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Discente: Alessandra Floriano Baldini Santos

1. Após a queda da inflação, muitas vezes ocorre uma explosão do consumo, mesmo com taxas
de juros reais elevadas. Como você explicaria esse comportamento do consumidor?
Pode ser explicado por fatores como: Expectativas de estabilidade econômica (diminuição da
incerteza quanto a inflação futura), diversificação dos canais de compra, Aumento do poder aquisitivo
e de compra das classes de baixa renda, efeito riqueza, demanda reprimida, da recuperação do crédito
e do efeito multiplicador associado ao aumento do consumo e do investimento.
2. Faça uma breve comparação entre o Plano Cruzado e o Real, inclusive comparando a
conjuntura econômica na época em que foram lançados.
Plano Cruzado: O objetivo era controlar a inflação e estabilizar a economia.
Medidas adotadas foram: Congelamento de preços e salários; introdução de uma nova moeda;
indexação dos salários, incentivo ao consumo e controle de preços por meio de tabelamentos. Foi
bem sucedido no início, mas não conseguiu manter a estabilidade devido falta de medidas estruturais
para controlar gastos públicos e a pressão inflacionária, comprometendo a eficácia do plano.
Plano Real: O objetivo era não somente conter a inflação, mas também estabelecer bases para uma
estabilização duradoura.
Medidas adotadas foram: URV (unidade real de valor) antes do lançamento do real, desindexação
da economia, política cambial fixa com real ancorado no dólar, autonomia foi amplamente bem
sucedido, resultando em uma estabilização duradoura da economia brasileira, alongando se até os
dias de hoje.
3. Por que ocorreu a deterioração das contas externas após o Plano Real?

Porque a apreciação cambial, combinada com a demanda aquecida, levou ao aparecimento de déficits
na balança comercial, tanto pelo aumento significativo das importações como pelo fraco desempenho
das exportações.
4. Como o governo atuou diante das ameaças de crise cambial?

Promovendo no segundo mandato, mudança no regime de câmbio quase fixo para flutuante, situação
de ausência de metas fiscais para metas de superavit primário, promoção de ajuste das contas externas,
ajuste fiscal, estabilização da dívida pública e dos preços, melhoras das contas externas, promoção de
uma tímida desvalorização de 6% da taxa de câmbio, busca de incentivos para estimular os
exportadores.
5. Por que ocorreu a mudança cambial em janeiro de 1999? Quais suas consequências?

Para a melhora das contas externas: a reversão do déficit da balança comercial e a diminuição do
déficit em transações correntes, fazendo com que o país precisasse captar menos recursos no exterior,
o que possibilitaria a redução das taxas de juros e a retomada do crescimento, resultando em uma
melhora das contas externas: a Balança Comercial apresentou uma queda no déficit, ampla queda nas
importações e uma menor queda do valor das exportações.
6. Explique o funcionamento do regime de metas inflacionárias.

Com base na chamada Regra de Taylor da Política Monetária que determina a taxa básica de
juros a partir do hiato do produto, é considerado um dos regimes mais eficientes para a política
monetária, a adoção do regime de metas de inflação contribuiu, para impedir que o choque cambial se
transformasse em pressões inflacionárias insuportáveis, o compromisso do
Banco Central passa a ser com o nível da inflação, a credibilidade desse regime depende em grande
parte do grau de autonomia do Banco Central e demais componentes da política econômica – regime
fiscal e cambial.
7. Explique as principais mudanças na política econômica no segundo mandato de FHC.

Mudança completa do regime macroeconômico, regime de câmbio quase fixo para o câmbio
flutuante, a política monetária pautada pelo regime de metas inflacionárias e situação de ausência
de metas fiscais para metas de superávit primário.
08. Quais as vantagens e eventuais problemas da valorização cambial durante o governo Lula?
A valorização cambial e a preservação da política monetária voltada para a estabilização garantiram
a queda das taxas de inflação ao longo do governo Lula. Verificou-se ao longo do primeiro mandato
um desempenho bastante favorável das contas externas do país, com o crescimento contínuo das
exportações. diminuindo o impacto recessivo das políticas adotadas e para estimular o crescimento
no momento posterior.
09. Porque passou a existir nos anos 2000, um grande debate sobre a desindustrialização e a
doença holandesa no Brasil?
Porque, segundo o IBGE, a participação percentual da indústria de transformação atingiu um máximo
de 36% do PIB, em 1985, caindo para 16,5% em 2008. Mas Bonelli e Pessôa, utilizando uma série
“corrigida” do valor da transformação industrial, concluíram que a queda é muito menos acentuada:
caiu de 36% para 22,9%, no mesmo período.
10. A sobrevalorização cambial no Brasil continua a existir no governo Dilma?
Não continuou, pois teve uma desvalorização do Real a partir de fevereiro de 2012; um controle de
capitais externos, com o objetivo de impedir a valorização da moeda; E em relação ao comércio
internacional, a queda dos preços das commodities exportadas pelo país.
11. Fale sobre a política monetária do governo Temer.
A política monetária permaneceu inflexível, com a taxa básica de juros mantida no patamar de 14,25%
a.a. estabelecida pelo Bacen no final de julho de 2015. Somente em outubro de 2016, cinco meses
após a posse de Temer e com a recessão completando dois anos, o Bacen retoma o ciclo de redução
dos juros, que atingiram 11,25% a.a. em abril de 2017.

12. Quais as principais reformas propostas pelo governo Temer no seu 1º ano de governo? Quais
foram os objetivos dessas reformas?
Ajuste fiscal e a reforma da legislação trabalhista, em dezembro de 2016, anunciou um conjunto
de dez medidas para estimular a economia do Brasil, retomar o crescimento e gerar empregos,
incluindo, uma nova regularização tributária, a extinção gradual da multa de 10% sobre o FGTS nos
casos de demissão sem justa causa, incentivos ao crédito imobiliário com a regularização da Letra
Imobiliária Garantida, medidas administrativas para a redução de spread bancário 1etc., medidas
voltadas à melhoria da gestão e da produtividade, facilitação do acesso ao crédito pelas micro,
pequenas e médias empresas, medidas fiscais voltadas ao controle do déficit público.

1
spread bancário, ele trata da diferença entre as taxas cobradas pelos bancos e as que eles pagam na captação de
recursos

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