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no embrulho
cor-de-rosa,
abanou-o e
sentiu uma coisa
pesada lá
dentro.
Depois, pousou-o sobre a mesa,
Olhou para a tia à
desfez o laço e começou
lentamente a retirar o papel. espera de uma explicação. Que
Tinha agora à sua frente uma prenda de anos era aquela?
caixa de cartão. Levantou a tampa Uma pedra?
e espreitou.
Lá dentro estava uma pedra - Não querida, a prenda não é
grande. a pedra – esclareceu a tia. – A
pedra foi só uma brincadeira,
para dar peso à caixa e não
descobrires logo o que era.
- Então onde está? – perguntou a Maria,
espreitando novamente, sem conseguir
ver nada de novo.
- Procura melhor – foi a resposta.
A Maria voltou a observar o interior
da caixa e reparou então num envelope
branco, meio escondido por baixo da
pedra. Que presente seria aquele que
cabia dentro de um envelope?
Pegou nele e abriu-o, desconfiada.
Uma, duas, três, quatro… Lá dentro
estavam cinco notas.
A Maria nunca tinha tido tanto
dinheiro.
- É para gastares naquilo de A mãe pegou num mealheiro e sugeriu:
que mais gostares – disse-lhe a - Se o gastares à toa, acabas por não
tia. – Se quiseres, vou contigo às comprar nada de jeito. Não preferes
compras no sábado. poupá-lo para comprares aquela bicicleta
cor-de-rosa que viste no outro dia? Se
disseres às pessoas que estás a juntar
dinheiro, no Natal já deves ter o suficiente.
- Ou podias - Eu tenho uma
guardar esse ideia melhor.
valor para Podias oferecer
quando fores essas notas ao
mais velha, teu pobre primo
colocá-lo no – disse o Afonso,
banco – disse com ar de
o avô. malandro,
– É sempre estendendo a
bom ter mão aberta.
dinheiro de – Eu não me
parte para importo nada
quando for de ficar com
preciso. elas.
O avô ralhou com o
Afonso. A tia e a mãe
começaram a discutir, cada
um defendendo aquilo que
achava melhor. O avô juntou-
se à conversa, discordando
da tia que insistia que aquele
dinheiro era para gastar.
A Maria olhou para
eles, todos animados a
decidir o que fazer com o
dinheiro dela, e apeteceu-lhe
gritar.
Depois do almoço, sozinha no quarto, sentada em
cima da cama, a Maria olhou para as cinco notas, sem
saber bem o que fazer com elas. Gastar, como dizia a
tia? Poupar como defendia a mãe? Guardar como
queria o avô? Ou dar tudo ao Afonso e não pensar
mais nisso?
A coruja revirou os olhos irritada. Ela era uma ave noturna, àquela hora devia
estar a dormir e não a aturar miúdos irritantes. Mas, para não perder tempo
em discussões, começou a piar num chamamento.
- Tem de ir
apanhar mais
frutos para ter
alimento quando
chegar o mau
tempo – explicou
a coruja.
-Qual é o animal -Tu dás trabalho, rapaz – reclamou a coruja, já
que se segue? – com vontade de lhe dar uma bicada. – Em cursos
perguntou o Afonso, realizados fora do Zoo não é fácil arranjar
curioso. professores, Mas vá, anda lá, vamos então até ao
-Aqui está ele – lago.
declarou a coruja, Assim que chegaram ao lago, um peixinho
apontando para amarelo dourado veio ter com eles.
uma lagarta
amarela e preta
com pintas coloridas.
-Ai, ai, ai! Primeiro
formigas e agora -O que podes tu saber sobre o dinheiro? –
lagartas?! Recuso- perguntou-lhe o Afonso.
me a aprender com
-Repara bem no fundo do meu lago e diz-me o
largas! – afirmou, só
que vês.
para provocar.
- Moedas – respondeu a Maria – montes
delas.
- As pessoas vêm até ao lago, atiram uma
moeda e pensam num desejo… e depois
ficam à espera que ele se torne
realidade.
- E…? – O Afonso não estava a perceber
a ideia.
- Se queres mesmo que um desejo se torne
realidade, não basta desejares e ficares
à espera, terás de fazer alguma coisa.
Perguntas o que podes aprender
comigo?
- E a Maria apressou-se a tomar nota:
A Maria guardou a caneta e começou a pensar sobre qual seria o seu
sonho, mas o Afonso foi mais rápido.
- Um carro telecomandado, um telemóvel, um jogo para a consola,
uns ténis, uma bola de futebol, uma televisão para o quarto, um …
O primo começou a listar em voz alta todas as coisas que ele
desejava.
- Pára! Pára! Não vale a pena continuares. Se poupas para tudo ao
mesmo tempo nunca vais conseguir comprar nada - avisou a Maria.
O Afonso percebeu, e criou a sua própria regra:
A Maria sorriu,
satisfeita e, cumprindo
as instruções, rasgou a
mensagem.
Vamos experimentar turma?! Com a ajuda uns
dos outros e aprofundando o nosso tema do
Projeto de Turma “A Magia do dinheiro”,
vamos fazer “magia”, construindo os próprios
mealheiros com muita criatividade e pondo
em ação este curso de sabedoria dos nossos
amigos animais.