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Introdução
Embora a noção de risco não seja de modo algum nova nas Ciências
Sociais, é de Ulrich Beck (1992) a tentativa de conceituação da “sociedade do
risco”, como característica do mundo contemporâneo, emergindo da própria ob-
solescência da sociedade industrial, quando então “os riscos sociais, políticos,
econômicos e individuais tendem cada vez mais a escapar das instituições para
o controle e a proteção da sociedade industrial”. Num momento posterior,
os perigos da sociedade industrial começam a dominar os debates e conflitos
públicos, tanto políticos como privados [...] as instituições da sociedade
industrial tornam-se os produtores e legitimadores das ameaças que não
conseguem controlar. [...] Por um lado a sociedade ainda toma decisões e
realiza ações segundo o padrão da velha sociedade industrial, mas, por outro
as organizações de interesse, o sistema judicial e a política são obscurecidos
por debates e conflitos que se originam do dinamismo da sociedade de risco
(BECK, 1997, p.15-16).
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O conceito de modernização reflexiva, na verdade, é construção de Guiddens. Porém Beck, Guiddens
e Lasch tendem a dialogar de modo a enfatizar cada vez mais as aproximações entre suas linhas
teóricas. Beck, que desenvolveu sua teoria inicial sobre a sociedade do risco em 1993, em 1997
apresenta uma formulação mais elaborada dela, exatamente no contexto de uma discussão sobre
a modernização reflexiva.
2. Dependencia demográfica
a. Viviendas sin independientes
b. Con más de uno y menos de tres dependientes
c. Con tres y más dependientes
7. Uniparentalidad
a. Con presencia de hijos menores de 15 años
b. Con siete o más personas en la vivienda (CELADE, 2000)
Na seqüência, a autora observa ainda que este aumento foi maior nas
famílias de menor renda. Naquelas com renda inferior a três salários míni-
mos, a proporção de parentes ou agregados menores de 14 anos passou de
6,6% em 1981 para 7,5% em 1997. As autoras sugerem que pode haver
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Não é por acaso que mesmo teorias sociológicas do mainstream associam o surgimento da família
nuclear ocidental à urbanização, à industrialização e à destruição de formas antigas de produção
(Goode, por exemplo), ou seja, a grandes mudanças societais (GOODE, 1969).
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Note-se que, nesta acepção, a noção de capital social pouco tem a ver com a famosa formulação
de Bourdieu, que o considera um instrumento de reprodução da classe dominante e do capital
econômico desta classe. Na verdade, ambas as concepções partilham apenas a idéia geral de que
o capital social é constituído por redes de relações das quais resulta alguma benesse social para os
indivíduos envolvidos (BOURDIEU, 1986).
[...]
Estes resultados significam que nos Estados Unidos, o cuidado filial necessário
para se manter o idoso fora da instituição é fornecido principalmente pelas
filhas e não pelos filhos. Em contraste, em muitos lugares da Ásia, a tarefa
de cuidar dos pais idosos cabe aos filhos (algumas vezes ao filho de uma
ordem específica de nascimento) e não às filhas. A maior quantidade de
capital social proporcionada pelos filhos em relação às filhas resulta em forte
preferência pelo filho homem em grande parte da Ásia. Esta preferência
pelo filho, por sua vez tem conseqüências nos níveis de fecundidade, e na
mortalidade infantil e na infância. (ASTONE et al., 1999, p.21).
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Observação de Ana Amélia Camarano, em palestra proferida sobre a dinâmica demográfica
japonesa (NEPO, 2004).
À guisa de conclusão
Referências bibliográficas