda de um imóvel, por exemplo.
Dissolvida a união por morte, a meação do cônjuge supérstite ocorrerá nos moldes do divórcio e
os bens particulares do falecido serão deferidos como herança aos herdeiros.

Princípio da Autonomia Privada


Um dos princípios mais importantes é o Princípio da Autonomia Privada.

Ele está presente em diversos ramos do direito como o Direito das Coisas, Direito de Família, Direito das
Sucessões, entre outros, por isso sua importância é tão destacada.

Para entendermos bem este princípio, pode-se dizer inicialmente que os contratos, de maneira geral,
têm 04 requisitos básicos para existirem e serem válidos. Eles precisam ter:

- Objeto lícito, possível e determinado ou ao menos determinável

- Partes capazes

- Forma prescrita ou não proibida (qualquer que seja: verbal, escrita, solene etc.)

- Vontade livre e consciente

A vontade de contratar, portanto, é um requisito e, como vimos, ela precisa ser livre e consciente.

O princípio da autonomia privada garante que esta vontade seja respeitada.

Este princípio, basicamente, é composto de 03 tipos de liberdades que são garantidas para os
contratantes:
- Liberdade contratual: que é quando as partes podem escolher com quem contratar;

- Liberdade de contratar: que é quando as partes podem escolher se querem contratar ou não;

- Liberdade de eleger o clausulado: que é quando as partes podem escolher o conteúdo do contrato.

Em resumo, o princípio da autonomia privada nos assegura que, para um contrato existir, é preciso que
as 3 liberdades acima dispostas sejam consideradas e, ao menor sinal de descumprimento de qualquer
uma delas é aceso um sinal amarelo, que nos informa que pode haver um vício na vontade livre e
consciente, capaz de tornar o contrato nulo.

Mitigação do Princípio da Autonomia Privada


Neste ponto você pode estar se perguntando: nos contratos de adesão, que são aqueles que já vem
prontos (como os da conta de luz, contratos bancários, consórcios, financiamentos etc.), não se é
possível “eleger o clausulado”, então, não estariam eles desrespeitando o princípio da autonomia
privada?

E a resposta é um grande e sonoro: SIM!

Ocorre que, em razão do dinamismo das relações sociais e da “massificação” do consumo em nossa
sociedade é preciso que alguns contratos já venham “prontos”, cabendo a um dos contratantes apenas
consentir ou não, mitigando assim, de certa forma, o princípio da autonomia privada. Por outro lado,
para equilibrar esta relação, o legislador nos traz normas que “protegem” a parte hipossuficiente, ou
seja, aquela que não teve como discutir o contrato. É o caso do Código de Defesa do Consumidor e da
CLT, por exemplo, que, com um certo dirigismo contratual (que é quando o Estado interfere de alguma
maneira nas relações contratuais privadas) buscam fortalecer o consumidor em face do fornecedor nos
contratos de consumo e o trabalhador em face do seu patrão nos contratos de trabalho.

Outro ponto a se salientar é que um grande redutor do alcance do princípio da autonomia privada hoje
em dia é a função social do contrato. Para resumir, a função social do contrato, prevista no artigo 421 do
Código Civil, nos diz que nas relações contratuais é preciso se levar em consideração que,
independentemente da vontade das partes, um contrato precisa respeitar os interesses de toda a
sociedade e não somente dos contratantes. Para dar um exemplo prático, imaginemos que você tenha
uma grande quantidade de entulho em um terreno e contrate uma empresa para retirá-lo dali. Então
vocês decidem que esta empresa irá queimar o tal entulho e a fumaça cobre todo o bairro, intoxicando
os vizinhos. Por mais que o objeto do contrato (queimada dos materiais) não seja ilícito por si só,
claramente não foi respeitada a função social do contrato, podendo ele ser revisto judicialmente, o que,
de certa maneira, também mitigará o princípio da autonomia privada, pois nenhuma decisão tomada
pelas partes tem o direito de desrespeitar interesses metaindividuais ou relativos à dignidade da pessoa
humana.

Princípio da Autonomia Privada x Princípio da Autonomia da Vontade


Os doutrinadores modernos, como Flávio Tartuce e Nelson Rosenvald, por exemplo, seguem uma linha
de pensamento de que o princípio da autonomia privada veio para substituir o antigo princípio da
autonomia da vontade. Mas porque esta substituição?

Hoje em dia entende-se que a autonomia não é “da vontade” e sim “da pessoa”.
Isso porque nem sempre podemos seguir 100% nossa vontade na hora de contratar. Vamos imaginar que
você seja um pai de família e queira usar suas economias para comprar um carro. Pode até passar pela
sua cabeça a vontade de comprar um carro esportivo de dois lugares e conversível, porém, você sabe
que tem que levar as crianças na escola, fazer compras e levar sua sogra e o cachorro para passear.
Levando isso em consideração, você vai até a concessionária de veículos e compra então uma minivan,
que atenderá suas necessidades.

Neste exemplo, vemos com clareza que nos responsabilizamos apenas pelas vontades declaradas, reais e
concretas, ou seja, subjetivamente a vontade de fechar um determinado contrato, quando está apenas
em nossa cabeça não obriga a outra parte e não possui uma autonomia própria.

Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados na vigência do Código Civil anterior, Lei no
3.071, de 1o de janeiro de 1916, é o por ele estabelecido.

Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na
constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.

Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada
um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
Art. 1..688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos
rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.

Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:


I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

Súmula 377 do STF: A “comunhão parcial de bens” no regime da separação obrigatória. O regime da
separação legal de bens é aquele em que a lei impõe aos nubentes (casal) a obrigatoriedade de total
incomunicabilidade entre seus respectivos patrimônios.

Regime de separação convencional mantém bens do casal separados antes e durante o casamento. O
regime de separação de bens mantém isolados os patrimônios dos cônjuges acumulados antes e durante
o casamento, conforme entendimento unânime da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A lei prevê a separação CONVENCIONAL, quando as partes optam voluntariamente por este regime, e a
separação OBRIGATÓRIA, quando, por alguma particularidade, a lei impõe que este seja o regime
adotado.

A separação obrigatória é imposta quando: algum dos nubentes tem mais de 70 anos, ou se divorciou ou
viuvou e não fez partilha de bens com os outros herdeiros, ou quando o casamento é nulo ou anulável,
ou quando a lei exigir suprimento judicial para o casamento, como os menores de 18 anos.

Em cada um desses regimes, convencional ou obrigatória, a partilha de bens praticamente se “inverte” a


depender da hipótese: divórcio ou viuvez.

Enquanto na CONVENCIONAL não há partilha de bens no divórcio, na OBRIGATÓRIA há, desde que
ambos tenham contribuído para a aquisição.

Já na hipótese de viuvez, enquanto na CONVENCIONAL o viúvo é herdeiro dos bens deixados pelo
cônjuge, na OBRIGATÓRIA o viúvo não herdará o patrimônio deixado pelo falecido.

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