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INFLAÇÃO

Inflação é o aumento contínuo persistente e generalizado dod preços. Outro fator que
caracteriza a inflação é o fato de o aumento de preços se estender a todos os bens e
serviços produzidos pela economia.
Deflação é a diminuição contínua e gradativa dos preços dos bens e serviços, ou o não
aumento, permanecendo constante a inflação.

Como é medida a Inflação?


A inflação é medida através de números-índices, que são fórmulas matemáticas que dizem
qual a porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços num determinado período
de tempo. No Brasil, são usados mais comumente os seguintes números-índices.

• Índice Geral de Preços do IBGE (IGP)


Começou a ser calculado em 1947, comparando preços do mês anterior com os do mês
corrente, coletados em 18 capitais. Há três grupos de preços: os de produtos no atacado,
baseado numa amostragem de cerca de 500 mercadorias, com 60 por cento de peso no
índice final; os de preços ao consumidor, com base nas compras de famílias com renda
de 1 a 33 salários mínimos, entra com 30 por cento; preços da construção civil, com 10
por cento de peso, baseado em planilhas de custo de empresas de engenharia. Um dos
menos precisos índices, justamente pela sua abrangência, num quadro muito dispersivo
de inflação. É divulgado em duas versões uma contendo apenas os preços do que é
produzido internamente,(disponibilidade interna)e outra incluindo preços de importações.

• Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) da FGV


Criado a pedido da Federação dos Bancos com uma cláusula que impede sua modificação
pelo governo e tinha como função, servir de corretor de contratos bancários aplicável já
no dia 30 do mês em curso. É o primeiro a ser divulgado e tem como base os mesmos
preços e a mesma ponderação do IGP, mas do dia 20 do mês anterior ao 20 do mês em
questão.

• Índice Quadrissemanal de Preços ao Consumidor da FIPE


Típico de uma economia hiperinflacionária, é publicado toda semana, com a variação dos
preço das quatro semanas anteriores. Restringe-se ao município de São Paulo e afere o
custo de vida de famílias com rendas de 2 a 6 salários mínimos. Calcula os preços médios
durante quatro semanas e divide pela mesma média de quatro semanas anteriores. Trata-
se portanto de uma medida rápida das tendências de base dos preços. No índice FIPE a
comida pesa 37 por cento do custo de vida das pessoas e a habitação 18 por cento.
• Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE.
Para rendas de 1-8 salários mínimos, foi o índice oficial de inflação de 1979 a 1986.

• Índice de Preços ao Consumidor (IPC)


Sucedeu ao INPC como índice oficial, até 1990 e difere apenas no período de coleta dos
preços.

• Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) IBGE


Para rendas até quarenta salários mínimos.

• Índices de Custo de Vida do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística


e Estudos Socioeconômicos)
Para três classes de renda, 1-3 salários mínimos, 1-5 e 1-30.Esse índice se distingue dos
demais por incluir como itens essenciais do custo de vida, despesas com recreação,
comunicação, cultura e lazer.

• Índice da Cesta Básica (PROCON/DIEESE)


Pesquisado em 70 supermercados em São Paulo, englobando 31 produtos essenciais para
famílias com renda até 10,3 salários mínimos; mede a variação ponta a ponta.

As Consequências da inflação

• Sobre a distribuição de renda: os trabalhadores saem perdendo, pois seus


salários são reajustados periodicamente, ao passo que os preços de bens e serviços sobem
quase que diariamente.
• Sobre a balança comercial: com a inflação, os preços dos bens e serviços
produzidos internamente tendem a ficar mais caros que os importados, fazendo com que
as pessoas aumentem sua s compras de mercadorias importadas, o que causa um déficit
na balança comercial.
• Sobre as expectativas: num processo inflacionário, as incertezas dos empresários
a respeito de suas taxas de lucros futuras fazem com que diminuam os investimentos,
reduzindo a capacidade produtiva do sistema econômico.
Em decorrência da inflação, o governo estabelece alguns meios para poder reduzir a
inflação. Esses meios são chamados de políticas:
PRINCIPAIS TIPOS DE INFLAÇÃO
a) Inflação de demanda: refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à
produção disponível de bens e serviços na economia. É causada pelo crescimento dos
meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção. Ocorre
apenas quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou seja, não pode aumentar
substancialmente a oferta de bens e serviços a curto prazo.

b) Inflação de custos: tem suas causas nas condições de oferta de bens e serviços na
economia. O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores
importantes aumentam, levando à retração da oferta e provocando um aumento dos preços
de mercado.

c) Inflação inercial: é a aquela em que a inflação presente é uma função da inflação


passada. Se deve à inércia inflacionária, que é a resistência que os preços de uma
economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causa primárias da
inflação. Seu grande vilão é a "indexação", que é o reajuste do valor das parcelas de
contratos pela inflação do período passado.

d) Inflação estrutural: a corrente estruturalista supunha que a inflação em países em vias


de desenvolvimento é essencialmente causada por pressões de custos, derivados de
questões estruturais como a agrícola e a de comércio internacional.

POLÍTICAS DE ESTABILIZAÇÃO
São medidas adotadas pelo governo para combater a Inflação, tais medida no primeiro
momento são de impacto para frear esse aumento inflacionário de preços.

• Política monetária: que são medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a
quantidade de moeda em circulação na economia.
• Política fiscal: que são medidas do governo que visam reduzir a demanda através
da carga tributária.
OS PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO

A partir do início dos anos 80 a inflação evoluiu a taxas elevadíssimas e crescentes,


motivo pelo qual foram elaborados com o objetivo de eliminar a inflação vigente. Abaixo
teremos os planos de estabilização também chamados de planos econômicos, adotados a
partir de 1986.
• Plano Cruzado:
- Data: fevereiro de 1986
- Principais medidas: congelamento de preços e salários e reforma monetária que
transformou CR$ 1.000,00 em Cz$ 1,00.
• Plano Bresser:
- Data: junho de 1987
- Principais medidas: congelamento de preços e salários por um período de
aproximadamente três meses.
• Plano Verão:
- Data: janeiro de 1989
- Principais medidas: congelamento de preços e salários e reforma monetária que
transformou CZ$ 1.000,00 em NCz$ 1,00.
• Plano Collor I:
- Data: março de 1990
- Principais medidas: retenção dos saldos superiores a NCz$50.000,00 das contas
correntes, poupanças e outras aplicações financeiras, e reforma monetária que
transformou NCz$ 1,00 em Cr$ 1,00.
• Plano Collor II:
- Data: fevereiro de 1991
- Principais medidas: congelamento de preços e salários.
• Plano FHC ou Plano Real:
- Data: 1º de julho de 1994
- Principais medidas: equilíbrio das contas públicas e reforma monetária que criou o
real com a seguinte paridade: R$ 1,00 = CR$ 2.750,00.

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