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Direito Civil VII – Direito das Famílias – Professora Luciane Sobral


Aluna: Tatiane Regiane Costa Lourenço – 8º Período – Noturno

Elaborar 10 questões discursivas com as respectivas respostas sobre os


temas trabalhados em sala abaixo:

1 – Qual a construção familiar de antigamente X atual?


R = Família patriarcal e patrimonializada, constituída por um Pai, uma Mãe e
filhos, onde existia uma hierarquia clara do Pai como chefe da família, obtentor
do poder supremo (decisões, dinheiro, costumes a seguir, religião e etc).
Podemos observar que a família atualmente é considerada a junção de duas ou
mais pessoas, seja de maneira solidária, afetiva, consanguínea ou não,
constituída das mais diversas formas, onde o poder se vê dividido entre seus
membros.

2- Em qual situação antigamente a mulher teria direito a administrar o


casamento?
R= Conforme o artigo abaixo, somente nestas possibilidades, a mulher seria
considerado o direito de administrar a casa/casamento.

Art. 251. À mulher compete a direção e a administração do casal, quando o marido:


I. Estiver em lugar remoto, ou não sabido.
II. Estiver em cárcere por mais de dois anos.
III. For judicialmente declarado interdito.

3 – Quais são os princípios do Direito de Família e quais entidades


familiares são reconhecidas pela nossa Constituição Federal?
R = Dignidade da Pessoa Humana; Liberdade; Igualdade; Solidariedade
Familiar; Pluralismo Familiar; Afetividade; Direito à convivência familiar; Melhor
interesse da criança e do adolescente; Principio da responsabilidade; Principio
da proibição do retrocesso social;

Reconhecidas pela CF/88 Não Codificadas


- União Estável homoafetiva; - Casamento Civil;
- Família Simultânea; - União Estável Heteroafetiva;
- Família Recomposta; - Família Monoparental;
- Família Anaparental;
- Família Eudemonista / Solidária;
- Família Unipessoal;
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4 – O Cônjuge pode ser considerado parente? Justifique o grau de


parentesco.
R= Não pode, conforme define-se abaixo o grau de parentesco de cônjuges e
familiares.

Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da
afinidade.
§ 1 o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do
cônjuge ou companheiro.
§ 2 o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união
estável.

5 – Quais os requisitos para constituir um casamento civil? Em que


momento no nosso ordenamento era permitido o casamento em indivíduo
que ainda não alcançou a idade núbil?
R= O único requisito para constituir casamento civil é ter Capacidade civil,
exceto:
 Se emancipado;
 Se maior de 16 anos (idade núbil), com autorização de ambos os pais,
caso um dos pais não autorize, pode-se suprir tal consentimento com o a
autorização judicial.
Obs: Caso seja um casamento realizado somente através da autorização
judicial, o mesmo tem como regime de bem a Separação Obrigatória de Bens.
A pouco tempo (2002) nosso Código Civil apresentava em seu artigo
1.520 as exceções onde se permitia o casamento civil de indivíduos que ainda
não haviam alcançado a idade núbil (16 anos), onde determinava como brecha
para a união duas formas de liberação:
- para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal;
- em caso de gravidez;
A nova/última redação revogou todo o determinado no artigo 1.520 de 2002,
pois na nova redação da Lei 13.811/2019, determina-se:

Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade
núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código.

6 – Qual tipo de vício tem prazo prescricional? Ele seria de Nulidade


Relativa ou absoluta?
R = Pode-se afirmar que o vício sanável é o que obtém um prazo prescricional,
conforme o artigo 1.560 do CC, sendo de nulidade relativa este tipo de vício, ou
seja, pode ser anulado.
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da
celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos, se houver coação.
§ 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de
dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do
casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.
§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e
oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.
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7 – Existe determinação legal para a suspensão imediata do casamento,


impedindo que o mesmo aconteça na data escolhida?
R = Sim, existem algumas razões para as quais o celebrante do casamento deve,
conforme a lei, se negar a realizar a celebração do casamento civil, conforme
determina o artigo 1.538 do CC.

Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos


contraentes: I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à
suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.

8 – Quais são os casos de impedimento, onde o casamento é considerado


NULO caso ocorra?
R = Existem categorias que a lei determina como “NÃO PODEM SE CASAR”,
sendo este considerado NULO pela lei, conforme determinam as leis abaixo:

Art. 1.548 CC
É nulo o casamento contraído:
II - por infringência de impedimento.

Art. 1.521. Não podem casar:


I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; (pais, avós,
bisavós);
II - os afins em linha reta; (sogros, enteados, avós do cônjuge);
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
(genro, nora; sogro, sogra);
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
(irmãos, tios e sobrinhos);
V - o adotado com o filho do adotante; (irmãos);
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o
seu consorte.

9 – Qual era o regime de bens legal quando não havia convenção antes de
77, e qual entrou em vigor à partir da Lei do Divórcio de 1977, como o
regime mais “comum”?
R= O Regime Legal mais comum antigamente era o de Comunhão Universal de
Bens, o qual passou a mudar por lei, à partir da Lei de Divórcio que passou a
vigorar em 1977, passa a ser o mais comum e indicado quando não há
convenção, o Regime de Comunhão Parcial de Bens, sendo o mais utilizado até
os dias de hoje.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens
entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
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10 – O que é o Pacto Antenupcial e como é feito? E para definir um Regime


de Bens no Pacto antenupcial, podem ser mesclados mais de um tipo de
regime no mesmo pacto?
R= O pacto antenupcial nada mais é do que um contrato solene firmado entre os
nubentes antes do casamento com o objetivo de convencionar como ficarão
questões atinentes ao patrimônio bem como aspectos extrapatrimoniais de
cunho interpessoal ou até de responsabilidades paterno-filiais.
O pacto antenupcial é feito por meio de uma escritura pública em Cartório de
Notas e deverá ser levado ao Cartório de Registro Civil onde será realizado o
casamento. Os nubentes devem levar consigo os documentos pessoais (RG e
CPF).
O Regime de Bens pode ser mesclado de acordo com a vontade dos nubentes,
e o que mais lhes aprouver no quesito de abranger as vontades conforme seus
bens e etc, no pacto antenupcial, é possível escolher regras de dois ou mais
regimes, como uma espécie híbrida, determinado pela legislação abaixo:
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus
bens, o que lhes aprouver.

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