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QUESTÕES N2 - DIREITO CIVIL – DIREITO DE FAMÍLIA

1. Podemos conceituar a adoção como um ato jurídico em sentido estrito, de natureza


complexa, excepcional, irrevogável e personalíssimo, que firma a relação paterno ou
materno-filial com o adotando, em perspectiva constitucional isonômica em face da
filiação biológica.

2. A adoção atribui ao adotado a condição de filho, para todos os efeitos de direito,


pessoais e patrimoniais, inclusive sucessórios, em regime de absoluta isonomia em
face dos filhos biológicos, desligando-o dos seus pais naturais, mantidas, tão
somente, as restrições decorrentes dos impedimentos matrimoniais:
“Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e
parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

§ 1.º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os


vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os
respectivos parentes.

§ 2.º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o


adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4.º grau, observada a
ordem de vocação hereditária”

3. Podemos conceituar o poder familiar como o plexo de direitos e obrigações


reconhecidos aos pais, em razão e nos limites da autoridade parental que exercem
em face dos seus filhos, enquanto menores e incapazes.

4. Nos artigos 1.638 e 1.639, lista as hipóteses de extinção do poder familiar. Essas
situações estão relacionadas à perda da autoridade dos pais sobre os filhos. Nas
hipóteses de Morte dos Pais ou do Filho, Maioridade do Filho, Emancipação do
Filho, Casamento do Filho Maior de 16 e Menor de 18 Anos, Nomeação de Tutor e a
Destituição do Poder Familiar (Em situações excepcionais, quando
comprovadamente houver abuso, negligência, maus-tratos ou outras condutas
graves por parte dos pais, o poder familiar pode ser destituído judicialmente.)

5. A guarda unilateral concede a autoridade decisória a um único genitor, enquanto a


guarda compartilhada envolve ambos os pais na tomada de decisões importantes
para o filho.

6. Três princípios fundamentais informam o sistema: o princípio da liberdade de


escolha, o princípio da variabilidade e o princípio da mutabilidade.

O primeiro afirma que, em regra, os nubentes podem, de acordo com a sua


autonomia privada e liberdade de opção, escolher o regime que bem lhes aprouver.
Não deve o Estado, salvo quando houver relevante motivo amparado em norma
específica, intervir coativamente na relação matrimonial, impondo este ou aquele
regime.
Já o princípio da variabilidade traduz a ideia de que a ordem jurídica não admite um
regime único, mas sim uma multiplicidade de tipos, permitindo, assim, aos noivos, no
ato de escolha, optar por qualquer deles.
Com o Código de 2002, essa realidade mudou, uma vez que, conforme veremos em
momento oportuno, admitiu-se o direito a essa mudança, a qualquer tempo, desde
que observados os requisitos da lei.
Por tais razões, o terceiro princípio informativo do regime patrimonial passou a ser o
da mutabilidade.

7. Trata-se de um negócio jurídico solene, condicionado ao casamento, por meio do


qual as partes escolhem o regime de bens que lhes aprouver, segundo o princípio
da autonomia privada.

8. A autorização conjugal é necessária em algumas situações específicas,


principalmente quando se trata de atos praticados por um dos cônjuges que afetam
direitos do casal. As hipóteses em que a autorização conjugal é requerida estão
listadas no Artigo 1.647 do Código Civil. Nas hipóteses Alienação de Bens Imóveis,
Fiança e Aval, Transação, Contrato de Penhor, Garantia Real ou Fidejussória,
Doação e Renúncia a Direitos.

9. No que diz respeito à separação obrigatória (legal), entende-se aplicável, ainda, a


súmula referida, havendo assim possibilidade de comunicação entre os bens
adquiridos durante o casamento, razão pela qual ela se desqualifica como absoluta.
O que permite concluir que, em relação ao primeiro problema formulado neste
estudo, a outorga uxória ou marital somente é dispensada nos casos arrolados nos
incisos do artigo 1.647, quando o regime de bens for o da separação convencional.

10. O regime legal supletivo no Brasil é o da comunhão parcial de bens. Portanto, se os


noivos não escolherem um regime de bens específico durante o processo de
habilitação para o casamento civil, automaticamente serão regidos pelo regime da
comunhão parcial de bens.

11. As hipóteses são Idade (Quando um dos cônjuges é menor de 16 anos),


Incapacidade Absoluta ( Se um dos cônjuges for considerado absolutamente
incapaz, como no caso de interdição por motivo de doença mental), Viúvos e Órfãos
Menores ( Os viúvos que não se casaram novamente e os órfãos menores de 16
anos) e Pessoas Maiores de 70 Anos.

12. Sim, devido ao princípio da mutabilidade, com a chegada do Código de 2002, essa
realidade mudou, uma vez que, conforme veremos em momento oportuno, admitiu-
se o direito a essa mudança, a qualquer tempo, desde que observados os requisitos
da lei.

13. No regime de comunhão parcial de bens, os bens adquiridos durante o casamento


são considerados comuns ao casal, enquanto os bens que cada cônjuge possuía
antes do casamento permanecem como bens particulares.
14. No regime de comunhão universal de bens, todos os bens presentes e futuros dos
cônjuges são considerados comuns ao casal. Isso inclui não apenas os bens que
cada cônjuge já possuía antes do casamento, mas também os adquiridos durante a
união.

15. É a obrigação que uma pessoa tem de prover o sustento necessário a outra que não
possui recursos suficientes para garantir suas necessidades básicas. Em geral, essa
obrigação ocorre nas relações familiares, especialmente entre parentes próximos,
como pais e filhos, cônjuges, e em alguns casos, até mesmo entre ex-cônjuges.
16. Os pressupostos e critérios comuns para a fixação de alimentos incluem:
Necessidade do Alimentando, Possibilidade Financeira do Alimentante,
Proporcionalidade, Padrão de Vida Anterior, Idade e Estado de Saúde, Contribuição
para a Formação Profissional do Alimentando e Custódia dos Filhos Menores.

17. As pessoas que podem exigir alimentos incluem Filhos Menores, Filhos Maiores em
Situação de Necessidade, Cônjuges ou Ex-Cônjuges e Pais Necessitados.

18. Os alimentos definitivos são estabelecidos em uma sentença judicial após a


conclusão do processo legal que envolve a fixação dos alimentos. Os alimentos
provisórios são concedidos durante o curso de um processo judicial e visam garantir
o sustento da parte que necessita dos alimentos enquanto o caso está sendo
analisado. Os alimentos provisionais, muitas vezes usados como sinônimo de
alimentos provisórios, referem-se à mesma ideia de uma obrigação alimentar
temporária que é concedida antes de uma decisão final sobre o caso.

19. Ambos os tipos de alimentos têm como base a obrigação alimentar, mas diferem na
abordagem em relação à natureza das prestações. Enquanto os alimentos civis
buscam manter um padrão de vida semelhante ao anterior, os alimentos naturais
concentram-se nas necessidades básicas para garantir a sobrevivência digna da
pessoa que os recebe.

20. Alimentos pretéritos lidam com prestações que deveriam ter sido cumpridas no
passado, alimentos presentes referem-se às obrigações atuais e alimentos futuros
envolvem prestações que serão exigíveis em momentos futuros.

21. As causas de extinção da pensão alimentícia são Maioridade civil, Morte do


alimentante, Novo matrimônio ou união estável, Indignidade do credor de alimentos
e Reversão da guarda de filhos.

22. Podemos compreender o bem de família como o bem jurídico cuja titularidade se
protege em benefício do devedor — por si ou como integrante de um núcleo
existencial —, visando à preservação do mínimo patrimonial para uma vida digna.

23. O bem de família voluntário é aquele instituído por ato de vontade do casal, da
entidade familiar ou até mesmo de terceiro, mediante registro no CRI (Cartório de
Registro de Imóveis).
24. art. 1.723, CC/2002, que se refere a uma “convivência pública, contínua e
duradoura”, bem como de tudo quanto aqui exposto, é possível sintetizar quatro
elementos caracterizadores essenciais da união estável, a saber:a) publicidade; b)
continuidade; c) estabilidade; d) objetivo de constituição de família. Os elementos
considerados Elementos caracterizadores acidentais (tempo, prole e coabitação).

25. Enquanto a união estável é uma forma de relação afetiva formalmente reconhecida,
o termo concubinato pode ter conotações mais informais e não é consistentemente
reconhecido legalmente em todos os lugares.

26. Uma relação entre dois irmãos ou qualquer outra forma incestuosa — impedidos,
portanto, de casar — não subsumida no conceito de união estável, desembocando
na árida regulamentação do simples concubinato. Os companheiros sejam homem e
mulher solteiros, separados judicialmente, divorciados ou viúvos, impede o
reconhecimento de união estável de pessoas casadas e ainda não separadas
judicialmente, mesmo que separadas de fato.

27. a denominada “família monoparental” na entidade familiar composta por qualquer


dos pais e sua prole. pode ser ela classificada em originária ou superveniente. a
família monoparental originária, deve-se incluir, logicamente, a entidade familiar
constituída pela adoção, em que um indivíduo solteiro (independentemente de sexo)
adota uma criança, constituindo um núcleo familiar. Já a família monoparental
superveniente é aquela que se origina da fragmentação de um núcleo parental
originalmente composto por duas pessoas, mas que sofre os efeitos da morte
(viuvez), separação de fato ou divórcio.

28. Enquanto a tutela se aplica a menores de idade para garantir seu cuidado e
desenvolvimento, a curatela é destinada a adultos incapazes, visando proteger seus
interesses e assegurar que suas necessidades sejam atendidas. Ambas as
instituições têm como princípio fundamental o cuidado e a proteção daqueles que
não podem, por diferentes razões, exercer plenamente seus direitos civis.

29. extingue-se a condição de tutelado tanto com a maioridade ou a emancipação do


menor, bem como nos casos de reconhecimento ou adoção. Obviamente, diante de
toda a fiscalização sofrida, a tutela também pode cessar, em relação ao tutor, na
hipótese de negligência, prevaricação ou incapacidade superveniente. Por fim,
obviamente, cessa a tutela no falecimento de qualquer dos sujeitos dessa relação
jurídica de direito material, quais sejam, o tutor e o tutelado ou pupilo.

30. Os Curatelados tradicionalmente, a curatela era reservada a sujeitos incapazes,


absoluta ou relativamente, com exceção dos menores, para os quais o instituto
aplicável seria a tutela.

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