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A MAÇONARIA NA REVOLUÇÃO FRANCESA E A

JUDAIZAÇÃO DO OCIDENTE
Trad. Sr. B.
O que se diz mais tarde sobre os rosacruzes e as organizações que levam
seu nome, é uma mistificação típica dos tempos modernos, desconectados e
administrados por outras forças. Agora tudo está sob o controle de correntes
viciadas, que carregam a terra para o abismo. Assim é com a Maçonaria,
nascida na Escócia em 1717; usa alguns símbolos templários e rosacruzes
adulterando-os e mesclando-os de preferência com o ritual e o simbolismo
judaicos, que passaram a predominar. A Maçonaria tem sido controlada
pelas forças secretas que empurram em direção ao obscuro fim do mundo, da
crise final do Kali Yuga.
Foi a Revolução Francesa obra dos Enciclopedistas e da Maçonaria? Ou
a Maçonaria apenas utiliza um poder superior e desconhecido, mesmo pelos
graus mais altos, que controla e ordena sem que jamais possa ser
desobedecido? No final do século XVIII, surge na França, aparentemente
vindo do Oriente Médio, o misterioso personagem judeu e cabalista,
chamado Doutor Falcke, Falk ou Falk-Sheik. Ele também é apelidado de
“Chefe de todos os judeus”. Nenhuma porta está fechada para ele, e assiste e
dirige as “sessões” nos círculos mais secretos e internos das Lojas. Ele é
quem prepara a Revolução Francesa, supervisiona e controla como o
Enviado de um Poder invisível e onisciente. Certamente, Saint Germain,
Cagliostro e o Marquês de Sade estão sob seu comando. De onde ele vem,
quem o dirige, que poder lhe abre todas as portas? Seu caminho foi longo e
cuidadosamente preparado por seus acólitos.
Serge Hutin, em sua obra Gouvernants Invisibles et Socíétés Secretes
(“Governantes Invisíveis e Sociedades Secretas”), edição J’ai Lu, Paris,
reproduz um parágrafo das Memórias do Primeiro Prefeito Revolucionário
de Paris, Bailly, quem, “pela mecânica fatal de todas as revoluções deste
tipo, foi executado por uma segunda geração de revolucionários mais
intransigentes. Deixará sua cabeça no Terror.”
Aqui está o parágrafo: “Há um motor invisível que faz correr as notícias
falsas para perpetuar as tensões. Essa máquina deve contar com um grande
número de agentes, muito dinheiro e um poderoso espírito de direção para
pôr em prática o plano abominável. Um dia se conhecerá o gênio infernal e a
razão subjacente.” E Lafayette declara, em 24 de julho de 1789: “Uma mão
invisível dirige o populacho.”
Os Illuminati1 da Baviera estão no centro dos eventos. Dali virá o termo
“Iluminismo” e “Século das Luzes”. A tática e a organização desta Loja
foram exatamente seguidas por Marx e Lenin. Os Iluminados falavam de duas
gerações, pelo menos, de uma “ditadura feroz”, antes de poderem impor o
governo sem governo da “igualdade”, “fraternidade” e “liberdade”; o “reino
da razão”.
Também Napoleão é um iniciado na Fraternidade dos Illuminati da
Baviera, para além de outras Lojas. Assim se explica sua ascensão
meteórica. Logo Napoleão age por conta própria e se coroa Imperador.
Desde 1812, quando é abandonado pelas Sociedades Secretas, começa o seu
declínio. Também perde a esposa fixada pelos astros Josefina, como temos
dito.
[...]
A judaização da Maçonaria coincide com o domínio em seu seio das
tendências racionalistas e ateístas. Por conseguinte, qualquer movimento que
aspire a restaurar uma espécie de iniciação hiperbórea e um poder terrestre
conectado com as Forças do Cordão Dourado, deve ser encontrado
dramaticamente em conflito com as correntes e organizações que hoje
controlam a terra. Os rosacruzes retiraram-se convencidos de que não havia
mais nada que pudessem fazer. Este planeta deverá chegar ao fundo do
precipício, na tragédia de sua involução, na Idade do Ferro.
Após a partida da Europa dos rosacruzes, o Ocidente entra no
“Iluminismo”, na “Era das Luzes”, no “Humanismo”. São os
Enciclopedistas, membros das lojas maçônicas, os que empurram nesta
direção.
A Revolução Francesa é a sua obra-prima e é realizada, segundo o
declaram, para vingar o suplício de Jacques de Molay e dos templários. Mas
a Revolução Francesa significa o oposto da concepção hierárquica,
transcendente de poder, do Regnum Universal, não democrático, não
racionalista, de origem divina, ligada aos Guias Invisíveis, aos Hiperbóreos,
aos Superiores Desconhecidos. É todo o oposto também da concepção
rosacruz. É um produto do racionalismo, do “iluminismo” ateu e maçônico, e
indica uma conspiração “libertária” contra o poder hierárquico solar, contra
o Espírito, secretamente dirigido por outros tipos de “superiores invisíveis”,
que desejam um mundo mesclado de cima a baixo, bastardeado, em luta de
todos contra todos, uma espécie de massa amorfa, sem crenças, sem fé, fácil
de dirigir e escravizar pelas correntes da propaganda e da informação
média, habilmente manipuladas.
Todas as tendências e organizações visíveis na história contemporânea,
ou do Terceiro Estado, são de tipo racionalista. Segundo Julius Evola, a
Maçonaria se tornou quase totalmente ateísta e racionalista após a
Revolução Francesa. Ele cita as seguintes declarações do maçom von
Knigge (discípulo e amigo de Adam Weishaupt, fundador dos Illuminati da
Baviera), ditas em 1848: “Todos os judeus reconheceram que a Maçonaria
era um meio para fundar solidamente seu império secreto.” Em seguida, em
seu livro “Três aspectos do problema judaico”, Evola reproduz as seguintes
palavras do judeu Mardo-chai, o verdadeiro nome de Karl Marx: “O vírus
judeu já passou para o sangue dos não-judeus. Qual é a tendência prática do
judaísmo? A utilidade própria. Qual é o seu deus terrestre? O dinheiro. O
judeu emancipou-se de maneira judaica; apropriou-se do poder do dinheiro;
logo, por sua intervenção, o dinheiro se transformou em potência mundial.
“Assim, o espírito prático judaico tornou-se o espírito prático do povo
cristão. Os judeus foram emancipados na mesma proporção que os não
judeus se fizeram judeus. O deus dos judeus foi universalizado, tornando-se
o deus da terra. O câmbio é o verdadeiro deus do judeu.” A Usura, diria
Ezra Pound.
O marxismo comunista e o liberalismo capitalista são manejados pelas
mesmas forças e se encaminham para um fim único: destruir toda tradição
baseada no sangue e na terra, no valor do Trabalho, na potência e energia
desenvolvidas nos contatos superiores e nas iniciações dos ofícios.
O bolchevismo sempre manteve um laço negro com figuras judaico-
maçônicas internacionais, reconhecíveis nas viagens periódicas a Moscou
do multimilionário americano Hammer, e outros poderosos representantes do
poder do grande capital.
A especulação na Suíça com o ouro soviético, alimentada pelo
capitalismo mundial, é outro sinal revelador. As multinacionais se
beneficiam amplamente, pois o produto da especulação se destina a adquirir
moeda estrangeira para a compra de tecnologia mais avançada e outros bens
da sociedade de consumo. Não é estranho, então, que o capitalismo judeu
trabalhe secretamente para a bolchevização mundial, isto é, para alcançar a
última etapa da involução do Kali Yuga: o império mundial dos escravos, o
Reino dos homens-formigas.
Num sistema como o bolchevique, onde tudo está centralizado sob a
direção do Estado, quem controla o Estado, controla o todo.
As democracias não servem mais como sistema de controle planetário,
em um mundo onde a explosão demográfica e a revolução tecnológica
materialista são as coordenadas fundamentais. Apenas o sistema bolchevique
agora serve aos judeus, apenas a escravidão planetária.
Para além da comédia da perseguição aos judeus na Rússia Soviética,
são os judeus que administram aquele Estado totalitário que lhes pertence
desde o seu nascimento, pela sua ideologia, pelos seus fundadores; seus
líderes e comissários ocultos, por seus objetivos, suas estruturas e meios de
ação.
[...]
Julius Evola, que prefaciou a edição dos “Protocolos dos Sábios de
Sião” com esta sentença definitiva: “Se os Protocolos não são autênticos,
eles são verídicos”, crê que os judeus, ao invés de obedecer a um plano,
agem por instinto, assim como os pardais comem os ovos de outras aves.
Ação instintiva, reflexo condicionado pela Diáspora.
Vivendo por séculos entre povos estranhos, a tradição desses povos
deverá ser o inimigo natural do judeu, porque o rejeita. Portanto, é preciso
destruir a tradição e a nobreza de qualquer tipo humano diferente e superior,
de qualquer povo com sentido heroico de vida, onde “o que é mais que a
vida” vale mais que a vida, porque o pacifismo a todo custo não é mais
importante que o valor intangível da honra.
Não obstante, uma vez alcançado esse fim, o judeu não passa a fazer
parte da “comunidade mentalmente judaizada”, “bastardeada”, porque
entram em vigor a Aliança Renovada e as leis da Torá. Ele sempre ficará à
parte. Por instinto e por missão, desintegrará completamente ao cadáver,
como acontece hoje com os Estados Unidos da América, com a Inglaterra e
com todo o Ocidente judaizado e em decomposição.
SERRANO, Miguel. El cordón dorado: hitlerismo esoterico. 2. ed.
Bogotá (D.C.), Colômbia: Editorial Solar, 1992. p. 160-163.
TRÊS ASPECTOS DO HITLERISMO
ESOTÉRICO:
AS FORÇAS CÓSMICAS, A ORDEM SS E A
DANÇA DE SHIVA
Trad. Sr. B.
Quando se está imerso em mitos e lendas, na simbologia, no Raio Verde,
não se é “anti” nada: só se está, neste ponto, sendo “possuído”, usado pelas
forças cósmicas que atuam por trás da História. Nem os cátaros foram
antijudaicos quando declararam que Jeová era o demônio, nem os templários
quando abjuraram Jesua, o zelote.
Me atreveria a assegurar que tampouco o foram os mais altos e
desconhecidos dirigentes do hitlerismo, com o sentido superficial da força
de choque. Friederich Hielscher, por exemplo, o iniciado e diretor espiritual
das SS, nunca foi membro do Partido, embora o Coronel das SS, von
Sievers, chefe da Ahnenerbe2, fosse seu discípulo. Permitiu-se a Hielscher a
visitá-lo na prisão de Nuremberg antes de ser executado, para cumprir com
um último rito iniciático.
Hans Günther também foi um pensador diferente, assim como o professor
Wirst, erudito em filosofia oriental, que ensinou sânscrito e divulgou textos
tibetanos na Universidade de Munique. Além disso, havia figuras ocultas, a
maioria delas desconhecidas, que operavam de um centro onde nunca
alcançou Rosenberg. Quase todos foram surpreendidos pela fatalidade do
Kali Yuga, do Crepúsculo dos Deuses, pela marcha acelerada da involução
da terra.
A confusão produzida em torno das SS, antes e depois da guerra, deve-se
ao fato de esta organização também controlar as forças da polícia política, a
“Gestapo”, como um ramo dos seus serviços. Mas os SS a que estamos nos
referindo é a sua Hierarquia iniciática. Existia, ademais, um grau de SS
honorário, concedido a personalidades que não pertenciam ao Partido, nem à
instituição SS. O título em alemão é Ehrendienst.
O professor Franz Altheim, da Universidade de Halle, historiador da
Antiguidade e do Romanismo; o professor Menghin, da Universidade de
Viena, um estudante da Pré-história; Herman Wirth, já citado, autor do livro
“Aurora da Humanidade”, foi convidado a dar palestras nos centros da
Ordem SS. Assim foi Gerhart Hauptmann, autor de “Os Salvadores
Brancos”, onde ele se refere aos nossos deuses brancos da América.
Todas essas personalidades mantinham posições muito diferentes em
relação à raça, ao problema judaico, ao germanismo e ao sangue. Otto
Rahn, pesquisador do catarismo, entrou nas SS; Julius Evola foi convidado
ao castelo principal da Ordem Negra para dar conferências; também lhe
teriam sido confiadas pesquisas importantes, mesmo sabendo que sua
posição sobre a raça era espiritualista, sua inclinação tântrica e suas ideias
políticas gibelinas e aristocráticas, opostas a qualquer organização de tipo
gregário.
Foi ao final da guerra, em Viena e segundo se crê, no decorrer dessa
pesquisa secreta, encomendada pela SS, que Julius Evola foi gravemente
ferido durante o bombardeio aliado, ficando paralisado pelo resto de seus
dias.
Eu o conheci na cadeira de rodas, em seu apartamento na Corso Vittorio
Emmanuelle, em Roma, e mantivemos uma interessante conversação alguns
anos antes de sua morte, ocorrida em 1975. O filósofo Heidegger era
membro do Partido, e, se não me engano, continuou a sê-lo até à sua morte
em 1976, pois nunca apresentou uma renúncia, nem se retratou. As SS se
preparavam para depois de finda a guerra a criação de um Estado da Ordem,
separado do Estado Totalitário, à parte de toda organização de massas e do
Partido. Podemos imaginar o que teria sido, não fosse pela perda dessa
etapa da Grande Guerra.
Teóricos racialistas como Günther e Clauss mantinham posições
diferentes das de Rosenberg. O Instituto Ahnenerbe conduzia pesquisas no
mundo dos símbolos, da magia, dos signos rúnicos, da etnologia e
arqueologia dos continentes desaparecidos.
Tentar falar hoje sobre tais coisas com justiça e imparcialidade não é
possível. O pêndulo se encontra em uma das extremidades. Ainda não
chegou a hora da mudança. Nem mesmo depois de setecentos anos será
possível falar sobre os cátaros tranquilamente com certas personalidades
altamente comprometidas. Minha relação com o cardeal König, da Áustria,
se esfriou completamente quando contei-lhe sobre minha peregrinação a
Montségur.
Me perguntou, de modo amargo: “Os cátaros ainda existem?” E este
cardeal é um Príncipe da Igreja de Roma, encarregado do movimento
ecumênico dos “incrédulos”. Até então, conversamos sobre Hermann Hesse
e seu livro de amor tântrico, “Siddharta”, com interesse e equanimidade
aparentemente sinceros.
O CONFLITO NÃO É DE HOMENS, MAS DE DEUSES
Quando a história da Terra entra em um período tão crítico, como a
presente, os mitos, os deuses e os demônios que nos dirigem, os Arquétipos,
assumem um papel ainda mais ativo, tornando-se quase visíveis para muitos.
Eles participam diretamente do combate, como aconteceu na última guerra
mundial, de ressonâncias cósmicas. Por esse motivo, não contam “as mortes
dos mortais”, porque são os imortais que combatem através deles.
É um erro, então, tentar analisar tais acontecimentos, de proporções
sobre-humanas, apenas com medidas humanas, do animal-homem. Imortais
não morrem, mesmo quando jazem mortos. Os homens se tornam símbolos,
peças no grande jogo. Se se julga com valores humanos terrestres, se o
fenômeno for rebaixado ao nível do animal-homem, aos seus ideais de
“justiça”, “igualdade”, “humanidade” ou “humanismo”, se está participando
da confusão moderna, sem chegar nunca a entender do que se trata realmente,
ou o que tão seriamente esteve em jogo. E aqueles que sabem, apenas se
valem da ignorância dos outros para alcançar seus fins transcendentes, que
não são humanos, nem humanistas, mas míticos.
Quando os SS míticos matavam, não estavam destruindo homens, eram
seus deuses imortais em luta contra outras Entidades, ou Daimons. Eram
símbolos contra símbolos.
Da mesma forma, hoje, quando os judeus matam palestinos, o fazem por
seu Arquétipo, por seu Demiurgo, ou Golem, por sua Aliança com Ele. São
meros instrumentos de um Mito a que não podem trair. Razões de difícil
compreensão. Palavras muito arcaicas, que não penetram nos ouvidos
modernos com facilidade, ensurdecidos pelo barulho estrondoso da
mecânica do Kali Yuga. As únicos, no entanto, que nos permitem entrar nas
profundezas por onde ainda se estende o Cordão Dourado da Revelação
metafísica das origens da vida.
A DANÇA DE SHIVA
“O acontecer da história é uma conflagração”, dizia Novalis. Mas é o
Hinduísmo, como sempre, que nos dá uma visão precisa dos eventos no
processo de Emanação, ou Criação, dentro dos Kalpas, ou o movimento da
“respiração” do Demiurgo criador. Na tríade hindu Brahma é o Criador,
Vishnu o Preservador e Shiva o Destruidor. Repartem entre si o trabalho de
igual importância, cada um facilitando o do outro.
Os dois primeiros reinam em Praxrtti-Niarga – nome e forma – e Shiva,
o Destruidor, em Nivrttimarga; ambos formam o ciclo de manifestação do
Espírito. O caminho denominado de a Mão Direita, Dakshinacara, em
sânscrito, se centra na criação e preservação do nome e da forma,
correspondendo ao estabelecimento do culto ritual, cumprimento de normas
e leis, construção de culturas e civilizações. É presidido pela díade Brahma-
Vishnu.
O caminho da Mão Esquerda, Vamacara, corresponde à destruição do
nome e da forma, e é precedido por Shiva, o Destruidor. Hoje o mundo
estaria neste estágio: decadência de uma civilização, fim de uma Era
astrológica, talvez de um Manvantara. Shiva também é o Mestre do Yoga
Tântrico da Mão Esquerda; os siddhas são seus adeptos.
Sem seu trabalho, nada poderia ser realizado, a terra não poderia sair de
sua involução. Deus não se tornaria consciente por meio do homem mutado,
no salto de sua mutação. Portanto, Shiva é também a serpente de Lúcifer e é
Abraxas. Assim também é Júpiter quem segura o Cetro com a mão esquerda.
Depois da Derrota, é o Caminho da Destruição, o da Mão Esquerda, o
mais espiritual e onde se encontra o aspecto positivo que permitirá o
retorno à origem do Brahma Criador. É a Senda das Metamorfoses. A
diferença entre os dois caminhos é aquela entre o leite e o vinho, dizem os
tantristas.
Vaina significa esquerda, mas também “oposto”; significa, portanto,
mulher. Por isso, o caminho tântrico, o dos trovadores, o do pastor, deve ser
percorrido em companhia ou com “o pensamento de uma mulher”, como
aconselha Parsifal.
A Mão Esquerda corresponde ao desapego e o distanciamento de todo o
conservador e formal. Existem dois caminhos a seguir: o ascetismo do Laya
Yoga e as práticas tântricas do ritual secreto do Pancatattva. Ambos
pertencem ao Yoga da Dissolução, da destruição de Maya, e são igualmente
presididos por Shiva, o Mestre da Yoga.
No “Bhagavad Gita”, Krishna aconselha Arjuna a cumprir o Dharma da
Yoga da Dissolução, entrar em combate sem hesitação diante dos mortos que
fará, “porque eles já estão mortos em Mim”. E Schlegel diz: “É no
entusiasmo da destruição que se revela o sentido da criação divina. Não é
senão por meio da morte que fulgura o sentido da vida eterna.”
Uma vez, alguém me deu um livro na Índia. Seu autor era um ocidental.
Encontrei estas frases: “Deus meu, desencadeia uma grande guerra, porque
nela há busca e persistência eternas, para encontrar alguns espíritos das
estrelas” ... “Quem sabe se o caminho para escapar à guerra não seja através
da Grande Guerra!...” E o pintor e místico russo, Nikolai Roerich, dizia:
“Não há terror que não possa ser transformado numa solução luminosa
evocando uma maior tensão de energia”.
As causas da expiração e da morte devem ser vistas no Espírito, no fato
de que o Espírito se une à natureza na qualidade de um mais além dela, de
uma força transcendente que sobrepassa o finito e a condicionalidade. Esse
fenômeno negativo não demonstra o poder da natureza sobre o Espírito, mas
o contrário. Segundo Novalis, é com a Derrota que aparece na natureza a
liberdade e o livre arbítrio. É dizer, com a Serpente gnóstica de Lúcifer:
“Quando o homem quer divinizar-se, quando quer conhecer, peca”. O faz
por meio do que foi chamado erroneamente de pecado.
SERRANO, Miguel. El cordón dorado: hitlerismo esoterico. 2. ed.
Bogotá (D.C.), Colômbia: Editorial Solar, 1992. p. 108-110.
CROMO E SOMA:
A MÍSTICA DO SANGUE E O CULTIVO DA MEMÓRIA
Trad. Sr. B.
Falamos hoje em memória cromossômica, como a instância onde
residiria a memória do passado, em uma determinada linha hereditária. A
semelhança é, portanto, uma memória, é a herança transmitida em uma
família, tribo, raça ou povo.
O cromossomo constitui o núcleo da célula; compõe-se de ácido
desoxirribonucleico, o chamado DNA, onde se acredita ver a origem da
vida. Os genes que o compõem são como os pilares básicos desta catedral
gótica da herança, seus “dólmens”. Os cromossomos aparecem como
pequenos pilares ao microscópio.
O vocábulo cromossomo se divide em cromo (cor) e soma (forma). Cor
e forma. É aí que reside a recordação, a memória. Para os arianos da Índia,
compiladores dos Vedas, a casta é varna, que significa cor. Ou seja, a casta
foi criada para preservar a cor durante a conquista do subcontinente
dravidiano. A palavra “casta” foi inventada por um marinheiro português e
refere-se à classificação do gado. Os arianos precisam preservar a memória,
sua Minne, a recordação hiperbórea. E seu licor sagrado se chamava Soma,
a bebida da imortalidade, de árvores desaparecidas; talvez da Árvore do
Sangue, da Árvore do Paraíso, na Aryana Vaiji desaparecida, na Última
Tule. O soma primordial se perdeu.
Era branco e se bebia no topo do Monte Hiperbóreo, sobre o Meru, em
Dhruva, ou Polo, no Chakra Sahasrara, no topo da cabeça do homem
deificado. Era o licor da imortalidade. O Haoma dos persas já não é o soma
original. Mudou de cor, de varna, de cromo; é amarelo. Não é mais a mesma
raça hiperbórea, espiritual. O Vríl, o poder sobre os dois mundos, também se
perdeu. Logo o Haoma se perderá. Será substituído pelo vinho tinto e
espesso, que será usado no rito sacrificial de Dionisos e na missa cristã.
[...]
Os trovadores germânicos, os minnesanger, cantavam o Minne, a
memória. Mas Minne também quer dizer Amor. Cantavam, então, a memória
do Amor. Diz-se que o amor se decompõe em amor: sem morte, vida eterna,
imortalidade. Os trovadores cantavam a memória de um Amor Mágico, que
vencia a morte, que tornava eterno. Foi o amor das sacerdotisas de Tule, de
Agarthi. Jean Paul Richter disse: “A memória é o único Paraíso do qual
jamais poderemos ser expulsos”. Os bardos e os minnesanger cantaram a
memória de um amor já vivido pelos ancestrais, no mês de maio (ou Maya),
quando se abre o Jardim das Rosas do Rei Laurin, que talvez não esteja no
Tirol, mas na distante Asgard, a cidade do Cáucaso, fundada pelos ários-
hiperbóreos, da qual o deus Wotan uma vez partiu. E diziam: “Dá-me uma
bela rosa dos tempos antigos.” A porta do Jardim se abria e o trovador
podia entrar na eternidade.
Os trovadores germânicos praticavam um culto cerimonial, chamado
Minnedrinken, no qual bebiam em memória do Amor, da memória do Amor
Eterno, da Vida Eterna. Com certeza se bebia o soma, o sangue mágico da
raça, onde circula a recordação da Hiperbórea, das sacerdotisas de cabelos
dourados, da eternidade dos gelos, da Estrela da Manhã. Erguiam a Taça de
Pedra e diziam: “Amigo, vertei o soma para mim. A Taça me diz do que
tornarei a ser. Fala-me ao ouvido num silêncio inefável.”
[...]
A memória cromossômica permite a memória da Melodia assombrosa,
que há de tratar de ser executada até alcançar sua perfeição imortal. É a
memória de um pacto com o nosso próprio deus, ou com os deuses, com
Lúcifer, Senhor da Iluminação e das Maçãs de Ouro do Jardim das
Hespérides. As premonições são como uma “memória do futuro”, dentro
do círculo do Eterno Retorno, do que acontecerá, porque já se foi,
repetindo-se. Também aí, na memória cromossômica, ficam guardados os
vestígios das catástrofes cósmicas, do afundamento da Atlântida, da
desaparição de Tule, de tudo o que voltará a ser, porque já foi.
A iniciação consiste, em parte, em uma técnica de reativação da memória
cromossômica, dirigindo-a até que a Melodia imortalizante possa ser
completada, dentro das margens do livre arbítrio que a revelação hiperbórea
traz ao guerreiro-iniciado.
Se eu sou capaz de me lembrar, às vezes, da perdida Avalon, a
maravilhosa Cidade das Maçãs Douradas, com frutas e animais
emblemáticos, que falavam com o homem, porque eram seus amigos, parte
integral do homem, é possivelmente devido à minha herança de celtas,
druidas e visigodos da Villa de Mura, Mondonhedo, na Galiza, não muito
longe de Santiago de Compostela, aquele “Campo de la Estrella”, e pelo
meu nascimento nas proximidades do Polo Sul. Tudo isso vai dentro, na
Memória do Sangue. É a Alínne; é também parte da minha Iniciação Polar. É
a minha “reencarnação”, minha Melodia.
[...]
Por tudo isso, os hitleristas procuraram preservar a pureza do sangue,
tendo, por fim, a recordação, o Minne. Ainda hoje, e apesar do que se
escreve contra ideias semelhantes, os judeus não se misturam com outras
raças. A sua religião, ou Lei, não permite concessões, porque é no sangue
onde se imergem para renovar diariamente a memória da Aliança
estabelecida com o seu deus particular, para o contemplar face a face, em
sua memória.
Quando Jung falou da existência de um Inconsciente Coletivo Ariano e de
um Inconsciente Coletivo Judeu, ele se referia à mesma coisa, mesmo
quando estava “psicologizando” a consciência; acrescentaríamos uma
questão mais misteriosa: a existência de deuses e demônios diferentes para
ambos povos.
Por isso Jung foi acusado injustamente de simpatia pelo nazismo e ainda
hoje é difícil publicar suas obras em várias capitais do mundo, como
Frankfurt e Paris, por exemplo, onde o ambiente “científico” e editorial
mantém os preconceitos dos vencedores da guerra e opõe a Jung o nome de
Freud, com pouco espírito racista disfarçado.
[...]
No momento crítico do Kali Yuga, na catástrofe involucionista da terra e
do homem, que hoje nos toca viver, é quase impossível tratar dessas
questões seriamente. É muito difícil pretender expor de uma altura maior,
preservando intactas as raízes metafísicas do conhecimento antigo.
[...]
Quando falamos, por exemplo, do sangue, não nos referimos
exclusivamente ao sangue biológico, que circula pelas veias do corpo
físico. Pensamos no sangue de Paracelso, na Luz Astral e também na
Memória Akásica, ou etérica, dos indo-arianos. Esta é a verdadeira
“memória cromossômica” e não a bioquímica do presente. O sangue, em
sentido espiritual e hermético, é o licor sagrado do soma, algo diferente do
que nos ensina a biologia e a hematologia da ciência do Kali Yuga; é o sol
líquido, por onde circula a memória dos antepassados extraterrestres; é a
Grande Recordação. O sangue é algo misterioso, que não pode ser
tratado levianamente. Nem os líderes iniciados e secretos do hitlerismo,
nem os judeus, consideraram o sangue algo puramente fisiológico e material.
Há uma frase de Hitler, dita ao final da guerra, em 14 de fevereiro de 1945,
que confirma isso: “A raça espiritual é mais durável que a raça natural. Por
não termos alcançado, definitivamente, esta elite, tivemos que nos contentar
com o material humano disponível; o resultado foi consequente.”
O JUDAÍSMO, COMO O BRAHMANISMO, NÃO É MISSIONÁRIO:
SE É JUDEU PELO SANGUE
[...]
Mil e quinhentos anos antes de nossa Era, os rishis arianos
estabeleceram, para a invasão da Índia, um sistema baseado em castas; o
“Código de Manu” também regulamentou a vida do ariano por leis e
preceitos, do nascimento à morte.
O hinduísmo, como o judaísmo, não é uma religião missionária, não é
proselitista. Não se pode se converter ao hinduísmo ou ao judaísmo. Hindu-
ariano é aquele que nasceu em uma das três primeiras castas do “Código de
Manu”. Judeu é aquele que carrega sangue judeu e cumpre a Lei e a Aliança.
Por tudo isso, os judeus da Índia não puderam penetrar ou dominar como no
Ocidente. As leis do sangue se cumpriam de igual modo, mas com um
propósito diferente. Os judeus que vieram para o Malabar, após a Diáspora,
tornaram-se uma “quinta casta”, à parte e sem destino. Como o resto da
população, eles foram amolecidos pelo clima, mudando e se assimilando,
sem que ninguém os obrigasse. Talvez não fossem judeus, mas hebreus de
outras tribos desaparecidas.
O mundo terrestre não deve ser julgado em perspectiva e profundidade
por sua mera condição terrestre, mas pela de seus deuses. A diferença entre
o hinduísmo e o judaísmo é compreendida pela qualidade e pelo caráter de
seus deuses, mesmo quando a “metodologia” da pureza do sangue tenha
chegado a ser a mesma.
Tornaremos a insistir sobre um tema: o Sangue. Algo muito misterioso
reside nele. Parece ser a fonte secreta, a chave do tema universal. É
pelo sangue que os judeus controlam a Aliança e Jeová controla aos judeus.
É por meio do sangue que os hindu-arianos estendem sobre um continente a
Maya divina de seus deuses. Eliphas Levi disse, em seu livro “A Ciência
dos Espíritos”: “O Sangue é o grande agente simpático da vida, é o motor da
imaginação, é o substrato animado da luz magnética, ou alma astral,
polarizada nos seres viventes, é a primeira encarnação do fluido universal, é
a força vital materializada”.
Esta é a concepção espiritual, hermética do sangue. Luz astral, akasha do
Hinduísmo, onde é preservada a memória cósmica, universal. A lumen
naturae de Paracelso. Compreender-se-á, então, a gravidade do método
judaico: manter a pureza do sangue não com o objetivo de ressuscitar nele a
autêntica Minne-memória das origens divinas, do passado hiperbóreo e
extraterrestre, remontando a involução às maiores distâncias possíveis, mas
para introduzir ali questões exclusivas do animal-homem, seus
ressentimentos, seus ódios e vinganças, atribuindo-os a um deus que nada
mais é do que um Golem, uma criação da mente humana, que fará refém a um
grupo de seres terrestres para continuar existindo e assim eternizar sua vida
de íncubo, de Drácula. Esta é a contra-iniciação, o evento que muda o curso
dos acontecimentos na história dos homens.
Fomos jovens, somos jovens. Nossa juventude se enlaça com os
milhares de anos do ontem.
SERRANO, Miguel. El cordón dorado: hitlerismo esoterico. 2. ed.
Bogotá (D.C.), Colômbia: Editorial Solar, 1992. p. 52-96.
HITLER, UM SENHOR DO KARMA TULKU
Trad. Sr. B.
Seria um erro acreditar que os verdadeiros Mestres da SS e do
hitlerismo foram feitos prisioneiros ou executados, como o é pensar que os
Mestres templários o foram. Himmler e Jacques de Molay caíram; mas os
Mestres ocultos eram outros. No caso dos templários, pensou-se no Mestre
Rocelin de Fos e o Duque de Beaujeu, o Grande Mestre Secreto que nunca
foi encontrado.
Nas SS, como nos templários, o Chefe, o Grão-Mestre Visível, é
duplicado noutro invisível, desconhecido. Também foi dito, em relação aos
templários e aos verdadeiros rosacruzes, que por trás de suas ordens haveria
Outra Ordem misteriosa, com sede em outros astros, outra terra (talvez a
Terra Oca), ou em um Mundo Paralelo. Nada se sabe ao certo. Da mesma
forma, não sabemos onde Hitler foi realmente iniciado. Em Viena, em
Munique, “fora”, “dentro”? Em que Ordem e por quem? O que é certo é que
houve um exoterismo e um esoterismo hitleristas3.
É no Círculo Invisível, desconhecido dos templários e SS, até mesmo de seus Chefes visíveis,
Molay e Himmler, onde se decidiu, como nos verdadeiros rosacruzes, que as
Ordens deverão desaparecer da superfície, aniquilar-se externamente,
porque se tornaram incômodas e ineficientes, perdendo sua pureza esotérica
iniciática, contaminando-se com o número e o gregarismo dos tempos, e
esgotando-se na promiscuidade, no combate físico. Renunciam a continuar
lutando “aqui” e fazem uso da “porta” de entrada, ou da “janela” de saída,
que eles conhecem, para desaparecer, passando para a Terra Interna, ou para
outro Universo Transdimensional. Eles são transportados pelos “Pássaros de
Fogo”.
Renunciam a vencer por enquanto. O triunfo lhes seria fatal. Só a
derrota torna possível o triunfo da Ideia, em um Mundo Análogo, que há
de ser criado, inventado, como uma Flor inexistente. Mas que é mais real do
que todas as flores nos jardins da superfície da terra.
Esta é a razão pela qual os templários não se defenderam, mesmo
podendo fazê-lo, visto que eram os mais poderosos. Deviam salvar a pureza
do Graal.
Muito foi escrito e imaginado sobre Hitler. Entre outras coisas, foi dito
que ele era apenas um médium (um meio) que caiu sob influência estranha,
alheia à inspiração dos “fundadores”, ou então, que desejou fazer sua
própria vontade, que desobedeceu. Recordo aqui algumas palavras de
contemporâneos como Knut Hamsun, o grande escritor norueguês, ditas na
rádio de Oslo, ao ouvir a notícia oficial do desaparecimento de Hitler:
“Hoje partiu um ser grande demais para ser compreendido por nossa
Época”. E um enviado especial japonês declara, após uma entrevista com
Hitler: “Ele é o Grande Sacerdote do Ocidente”.
Hitler foi, sem dúvida, um dos últimos Guias que intentaram remontar a
involução do Kali Yuga, antes da catástrofe, para ajudar a terra a retornar à
Idade de Ouro. Sua “outra ciência” teria conseguido retornar o Eixo do
planeta à sua posição antiga.
Em conexão com isto, tragamos à memória a doutrina tibetana do Tulku4,
uma espécie de Bodhisattva, um ser que retorna ou encarna na terra à
vontade, porque já não há Karma que o obrigue, por ser um liberto, um
Jivanmukta. Ele retorna apenas para cumprir uma missão e, estranhamente,
pode encarnar em mais de um ser ao mesmo tempo. Não fala em “eu”, mas em
“nós”.
Assim se explicaria essas “influências coletivas”, espécie de
“epidemias”, ou modas mentais. Jung referiu-se ao “wotanismo”, fazendo
referências ao deus Wotan. Junto com Hitler, aparece Mussolini e uma série
de outros “espelhos” em tons menores, como que irradiados, em todo o
mundo: Codreanu, Degrelle, Doriot, Plínio Salgado, no Brasil; Primo de
Rivera, na Espanha, e Jorge González von Marées, no Chile, entre outros. O
Tulku irradia de um centro de poder maior – Hitler, neste caso – que os
absorve a todos, como um sol tremendo, e os arrasta em seu fogo e seu
destino.
Quando ele cai, caem os demais, porque Ele é todos. A ideia de um
Karma coletivo encontra aqui a sua expressão dramática e superior. O Tulku
seria uma espécie de “Senhor do Karma”, que se encarnou para cumpri-lo. O
que Jung chamou de Inconsciente Coletivo. Se os alemães não tivessem
perdido a guerra, pode-se presumir que Jung teria desenvolvido a fundo e até
as últimas consequências essa teoria (que teve de abortar) dos “vários
inconscientes coletivos” (Inconsciente Coletivo Ariano, Inconsciente
Coletivo Judeu), conectando-a com o esoterismo dos Karmas Coletivos e,
talvez, com a misteriosa concepção dos Tulku.
Também o regresso de Hitler adquire outra direção ou dimensão
insuspeitada, podendo se referir a uma reencarnação dentro do Inconsciente
Coletivo de um determinado Grupo, algo como uma projeção ou possessão.
Nesse sentido, ele já estaria reencarnando. E pode até ser que sua aparição
no corpo físico na Alemanha também tenha sido reencarnação,
materialização, visualização momentânea de algum ser que existia
anteriormente, ou de um Tulku, que se apoderou de um corpo devidamente
preparado e apto, usando-o (o do austríaco Adolf Hitler, nascido em
Braunau am Inn, um ponto terrestre carregado de forças magnéticas).
Este ser, ou Tulku, não reside permanentemente no veículo, mas às vezes,
de vez em quando, em momentos culminantes, utilizando também outros
corpos (o caso de Jorge González von Marées, no Chile, é ilustrativo e
nunca foi aprofundado, nem analisado neste sentido). O uso de todos os
veículos é simultâneo, mas o Tulku encontra sua maior expressão onde o
vórtice de sua Energia se encontra, neste caso, em Hitler. Seja isto assim, ou
a reencarnação de outro ser antigo, pré-anterior, de um personagem que já
existiu muitas ou apenas uma vez, dentro do Círculo, aqui ou acolá, de uma
Nota que já se foi ouvida, é eterno, não pode morrer e voltará.
SERRANO, Miguel. El cordón dorado: hitlerismo esoterico. 2. ed.
Bogotá (D.C.), Colômbia: Editorial Solar, 1992. p. 121-122.
EU, EZRA POUND E KNUT HAMSUN:
OS PERDEDORES
Trad. Sr. B.
Na Grande Guerra, houve dois escritores de renome internacional que
estavam do lado da Tradição Áurea: o poeta norte-americano Ezra Pound e o
Prêmio Nobel norueguês, Knut Hamsun. Ambos foram internados em
manicômios após a derrota. O poeta francês Robert Brasiliach também teve
que pagar por sua coragem. Eu relatei minhas entrevistas com Ezra Pound em
jornais e revistas na América do Sul e do Norte. Eu o vi em Veneza, em seus
últimos anos, quando ele entrou em um silêncio voluntário, o qual rompeu
comigo. Não conheci a Knut Hamsun, infelizmente. Mas li toda a sua
encantadora obra, cheia da poesia do Grande Norte, da nostalgia de
Hiperbórea, talvez da Aryana Vaiji. Quem entre as novas gerações lê Knut
Hamsun hoje, desfrutando de seus escritos de natureza transfigurada, de seu
amor mágico pelas altas latitudes do mundo e do espírito? O controle férreo
sobre as publicações e a divulgação do que se escreve, a propaganda
dirigida, que constrói e desfaz glórias artificialmente, os escritores
comprometidos a serviço do vencedor, a vingança implacável, caíram sobre
suas cabeças e “serão presas até mesmo no último de seus descendentes
espirituais.”
Quando era ainda muito jovem – um escritor desconhecido fora da minha
pátria – também sofri perseguições. Depois vieram os anos de silêncio, de
pesquisa em partes remotas do mundo. Disse que até cinco anos após o fim
da guerra, o controle era menos rigoroso. Assim, sobre alguns, recaiu o
esquecimento. Continuei escrevendo, pesquisando, protegido
incidentalmente pela minha posição de diplomata, disfarçado deste modo,
enquanto procurava camaradas dispersos pelo mundo, que haviam sofrido
como Ezra Pound.
Agora, quando parece que o tempo passa e é possível que eu esteja
envelhecendo, na superfície da terra e de mim mesmo, chegará a hora de
recontar a Lenda Áurea, de recapitulá-la, para alguns. Meu trabalho está
quase concluído, com publicações em diversos países e idiomas. Eu
consegui isto. Não sei como. Aqueles que o tenham lido com atenção, não
deverão se surpreender com as revelações deste livro. Ao invés, encontrarão
aqui a chave.
[...]
Anos atrás, em Veneza, em frente àquela estátua de pedra, que não falava
– houve uma época em que as pedras falaram – comecei a deixar fluir
palavras e palavras, e, dentre outras coisas, disse: “Daqui a setecentos anos
o Laurel florescerá outra vez. Seja feliz, em mais setecentos anos você
tornará a perder...”
Eu sabia que Ezra Pound era um seguidor do deus dos perdedores neste
mundo, no período obscuro do Ferro, chamado pelos hindus de Kali Yuga.
Ele também foi um acólito do maltratado e desacreditado Lúcifer, talvez,
sem saber, do Lucibel dos cátaros5, Apolo, Abraxas, Krishna, Shiva e
também Quenos, dos selknam6; o portador, ou o Anunciador da luz, da
Estrela da Manhã, a que avisa da chegada do novo sol e depois se retira,
esperando por um mundo mais nobre e puro, para onde os heróis e os
gigantes se foram.
Comecei a narrar a Pound minha peregrinação a Montségur e contei-lhe
sobre a Sierra Maladetta, onde Bertrand de Born, um trovador que ele amava
e traduziu, se permitiu congelar até a morte, segundo nos conta Otto Rahn em
seu livro “A Corte de Lúcifer”. Foi nesse momento quando a pedra
gesticulou e uma luz de alegria a envolveu. Ezra Pound havia escalado
Montségur. Ele também era um herege e um guerreiro.
Tive uma ideia, algo como se um segredo me fosse revelado: Ezra Pound
foi incorporado a uma tradição luciferiana que vinha das origens. Por suas
mãos, sem que ele tivesse plena consciência do acontecimento, passou o
Cordão Dourado desta tradição viril e guerreira.
O interesse de Pound, em sua juventude, no Poema do Cid, na Canção de
Roldán, em Parsifal, nas canções e na civilização dos trovadores do
Languedoc, tornou-o representante em nosso tempo daqueles que lutaram por
um mundo que não se assentava na usura, assim como os templários lutaram
certa vez para organizar as bases de um sistema econômico mais espiritual e
justo. Se essa tentativa não tivesse sido destruída prematuramente, poderia
levar a terra na Era de Peixes a um desenvolvimento muito diferente, em
outra direção, redescobrindo uma técnica espiritualizada, capaz de
transfigurar a terra, sem destruí-la no cataclismo que se avizinha, como o
efeito de uma tecnologia bruta, mecanicista, enredada nas engrenagens
satânicas da usura e da sociedade de consumo, do racionalismo e do
materialismo coletivista do universo de massas.
Ezra Pound apoiou o Fascismo italiano e ao Nacional-Socialismo alemão
na Segunda Guerra Mundial, crendo ver neles um sistema socioeconômico
não baseado na usura, também com uma tecnologia e ciência diferentes, um
organismo que encontra suas raízes metafísicas em uma terra purificada e
vital. Agora se sabe, porque há documentos que o comprovam, que a
organização das SS do Hitlerismo (SS é a abreviatura da palavra alemã
Schutzstaffel, originalmente Grupo de Proteção) foi inspirada na Ordem dos
Templários.
Em suas camadas dirigentes secretas ela possuía uma espécie de
iniciação esotérica, bem como vários centros de instrução em castelos
distribuídos em diferentes áreas, à maneira das Gendarmarias Templárias. A
SS pretendia construir cidades nos confins da Europa, no Cáucaso, em La
Rochelle, no meio da França, talvez em Montségur, no final da Guerra,
libertando-as de impostos e onde o dinheiro não tivesse valor e o comércio
constituísse um vínculo espiritual como na antiguidade. Hoje se pretende
ignorar o novo sistema social e econômico, bastante antigo, que o Fascismo
e o Nacional-Socialismo tentaram estabelecer, e qualquer regime autoritário
ou ditadura, que não seja de tendência marxista, que esteja entronizado no
poder em algum ponto da terra, é tendenciosamente denominado “fascista”.
Por tais motivos, Ezra Pound aliou-se à Itália e à Alemanha na grande
guerra e contra o seu próprio país de nascimento, no qual viu o símbolo do
oposto, de uma economia, de uma técnica, de um sistema de vida baseado na
Usura, como ele mesmo dissera. Ezra Pound perdeu e foi trancado em uma
jaula de ferro, em Pisa, como uma besta feroz, e foi mantido às intempéries, ao
frio e ao sol. Em seguida, foi levado para um hospício nos Estados Unidos
da América, onde permaneceu por treze anos, os melhores da vida de um
homem. Ao maior poeta de seu tempo, que deu a conhecer a Joyce, que
ajudou Elliot a escrever, traduzira Confúcio e interpretara o I-Ching! O
mesmo foi feito na Noruega, e pelo mesmo motivo, com Knut Hamsun.
Também seu Guia, perdedor em uma batalha de alienígenas, foi torturado,
caluniado e, finalmente, acorrentado nos gelos do Polo Norte, onde um dia
fizera florescer a Última Tule. Os perdedores são sempre transformados aqui
nos demônios históricos lendários; o foi Ravana, derrotado por Rama; o foi
Luzbel.
Se Ezra Pound estava errado, bem! Já o disse Platão: “Todas as grandes
coisas se edificam no perigo.” E Heidegger: “Quem pensar em grande
escala, deve errar em grande escala.”
SERRANO, Miguel. El cordón dorado: hitlerismo esoterico. 2. ed.
Bogotá (D.C.), Colômbia: Editorial Solar, 1992. p. 32-33.
A MINHA AMÉRICA É A DOS DEUSES BRANCOS!
Trad. Sr. B.
Ora, e nós, os sul-americanos, as raças mescladas, pertencentes a esta
“axila do mundo” da superfície, para usarmos a expressão do escritor
peruano Antenor Orrego7, os Sürdicos, isto é, os Nórdicos do Sul, do
Grande Sul, o que fazemos em tudo isto, que parte representamos no Jogo?
Temos algo a ver com os hiperbóreos, com os cátaros, com os druidas,
com os templários, com os hitleristas SS, com o esoterismo nazi, com o
Retorno Esotérico de Hitler na Águia Dourada, no Disco de Fogo?
A resposta encontra-se na afirmação de que a raça a que se refere todo
este grande tema cósmico é uma Raça do Espírito e da Lenda. Nada disso se
refere à biologia, ao puramente físico ou às ciências da terra exterior. O
Mito e a Lenda são indivisíveis, assim como o Arquétipo8. Eles não tomam
posse de um determinado ponto do planeta mais do que momentaneamente e
o investem por dentro e por fora, no Unus Mundus. Somente em certos
tempos históricos se empoleiram em algum centro do corpo vivo da terra e,
agindo a partir daí, encarnam nos homens, para transmitir sua mensagem
dentro do Destino, como o Espírito Branco que meu Mestre9 viu saindo da
Alemanha, após ter esgotado a porção exata de seu Darma.
O Cristianismo nos empobreceu porque cortou as raízes cósmicas da
tragédia, da história estelar do homem. Não nascemos há seis mil anos, mas
há centenas de milhares. Nem todos nós viemos desta terra, mas temos
origem ancestral em outros astros.
As diferenças essenciais que existem na superfície da terra não se
encontram entre ingleses, franceses, alemães, italianos, espanhóis, chilenos,
os argentinos, japoneses e hindus; brancos, negros, amarelos e pardos. As
diferenças têm raízes metafísicas em diferentes origens cósmicas, em
estrelas opostas, em “centrais cósmicas”, por assim dizer, de onde vêm as
influências, mensagens e ordens. E isto não é possível mudar à vontade, sem
causar uma perturbação no Unus Mundus, para cima e para baixo, em toda
parte. A guerra não começou e nem terminará aqui.
É por isso que nem todos os homens são iguais. E aqueles que o sejam
deverão ser procurados no exterior e no interior, em todo o Universo, porque
estão dispersos. Certamente, terei mais semelhanças com um chachapoya
branco anterior aos Incas, da época dos aymaras, com um aino do Japão,
com um uigur de Mu, do que com um compatriota do Chile atual, às vezes.
Minha América é a da Mitologia e da Lenda dos Deuses Brancos, a que
se refere Gerbert Hauptmann, dentre outros, e que os vikings chamaram
Hvetramannaland, “Terra dos Brancos”, e os templários, Albânia, “A
Branca”; minha América é a da Cidade dos Césares, de Paiteté, de Trapalan,
de Elelin; a de Kontiki, Viracocha, Mamacocha e Quetzalcóatl; é a do
Caleuche, navio fantasma e submarino, que atraca nos portos interiores da
Terra Oca. Todas estas lendas arquetípicas são a memória e a alma
desconhecida da Atlântida e da Lemúria sul-americanas.
Jamais foram penetradas ou vividas até sua última chama, até suas
últimas consequências existenciais, reatualizando seu drama na carne
(“sofrendo a prova do fogo na própria carne”) e com nossas vidas, exceto
por muito poucos; por Pedro Sarmiento de Gamboa, talvez, por mim e mais
de um alquimista espanhol que terá vindo aqui buscar o ouro potável (aurum
potabile), que se bebe e dá Eternidade, no Ocidente Secreto, onde se põe a
luz física do Sol Amarelo e nasce a Luz Espiritual do Sol Negro e do Raio
Verde.
Essas lendas, essas mitologias, a essência da América-Atlântida, nos
conectam simultaneamente com os Deuses Brancos da Tule hiperbórea do
lendário Polo Norte (ainda mais se pensarmos que, após a mudança do Eixo
da Terra e a turbulência polar, o Polo Norte está hoje no Polo Sul), com a
Terra Oca, com os cátaros, os templários e com tudo o que os iniciados
hitleristas vivenciaram na última Grande Guerra. O que ali se julgou foi
também o Destino dos Deuses Brancos da América. Por algo têm se mudado
para essas regiões do Sul do Mundo, em busca da entrada polar antártica
(“Admitir-me-ão entre vós?”). Eles sabiam que a Hiperbórea está agora no
Sul, a porta do Mundo Interno, do “Paraíso inexpugnável”. Por algo o Mestre
nos pôs esotericamente a seu lado na Grande Guerra que ainda não acabou.
É no Sul do Mundo onde se encarnará – se é que já não se encarnou – o
Espírito Azul da Raça Polar dos iniciados de Vênus-Lúcifer. E a partir
daqui ele começará a recuperar todo o aparentemente perdido, a salvar
o que ainda possa ser salvo, antes da catástrofe que porá fim ao período
negro de Kali Yuga, ou Idade do Ferro.
Todas as nossas lendas têm um valor universal, pois se jogam
cosmicamente sua existência. A cidade dos Césares é Agarthi e é Hurcalia,
uma região de acontecimentos espirituais; Tir nanog, a Terra da Juventude, e
Ogygia, a Ilha Sagrada, é Aryana Vaiji, a pátria primigênia dos arianos. O
Caleuche é o Wafeln, um navio fantasma que navega pelos mares árticos,
com velas flamejantes e relâmpagos. Os Deuses Brancos são os tuathas de
Dannan das sagas islandesas, os hiperbóreos de Tule, os Oses ou Ases, do
Cáucaso, da mítica Asgard, as hostes de Wotan ou Odin, eles são os hohuen
da lenda dos selnam da Terra do Fogo, os Magos jon do Sul. Apolo é
Abraxas, ele é Shiva, ele é Lúcifer e ele também é o deus Quenos, ou talvez
Quanyip na mitologia dos onas. Tule é também a “Ilha Branca que está no
Céu”, de que falam os selnam, e a “Cidade Celestial” do Almirante Byrd.
Esses são principalmente os relatos de uma ciência antiga. Arquétipos
que encarnam e reencarnam. São Flores Inexistentes, mas que podem se
tornar mais reais do que todas as flores nos jardins deste mundo.
Debaixo das águas, talvez onde termine a crosta do planeta, se desliza o
Cordão Dourado, a Corrente Áurea, que conecta os seres de uma mesma
Raça do Espírito, do mesmo Astro, através de todos os continentes da terra
externa e interna e os torna camaradas em uma Guerra iniciada com a
Criação. Aqui não pode haver deserções ou capitulações. Não se muda de
lado no Conflito. Há apenas um breve descanso na morte, porque os
guerreiros são eternos, imortais. Este livro se refere ao Cordão Dourado, à
Corrente Áurea (e se coisas tão enormes assim acontecem, será porque
talvez uma Estrela lhe ame, no mais íntimo de sua luz verde).
SERRANO, Miguel. El cordón dorado: hitlerismo esoterico. 2. ed. Bogotá
(D.C.), Colômbia: Editorial Solar, 1992. p. 30-32.
A PROFECIA DO “SENHOR SUPREMO” DE
LIEBENFELS
Trad. Sr. B.
Aqueles que estiveram com Hitler, como Otto Skorzeny, Leon Degrelle,
Hanna Reitsch e outros, com quem conversei, mantêm impressões
contraditórias, fazendo-nos ver que ninguém o conhecia realmente (exceto
Rudolf Hess, talvez), porque cada um foi apresentado de forma diferente,
guardando zelosamente o seu segredo.
[...]
O curioso é que tudo isso coincide com as profecias do austríaco Josef
Lanz, ou Georg Lanz von Liebenfels, editor da revista “Ostara” e que
poderia ser o primeiro iniciador de Hitler em Viena, durante seus “anos
secretos”. Em uma edição desta Revista, publicada em 1912, agora
impossível de encontrar, o fundador da Ordem do “Novo Templo” profetizou
a carreira alucinante de Hitler:
“Dizem as lendas que os Ases um dia reconquistarão a cidade de
Asgard, no Cáucaso, guiados pelas Valquírias e pelo Grande Cavaleiro
Branco, convertido em Senhor Supremo. Eles retornarão à Sagrada Ossétia e
à Montanha Mágica, Elbruz.”
“Ao final de doze anos, após seu verdadeiro nascimento (iniciação), ele
terá a primeira revelação do sentido do sinal, com o qual fabricará seu
estandarte. Após ter recebido os Pequenos e Grandes Mistérios, será eleito;
subindo os doze graus do Super-homem, que lhe darão os poderes mágicos
para cumprir sua missão. No entanto, ele ainda deverá passar pela prova do
fogo e do ferro (a Guerra?) mesmo em sua própria carne, antes de começar a
reunir seus discípulos (apenas os iniciados agora) e aparecer em plena luz
(na superfície terrestre e no final de sua segunda era verdadeira, a do
Retorno). Os sublinhados e parênteses são nossos. “Ele empreenderá sua
cruzada contra as forças do mal (contra os Elementalwesen, seres
elementais, semianimais, os Shedim da Bíblia) e se tornará o Senhor
Supremo de todo o Universo, na cidade onde irradiará a Grande Cruz
Giratória.”
“Ele plantará sua Bandeira no topo do Monte da Arca.” (Hitler fez sua
SS escalar o topo do Monte Elbruz, no Cáucaso, e pregar a Svastika
Dextrogira lá, antes da batalha de Stalingrado, onde ele acreditava que a
Sagrada Ossétia, a lendária cidade de Asgard, havia sido encontrada.
Conhecendo a profecia de Lanz, ele pensou que no topo daquela Montanha
encontraria o Poder do Ahoma da Hiperbórea, de Hvareno: a Vitória. Passo
a passo, ele repetiu os sinais premonitórios, alucinantes).
A cada 700 anos torna a florescer o Laurel, disseram os cátaros10. A
cada 700 anos, a humanidade sobe um degrau, repetia Hitler. A cada 700
anos há uma ofensiva de fogo, de acordo com Horbiger. A Svastika
Dextrogira representa o fogo. A cada 6.000 anos, há uma nova investida de
gelo. A Guerra de Fogo e Gelo.
“Possuindo o verdadeiro Poder de Odin, ele fará conhecer aos seus
inimigos o fogo do céu, que estará a seu serviço e atingirá a terra com mais
violência do que mil relâmpagos (a bomba atômica, o raio dos discos?). Ele
será o Senhor Supremo do mundo e estabelecerá em todos os lugares as leis
de sua Ordem por Mil anos.”
Foi dito que Hitler possuía a bomba atômica. Skorzeny conta que não
queria usá-la. Acaso os guias do submundo, os hiperbóreos de Agarthi e
Shamballah não o permitiram? Provavelmente foi a bomba de Hitler que os americanos usaram em
Hiroshima. E Lanz termina sua profecia assim:
“O Senhor Supremo se preparará para a Grande Jornada. O filho terá
construído a Águia Dourada (é curioso, o deus védico Pusaan viaja em um
pássaro dourado; Vismi, em Garuda), que no final exato da Sexta Idade
Verdadeira do Senhor Supremo irá levá-lo aos portões da Cidade Celestial
(Byrd?), marcada com as doze Cruzes Negras Giratórias, que irradiam na
noite dos tempos. Após o Götterdämmerung, o Crepúsculo dos Deuses,
retornará na Águia de Ouro, do mundo subterrâneo, de Asar, o paraíso das
Eddas, do Walhalla de Odin e das Valquírias, onde reside a sacerdotisa
Hallouine.”
Na Era do Condor, prenunciada pelos mágicos da América lendária, a
do Retorno dos Deuses Brancos, de Quetzalcóatl, a Serpente Alada, com
penas de fogo; em um desses “barcos, sem pilotos nem leme, que viajam
mais rápido do que o pensamento” e que, segundo Homero, “conhecem os
pensamentos e as emoções dos homens”.
SERRANO, Miguel. El cordón dorado: hitlerismo esoterico. 2. ed. Bogotá
(D.C.), Colômbia: Editorial Solar, 1992. p. 25-26.
O SEGREDO MORTAL DE JESUS:
O EVANGELHO DE TOMÉ E O SINCRETISMO DE
PAULO
Trad. Sr. B.
No entanto, Robert Ambelain, escritor de temas maçônicos, afirma em
sua “Vida Secreta de São Paulo”, que o INRI que foi colocado na cruz
significa [...] Iebeschah (I), em hebraico, terra; Nour (N), fogo; Ruah (R),
ar; Iammin (I), água. De acordo com este autor maçom de alto grau, portanto
um firme partidário do judaísmo ortodoxo, Saulo-Paulo não era judeu, mas
um árabe idumeu, um pagão que fazia uso de sincretismos e usava os
Mistérios de Mitra11 e de Orfeu para inventar de cima a baixo o cristianismo
gnóstico dos primórdios. Mas, é preciso lembrar, Paulo se fez circuncidar e
disse: “Não é judeu aquele que o é por fora, mas aquele que o é por dentro”.
Com relação a Ambelain, deve ser esclarecido que o anticristianismo
dos maçons de alto grau, especialmente nas lojas francesas, se alimenta do
judaísmo ortodoxo, da Torá, que os controla e ordena. É uma “querela de
rabinos”, como diria Otto Rahn, e não tem nada a ver com o Cordão
Dourado, nem com uma natureza solar, antilunar.
[...]
Louis Charpentier pensa que é no Flavio Josefo12 não adulterado, onde a
verdadeira identidade de Jesus, ou Jesua, o homem crucificado pelos
romanos, é revelada.
Robert Ambelain afirma, em seu outro livro “Jesus, o Segredo Mortal
dos Templários”, que Jesus era o filho mais velho de Judas de Gamala, chefe
da seita fanática dos zelotas, que tenta restaurar o trono de Davi para os seus
descendentes diretos, isto é, para o chefe da seita.
Com a morte de Judas de Gamala, Jesua começa a reivindicar para si o
direito ao trono. Pedro e os demais “discípulos” são, na verdade, seus
irmãos, segundo Ambelain, e membros da seita extremista. Jesua é um
personagem enigmático, essencialmente um agitador político, como
evidenciado por seu ataque aos mercadores do templo, os que não pagavam
tributos ao descendente legítimo da casa de Davi.
Os romanos não crucificaram por razões religiosas. Eram pagãos, e os
deuses pagãos, como me disse certa vez Nehru, “vivem e deixam viver”.
Para os romanos, contavam unicamente os agitadores políticos, que
alteravam sua Pax. A Jesua o crucificaram de cabeça para cima, porque o
consideravam um malfeitor, um extremista e ladrão de estradas, um
“guerrilheiro”; como se diria hoje, quem, pela força – porque ele “não veio
para trazer a paz, mas a guerra” – tentava recuperar algo que dizia pertencer-
lhe. Sobre a cruz, a autoridade imperial romana fez pôr uma placa, escrito
em várias línguas, com a seguinte legenda: “Rei dos Judeus”. Não são os
fariseus que o condenam; na verdade, são eles quem lavam as mãos. Não
estavam com ele, nem aceitavam os métodos zelotas, que lhes criaram
problemas desnecessários para com a autoridade romana, tampouco o
reconheciam como seu Rei, e ainda menos como o Messias. Além disso, os
judeus não crucificavam, mas lapidavam.
Para Otto Rahn, a disputa de Jesus com os fariseus é uma disputa entre
rabinos com interpretações conflitantes, com táticas diferentes. O que
aparece como certo para os diferentes escritores e comentaristas citados é
que Jesua, o homem, é um nacionalista judeu, que não concebia outra
humanidade mais ampla do que a judia de seu tempo, sua seita e seus
próprios interesses, tentando cumprir com seus desígnios “sionistas”, como
se diria hoje. Sem dúvida, esse Jesua era um chefe estranho, diferente de seu
pai, Judas de Gamala; ele conhecia e praticava uma espécie de magia para
realizar suas ambições políticas e as de seus seguidores.
Talvez as tenha aprendido no Egito. O ladrão mau, crucificado com ele,
que o censura por seu fracasso, seria também um zelota apreendido no Horto
das Oliveiras, onde Pedro faz uso da espada; porque os zelotas andavam
sempre armados. O “ladrão mau” culpa seu chefe pela ineficácia de sua
magia, que os levou ao suplício infamante da cruz. Ambelain diz que os dois
“ladrões” seriam na verdade mercenários pagos para atuar como guarda-
costas de Jesua. Seus nomes são Demás e Cystas. Dois sicários13.
No momento de morrer, Jesua lança uma terrível maldição, projetada
com todas as forças obscuras e tremendas de quem se encontra nos confins
da vida corporal, que se estende até nossos dias, e que tem sido interpretada
e falsificada de muitas maneiras, mas que apenas os rabinos cabalistas, da
Cabala Hebraica, a conhecerão em seu sentido exato.
O Imperador Juliano, o “Apóstata”, sabia de tudo isso. Infelizmente fez
destruir em Samaria, no ano de 362, a tumba de Jesua. Depois disso, não
haverá mais dificuldade na elaboração do mito da ressurreição e ascensão
corporal ao céu, ao Pleroma gnóstico, como o Profeta Enoque e como Elias.
HÁ DUAS PESSOAS DIFERENTES NOS EVANGELHOS
Os Manuscritos do Mar Morto14 teriam vindo a projetar nova luz sobre
uma confusão de vinte séculos. Louis Charpentier faz notar a profunda
contradição nos Evangelhos, onde duas pessoas diferentes estão falando o
tempo todo. Uma é o agitador cheio de espírito de vingança, pedindo que
seus inimigos sejam trazidos até ele e que sejam assassinados em sua
presença. Ele diz: “Quem não está comigo está contra mim”. E outro, um
personagem desconhecido, que fala palavras de amor e sabedoria,
semelhantes às de Buda, e às dos sábios bakhti da Índia.
Em todos os Evangelhos, exceto no de João, onde apenas a segunda
pessoa se manifesta, essa contradição desconcertante aparece. É por
isso que, dizem, e sublinho, que cátaros e templários creram unicamente no
Evangelho de São João. [...].
Os cátaros não eram cristãos, segundo ele, mas maniqueístas, gnósticos.
Não acreditam na “Unidade do Verbo Encarnado”, que se confirma no
Evangelho de São João. Como já dissemos, este Evangelho foi considerado
apócrifo mais de uma vez. Atribuído a João Evangelista, passaria a ser um
conjunto de textos gnósticos, alterados posteriormente.
Baseando-se nos Manuscritos do Mar Morto, Charpentier insiste que os
Evangelhos misturaram duas pessoas diferentes, que existiram naqueles
tempos, Jesua, o zelota, descendente de Davi, e um Mestre essênio, desta
interessante seita mística, não judia talvez, semelhantes aos iogues da Índia,
aos filósofos vedantinos, aos devotos bakhti e aos sufistas da Pérsia, com
um espírito mais semelhante à iniciação hiperbórea das origens e com
indubitáveis contatos com a sabedoria ariana hindu.
Segundo Serge Hutin, em seus estudos gnósticos, o termo essênio vem
da raiz hebraica chase e significa “fiel”. O essenismo se desenvolve a partir
do ano 150 a.C., ao longo das margens do Mar Morto, nas orlas do deserto
da Judéia. Sua comunidade principal foi encontrada em Khirbet, onde os
famosos textos do Mar Morto foram descobertos. A seita dura até junho do
ano 68 de nossa Era, data da chegada da Décima Legião Romana, enviada
para reprimir a revolta judaica.
A seita de Qumram fala de um misterioso Mestre da Justiça, que, um
século antes do Cristo dos Evangelhos, revelou a eles o verdadeiro
significado oculto das Escrituras e foi condenado à tortura e morto pelos
judeus defensores da ortodoxia. Os essênios afirmam ser os “filhos da luz”,
os únicos escolhidos de Deus, em luta contra os “filhos das trevas”. São
dualistas, portanto.
Desaparecem no ano 70, mas terão sido assimilados por algumas seitas
gnósticas, pelo cristianismo de João e talvez por certas ordens beneditinas.
Plínio, o Velho, diz a respeito deles: “Formam uma verdadeira comunidade
monástica hebreia, praticam a comunidade de bens, o ascetismo e a
disciplina contemplativa. Formam um povo sem mulheres, sem amor, sem
dinheiro, um povo eterno, onde nada nasce.” Rejeitavam o casamento e os
sacrifícios de sangue, era um grupo herético, excluído do Templo de
Jerusalém pelos ortodoxos. E Flavio Josefo acrescenta: “A sua doutrina
exalta o desprendimento do corpo.”
[...]
Os Manuscritos do Mar Morto referem-se ao personagem Misterioso, o
“Mestre da Justiça”, “quem está muito alto e sobre quem não se pode ou não
se deve falar”. Ora, este Mestre não foi crucificado pelos romanos, mas
aparentemente, lapidado pelos judeus. Assim se explicaria a acusação de
deicídio, sustentada por quase dois mil anos.
Mas há outra contradição, ainda mais interessante para nós: a de um
Jesus tântrico-mágico com esse personagem místico e bondoso que pede:
“Deixai que venham a mim as criancinhas”.
Pouco antes da descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, outros
documentos preciosos foram encontrados no Alto Egito, entre eles o
Evangelho de Tomé, que era conhecido apenas por citações de Clemente de
Alexandria e de Orígenes no início do século III, referências que chegam até
nós em traduções e não nos originais desses autores, que foram perdidos.
No livro de Robert Ambelain, “La Vie Secrete de Saint-Paul” (A Vida
Secreta de São Paulo), reproduz-se, fotografada, a seguinte página deste
Evangelho: “Disse Jesus: ‘Dois repousaram na mesma cama, um morrerá,
outro viverá.’”. E Salomé (Maria-Salomé) diz: “Quem és tu, homem, de
quem vieste, para teres entrado em meu leito e comeres à minha mesa?”. E
Jesus disse-lhe: “Eu sou aquele que foi produzido Daquele que é me é igual;
me investiram com o que é de meu Pai.” E Salomé: “Sou tua discípula.” E
qual é o ensinamento do Mestre?
Clemente de Alexandria, em seus “Stromata”, (III-IX-66) e Clemente de
Roma, morto em 97, em sua “Segunda Epístola à Igreja de Coríntia”, citam
do Evangelho dos Egípcios o seguinte parágrafo: “E Maria-Salomé pergunta
ao Senhor: ‘Mestre, quando terminará o reino da Morte?’ E Jesus respondeu:
“Quando vós mulheres não fizerem mais filhos [...] e quando os dois forem
um, quando o homem e a mulher se tiverem unido, quando não houver mais
homem nem mulher, então terminará o reino da Morte. [...]” E Salomé,
respondeu: “Farei bem, então, em não ter filhos? [...]” E Jesus, disse:
“Comei de todos os frutos, mas aquele da amargura, o da maternidade, deste
não comeis. [...]”
Estamos nas fontes mesmas do Cristianismo, porque essas citações
foram feitas apenas sessenta anos após a morte de Jesus. É a partir do século
IV que a Igreja de Roma tenta fazer desaparecer da história a personagem
Maria-Salomé, a yogini de Jesus, sua Eunoia, sua Aysha ou Shakti, com
quem tem praticado a Magia tântrica do Maithuna, do amor estéril, do Amor
sem amor, segundo se pode ver na página do Evangelho de Tomé,
reproduzida tal como aparece em Ambelain.
Já vimos que Maria-Salomé, a “sedutora”, como é chamada nos
Evangelhos, a bailarina Kali, que corta a cabeça de João Batista, a princesa
filha de reis, termina seus dias na Occitânia, segundo a lenda áurea, e é a
mãe de Santiago, o Maior, o despedaçado. Quer dizer, ela é a Viúva (ela se
tornou uma “viúva” após a crucificação) de um amado divino, de um siddha
tântrico, dando à luz toda uma espécie iniciática, não de carne mortal; a dos
quebrantados e vencidos, a dos seguidores de Lúcifer, o Deus dos
Perdedores do Kali Yuga.
[...]
Jesus não cumpriu com a lei judaica, não se casou, só teve yoginis,
discípulas que o seguem, porque veio para destruir a obra da mulher, como
dissera (“cavalgando o tigre”, acrescentaria Julius Evola), para desintegrar a
Eva exteriorizada e recuperar Lilith, a Amada Interior, como fica claro em
sua resposta à pergunta sobre quando terminará o reino da Morte: quando os
dois retornarem a ser um.
Ora, o que terá acontecido? Por que ele foi crucificado? Ele também
traiu a sua Lilith por uma Eva externalizada? Fracassou em sua missão por
causa disso? O “ladrão mau” o repreendeu? Terá deixado o caminho da Mão
Direita, dos Senhores do Graal, dos Puros cátaros e, ao invés do Maithuna
interior, terá ido ao leito e à mesa de Maria-Maya-Salomé-Shakti? Ou ele
também era um acólito do Deus dos Perdedores da Kali Yuga?
Em todo caso, Salomé acompanha Jesus à cruz, porque “o Amor cobre
todas as faltas”, como dissera o rei tântrico Salomão. E então continuará
buscando seus pedaços dispersos para além do túmulo, na terra dos
trovadores cátaros, dos Minnesänger e na Ibéria compostelana, onde pensou
poder reconstruir a verdadeira Doutrina Áurea, antes e depois tantas vezes
despedaçada.
O Chefe zelota, Jesua, não era nem essênio nem nazareno; escreve
Ambelain.
[...]
Que misterioso desígnio foi feito para que o homem Jesus, ou Jesua,
tenha sido escolhido para encarnar ao longo de toda a Era de Peixes, esse
símbolo tremendo, em estreita simbiose com o Mestre da Justiça essênio?
Sem dúvida, prevaleceu o seu nacionalismo, sua oposição total aos romanos,
que foi a posição dos zelotas e, em menor grau, de todos os judeus.
E será Saulo, ou Paulo, “aquele que não conheceu a Jesua”, o
convertido, o gênio político, quem, por necessidade de ganhar os zelotas
para a sua causa, põe um bálsamo em seu orgulho ferido, divinizando ao
crucificado. Ele mistura temas gnósticos e símbolos mitraístas, ligando
práticas antigas de seitas judaicas esotéricas, que evocavam uma entidade
misteriosa chamada Ieshoua, e a concepção grega do Khristos.
Realiza todos os sincretismos, manipulando uma força motriz
primordial, um ressentimento histórico, para derrubar algo que já está
corroído por dentro: o Império Romano. Para dividir ainda mais este último,
voltando-o contra si mesmo, se apropria dos mistérios de Mitra, popular
entre as legiões romanas. Após a destruição do túmulo de Jesua pelo
Imperador Juliano, o Cristianismo poderá se apossar do mistério da
ressurreição, fazendo ressuscitar a Ieshoua-Khristos na primavera, como o
Apolo-Lúcifer hiperbóreo. Paulo também faz uso do Evangelho do Mestre da
Justiça.
[...]
Até recentemente, faltava documentação detalhada sobre o gnosticismo.
Os textos importantes desapareceram em seu tempo. Restaram apenas
escritos mutilados. A Pistis Sophia é uma reunião de três textos díspares,
descobertos no Egito, em 1851. Novos documentos são encontrados, também
no Egito, em 1940. Chegam ao Instituto Jung, em Zurique, em 1950, e são
traduzidos para o inglês, em 1974. O trabalho ainda não foi concluído.
Entre esses documentos se encontram “O Evangelho de Tomé” e “O
Livro de Tomé”. A este respeito, será interessante referir-se ao que diz
Ambelain do Apóstolo Tomé: “Nunca existiu tal apóstolo”. Tomé, Taoma,
significa “duplo”, sósia, em hebraico. Não houve, na Antiguidade, um nome
próprio Tomé. Há de fato um “duplo” de Jesua, um segundo Jesus, seu
irmão gêmeo, segundo Ambelain, que é o das aparições após sua morte.
É vendido como escravo por Pedro e talvez seja aquele que chega à Índia, na
costa do Malabar, segundo a lenda, sobrevivendo nos escritos eclesiásticos
sob o nome de Apóstolo Tomé.
“O Evangelho (gnóstico) de Tomé”, em seu sentido esotérico, deve ser
entendido como o Evangelho do Duplo, do Corpo Astral, do Taoma. No
esoterismo de Israel, o Messias não é um ser material, mas um corpo
interior, um ser que virá de dentro, um Taoma, precisamente. Gustav Meyrink
usa essa ideia hebraica antiga e a aplica ao Golem, em seu romance de
mesmo nome.
Para descobrir que o catarismo coincide com a linha gnóstica, é preciso
lembrar a afirmação do gnóstico Marcião de Sínope: “Cristo não tem nada a
ver com Jeová. O Antigo Testamento é imoral. Cristo é filho de um Deus de
Amor desconhecido. Todos os profetas, até o próprio João Batista, são
acólitos do deus falso, Jeová” [...].
O gnosticismo alexandrino é um Cristianismo cósmico, solar, que nasce
nos primeiros séculos desta Era, reunindo as filosofias gregas, os Mistérios
de Elêusis, Hermes e as concepções que já estão há séculos no hinduísmo, na
filosofia Trika, na Caxemira, no dualismo Samkya, onde nasceu o Yoga de
Patânjali.
O gnosticismo é dualista, quase sempre, como o são os zoroastristas e
os maniqueus e como o serão os cátaros e os templários. O hitlerismo é
também um gnosticismo, com variações, e com um esoterismo tão
desconhecido quanto o dos cátaros e o dos templários.
Não é possível conceber um Deus único – sem chegar a um Princípio do
Mal Oposto. Se se imaginam muitos deuses, se descobre também um igual
número de demônios. Nos planos superiores da emanação, é possível que o
Princípio do Mal não atue; ou então, Deus estabelece uma relação distinta
com o seu Oposto, incompreensível para os que se movem nos planos
inferiores da involução. Em algum momento a revelação de Abraxas se torna
possível, onde Deus e o Demônio caminham juntos. De certa forma, Deus
consegue conviver com o seu Oposto, chegando, talvez, a superá-lo algum
dia, com a ajuda do homem. Ao final, o Oposto será redimido. E dizer ao
final, é dizer agora, sempre. O sabia também Mestre Eckhart.
SERRANO, Miguel. El cordón dorado: hitlerismo esoterico. 2. ed. Bogotá
(D.C.), Colômbia: Editorial Solar, 1992. p. 82-88.
1 Sociedade secreta alemã fundada em 1º de maio de 1776 na Baviera com propósitos de
cultivo do livre-pensamento e oposição ao autoritarismo e superstição por Adam Weishaupt
(1748-1830). Atraiu nomes como Goethe e Herder e seguia o modelo da franco-maçonaria.
Com vida breve, foi completamente dissolvida, nas suas fórmula e proposta originais, após
progressivo enfraquecimento motivado por um édito de Carlos da Baviera entre 1784 e 1790.
A Ahnenerbe Forschungs und Lehrgemeinschaft ou “Comunidade para a Investigação e
Ensino sobre a Herança Ancestral” – termo composto do alemão Ahn e Erbe para designar
“Herança Ancestral” – foi um instituto de pesquisa criado por Himmler, Wirth e Darré em
1935, incorporado às SS em 1939. Organizou expedições arqueológicas dentro e fora da
Alemanha e, supostamente, experiências médicas a partir de 1942.
3 Termos de origem grega, éksoteriki refere-se ao disponível sem limitações, ao público, no
caso aqui uma doutrina ou sistema de ideias. O segundo vem de esoterikos, de eso “dentro”,
o que é “do círculo interior” de significado oposto, referindo-se especificamente a tradições e
interpretações de doutrinas e religiões de transmissão e acesso limitados, como ordens
secretas.
4 Um lama ou sábio do Darma que conscientemente escolhe assumir uma existência
corpórea para cumprir com uma missão de guia para a Iluminação. O exemplo mais célebre
é a linhagem dos Dalai Lama, os chefes de Estado do Tibete.
5 Autores e praticantes do catarismo, uma doutrina que buscava a “pureza” (khataros) e foi
considerada herética e exterminada pela Igreja, no Sul da França entre os séculos XII e XIII.
Teriam sido visigodos seguidos da doutrina arianista e maniqueísta.
E Povo indígena da região patagônica do Sul argentino e chileno, última resistência nativa à
colonização europeia.
7 A. O. Espinoza (1892-1960), foi um filósofo e político peruano, um dos maiores pensadores
do Peru.
GO termo é empregado em acepção esotérica, similar à do psiquiatra e analista suíço C. G.
Jung (1875-1961) com quem o autor firmou amizade, e diz respeito a imagens originais
existidos numa mente primeira como modelos para todas as coisas criadas. O mundo ser,
em si mesmo, um arquétipo, significa que ele seja uma cópia de um modelo original e,
portanto, na acepção esotérica, imperfeita.
9 O autor se refere a um mentor pessoal que o iniciou no esoterismo hitlerista, de identidade
desconhecida.
10 Refere-se aos autores e praticantes do catarismo, uma doutrina que buscava a “pureza”
(khataros) e foi considerada herética e exterminada pela Igreja, no Sul da França entre os
séculos XII e XIII. Teriam sido visigodos seguidos da doutrina arianista e maniqueísta.
11 Mitra refere-se ao deus da sabedoria, contratos e da luz de origem indo-ariana, presente na Índia,
Pérsia e Mesopotâmia. Filho da Luz, de Ahura-Mazda do Zoroastrismo, que supostamente teria sido
utilizado por gregos como um homólogo da deusa Hemera, a luz do dia, adquirindo culto particular.
Este culto se tornou popular graças às campanhas de Alexandre Magno, chegando em sua forma nal
aos militares romanos, entre os séculos II a.C. e IV d.C., posto ao lado do Sol Invictus e ganhando
santuários. Há discussões se o Mitra romano é o mesmo dos indo-arianos. Seu atributo principal e
que atraía aos romanos é a virilidade, e o motivo religioso era sempre o do sacrifício místico do
touro.
1AFlavio Josefo ou Yosef ben Mattityahu (37-100) foi um historiador e apologista judaico-romano,
descendente de uma linhagem de sacerdotes e reis importantes, que registrou in loco a destruição de
Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano.
13 Zelotas judeus que atuavam como assassinos no primeiro século portando pequenas adagas
ocultas, sica, em reuniões públicas para atacar adversários, depois se misturando na multidão para
fuga insuspeita.
14 Coleção de centenas de textos e fragmentos encontrados em Qumran entre 1940-50 atribuídos a
uma doutrina judaica chamada de Essênios, entre II a.C. e I d.C. Incluem-se livros considerados
apócrifos, isto é, “sem inspiração divina” – apesar de serem a versão mais antiga do texto bíblico, mil
anos mais antiga que o original até então conhecido da Bíblia Hebraica. Estes textos estão hoje
guardados em Jerusalém.

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