O documento descreve os principais planos econômicos implementados no Brasil desde a redemocratização para controlar a inflação, incluindo o Plano Cruzado, os Planos Collor I e II, e o Plano Real. O Plano Real se diferenciou dos planos anteriores por promover o ajuste fiscal, criar a Unidade Real de Valor atrelada ao dólar, e desindexar a economia para zerar a memória inflacionária. O Plano Real conseguiu controlar a inflação de forma mais efetiva e sustentável que os planos anteriores.
O documento descreve os principais planos econômicos implementados no Brasil desde a redemocratização para controlar a inflação, incluindo o Plano Cruzado, os Planos Collor I e II, e o Plano Real. O Plano Real se diferenciou dos planos anteriores por promover o ajuste fiscal, criar a Unidade Real de Valor atrelada ao dólar, e desindexar a economia para zerar a memória inflacionária. O Plano Real conseguiu controlar a inflação de forma mais efetiva e sustentável que os planos anteriores.
O documento descreve os principais planos econômicos implementados no Brasil desde a redemocratização para controlar a inflação, incluindo o Plano Cruzado, os Planos Collor I e II, e o Plano Real. O Plano Real se diferenciou dos planos anteriores por promover o ajuste fiscal, criar a Unidade Real de Valor atrelada ao dólar, e desindexar a economia para zerar a memória inflacionária. O Plano Real conseguiu controlar a inflação de forma mais efetiva e sustentável que os planos anteriores.
Disciplina: ECN 133 – Economia Brasileira Alunas: Gabryelle Maria Silva Pavão Matrículas: 2019093981 Monike Ellen Mendes Lopes 2019001017
Desde a redemocratização do Brasil, várias foram as tentativas realizadas com o
objetivo de controlar o processo inflacionário. Segundo Baer (2009, p. 221) todos os planos haviam falhado porque não dispunham de um elemento de sólido ajuste fiscal. Os déficits governamentais haviam sido financiados pelo Banco Central, levando à continuação da hiperinflação até 1994. Os planos heterodoxos têm como uma das principais características a colocação da oferta e demanda como determinador central para a produção de bens e distribuição de renda. O plano cruzado havia extinguido a correção monetária, tabelado preços, congelado o câmbio, criado o gatilho salarial, a tablita e o seguro desemprego. A consequência imediata foi a diminuição da inflação, recuperação do poder de compra das famílias, diminuição do desemprego e aumento do consumo. Já os planos Collor I e II foram planos de estabilização econômica que tinham como características principais a reforma monetária, a correção de preços e salários, a reforma administrativa (do Estado), a reforma fiscal e as políticas de comércio exterior. O resultado imediato foi uma considerável queda nos níveis de inflação e redução brutal da liquidez, devido ao confisco dos ativos financeiros. Ambos os planos falharam. O plano cruzado e os planos Collor tiveram eficácia apenas momentânea. O plano cruzado apresentou problemas relacionados ao crescimento do consumo, devido ao aumento do salário real e a queda brusca dos níveis de inflação, desequilíbrio no sistema financeiro, desequilíbrio no mercado de bens e serviços, desequilíbrio na balança comercial, e aumento de preços, mesmo com os preços tabelados. Os planos Collor, tanto na sua primeira versão como na segunda, apresentaram resultados imediatos positivos no combate à inflação, porém os índices não foram mantidos, houve diminuição dos níveis de atividade econômica e aumento do desemprego. Em dezembro de 1993, o presidente Fernando Henrique Cardoso propôs um novo programa de estabilização que deveria evitar algumas das imperfeições de planos anteriores (BAER, 2009, p. 221). Um dos principais erros dos planos anteriores foram os mecanismos de diminuição abrupta da inflação por meio de congelamentos. O novo programa, diferentemente dos demais, foi primeiramente apresentado como uma “proposta” que seria discutida pelo Congresso e implementada gradativamente. O ajuste fiscal e um novo sistema de indexação foram os principais pontos do plano. O Plano Real beneficiou-se do aprendizado resultante dos sucessivos fracassos do combate à inflação no período de 1985-89. A Nova República é, portanto, uma época marcada pela esperança, pela frustração e pelo aprendizado. Implementado em 1994, durante o governo de Itamar Franco, o Plano Real surge como uma nova possível solução para colocar fim à hiperinflação. Desenvolvido inicialmente em 3 etapas – sendo: o ajuste fiscal, a implementação da Unidade Real de Valor (URV) e o lançamento definitivo da moeda de forma a garantir sua circulação e estabilidade - o plano se mostrou bem diferente dos que o sucedera, trazendo ideias originais e mais complexas (GIAMBIAGI, F., 2011, p. 142). O equilíbrio de contas públicas foi um dos primeiros e principais passos realizados no plano. Através do controle de contas, o governo passou a criar metas para diminuir os gastos públicos e aumentar a receita do Estado. O Plano Real ainda promoveu privatizações e incentivou a abertura econômica do país, visando o crescimento da indústria nacional e da área de serviços, bem como a sua modernização Outra percepção do plano como uma de suas intenções “zerar a memória inflacionária” (GIAMBIAGI, F., 2011, p. 147) e para tal, precisavam eliminar o componente inercial da inflação. Neste sentido, o Plano real impulsionou a desindexação da economia onde, diferentemente dos planos anteriores, preços e valores não teriam mais o seu reajuste diário se baseando na inflação. A partir disso, ele estaria indexado ao dólar, que é uma moeda mais estável. A mudança mais marcante e determinante, no entanto, atrela-se à criação da Unidade Real de Valor (URV) que, posteriormente, se tornou o Real. Através do URV, juntamente com as demais medidas adotadas, o governo conseguiu finalmente controlar a inflação e os reajustes de preços. Tendo como âncora a indexação do dólar, o que assegurava maior estabilidade e segurança, o Real passaria a ser uma moeda sólida.
Referências:
BAER, Werner. A economia brasileira. São Paulo: Editora Nobel, 2009.
GIAMBIAGI, Fábio et al. Economia brasileira contemporânea (1945-2010). Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011. MOREIRA, Maxwel Ribeiro. Economia brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2008.