CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA DE ECONOMIA
DOCENTE: PROF. EVERTON DA SILVA ROCHA
DISCENTE: ADRIELY NASCIMENTO SANTOS; ÍTALO PIETRO CALIXTO
NÓBREGA; PEDRO TARGINO DE FARIAS
ECONOMIA BRASILEIRA NO GOVERNO ITAMAR FRANCO
(ROTEIRO) SLIDE 01 – APRESENTAÇÃO, CAPA E NOME DOS COMPONENTES DO GRUPO O presente trabalho parte da proposta de tarefa pelo Prof. Everton da Silva Rocha, docente da disciplina de Economia, cursada pelos alunos do segundo período de Ciências Contábeis do Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN). Para fins de realização deste trabalho, foram reunidos os discentes Adriely Santos, Ítalo Nóbrega e Pedro Targino que, juntos, buscaram na bibliografia os fatos históricos que contam a situação econômica do Brasil durante o Governo do ex-presidente Itamar Franco. Portanto, é finalidade deste trabalho abordar as medidas econômicas adotadas durante 29 de dezembro de 1992 e 1º de janeiro de 1995, período este em que o ex-presidente Itamar Franco esteve à frente da condução país. SLIDE 02 – CONTEXTO DO INÍCIO DO GOVERNO ITAMAR FRANCO Itamar Franco, engenheiro e militar, assume a presidência da república em substituição a Fernando Collor de Melo que sofrera processo de impeachment no segundo semestre de 1992. A bibliografia mostra que o cenário econômico no início do governo Itamar era letárgico, sem muitas mudanças ou medidas que merecessem destaque. Inclusive, vários ministros da fazenda se sucederam, até que, em maio de 1993, Fernando Henrique Cardoso assume o Ministério da Fazenda, dando início a arquitetura do Plano Real. O Plano Real é considerado um avanço em relação aos planos anteriores, tendo em vista seu sucesso no controle da inflação que partiu da ordem de grandeza de quatro dígitos anuais para um dígito anual. Portanto, e as medidas econômicas adotadas durante o governo Itamar, por FHC e sua equipe, para planejamento e implantação do Plano Real são dignas de destaque e serão objeto de estudo deste trabalho. SLIDE 03 – PLANEJAMENTO PARA O PLANO REAL Já em junho de 1993, deu-se início a preparação para o Plano Real. Reconhecia-se que as principais causas da inflação no Brasil eram o desequilíbrio financeiro do setor público e os mecanismos de indexação de preços. Entende-se que a implantação do Plano Real ocorreu em três fases principais: o ajuste fiscal prévio, adoção da Unidade Real de Valor (também chamada de URV) e a realização da reforma monetária. De antemão, é importante salientar que a equipe econômica atuante na época passou a tomar decisões com o conhecimento prévio por parte da sociedade a fim de evitar perda de credibilidade por parte dos investidores, das empresas e da população em geral. Outro aspecto importante foi a continuidade do processo de abertura comercial e financeira que visava criar um ambiente concorrencial e passível de obtenção de financiamento externo, necessário à ampliação de reservas nacionais que, por sua vez, seriam fundamentais para as medidas que se seguiram. SLIDE 04 – MEDIDAS FISCAIS Ao estudar os fundamentos da Economia, mais precisamente a Macroeconomia, nos deparamos com o conceito de política macroeconômica fiscal que, nada mais é, do que a maneira como o governo conduz seus gastos e tributa seus agentes. Dentre as medidas fiscais aplicadas durante o período de preparação para o Plano Real destacam-se: 1. O estabelecimento do Plano de Ação Imediata (PAI) que se tratava de um conjunto de medidas que objetivavam a redução e eficiência dos gastos da União; recuperação da receita tributária federal; equacionamento das dívidas dos Estados, Distrito Federal e Municípios que fossem relativas à União; além da evolução do programa de privatizações; 2. A criação do Imposto Provisório de Movimentação (IPMF), que viria, posteriormente, a se tornar a tão conhecida CPMF. Em poucas palavras, o imposto previa uma alíquota que incidia sobre movimentações financeiras; 3. O estabelecimento do Fundo Social de Emergência (FSE) que, posteriormente, viria a ser chamado de Desvinculação de Receitas da União (DRU). Este se tratava do direcionamento de parte dos recursos arrecadados com impostos para a manutenção do equilíbrio do orçamento da União, de modo a minimizar a rigidez nos gastos públicos imposta pela Constituição de 1988. SLIDE 05 – REFORMA MONETÁRIA Ainda em 1993 houve a criação do Cruzeiro Real, moeda que viria a substituir o Cruzeiro, conforme a paridade de mil Cruzeiros para um Cruzeiro Real. Em março de 1994 era lançada a Unidade Real de Valor (URV) que funcionava como um índice de preços com a paridade com o Cruzeiro Real sendo estabelecida diariamente. Isto significa que, todos os dias, havia um valor determinado em Cruzeiro Real que era equivalente a um URV. A assincronia na formação e no reajuste de preços por parte do empresário, bem como de seus concorrentes e fornecedores gerava um círculo vicioso de aumento de preços, fenômeno denominado de inércia inflacionária que, por sua vez, objetivava-se combater com a adoção da URV. Incialmente, os salários, tributos, taxas de câmbio, preços oficiais foram convertidos para URV. Além disso, foi estabelecida a paridade de um para um entre a URV e o Dólar. Dado o sucesso da minimização da inércia inflacionária, surge o Real com paridade de um para um com a URV, valendo dois mil setecentos e cinquenta em Cruzeiro Real. SLIDE 06 – A ÂNCORA MONETÁRIA Após a reforma monetária inicial, a política anti-inflacionária concentrou-se nas âncoras monetárias e cambial. A Âncora Monetária consistiu no estabelecimento de medidas que elevavam as taxas de juros e a taxa de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista a fim de controlar a demanda agregada. SLIDE 07 – A ÂNCORA CAMBIAL Outra medida adotada na consecução do Plano Real foi a Âncora Cambial que consistia num regime de restrição da flutuação da taxa de câmbio, garantido pelas reservas internacionais do país que, por sua vez, teriam sido acumuladas em anos anteriores. A Âncora Cambial visava: 1. Reduzir as expectativas inflacionárias por parte dos agentes econômicos. A desvalorização cambial minimizada se refletia positivamente no processo inflacionário. Cultivava-se, portanto, um sentimento de credibilidade por parte dos investidores, empresas e população em geral no que diz respeito à inflação. 2. Reduzir a indexação generalizada causada pelo uso das taxas de câmbio como parâmetro informal de formação de preços; 3. Reduzir a inflação associada aos bens comercializáveis, evidenciada pelo barateamento de mercadorias importadas e aumento da competitividade entre produtores domésticos e estrangeiros. SLIDE 08 – DESFECHO As âncoras perduraram até janeiro de 1999, quando se estabeleceu um novo regime de câmbio flutuante e adotaram-se metas de inflação a serem cumpridas pelo governo através do manejo da taxa de juros, por meio do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). As medidas econômicas adotadas durante o governo de Itamar Franco, que fizeram parte da implantação do Plano Real, podem ser consideradas bem-sucedidas no combate à inflação, no avanço dos níveis de produtividade da economia brasileira e na proporção de uma melhoria do padrão de vida dos trabalhadores de baixa renda que, por sua vez, eram os maiores prejudicados pelo cenário de inflação elevada. Por fim, vale ressaltar que o Plano Real não se tratou de um total sucesso, dado que trouxe novos desafios à economia brasileira. Entraves nas exportações, aparecimento de déficits sucessivos, aumento da dependência de recursos financeiros externos, crises financeiras em outros países e outras dificuldades foram aparecendo nos anos que se seguiram. (DESPEDIDA) Porém, este é assunto para um outro vídeo! Obrigado por nos acompanhar até aqui, esperamos fortemente que este trabalho tenha esclarecido este episódio tão importante da história da economia de nosso país. Até mais! REFERÊNCIAS MANUEL ENRIQUEZ GARCIA; MARCO ANTONIO SANDOVAL DE VASCONCELLOS. Fundamentos de economia. Editora Saraiva. Edição do Kindle. Soares, Fernando Antônio Ribeiro. Série Provas & Concursos - Economia Brasileira - Da Primeira República ao Governo Lula. Método. Edição do Kindle.