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Universidade: Faculdade de Petrolina - FACAPE

Curso: Serviço Social


Disciplina: Questão Social
Docente: Prof. Mestre Maria Lucia
Discente: Alessandra Floriano Baldini Santos
FICHAMENTO de CITAÇÃO COM ANÁLISE

A Questão Social no Capitalismo - Introdução


Referencia:
texto: IAMAMOTO, M. "A Questão social no capitalismo". In Revista Temporalis, nº 03,
ABEPSS, Brasília, 2001 (p. 09 a 32).

A introdução nos traz uma reflexão no que concerne a “Questão Social”, sobre os desafios do presente e
a necessidade de manter viva a esperança na construção de um futuro mais justo. Sobre um contexto
adverso, marcado por investidas conservadoras e avanço das desigualdades, de um debate coletivo
fundamental para compreender e enfrentar a questão social, na defesa dos direitos humanos e sociais,
abordando as relações entre Questão Social e Serviço Social no embate por direitos de cidadania,
destacando os desafios para a formação profissional e o trabalho do assistente social nesse contexto.
Conforme podemos perceber nas citações a seguir.

1.INTRODUÇÃO
...ENPESS realiza-se em um contexto adverso, mas decisivo para a profissão e para a sociedade.
Momento de acumular forças políticas e fôlego acadêmico ante as investidas conservadoras que
naturalizam o ordenamento capitalista e as desigualdades e contradições que dele emanam, em um amplo
empreendimento político-ideológico, que embaça a construção de iniciativas coletivas na trilha da
"viagem da encantação"... (p.09/10)

...a questão social produzida e reproduzida ampliadamente tem sido vista na perspectiva sociológica
enquanto “disfunção” ou “ameaça” a ordem e coesão social1.(p.10)

...a de análise distinta, a questão social enquanto parte constitutiva das relações sociais capitalistas, é
apreendida como expressão ampliada das desigualdades sociais: o anverso do desenvolvimento das forças

1
coesão social refere-se à força ou ao grau de união e integração dentro de uma determinada sociedade ou grupo social. É um
conceito complexo que engloba vários elementos, incluindo solidariedade, confiança mútua, senso de pertencimento, respeito
mútuo e cooperação entre os membros da sociedade. é crucial para o funcionamento saudável de uma sociedade, pois está
diretamente ligada à estabilidade, prosperidade e harmonia social.
produtivas do trabalho social. Sua produção/reprodução assume perfis e expressões historicamente
particulares na cena contemporânea. (p.10)

ANALISE PESSOAL
É preciso fortalecer o campo acadêmico do Serviço Social (que são fortalecidos por meio a ENPESS),
para resistir às tendências que tentam obscurecer a compreensão das questões sociais e das lutas por
justiça social, buscar por alternativas e soluções que possam desafiar e transcender as limitações impostas
pelo atual paradigma político e ideológico. Manter a resistência e mobilização política diante das
adversidades e desafios enfrentados pela profissão e pela sociedade como um todo. Pois se a questão
social é vista como algo fora do normal que “coloca em risco” a “sociedade”, fica evidente a
necessidade de uma compreensão mais ampla e crítica dos problemas sociais e de suas raízes estruturais.
Assim se houvesse de fato uma coerente coesão social, talvez haveria uma menor fragmentação, conflito
e divisão dentro da sociedade resultando em menos desconfiança, isolamento social, marginalização de
certos grupos e falta de solidariedade entre os membros da atual sociedade.
Vale ainda ressaltar que a contradição entre a expressão "questão social", que foi criada em um contexto
histórico específico, e a abordagem de Karl Marx sobre os processos sociais velados a essa questão.
Embora o termo "questão social" tenha sido usado inicialmente para descrever a ameaça percebida pela
classe dominante diante das lutas sociais, especialmente as lideradas pela classe operária, Marx
reconheceu que os problemas sociais estão intrinsecamente ligados à estrutura capitalista da sociedade.
Portanto existe de fato uma “nova questão social” no atual contexto?
FICHAMENTO de CITAÇÃO COM ANÁLISE
A Questão Social no Capitalismo - O significado da “questão social" no marco da teoria social
crítica
Referencia:
texto: IAMAMOTO, M. "A Questão social no capitalismo". In Revista Temporalis, nº 03,
ABEPSS, Brasília, 2001 (p. 09 a 32).

A "questão social" implica nas desigualdades geradas dentro de um sistema capitalista na relação
“Capital x Trabalho” gerando múltiplas expressões de questão social. É considerada inseparável do
processo de acumulação e dos efeitos que produz sobre as classes trabalhadoras, fundamentando a
necessidade de políticas sociais públicas. A autora ressalta que a expressão "questão social" foi cunhada
por volta de 1830, sendo historicamente tratada como uma ameaça ao poder estabelecido, argumenta
que os processos sociais que a questão social representa estão no centro da análise de Marx sobre a
sociedade capitalista. Ela é tributária2 das formas assumidas pelo trabalho e pelo Estado na sociedade
burguesa, portanto não é um fenômeno recente, mas sim inerente ao padrão de acumulação capitalista e
historicamente, essa questão foi tratada como uma ameaça ao poder estabelecido, especialmente pela
classe operária. O texto traz ainda uma reflexão crítica de abordagens que reduzem o trabalho a uma
atividade produtiva útil, sem considerar suas determinações sociais e históricas na sociedade capitalista.
Portando como aceitar o termo Nova Questão Social, citado anteriormente se esta não é uma questão
que se encerrou, mas sim que vem se renovando no contexto histórico da sociedade diante dos
problemas fundamentais associados à desigualdade, injustiça social e exclusão persistem, apesar das
mudanças sociais, políticas e econômicas que ocorreram ao longo do tempo com inclinação a se
perpetuar.

CITAÇÃO
2. O significado da “questão social” no marco da teoria social crítica.
... Existe, pois, uma indissociável relação entre a produção dos bens materiais e a forma econônúco-social
em que é realizada, isto é, a totalidade das relações entre os homens ern uma sociedade historicamente
particular, regulada pelo desenvolvimento das forças produtivas do trabalho social... (p.11)
ANALISE PESSOAL
A citação ressalta a importância de considerar os aspectos materiais da riqueza em conjunto com os
contextos sociais e as relações de poder subjacentes3.

2
Neste contexto significa que algo está intimamente ligado ou dependente de algo mais amplo.
3
No sentido figurado faz referência ao que está implícito, oculto, ou que não se manifesta claramente
Portanto, nota se que as "forças produtivas do trabalho social" referem-se à capacidade produtiva da
sociedade como um todo, incluindo os recursos naturais, as tecnologias disponíveis e as habilidades dos
trabalhadores. O desenvolvimento dessas forças produtivas ao longo do tempo influencia diretamente as
relações sociais em uma sociedade promovendo constantemente as desigualdades. Como por exemplo:
onde a principal força produtiva é a terra e o trabalho manual, as relações sociais serão moldadas em
torno da propriedade da terra e das relações de servidão ou trabalho agrícola. Por outro lado, em uma
sociedade industrial, onde a tecnologia e a maquinaria desempenham um papel central na produção, as
relações sociais serão influenciadas pelo emprego assalariado, pela propriedade dos meios de produção
e pela divisão do trabalho. Porém a grosso modo em ambas mantem se uma relação de exploração e
servidão. De modo que, ao reconhecer essa indissociabilidade, somos levados a considerar como as
relações de classe, gênero, etnia e outras formas de desigualdade moldam e são moldadas pelos processos
de produção. Pois somos permeados por um sistema capitalista onde prevalece uma divisão desigual das
riquezas geradas pela força desse trabalho.

CITAÇÃO
...Obscurecer as relações sociais que se expressam nos componentes materiais da riqueza,
autonomizando4-os enquanto propriedade das coisas, é cair nas armadilhas da mistificação, o que se
refrata hoje em muitas análises sobre o trabalho na sociedade burguesa... (p12)
ANALISE PESSOAL
Neste contexto entende se, que as relações de poder podem estar relacionadas à distribuição desigual de
recursos, à hierarquia social, à influência política, à dominação econômica, entre outros aspectos e
mantendo a concentração de riqueza e recursos nas mãos de uma minoria privilegiada, enquanto a maioria
enfrenta desafios econômicos e sociais. Então a que classe essa “autonomia” irá privilegiar, uma vez que
o resultado da produção de um determinado bem é avaliado de maneira independente e não como um
todo no seu produto final (por exemplo na produção de um automóvel o valor do trabalho é avaliado por
partes, ou seja peças produzidas individualmente e não na mercadoria pronto para consumo), levando a
uma distorção da realidade desvalorizando o valor da força de trabalho.
Uma “armadilha” que cega a classe trabalhadora ocultando a real intencionalidade, pois a riqueza não
deve ser vista apenas em termos de seu valor de uso, sem entender a forma social da riqueza, que envolve
o valor de troca e os fetichismos 5associados a ele. Evidenciando novamente as verdadeiras dinâmicas
de poder e exploração presentes na sociedade capitalista e as desigualdades presentes na “exploração do
homem pelo homem” (Karl Marx) já analisadas por Marx. Ou seja na relação dentro da sociedade capital
e trabalho o objeto tem maior importância que o indivíduo que a produz. (personificação do objeto)

4
Autonomizar tornar-se independente, autônomo; não depender outrem: autonomizar funcionários;
5
Marx fetichismo da mercadoria A esse caráter de predominância do valor de troca, pela qual se opera a exploração do trabalho
alienado e desse modo a obtenção do lucro por parte do capitalista, sobre o valor de uso e, consequentemente, a ocultação do
mediato pelo imediato
CITAÇÃO
Em primeiro lugar, ressalta que na sociedade capitalista, a mercadoria assume um papel central e
determinante. Tanto os produtos quanto o próprio trabalhador são vistos como mercadorias a serem
compradas e vendidas no mercado. O trabalhador, nesse contexto, é percebido como alguém que vende
sua força de trabalho em troca de um salário, o que o coloca em uma posição de submissão às relações
de trabalho assalariado. (p.13)
Em segundo lugar, a citação aborda a questão da mais-valia, que é a finalidade direta e o impulso
determinante por trás da produção na sociedade capitalista. A busca incessante pela redução dos custos e
maximização dos lucros é destacada como a força motriz que intensifica a produtividade do trabalho
social. Isso evidencia como a relação entre capital e trabalho se torna essencialmente uma relação de
exploração, onde o trabalho é utilizado como uma fonte de lucro para os detentores dos meios de
produção. (p.13)
ANALISE PESSOAL
Neste cenário pode ser observado duas situações, primeiro onde o trabalhador é mera mercadoria que
vende sua força de trabalho, que permanece desvalorizado e explorado. E segundo dessa exploração é
extraída a mais-valia, por meio da maior quantidade de trabalho de uma parcela menor de trabalhadores
pela ampliação da jornada de trabalho e intensificação do trabalho – articulando os meios de extração da
mais valia absoluta e relativa. Com o aumento na jornada de trabalho para captação da mais-valia
absoluta e no aumento da jornada de trabalho com incremento da tecnologia na produção aumentando a
produtividade, captando a mais-valia relativa.
Perpetuando a lógica da mercadoria e a busca pela mais-valia que moldam as relações sociais e
econômicas na sociedade capitalista, destacando a natureza essencialmente desigual e exploradora dessas
relações, revelando a desigualdade intrínseca ao sistema, onde o trabalhador não tem controle sobre o
produto de seu próprio trabalho e muitas vezes é explorado para gerar lucro para os donos dos meios de
produção. Onde ele não tem acesso ao que produziu isto é um fetiche, pois no sistema a capitalista na
logica entre o que ele produz e o que ganha o trabalhador não consegue adquirir. Portanto, essa citação
evidencia as relações de poder desiguais que permeiam a sociedade capitalista, destacando a necessidade
de uma análise crítica das estruturas sociais e econômicas que a sustentam.

CITAÇÃO
Entretanto com o progresso da acumulação, o aumento da produtividade torna-se um de seus produtos e
sua alavanca mais poderosa, operando-se uma mudança na composição técnica e de valor do capital.
Reduz-se proporcionalmente o emprego da força viva de trabalho ante o emprego de meios de produção
mais eficientes, impulsionando o aumento da produtividade do trabalho social...
Assim nos termos da composição de valor, reduz-se relativamente o capital variável- empregado na
força de trabalho- e aumenta-se o capital constante, empregado nos meios materiais de produção. A
incorporação das conquistas da ciência no processo de produção na sua globalidade - ela mesma uma
força produtiva por excelência (MARX, 1980)-, contribui para acelerar a produtividade do trabalho e a
rotação do capital, permitindo uma ampliação das taxas de lucratividade. (p.14)
ANALISE PESSOAL
A dinâmica da acumulação de capital na sociedade capitalista, destaca como o progresso nesse processo
leva ao aumento da produtividade do trabalho. E com o avanço da acumulação, há uma mudança na
composição técnica e de valor do capital, caracterizada pela redução proporcional do emprego da força
de trabalho em comparação com o uso de meios de produção mais eficientes. Isso impulsiona a
produtividade do trabalho social, esse fenômeno reflete uma tendência histórica na qual o
desenvolvimento tecnológico substitui o trabalho humano por máquinas e automação, resultando em uma
transformação na estrutura do capitalismo. Essa substituição contribui para a diminuição do capital
variável, representado pela força de trabalho, e para o aumento do capital constante, representado pelos
meios materiais de produção. Onde o tralhalho vivo (mão de obra), é subistituida pelo trabalho morto
(maquinário).
Essas conquistas científicas no processo produtivo destacam se como uma força produtiva essencial,
acelerando a produtividade do trabalho e a rotação do capital. No entanto, é importante considerar os
impactos sociais dessa dinâmica, como a automação que pode levar ao desemprego e à desigualdade
econômica, exigindo políticas públicas que abordem essas questões de forma justa e equitativa.
Assim no tocante do contexto de uma sociedade historicamente arraigada dentro de um sistema
capitalista, cada vez mais aumentam se as expressões da questão social, à medida que o sistema se
desenvolve e se transforma ao longo do tempo.

CITAÇÃO
Dentre essa superpopulação relativa - que à época da revolução industrial inglesa era qualificada
de "exército industrial de reserva" encontram-se os segmentos intermitentes, sujeitos às
oscilações cíclicas e eventuais de absorção e repulsa do trabalho nos centros industriais; a
superpopulação latente na agricultura, fruto da redução de demanda de força de trabalho
decorrente do seu processo de industrialização, não acompanhada de igual capacidade de
absorção dos trabalhadores nos pólos urbano-industriais.p.15
ANALISE PESSOAL
A questão da superpopulação relativa durante a revolução industrial, refere se ao fenômeno como um
"exército industrial de reserva". Esse contingente inclui tantos trabalhadores intermitentes, sujeitos a
flutuações na demanda por trabalho nos centros industriais, quanto uma superpopulação latente na
agricultura, resultado da industrialização sem correspondente absorção de mão de obra nos centros
urbanos, reflete uma característica histórica do capitalismo, na qual há uma reserva de mão de obra
disponível para atender às necessidades do sistema, mantendo os salários baixos e a pressão sobre os
trabalhadores por condições precárias.
Para melhor compreensão da análise é relevante entender que dentre essa superpopulação relativa temos:
Segmentos intermitentes ou flutuantes onde trabalhadores são repelidos e atraídos nos centros
industriais; A superpopulação latente população que migra dos campos para as cidades, que por sua vez
não possuem igual capacidade de absorção dos trabalhadores nos polos urbano industriais; e a parcela
estagnada de trabalhadores ativos com ocupações irregulares e eventuais: os precarizados, temporários
sobrevivendo abaixo do nível médio da classe trabalhadora, complementado com o crescimento do
pauperismo, segmento formado por contingentes populacionais miseráveis atos para o trabalho mas
desempregados, crianças, e adolescentes e segmentos indigentes incapacitados para o trabalho (idosos,
vitimada de acidentes doentes). Esse fenômeno evidencia as desigualdades estruturais e os desafios
enfrentados pelos trabalhadores, destacando a importância de políticas que promovam a inclusão social
e a distribuição justa de oportunidades de trabalho.

CITAÇÃO
A pulverização da questão social, típica da ótica liberal 6, resulta na autonomização de suas múltiplas
expressões- as várias "questões sociais" , - em detrimento da perspectiva de unidade. Impede assim de resgatar
a origem da questão social imanente à organização social capitalista, o que não elide a necessidade de apreender
as múltiplas expressões e formas concretas que assume... assim presencia-se hoje uma renovação da velha
questão social, inscrita na própria natureza das relações sociais capitalistas, sob outras roupagens e novas
condições sócio-históricas de sua produção/reprodução na sociedade contemporanea, aprofundando suas
contradições. Alteram-se as bases históricas que mediatizam sua produção/reprodução na periferia dos centros
mundiais, ern um contexto de globalização da produção e dos mercados, da política e da cultura, soba égide
do capital financeiro, acompanhadas de lutas surdas e abertas, nitidamente desiguais, que demarcam esse
processo na cena contemporânea. (p.18)
ANALISE PESSOAL
O texto aborda a pulverização da questão social na sociedade contemporânea, principalmente sob uma
ótica liberal (onde o Estado tem um papel limitado na regulação da economia e das relações sociais,
defendendo-se a intervenção mínima do governo nos assuntos privados e econômicos), que tende a
autonomizar suas diversas expressões em detrimento da compreensão da unidade subjacente.
Dificultando a análise da origem da questão social dentro da organização social capitalista. Porém, apesar
dessa fragmentação, há uma renovação da velha questão social, enraizada nas relações sociais
capitalistas, sob novas condições sócio-históricas. Isso se dá em um contexto de globalização, onde as

6
adjetivo não conservador; de ideias favoráveis à liberdade individual. Que segue o liberalismo, doutrina que defende a liberdade ...
bases históricas da produção e reprodução da questão social estão em constante mudança, influenciadas
pelo capital financeiro, como já analisado anteriormente.
Portanto destaca se a complexidade da questão social na atualidade, mostrando como ela se manifesta de
maneiras diversas e interconectadas em uma sociedade dominada pelo capitalismo. Apesar das tentativas
de fragmentação e autonomização das diversas expressões da questão social, é fundamental compreender
sua origem dentro das relações sociais capitalistas e reconhecer as mudanças que ocorrem nesse contexto
globalizado. Isso nos desafia a buscar uma compreensão mais holística7 e crítica dos problemas sociais
enfrentados pela sociedade contemporânea, a fim de promover uma mudança efetiva e equitativa.
Portando e relevante refletir que se ainda na atual sociedade vivemos em um constante ciclo de produção
e reprodução de desigualdades vistas nas expressões da questão social (como a violência, o trabalho
infantil, a violação de direitos humanos, dentre outros), seria incoerente pensar em uma nova questão
social, quando ainda carregamos tantas mazelas geradas pelas desigualdades sociais no decorrer da
história, de modo que o ciclo ainda não encerrou, mas apenas mudou o cenário, para tal então seria mais
coerente uma (re)novação da questão social diante das novas transformações e necessidades na realidade
da atual sociedade, pois a realidade é uma contaste que muda a todo momento. Mas que também tem o
dever político com cada indivíduo, sujeito ou cidadão da sociedade independente de sua classe social,
cor, gênero ou etnia, na garantia de seus direitos.

7
observar ou analisar algo ou alguma área de atuação ou vivência de forma panorâmica, ou seja, como um todo e não de maneira
desmembrada
FICHAMENTO DE CITAÇAO COM ANALISE
3. A Questão Social na cena contemporânea
Referencia:
texto: IAMAMOTO, M. "A Questão social no capitalismo". In Revista Temporalis, nº 03,
ABEPSS, Brasília, 2001 (p. 09 a 32).
Neste contexto destaca se a importância de entender as transformações econômicas, políticas e sociais na
produção da questão social contemporânea e a necessidade de buscar alternativas que promovam a justiça
social e a igualdade. Os impactos gerados pelas transformações significativas nas formas de produção e
gestão do trabalho diante das exigências do mercado globalizado, que passou por mudanças estruturais
desde os anos 1970. A financeirização da economia e a transição para um novo estágio de acumulação
capitalista que reconfiguraram as relações entre Estado, sociedade e mercado, impactando profundamente
a questão social e suas expressões na contemporaneidade.
Assim importa destacar quatro aspectos centrais que atribuem novas mediações históricas a produção da
questão social na cena contemporânea:
CITAÇÃO
1 Como sustenta Salama (1999) a lógica financeira do regime de acumulação - tende a provocar crises que
se projetam no mundo gerando recessão. É tributária dessa lógica a volatilidades do crescimento que
redunda em maior concentração de renda no aumento da pobreza, expressando um “apartheid
social”.(p.19)
ANALISE PESSOAL
Diante desse cenariro, destaca a relação intrínseca entre a lógica financeira do sistema de acumulação e as
crises econômicas globais. É importante observar como essas crises não são meramente eventos isolados,
mas são sintomas de um sistema econômico que perpetua a desigualdade social. Como já observado
anteriormente o quanto esta situação pode gerar desempregos e aumentar as desigualdades. A referência
ao "apartheid social" realça a separação e exclusão das classes sociais ressaltando a gravidade das
disparidades de renda e a marginalização de grupos sociais em meio a essas crises. Onde os governantes
se aproveitam das desigualdades e da miséria para se promoverem.

CITAÇAO
2. Na esfera da produção, o padrão fordista-taylorista tende a ceder a liderança a especialização flexível"
(Piore e Sabel) ou acumulação flexivel (Harvey, 1993). A Iflexibilidade sintetiza a orientação desse
momento econômico, afetando os processosdle trabalho, as formas de gestão da força de trabalho, o
mercado de trabalho e os direitos sociais e trabahistas, os padrões ele consumo,etc. Atinge visceralmente
a luta sindical em um quadro de recessão e desemprego.(p.19)
ANALISE PESSOAL
Um dos principais objetivos dessa transição é a redução de custos e a ampliação das taxas de lucratividade
para o capital. Isso leva ao rebaixamento dos custos do fator trabalho, o que resulta em confrontos com as
organizações sindicais e em cortes de salários e direitos dos trabalhadores. Além disso, há uma tendência
de terceirização e enxugamento das empresas, tanto no setor privado quanto no governamental, o que
contribui para a precarização do emprego.
A concorrência entre os capitais também impulsiona um rápido desenvolvimento científico e tecnológico,
que tem impacto direto na produção de bens e serviços. Essa revolução tecnológica pode trazer benefícios
em termos de eficiência e produtividade, mas também pode aumentar a polarização entre os trabalhadores
qualificados e não qualificados, além de intensificar a exploração do trabalho, os impactos dessa
transformação na vida dos trabalhadores, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade. A
precarização do emprego e a redução dos direitos trabalhistas podem aumentar as desigualdades sociais e
a exclusão, tornando necessário um maior engajamento na defesa dos direitos sociais e na luta por
condições de trabalho dignas., portanto é importante buscar estratégias de intervenção que promovam a
inclusão social e o fortalecimento dos vínculos comunitários, contribuindo para uma sociedade mais justa
e igualitária.

CITAÇÃO
3. Complementam esse quadro, radicais mudanças nas relações Estado/ sociedade civil, orientadas pela
terapêutica neoliberal, traduzidas nas políticas de ajuste recomendadas pelo "Consenso de
Washington"(BAPTISTA,1994). Por meio de vigorosa intervenção estatal a serviço dos interesses
privados articulados no bloco do poder contraditoriamente conclama-se, sob inspiração liberal, a
necessidade de reduzir a ação do Estado ante a questão social mediante a restrição de gastos sociais, em
decorrência da crise fiscal do Estado. A resultante é um amplo processo de privatização da coisa pública.
(p.20)
ANALISE PESSOAL
Por meio da leitura deste texto pode ser observado que no contexto houveram mudanças significativas nas
relações entre o Estado e a sociedade civil, influenciadas pela ideologia neoliberal 8 e pelas políticas de
ajuste recomendadas pelo "Consenso de Washington". Essas políticas, orientadas pela lógica do mercado,
promovem uma intervenção estatal vigorosa em prol dos interesses privados, em detrimento do bem-estar
social e dos direitos da população.
A redução da atuação do Estado na esfera social (isentando se de suas responsabilidades transferindo as
par o terceiro setor), com a restrição dos gastos públicos e a privatização de serviços essenciais, como
saúde e educação, tem impactos diretos na vida das pessoas, especialmente das mais vulneráveis. O
enfraquecimento das políticas sociais públicas e a transferência de responsabilidades para o setor privado
aumentam as desigualdades sociais e dificultam o acesso aos direitos fundamentais.

8
Na política, neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na
economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um
país, defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre
circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização.
Em suma pode ser intuído, que essas mudanças nas relações Estado/sociedade civil como um obstáculo
significativo para a promoção do bem-estar social e da justiça social. É necessário resistir aos ataques aos
direitos sociais e trabalhar em prol de políticas públicas que garantam o acesso universal a serviços de
qualidade, como saúde, educação e assistência social. Além disso, é fundamental fortalecer a organização
e a mobilização da sociedade civil, buscando construir uma ampla frente de resistência ao avanço do
neoliberalismo e suas consequências desastrosas para as camadas mais vulneráveis da população.

CITAÇÃO
4.Tais processos atingem não só a economia e a política, mas afetam as formas de sociabilidade. Vive-se
a "sociedade de mercado"(LECHNER, 1999) e os critérios de racionalidade do mercado - este tido como
o eixo regulador da viela social --, invadem diferentes esferas da vida social. Uma lógica pragmática e
produtivista erige a competitividade, a rentabilidade, a eficácia e eficiência em critérios para referenciar
as análises sobre a vida em sociedade. (p.21)
ANALISE PESSOAL
Diante do conhecimento de todo contexto historico é notavel neoliberalismo e a globalização têm
transformado profundamente as relações sociais, substituindo valores sociais e políticos por critérios de
eficiência econômica e produtividade.
A "sociedade de mercado" evidencia a hegemonia do capitalismo e sua influência em todas as esferas da
vida social(cultura ,saude, educação, economica...), subordinando valores humanos e sociais aos interesses
do mercado.
A competitividade, a rentabilidade e a eficiência são valorizadas em detrimento de princípios como
solidariedade, equidade e justiça social.
Essa lógica pragmática impõe desafios ao serviço social, pois coloca em xeque sua capacidade de
promover a transformação social e defender os direitos humanos em um contexto marcado pela
mercantilização das relações sociais.
Deste modo o serviço social continua a enfrentar os desafios de atuar em uma sociedade dominada pela
lógica de mercado, onde os valores humanos são frequentemente subordinados aos interesses econômicos.
FICHAMENTO DE CITAÇAO COM ANALISE
3. Estratégias para o enfrentamento da questão social e Serviço Social
Referencia:
texto: IAMAMOTO, M. "A Questão social no capitalismo". In Revista Temporalis, nº 03,
ABEPSS, Brasília, 2001 (p. 09 a 32).

Este tema propõe uma reflexão sobre a compreensão das estratégias adotadas para enfrentar a questão
social e suas implicações para o serviço social, destacando a importância da análise crítica e do
engajamento político na defesa dos direitos sociais e da cidadania, destacando dois projetos sociais
antagônicos: um de caráter universalista e democrático, baseado na constituição federativa de 1988, que
preconiza a defesa dos direitos sociais e a universalização dos serviços públicos, e outro de inspiração
neoliberal, que subordina os direitos sociais à lógica econômica e orçamentária que orientam a
estruturação das políticas sociais públicas e suas implicações para o serviço social. Aborda ainda de que
forma a privatização das políticas sociais e a mercantilização dos serviços afetam diretamente o trabalho
do assistente social, alterando o sentido do seu trabalho e suas condições de atuação e o surgimento do
terceiro setor, como uma via de privatização das políticas sociais, transferindo para organizações não
governamentais e filantrópicas a responsabilidade pela prestação de serviços sociais, o que impacta
diretamente o papel destes profissionais e suas práticas.

CITAÇÃO
O projeto de caráter universalista e democrático, informa, concepção da seguridade na Constituição
federativa de 1988. Aposta no avanço da democracia, fundado nos princípios da partcipaçao e do controle
popular, da universalização dos direitos, garantindo a gratuidade no acesso aos serviços, a integralidade das
ações voltadas à defesa da cidadania de todos na_ perspectiva da equidade(.p.22)
ANALISE PESSOAL
Quando se é pensado em possiveis estrategias para enfrentar a Questão Social e suas expressões o projeto de
caráter universalista e democrático que embasa a concepção da seguridade social na Constituição de 1988.
Traz um aporte para a categoria , pois esse projeto representa um avanço significativo na consolidação da
democracia no Brasil, baseado nos princípios da participação e controle popular, bem como na
universalização dos direitos sociais.N o contexto do serviço social, essa perspectiva é fundamental, pois
reforça o papel do assistente social como agente comprometido com a defesa dos direitos e da cidadania. A
garantia da gratuidade no acesso aos serviços e a integralidade das ações voltadas para a promoção do bem-
estar social são pilares essenciais para a atuação profissional do assistente social.
Essa abordagem universalista e democrática abre espaço para a construção de políticas sociais mais
inclusivas e participativas, que reconhecem as diversidades e desigualdades presentes na sociedade brasileira.
O que neste contexto favorece o trabalho do assistente social que desempenha um papel crucial na promoção
da equidade e na luta pela garantia dos direitos de todos os cidadãos, especialmente dos mais vulneráveis e
excluídos.

CITAÇÃO
...Aquele conhecimento é pre-requisito para impulsionar a consciência crítica e uma cultura pública
democrática para além das mistificações difundidas pela mídia. Isto requer também estratégias técnico-
políticas no campo da comunicação social -no.emprego da linguagem escrita,Oral e midiática para o
desencadeamento de ações coletivas que viabilizem propostas profissionais capazes para além das demandas
instituidas.(p.24)
ANALISE PESSOAL
O conhecimento como pré-requisito fundamental para impulsionar a consciência crítica e promover uma
cultura pública democrática. No contexto do serviço social, esse conhecimento refere-se não apenas à teoria e
prática profissional, mas também à compreensão dos processos sociais, políticos e econômicos que permeiam
a realidade dos indivíduos atendidos pelo serviço social, desenvolver uma consciência crítica significa não
apenas compreender as demandas e necessidades dos usuários, mas também analisar criticamente as
estruturas de poder e as desigualdades presentes na sociedade. Implica em uma análise profunda das políticas
sociais, das relações de classe, gênero, raça e outras formas de opressão que influenciam a vida das pessoas. .
Isso envolve utilizar diferentes formas de linguagem - escrita, oral e midiática - para disseminar informações,
promover debates e mobilizar ações coletivas em prol dos direitos sociais e da justiça social.No exercício
profissional do serviço social
Portanto essas estratégias são essenciais para ampliar o alcance das intervenções, fortalecer a participação
popular e enfrentar as mistificações e desinformações disseminadas pela mídia.

CITAÇÃO
...As condições e relações de trabalho em que estão inscritos os assistentes sociais são indissociáveis ela
Reforma do Estado, que redimensiona as relações Estado e sociedade atinge as políticas e/ ou ações voltadas
à questão social. Segundo a ótica oficial, verifica-se um esgotamento da "estratégia estatizante", afirmando-
se a necessidade de ultrapassar a administração pública tradicional, centralizada e burocrática. Considera-se
que o Estado deva deslocar-se da linha de frente do desenvolvimento econômico e social e permanecer na
retaguarda, na condição de promotor e regulador desse desenvolvimento.(p.24)
ANALISE PESSOAL
A "estratégia estatizante" representa uma abordagem na qual o Estado desempenha um papel central na
promoção do desenvolvimento econômico e social, onde o governo é o principal agente na formulação,
implementação e financiamento das políticas públicas, (especialmente aquelas voltadas para áreas como saúde,
educação, assistência social, habitação, entre outras). Assumindo a responsabilidade direta pela provisão de
serviços e políticas sociais. No entanto, conforme mencionado na citação, essa estratégia é considerada como
esgotada, especialmente diante das críticas à administração pública tradicional, marcada pela centralização e
burocracia. Assim emerge a necessidade de ultrapassar essa abordagem estatizante e repensar o papel do
Estado, que passa a ser visto não mais como protagonista, mas sim como promotor e regulador do
desenvolvimento. Isso implica em uma reconfiguração das relações entre Estado e sociedade, bem como uma
maior participação de outros atores sociais, incluindo o setor privado e organizações da sociedade civil, na
implementação de políticas sociais.
Diante desse cenário, os assistentes sociais precisam estar atentos às mudanças nas políticas sociais e na
organização do Estado, buscando desenvolver estratégias que possibilitem a defesa dos direitos sociais, a
promoção da justiça social e o fortalecimento do trabalho coletivo em prol da garantia de condições dignas de
vida para todos os cidadãos.
CITAÇÃO
Chama atenção a tendência de estabelecer uma identidade entre terceiro setor e sociedade civil. Esta
passa a ser reduzida a um conjunto ele organizações -as chamadas entidades civis sem fins lucrativos-,
sendo dela excluídos os órgãos de representação política, como sindicatos e partidos, dentro ele um
amplo processo de despolitização. A sociedade civil tende a ser interpretada como um conjunto de
organizações distintas e "complementares", destituída dos conflitos e tensões de classe, onde
prevalecem os laços de solidariedade. Salienta-se a coesão social e um forte apelo moral ao bem
comum", discurso esse que corre paralelo à reprodução ampliada elas desigualdades, da pobreza e
violência. (p.25)
ANALISE PESSOAL
Esta é uma questão fundamental no contexto do serviço social, relacionada à identidade e ao papel do
terceiro setor em relação à sociedade civil. A tendência de equiparar o terceiro setor à sociedade civil
pode ser problemática, pois exime os órgãos de representação política, como sindicatos e partidos, que
historicamente deveriam desempenhar papéis importantes na defesa dos direitos sociais e na promoção
da justiça social. Essa equiparação de “responsabilidades” contribui para um processo amplo de
despolitização, o que de certa forma ignora as desigualdades estruturais e os conflitos de classe que
permeiam a sociedade, desconsiderando as diferentes perspectivas e necessidades dos grupos sociais,
onde a sociedade civil é percebida apenas como um conjunto de organizações não governamentais, sem
considerar os conflitos e tensões de classe que a permeiam. Isso pode resultar na diluição das lutas
sociais e no enfraquecimento da capacidade de mobilização política para enfrentar as desigualdades, a
pobreza e a violência. Portanto, no contexto do serviço social, é importante questionar essa tendência e
buscar estratégias que fortaleçam a participação política e a mobilização social em prol da justiça social
e dos direitos humanos. É Preciso ter cuidado para não cair nas “armadilhas” do Estado e do sistema
capitalista que não podemos esquecer, explora, manipula, corrompe, cega, aliena, controla... em favor
da classe burguesa.
CITAÇÃO
Esta realidade é um dos desafios a enfrentar tanto na formação como no exercício quotidiano. E para
pensar o Serviço Social nesse momento histórico o uso criador do método legado por Marx é um
recurso analítico fecundo para análise das inéditas realidades do presente. Exige afinar e refinar os
recursos analíticos para, a partir de um atento acompanhamento dos processos histórico- sociais,
analisar o significado social do trabalho profissional no presente, incorporando e ultrapassando a
produção acumulada até então. Apreender as relações entre trabalho, questão social e o Serviço Social
na sociedade brasileira, em suas particularidades regionais e locais, é requisito para elaborar e efetivar
estratégias que possam contrarrestar9 a programática neoliberal em favor das necessidades e interesses
da coletividade. p30
ANALISE PESSOAL
É necessário compreender e enfrentar os desafios presentes na sociedade que exige uma abordagem
crítica e contextualizada, que vai além das análises convencionais.
O uso criativo do método legado por Marx é apresentado como uma ferramenta analítica é fundamental
para entender as novas realidades do presente. Isso implica em afinar e refinar os recursos analíticos, o
que requer um acompanhamento atento dos processos histórico-sociais. Ou seja, compreender as
particularidades regionais e locais da sociedade brasileira, pois isso influencia diretamente nas estratégias
de atuação do profissional em questão. A elaboração e implementação de estratégias eficazes para
contrariar os impactos da programática neoliberal exigem uma compreensão profunda das necessidades
e interesses da coletividade, bem como um compromisso firme com os princípios da justiça social e da
solidariedade, ressaltando ressalta a importância da formação continuada e do engajamento crítico dos
assistentes sociais na busca por alternativas que promovam uma sociedade mais justa e igualitária, mesmo
diante dos desafios impostos pelo atual contexto socioeconômico e política.
De modo que embora historicamente a profissão ainda não tenha seu valor de fato reconhecido, é preciso
existir, (re)existir e resistir, no enfrentamento das mazelas socias, na linha de front, pois de acordo com
Marx o “Estado é o comitê que administra os interesses da burguesia apaziguando os conflitos com as
leis ou o poder de policia é um aparato da supraestrutura que segue explorando a infraestrutura.”
Ativando assim uma constante que dificulta a atuação do assistente social, na inconstante realidade da
sociedade capitalista e opressora.

9
Decidir em contrário de algo

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