1- a) O governo Geisel foi marcado por dois eventos significativos, no plano
internacional, que marcaram a economia brasileira: o Primeiro e o Segundo Choque do Petróleo. Os países membros da OPEP promoveram uma inesperada elevação de preços no mercado internacional. O Brasil, como importador líquido de petróleo, enfrentou um aumento expressivo nos custos de importação de combustíveis e matérias-primas relacionadas ao setor petroquímico. Esse cenário contribuiu para pressionar a balança comercial e gerar déficits. Além disso, os choques do petróleo desencadearam um aumento generalizado nos preços, impactando a inflação. Os custos mais elevados de produção e transporte se refletiram em diversos setores da economia, gerando desafios para o controle inflacionário. A reciclagem dos petrodólares, resultante dos excedentes financeiros dos países produtores de petróleo, trouxe mudanças significativas nos mercados financeiros ocidentais. Com esses recursos sendo reinvestidos em ativos financeiros, houve influência nas taxas de juros e câmbio. No entanto, essa injeção de capital também contribuiu para a acumulação de dívidas em países em desenvolvimento, sendo o Brasil um deles, desencadeando a crise da dívida nos anos 1980. b) Após os dois choques do petróleo, o Brasil observou a necessidade de superar a dependência externa em relação aos bens de capital, como o petróleo. A partir disso, foi-se criado o II PND, com o objetivo de realizar ajustes estruturais. Tinha como uma de suas ações o aumento provisório dos déficits comerciais e da divida externa para possibilitar a construção de uma estrutura comercial, o que permitiria superar a crise e o subdesenvolvimento. Além disso, o governo enrijecia o controle monetário e fiscal, ampliando o desenvolvimento.
2- Plano Cruzado- caráter heterodoxo
Diagnostico da inflação: inflação inercial; Politicas: congelamento de preços; reformar monetária com o objetivo de eliminar a memória inflacionaria; desindexação da economia para resolver o problemas dos títulos públicos; congelamento de salários pela media dos últimos 3 meses alem da implementação do gatilho salarial (reajuste a cada +20% de inflação). Falhas: com o congelamento dos preços e a diminuição da taxa de inflação existiu o aumento da demanda, porém a economia não estava preparada para essa grande procura ocasionando a crise do desabastecimento. Além disso, quando houve o descongelamento dos preços, os mesmo sofreram aumentos gigantescos (defasagem dos preços); descuido com as politicas fiscais e monetárias = déficit. Cruzadinho- Não foi um plano completo em si, mas um mecanismo de contornar os problemas do plano Cruzado. Politicas: contrair a demanda; aumentar os impostos (+ arrecadação); promover o investimento em infraestrutura para as importações, objetivando contornar o desabastecimento. Cruzado II- assim como o cruzadinho, tinha como objetivo combater os problemas deixados pelo Cruzado I. Politicas: pacote fiscal (controlar o gasto publico -> reduzir o déficit através do aumento dos impostos e reajustes tarifários). Plano Bresser- caráter misto Diagnóstico inflacionário: inflação inercial e de demanda; Politicas: Medidas ortodoxas: choque deflacionário (politicas fiscais e monetárias ativas); Aumento da taxa de juros para diminuir a demanda; diminuição dos gastos do governo e investimento publico. Medidas heterodoxas: congelamento dos preços em três fases; indexação de salários (URP) = fim do gatilho salarial. Falhas: o descongelamento gerou uma corrida para reajustar os preços, ampliando o desequilíbrio dos mesmos com a inflação (desajuste = pressão inflacionaria); + juros = agravamento da especulação financeira. Politica do Feijão com Arroz- caráter ortodoxo Diagnóstico inflacionário: inflação era produto do deficit publico; Politicas: gradualismo na introdução de politicas ortodoxas, reduzindo a inflação aos poucos, gerando uma expectativa positiva; Falhas: problemas no setor agrícola + aumento dos preços públicos = maior inflação; a politica ortodoxa não é eficaz pois a inflação não é produto do deficit publico. Plano verão- caráter misto Politicas: desindexação da economia (fim da URP e da OTN); nova forma de calcular a inflação; salários reajustamos de acordo com a media dos últimos três meses; Medidas heterodoxas: congelamento dos preços e salários; Medidas ortodoxas: redução dos gastos públicos; reformas administrativas para reduzir os gastos do governo; limitar a emissão dos títulos; reforma monetária;
3- a) No governo Collor, ocorreu a chegada tardia do liberalismo e a abertura
abrupta para o mercado internacional, mudando o paradigma na economia brasileira. A chegada das politicas liberais se deve pelo plano americano denominado consenso de Washington. Tinha como objetivo superar as crises econômicas nos países latinos, a partir da implementação dessas politicas. b) Collor I: Volta do cruzeiro, congelamento dos preços, aumento dos impostos, corte na folha de pagamento e o bloqueio das poupanças para controlar o estoque de moeda; Collor II: Plano 100% ortodoxo, neogradualista (pequenas vitórias = melhoras nas expectativas, que era o fator que controlava a inflação segundo o diagnostico), criação da taxa referencial para descontaminar a taxa de juros.
4- Itamar Franco: o Plano de ação imediata- corte de gastos
1º fase: as dividas dos estados deveriam ser pagas antes da realização de qualquer outro empréstimo, combate à sonegação, criação de novos tributos, novo acordo com o FMI e a criação de regras mais rigorosas para os bancos estaduais; 2º fase: eliminação da memória inflacionária, criação da unidade de valor real usada como uma preparação para o real (indexação da economia e índice que acompanhava a taxa de câmbio; 3º fase: implementação oficial do real, criação dos limites para a base monetária (diminuição da oferta de moeda); FHC: Durante o contexto de seu governo, FHC sofreu com as crises em diversos países em desenvolvimento, mesma situação em que o brasil se encontrava. A partir disso, os investidores tinham suas expectativas modificadas, acarretando a fulga de capital por temerem uma crise brasileira, afetando o câmbio. O Brasil se encontrava em uma crise fiscal que tinha como um de seus agravantes a âncora cambial que prevalecia. US1,00=RS1,00–> + importações = demanda por dólar—> pressão nas divisas—> necessidade por capital estrangeiro—> aumento dos juros—> + despesas para o governo—> deficit publico; Para tentar resolver isso uma nova ancora foi criada: o tripé macroeconômico. Superávit primário —> déficit primário Regime de metas —> inflação Câmbio flutuante —> balança de pagamentos