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RESUMO
ABSTRACT
The present article has as objective the institute of adoption in Brazil that has
been modifying over the years through legislation, with the aim of facilitating this
important process that is guided by several principles, as for example the
principle of equality between children. However, the adoption of larger ones is
little practiced and even unknown by many people, possessing significant
differences in relation to the process of adopting minors. In addition, it is
important to analyze the legal consequences in relation to adoption on the
alimony and succession.
Keywords: Adoption. Adoption process. Adoption of greater.
INTRODUÇÃO
Esses fatos mostram que ao longo dos anos a concepção de família foi se
alterando, sendo um conceito muito associado com as questões culturais de
uma sociedade. Assim, enquanto em alguns países é comum a presença de
famílias poligâmicas, no Brasil, essa constituição de família é vedada, por
exemplo.
A questão afetiva nas relações de família tem se tornado cada vez mais
importante. No direito de família, essa tendência pode ser observada através
do princípio da afetividade, que determina que o afeto e o amor são elementos
formadores da família.
Em 2013, surgiu uma polêmica em torno do Projeto de Lei n. 6583/2013 que
estabelece a família como a união entre um homem e uma mulher, o que
excluiria os homossexuais. No entanto, o Supremo Tribunal Federal através da
ADI 4.277/ADPF 132 reconheceu a união homoafetiva como entidade familiar,
o que permitiu a adoção.
Dentro da família com filhos menores, é possível encontrar o poder familiar que
seria “o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante a pessoa
e aos bens dos filhos menores”. O referido poder é atualmente exercido de
forma igualitária entre os genitores, não havendo distinção entre sexo, devido
ao já citado princípio da igualdade jurídica dos cônjuges e dos companheiros.
ASPECTOS GERAIS DA ADOÇÃO
Conforme Carlos Roberto Gonçalves, a adoção é “ato jurídico solene pelo qual
alguém recebe em sua família, na qualidade de filho, pessoa a ela estranha”.
Há, assim, um vínculo fictício de filiação que deve observar determinados
requisitos legais.
Esses requisitos sofreram mudanças ao longo dos anos, na maioria das vezes,
com o intuito de facilitar que esse processo se realize. Além dessas mudanças,
ao longo do tempo, também se modificaram os direitos do adotado, já que
inicialmente ele não era equiparado ao filho que nasceu do casal.
Outras alterações trazidas pela nova lei são a substituição da expressão pátrio
poder para poder familiar, o estabelecimento do período máximo de dois anos
de permanência dos menores em abrigo e a criação do Cadastro Nacional com
crianças e adolescentes em condições de serem adotadas por pessoas
habilitadas.
A concepção do que pode ser interesse do menor aparenta ser subjetiva, mas
a jurisprudência vem usando como critério o desenvolvimento físico e moral da
criança, a qualidade de suas relações afetivas e sua inserção no grupo social.
Alguns juízes também levam em conta a idade e o sexo da criança.
Em seu livro, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho afirmam essa
ideia dizendo que “A principal função da família e a sua característica de meio
para a realização dos nossos anseios e pretensões. A família não é mais um
fim em sim mesmo, conforme já afirmamos, mas, sim, o meio social para a
busca de nossa felicidade na relação com o outro”.
Por fim, o princípio da plena proteção das crianças e adolescentes pode ser
encontrado no artigo 227 da Constituição Federal, pois neste dispositivo está
determinado que os menores devem possuir plena proteção e prioridade
absoluta em seu tratamento.
PROCESSO DE ADOÇÃO
Caso seja constatado que o genitor biológico possui alguma deficiência mental,
o procedimento contraditório será necessário, assim como a nomeação de um
curador especial, devendo o genitor ser ouvido.
O artigo 1.634 do Código Civil estabelece a forma como o poder familiar deve
ser exercido, citando a obrigação de providenciar a criação e a educação, o
poder de conceder ou negar consentimento para o menor viajar ao exterior,
bem como consentimento para casar, entre outros exemplos.
Por sua vez, no artigo 1.635 do mesmo Código estão previstos os casos em
que ocorre a extinção do poder familiar, estando entre elas a ocorrência da
maioridade e a adoção e por decisão judicial.
O processo que envolve o maior de dezoito anos também se rege pelo Estatuto
da Criança e do Adolescente e exige a existência de um procedimento judicial,
como previsto no artigo 1.619 do Código Civil.
IMPLICAÇÕES LEGAIS
Dessa forma, é possível observar que a adoção traz implicações legais que se
agravam ainda mais quando se trata de uma irrevogabilidade da medida que
aborda um assunto tão sensível como a família.
Apesar de na maioria dos casos, o pedido de alimentos seja pedido pelos filhos
para os pais, o artigo 1.694 do Código Civil determina que os parentes, os
cônjuges ou companheiros podem pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem, observando a condição social.
É importante salientar que o cancelamento da pensão alimentícia quando o
filho atinge a maioridade não é automático. O principal critério dos alimentos é
a existência de necessidade, assim, a obrigação será mantida caso essa
existência seja comprovada.
É importante ressaltar que a súmula 309 do STJ determina que a prisão civil só
poderá ocorrer compreendendo as últimas três prestações alimentares
anteriores ao ajuizamento, assim, como as que vencerem no curso do
processo.
A sucessão pode ser legitima ou testamentária, caso não tenha sido deixado
um testamento ou esse seja considerado tanto caduco (torna-se ineficaz por
causa posterior) como nulo, a herança será transmitida aos herdeiros legítimos.
É importante observar que caso haja herdeiros necessários, o testador
somente poderá dispor da metade da herança, além disso, entre os herdeiros
legítimos existe uma ordem preferencial denominada ordem da vocação
hereditária.
Em relação aos descendentes, a regra prevista na Constituição Federal de
igualdade entre os filhos prevalece, não podendo ser feita a distinção entre
legítimos e ilegítimos
Dessa maneira, o filho adotivo terá direitos em relação a herança de seus pais
adotivos, no entanto, em relação aos seus pais biológicos a situação é
diferente, não é possível que o adotado obtenha a herança de seu pai
biológico, já que os vínculos são completamente desligados.
CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
ARAUJO JÚNIOR, Gediel Claudino de. Prática no Estatuto da Criança e do
Adolescente – 2. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017.