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Anotações Nota Copom 2011-

Nota sobre a conjuntura do período em questão (2011)


• Primeiro ano do governo Dilma 1- puxada desenvolvimentista na condução da
política (continuidade de Lula 2 até certo ponto).
• Lula 2: Alto crescimento do PIB, com exceção do momento da Crise de 2008,
mas recuperação rápida.
o continuidade das políticas cambial (valorização cambial), monetárias
(Metas de Inflação, juros reais elevados) e fiscais (desde FHC, Lei de
Responsabilidade Fiscal) de Lula .
o Diferenças para promover o Estado como vetor do desenvolvimento,
impulsionar o mercado interno (aumento da demanda) e ações
desenvolvimentistas, fortalecimento dos investimentos públicos e dos
Bancos Públicos e empresas estatais.
• Dilma 1: Crescimento menor do que em Lula 2.
o Estado como vetor para o crescimento econômico, políticas econômicas
para estimular o capital privado.
o Aceleração da inflação e expansão do crédito, fazendo o governo adotar
políticas contracionistas no campo da macroeconomia. Boom das
commodities cedeu...
o Política fiscal: isenções fiscais ruins no fim do mandato (2015)
o Política fiscal: flutuação suja, visando a desvalorização cambial para
estimular a indústria.
o Política monetária: queda nos juros para, novamente, estimular uma
política industrial (aumentar o investimento).
o Queda nas dinâmicas do Governo Lula (arrefecimento) de crescimento
do consumo e exportações.

NOTA DO COPOM DE 2011:


Evolução Recente da Economia
• IPCA: 0,79% em março; apresentando em fevereiro 0,80%. Acumulada de 12
meses até março: 6,30% (aumento em relação à acumulada de fevereiro e janeiro
– 6,01% e 5,99%).
o O que levou a isso: variação dos preços livres de 7,04% e de 4,53% nos
administrados (recursos de energia, por exemplo gasolina). Dos livres,
bens comercializáveis 6,04% e não comercializáveis 7,93%. Serviços
com inflação elevada: (acumulado de 12 meses) 8,53%.
o Persistência do processo de aceleração dos preços em 2010.
• Educação, transporte e despesas pessoais foram os itens que mais impactaram na
inflação dos três primeiros meses de 2011.
• IGP (índice geral de preços) – DI (disponibilidade interna): queda na variação,
de 0,61% em março e 0,96% em fevereiro. Acumulado 12 meses, 11,09%,
maior que o visto em março de 2010.
o O impacto maior deu-se no IPA (ao produtor amplo). Mas teve um
aumento também no IPC em relação ao ano anterior.
o “O COPOM avalia que os efeitos do comportamento dos preços no
atacado sobre os preços ao consumidor dependerão, entre outros fatores,
das condições atuais e prospectivas da demanda, da exposição de cada
setor à competição externa e interna e das expectativas dos formadores
de preços em relação à trajetória futura da inflação.”
• PIB: Crescimento de 5,0% no quarto trimestre de 2010 em erlação ao de 2009. E
em relação ao anterior 0,7%. Crescimento em 2010 de 7,5%. Ênfase na
formação bruta de capital fixo (21,8%), consumo das famílias (7%) e 3,3% no
consumo do governo. Aumento do Investimento puxando o PIB.
• Índice de Atividade Econômica do Banco Central (ICB-BR): crescimento de
0,3% em fevereiro.
• Atividade fabril patamar elevado e estável.
o Recuo dos bens de consumo duráveis (2,3%) e não duráveis e semi
(0,2%)
o Aumento bens de capital (0,9%) e bens intermediários (1,3%).
o No acumulado de 12 meses aumento forte em todos os âmbitos: Bens
duráveis 17,4% não durávei e semi 3,6% e bens intermediários 4,1%
bens de capital 17,9%. Evidencia aumento do investimento puxando o
crescimento.
o Nota-se aumento pós crise de 2008.
• Desemprego: Aumento de 0,1% de fevereiro para março. Mas em relação aos
marços anteriores temos uma queda forte (7,6% em 2010 e 9% em 2009).
Aumento da massa salarial real (6,4%) em erlação a março de 2010, fator
fundamental para sustentação do crescimento da demanda doméstica (política de
valorização do salário-mínimo).
• Comércio: aumento do volume de vendaas desde maio 2009 (recuperação pós-
crise 2008) em relação ao mesmo mês do ano anterior. 14,5% em fevereiro.
Estabilidade no mês-a-mês: queda de 0,3|% em janeiro e crescimento de 0,3%
em dezembro. Trimestral: queda de 1,9% dezembro-fevereiro. Destaque para
veículos e motos e partes e peças (15,3%) e móveis e eletrodomésticos (18,4%).
o Comentário: produtos de melhoria nas condições de vida.
• Nível de capacidade instalada: Industria de transformação: 83,7 em fevereiro e
83,5% em março. Próximos aos vistos em 2010. (em ambos os casos com queda
de 2%).
• Balança comercial: doze meses: aumento de 21,6 bi para 22,5 bi (de dólares) de
fevereiro para março. Expostações de 213,9 bi e importações de 191,4 bi.
Aumento do déficit de transações correntes. Investimento estrageiro equivale a
2,62% do PIB.
• Momento de recuperação da economia mundial, seguindo ritmos e pressões
inflacionárias distintas (função do BC de manter controle da inflação)
• Aumento da taxa básica de juros na zona do euro (BCE), manutenção das taxa
básicas nos eua. Taxas de inflção nos eua, japão e zona do euro moderadas,
pressão da Ásia e leste europeu.
• Preço do barril de petróleo cresceu (passou de 120 dólares). Fortalecimento da
demanda global. Reajuste de 2,2% nos preços domésticos da gasolina em 2011
previsto pelo copom.
AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DAS TENDÊNCIAS DA INFLAÇÃO:
• Reajuste da gasolina de 2,2% em relação à previsão de 0% anterior.
• Manutenção dos reajustes do gás, da telefonia e da eletricidade (0%, 2,9% e
2,8%)
• Projeção acumulada de 12 meses para 2011 aumenta dos preços administrados
por contrato e monitorados de 4,0% para 4,3%.
• Política fiscal: superávit primário de R$117,9 bi (2,9% do PIB) em 2011 ( de
acordo com os parâmetros da LDO – lei de diretrizes orçamentárias). Hipótese
de superávit primário de 3,1% em 2012.
• Aumento das projeções de inflação aumentaram (tanto para 2011 e 2012).
• Cenário de referência: câmbio de 1,60 real/dólar. E Selic de 11,75% (a.a.).
Nessas condições, se encontra acima da meta de inflação a projeção para o ano
de 2011, acima de 4,5% fixada pelo conselho monetário nacional (CMN).
IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA:
• Segundo o COPOM, a política monetária deve contribuir para a consolidação de
um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos. Puxar com
assunto da matéria do NCM de estabilizar inflação e tal.
• O Copom entende que manter inflação baixa com baixos riscos estimula um
cenário menos incerto e com expectativas melhores por parte dos agentes
econômicos (linkar com expectativas da matéria, monetaristas e novo-clássicos)
• Inflação elevada reduz o investimentos e a potencial taxa de crescimento da
economia. Não trazem resultado duradouro para crescimento da economia e do
emprego, mas trazem prejuízos permanentes no médio e longo prazo (ideia da
curva de Phillips expectacional e inflacionária). A função é manter convergindo
para a meta.
• Ideia de correção dos desiquilíbrios e estabilização da economia. As metas de
inflação tem sido bem sucedidas na avaliação do Copom. Ação da política
monetária é a melhor forma de controlar a inflação, conforme eles dizem.
• Perspectivas relativamente favoráveis para a atividade econômica, apesar de
certo arrefecimento, aponta-se que a expansão do crédito deve continuar,
confiança em níveis elevados e outros fatores. Mercado de trabalho favorecerá
esse dinamismo da economia (aumento do nível de emprego e redução da taxa
de desemprego).
• Cenário prospectivo da inflação não evoluiu favoravelmente segundo o Copom
desde a última reunião. Choques de oferta externos e internos no último
trimestre de 2010 e no primeiro de 2011, incorporados aos preços. (discutir se
uma inflação de choques de oferta pode ser sanada com juros, se sim, se não e a
que custo). Descompasso entre ofernra e demanda, que segundo eles tende a
diminuir.
• Incerteza em relação à trajetória dos preços das commodities.
• O copom sugere que se modere a política de expansão do crédito, concessões de
subsídios por esse meio.
• Nível de incerteza acima do usual.
• Ajuste prolongado da taxa de juros aumento da Selic:
o Duas visões:
▪ Manutenção do ritmo da taxa Selic.
▪ Esforço anti-inflacionário já introduzido no último quadrimestre e
com defasagem no mecanismo de transmissão para os preços e a
atividade econômica; reavaliação da estratégia de política
monetária.
• O Copom decide, assim, elevar a taxa Selic para 12,00% a.a., por cinco votos a
dois pelo aumento da taxa em 0.5%. Discutir um pouco o coneito de uma regra
para a taxa de juros, do NCM.
• Demanda doméstica robusta (crescimento da renda e expansão do crédito).

O Copom entende que o cenário prospectivo para a inflação não evoluiu favoravelmente
desde sua última reunião. No último trimestre de 2010 e no primeiro deste ano, a inflação
foi forte e negativamente influenciada por choques de oferta domésticos e externos. As
evidências sugerem que os preços ao consumidor já incorporaram parcela substancial dos
efeitos desses choques. Também foram relevantes efeitos localizados decorrentes da
concentração atípica de reajustes de preços administrados ocorrida no primeiro trimestre
deste ano, embora, para o ano como um todo, o comportamento desses itens tenda a ser
relativamente benigno. O Comitê pondera que esses efeitos ainda deverão impactar a
dinâmica dos preços ao consumidor, entre outros mecanismos, via inércia. Ao mesmo
tempo, avalia como relevantes os riscos derivados da persistência do descompasso entre
as taxas de crescimento da oferta e da demanda, apesar dos sinais de que esse
descompasso tende a diminuir. Destaca, além disso, a estreita margem de ociosidade dos
fatores de produção, especialmente de mão de obra, e pondera que, em tais circunstâncias,
um risco importante reside na possibilidade de concessão de aumentos de salários
incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a
dinâmica da inflação. Não menos importantes são os riscos associados à trajetória dos
preços das commodities nos mercados internacionais, que, a despeito de mais
recentemente ter apresentado sinais de moderação, tem se apresentado envolta em grande
incerteza.

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