Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO:
O objetivo deste estudo baseia-se na compreensão de como se dá o processo de
humanização no acolhimento às famílias de pacientes hospitalizados. Para isso, foi
realizada uma revisão bibliográfica dos principais periódicos brasileiros da área de saúde
que abordam aspectos relacionados ao tema. Entre esses aspectos, citam-se: a maneira
como os familiares vivenciam o processo de internação do ente querido, as repercussões
físicas e emocionais na família e, por fim, a percepção que a própria equipe de saúde tem
em relação à participação do familiar no tratamento do doente. Percebe-se que o familiar
manifesta grande tendência à instabilidade emocional, diretamente relacionada com a
preocupação em relação à doença do paciente. Além disso, o processo de adoecimento
coloca o familiar em contato com conflitos e obstáculos internos, associados à doença e à
própria morte. Já o processo de humanização, pode se manifestar sob duas formas: na
família como sujeito a ser cuidado e na família como agente cuidador. Quando a equipe
de saúde não possui uma interação satisfatória com a família do paciente, é comum que
esta se apresente angustiada e insegura com relação ao doente. Diante disso, torna-se
fundamental o atendimento à família de forma humanizada, com vistas a garantir seu
fortalecimento emocional, capaz de proporcionar ao familiar melhores condições de
auxiliar o paciente internado. O estudo evidenciou dificuldades no processo de
humanização, principalmente devido à falta de suporte institucional, falta de valorização
da instituição para com os familiares e falta de comunicação eficiente entre família e
equipe profissional.
1
Artigo recebido em 8/06/2016 e aprovado, após correções, em 30/05/2017
Psicóloga e mestre em Psicologia (UFJF) e Docente do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora @:
hilafaria@cesjf.br
Graduanda de psicologia do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. @: juliacarneiroc@hotmail.com
Graduanda de psicologia do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora @:
kamillamarina.telles@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
Tem-se que a família caracteriza-se como um sistema recíproco e
intercomunicante, e que, portanto, toda influência ocorrida sobre um dos membros
ocasionará mudanças nos outros componentes. Diante dessa perspectiva, o adoecimento
causa alterações físicas e emocionais não só nos pacientes, mas também nos familiares,
que, assim, merecem a devida atenção da equipe profissional.
Os familiares podem experimentar uma série de sentimentos, que vão desde a
segurança e esperança, à tristeza, angústia e medo da própria morte ou da morte do
familiar doente. Em meio a essa dicotomia de sentimentos, a família se sente na
obrigação de acompanhar o doente, uma vez que acredita ser capaz de apoiá-lo e de
permitir uma maior adaptação do sujeito ao ambiente hospitalar.
A presente pesquisa tem como principal objetivo compreender como se dá o
processo de humanização no acolhimento às famílias de pacientes hospitalizados,
considerando o cenário brasileiro. Para tal, realizou-se um levantamento bibliográfico
baseado, especialmente, na busca de informações que dizem respeito aos aspectos
vividos pela família do paciente, bem como na maneira pela qual a equipe profissional
percebe a presença e a participação desse familiar junto ao paciente hospitalizado.
O objetivo secundário é a tentativa de traçar um panorama nacional de como vem
sendo estudado o assunto nos principais periódicos do Brasil e, a partir disso, discutir a
importância da implantação do processo de humanização no tratamento das famílias dos
pacientes internados.
Ademais, é preciso olhar a família para além do que está posto, enxergando-a em
sua totalidade. Quando a equipe de saúde percebe e compreende que a família também
sofre e vivencia, de maneira particular, a internação do familiar, torna-se possível o
desenvolvimento de políticas voltadas para um trabalho mais humanizado, ético e eficaz.
2 METODOLOGIA
Tendo em vista a importância dessa temática, o propósito deste estudo foi realizar
uma revisão bibliográfica em periódicos brasileiros dos principais artigos eletrônicos em
saúde que tratem do processo de humanização no acolhimento às famílias de pacientes
hospitalizados.
Para compreender melhor como ocorre esse processo no Brasil, foram realizadas
pesquisas sobre os aspectos gerais relacionados às vivências da família diante da
REVISTA PSIQUE, Juiz de Fora, v. 2, n. 3, p. 95-109, jan./jun. 2017
97
com o estilo de vida anterior; perda do conhecido andamento da vida; situação de risco;
enfrentamento do duvidoso, do temido e do desconhecido.
No entanto, o processo de adoecimento causa desequilíbrios não somente no
paciente, mas em todos os seus familiares. Como afirma Cade e Dibai (2008), o processo
de adoecimento gera alterações físicas e emocionais no cotidiano dos familiares. Entre as
alterações físicas, evidenciam-se o cansaço, as dores, o inchaço nas pernas, o
emagrecimento ou o ganho de peso. Com relação às alterações emocionais, tem-se:
preocupação com relação à doença e tratamento do paciente; tristeza; nervosismo;
medo; insegurança; fragilidade e solidão. Paralelamente a isso, pesquisas indicam que
ocorre o abandono das funções de casa, diminuição da atenção direcionada aos filhos e
afastamento do trabalho, o que leva a complicações no orçamento doméstico. Dessa
forma, acredita-se que os familiares também merecem a devida atenção por parte da
equipe técnica da instituição de saúde.
Diversas pesquisas indicam que o ato de acompanhar um familiar enfermo envolve
o processo de lidar com dificuldades e obstáculos internos, diretamente relacionados à
vida, à doença e à própria morte (LIMA; TEIXEIRA, 2007). Ainda que o familiar sofra
consequências diretas do processo de internação, o acompanhamento do ente querido é
tido como uma importante função a ser desempenhada. É comum que, nos relatos dos
acompanhantes, estes demonstrem “prazer” e “sentimento de perseverança” ao
ocuparem este papel (CADE; DIBAI, 2008). O ato é geralmente associado às ideias de
recompensa e valorização, caracterizado por atitudes dóceis e passivas, revelando, por
vezes, a tendência dos acompanhantes em reproduzir o que é socialmente aceito (CADE;
DIBAI, 2008). Percebe-se, ainda, a existência do sentimento de afetividade, em que os
familiares acreditam que o acompanhamento pode levar a uma melhor adaptação do
paciente ao ambiente hospitalar (CADE; DIBAI, 2008).
Outro importante aspecto vivenciado pelos familiares refere-se à priorização, por
um processo de escolha ou imposição, das necessidades do ente internado, gerando
comportamentos modestos com relação às suas necessidades e dificuldades (CADE;
DIBAI, 2008).
Em pesquisa realizada por Corrêa e Urizzi (2007), alguns familiares entrevistados
associaram o processo de internação com o sentimento de tristeza e sofrimento. Outros,
no entanto, permaneceram em silêncio, pois, segundo eles, o sentir era mais intenso do
que a tentativa de expressar o momento por meio de palavras. Além disso, é comum que
os familiares reclamem da falta que o ente querido faz no cotidiano das relações
familiares, ficando uma lacuna a ser preenchida.
Almeida et al. (2009), por sua vez, indicam que os principais sentimentos
vivenciados pelos familiares de doentes internados são: ansiedade, preocupação,
angústia, tristeza, impotência, dor, mágoa, perda, medo, pânico, confiança, segurança,
insegurança, fé e esperança. A ansiedade é frequentemente associada ao ambiente
estranho, às pessoas desconhecidas, às técnicas diversas, sendo estas, muitas vezes,
encaradas como assustadoras. A preocupação, por sua vez, é observada na aflição
sentida pela família diante da situação do parente. Fatores como distância e sofrimento do
ente querido, bem como possibilidade de morte, geram sentimentos de angústia e
tristeza. Nos momentos em que o parente hospitalizado é encaminhado para
dependências que não permitem o acesso do familiar, é comum o aparecimento do
sentimento de impotência, caracterizado por uma sensação de abandono, desesperança
e falta de controle por parte dos familiares, acompanhado pela dor, mágoa, perda, medo e
pânico.
Diferentemente dos sentimentos citados acima, podem ocorrer sentimentos de
confiança e segurança associados ao fato de o paciente ser bem cuidado e receber os
tratamentos necessários. Notam-se, ainda, familiares que se apegam à religião como
forma de conforto, vivenciando os sentimentos de fé e esperança (ALMEIDA et al., 2009).
Com relação às instituições hospitalares, notam-se dificuldades com relação à
infraestrutura no que diz respeito ao oferecimento de melhores condições de
acompanhamento, como não ter uma cama para dormir ou não ter direito à alimentação
(LIMA; TEIXEIRA, 2007). Além disso, é comum que os familiares reclamem de outras
dificuldades, como: falta de informações sobre a situação e tratamento do doente
ocasionada, por vezes, à indisponibilidade interna e/ou externa do profissional para isso;
estilo de vida incompatível com os horários dos hospitais; dificuldade de contato da família
com o médico, faltando informações e apoio; alto nível de ansiedade e dúvidas em
momentos de tomada de decisões difíceis (amputação, medicamentos, procedimentos
invasivos) (LUSTOSA, 2007).
Estar em coping significa que o sujeito está tentando superar o que lhe causa
estresse, no entanto não é um processo isolado, independentemente de outros fatores. As
estratégias de enfrentamento ocorrem entre indivíduo e ambiente e são influenciadas
pelas características pessoais, ambientais e sociais, variando de pessoa para pessoa
(SANTOS, 2013).
De acordo com Antoniazzi, Bandeira e Dell’Aglio (2000), o coping envolve quatro
conceitos principais: (a) intercâmbio entre sujeito e ambiente; (b) administração, e não
controle ou domínio da situação; (c) associação quanto à capacidade de o indivíduo
avaliar a situação, (d) mobilização de esforço para enfrentar as situações que surgem.
Considerando a teoria, existem duas formas de enfrentamento principais, são elas:
(a) estratégias de coping centradas no problema e (b) estratégias de coping centradas na
emoção. A primeira forma refere-se à mobilização de esforços no sentido de administrar
ou alterar o problema, melhorando a relação entre o indivíduo e o meio. Nesse caso,
procura-se ir ao encontro da fonte de estresse no intuito de minimizá-la ou removê-la,
caracterizando um modo mais adaptativo e voltado para a realidade. A segunda forma de
enfrentamento descreve a tentativa de modificar o impacto emocional causado pela
situação por meio de processos defensivos. Dessa forma, objetiva-se regular a sensação
física desagradável.
Dentre as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos familiares, tem-se o
pertencimento a um grupo. O tempo em que os acompanhantes permaneceram juntos,
dentro de uma mesma instituição hospitalar, contribui para que se instale um sentimento
de pertença a um grupo, em que é possível observar o estabelecimento de laços de
solidariedade e ajuda entre as partes (CADE; DIBAI, 2008). Ao experimentarem as
mesmas situações, os acompanhantes adquirirem sentimentos, comportamentos e
percepções relacionadas ao aprendizado em grupo que acabam por fortalecê-los (CADE;
DIBAI, 2008).
Outro tipo de estratégia usada pelos acompanhantes relaciona-se à solicitação de
informações à equipe técnica, pertinentes ao tratamento do paciente e aos procedimentos
a serem utilizados a fim de auxiliar o parente hospitalizado (CADE; DIBAI, 2008).
No que se refere ao restabelecimento do equilíbrio emocional, os acompanhantes
recorrem à fé como forma de manter a esperança e o otimismo na melhora do paciente,
além de enfrentarem os problemas decorrentes da situação (CADE; DIBAI, 2008).
De acordo com as pesquisas realizadas por Santos (2013), os familiares utilizam
muito a estratégia da reavaliação positiva, do suporte social e da resolução de problemas
REVISTA PSIQUE, Juiz de Fora, v. 2, n. 3, p. 95-109, jan./jun. 2017
101
4 O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO
Quanto ao processo de humanização no contexto hospitalar, é possível tratar os
familiares sob dois aspectos principais: (a) como sujeito a ser cuidado e (b) como agente
cuidador.
Por um lado, é comum que, durante o processo de adoecimento de um ente
querido, os familiares lancem mão de defesas egoicas nem sempre adequadas, como
regressão, fragilidade, aumento de dependência, infantilização, sentimentos de culpa e
remorso. Por outro, os familiar que acompanha associa seu papel à transmissão de apoio
REVISTA PSIQUE, Juiz de Fora, v. 2, n. 3, p. 95-109, jan./jun. 2017
102
da família com a equipe, que deve encorajar o familiar a participar de decisões. Dessa
forma, estabelece-se um cuidado humanizado, em que a intercomunicação família/equipe
seja utilizada como ferramenta base para o bem-estar dos acompanhantes (ALVES;
MATTOS; NASCIMENTO, 2014).
Lunard Filho et al. (2005) evidenciam a singularidade de cada caso, devendo os
profissionais de saúde tratarem paciente e família com cuidado e respeito. Quando bem
orientada sobre a rotina do hospital e a situação do paciente, a família tende a se sentir
acolhida e bem-cuidada, contribuindo muito mais para a recuperação do doente.
É fundamental que a equipe se atente para os fatos à sua volta, para as
manifestações da família que são carregadas de significado; nessa mesma perspectiva,
toda a equipe do hospital deve aprender a identificar e a lidar com a ansiedade, medos,
frustrações, perdas e tomadas de decisões difíceis afeitas à família (LUNARD FILHO et
al., 2005). Porém, foi evidenciado que, apesar de a equipe ter a oportunidade de
desenvolver uma relação mais humanizada com o paciente e sua família, na maioria das
vezes esses momentos estão voltados para a execução de procedimentos mais do que
para a relação terapêutica.
Alguns outros fatores relacionados à humanização também são importantes, não
somente a respeito da postura do profissional, mas também à estruturação do ambiente,
como janelas onde se é possível ver se é dia ou noite, calendários e relógios para que,
tanto o paciente quanto o familiar, possam se situar no tempo (BOLELA; JERICÓ, 2006).
Diante dessas situações, um dos fatores que podem promover a diferenciação no
tratamento dessa família é a atuação do psicólogo hospitalar. A partir de sua compreensão
teórica e de suas habilidades técnicas, o profissional pode contribuir para a reorganização
egoica do todo familiar a partir da reelaboração das fantasias, medos e angústias, além
de dar suporte ao enfrentamento da dor, do sofrimento e medo da perda do ente querido.
O psicólogo hospitalar pode, além disso, atuar na captação dos focos de ansiedade e
angústia da família e na aproximação do grupo familiar à equipe de saúde, facilitando a
comunicação entre eles (LUSTOSA, 2007). É importante que o profissional de saúde
compreenda a experiência vivida de forma singular por cada familiar e, a partir disso,
auxilie-o no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento eficazes.
2
O PNHAH propõe um conjunto de ações integradas que visam mudar substancialmente o padrão de assis-
tência ao usuário nos hospitais públicos do Brasil, melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços hoje
prestados por estas instituições. É seu objetivo fundamental aprimorar as relações entre profissional de
saúde e usuário, dos profissionais entre si e do hospital com a comunidade.
rotineira dos equipamentos. Diante disso, o ser humano ali cuidado passa a não ser
percebido como um ser humano em sua totalidade, que tem o direito de ser atendido em
sua plenitude. Além disso, outro importante fator que contribui para a não humanização do
acolhimento à família e ao paciente são as formas pré-estabelecidas e robotizadas do agir
da equipe multiprofissional que torna a forma de lidar rígida, inflexível, impessoal e
fragmentada.
A dificuldade de humanizar o acolhimento à família e ao paciente também está
relacionada ao modelo biomédico vigente atualmente. Os profissionais da enfermagem,
especialmente, são submetidos às condições precárias de trabalho, por meio de turnos
prolongados, de número insuficiente de pessoal, da baixa remuneração e da
desvalorização das suas ações (BOLELA; JERICÓ, 2006). Diante disso, a equipe
profissional é tratada de forma não humanizada e, consequentemente, trata a família e o
paciente também de forma não humanizada.
Mesmo diante das dificuldades enfrentadas no processo de humanização em
ambiente hospitalar, ainda assim, para os profissionais da saúde, o problema não está no
acompanhamento da família que muito pode contribuir para o tratamento do doente. O
problema encontra-se na falta de suporte institucional, falta de valorização da instituição
para com os familiares e falta de comunicação eficiente entre equipe-família.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo da humanização com a família do paciente hospitalizado revela-se de
grande importância para o conhecimento de como se realizam esses processos, do dever
do psicólogo e onde estão as carências da demanda atual.
Como foi visto, a família habitualmente se sente responsável por estar junto do
paciente internado e, por vezes, um influencia o outro, sendo um sistema de
reciprocidade. Dessa forma, a família deve ser valorizada e dada a ela segurança e
informações sobre o que acontece durante todo o processo de internação.
Entretanto, a equipe do hospital ainda demonstra certa resistência, medo e a
sensação de estarem sendo avaliados em seu trabalho. Por esse motivo, muitas vezes,
impõem-se de forma dominadora ou agem de forma a renegar suas responsabilidades,
transferindo-as para os familiares e acompanhantes.
Percebe-se, assim, a necessidade de se trabalhar sobre essas relações, visando
ampliar a compreensão acerca da representação da família no ambiente hospitalar e a
importância do familiar no cuidado com o paciente, sem perder de vista a sua
REVISTA PSIQUE, Juiz de Fora, v. 2, n. 3, p. 95-109, jan./jun. 2017
107
ABSTRACT:
The aim of this study is to comprehend how the humanization process develops, while
hosting families of the hospitalized patients. In this sense, it was done a bibliography
review of the main Brazilian journals, on the health area, that cover aspects related to this
subject. Among these aspects, the most important ones arethe way family experience the
hospitalization process of a loved one, the physical and emotional repercussions on the
family of the hospitalization and, finally, the health team perception of how the family
participation improves patient treatment. Appears that the family companion manifests
huge tendency to emotional instability, concerning patient recovering and illness itself. In
addition, the illness process place the relative in contact with internal conflicts and barriers,
related with the illness and the own death.Simultaneously to the suffering,and facing the
situation of the hospitalized loved one, it is common that the relatives try some coping
strategies, which can be positive or negative ones. If, by one hand, the feeling of belonging
to a group creates solidarity and mutual help, relativereassurance promoters, on the other
hand, appears the conflict as aggressive behaviors by the patient towards their relatives.
The humanization process itself, manifests by two ways: In the family as the one to be
REVISTA PSIQUE, Juiz de Fora, v. 2, n. 3, p. 95-109, jan./jun. 2017
108
taken care off or as the caregiver agent. When there is no satisfactory interaction between
the family and the health team, the family can presents reactions that will cause anxiety
and insecurity on the patient. In this sense, it is essential a humanized treatment towards
the family by the health team, in order to ensure their emotional strengthening, which, in
turn, will allow a better family support. It can also be verified some difficulties in the
humanization process regarding the hospital environment, mainly related to lack of
institutional support, acknowledgment of the relatives’ importance and efficient
communication between family and professional team.
REFERÊNCIAS
ALVES, Janaína Suellen; MATTOS, Luana Alves Dias de; NASCIMENTO, Hemilaine
Mendonça do.Humanização no acolhimento da família dos pacientes internados em
unidade de terapia intensiva. 2014. 73 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação
em Enfermagem) - Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO,
Lins-SP, 2014.
BERCINI, Luciana Olga. et al. Presença da família nas unidades de terapia intensiva
pediátrica e neonatal: visão da equipe multidisciplinar. Escola Anna Nery Revista de
Enfermagem, Rio de Janeiro, v.11 n.3p.437 –444, set, 2007.
LUNARD FILHO, Wilson Danilo. et al. Uma tentativa de humanizar a relação da equipe de
enfermagem com a família de pacientes internados na UTI. Texto e Contexto
Enfermagem, Florianópolis, v.14(Esp.) p.125-130, 2005.
LIMA, Regina Molina Trajano de; TEIXEIRA, Enéas Rangel. A vivência de quem cuida em
terapia intensiva e suas implicações psicoafetivas. Revista de Enfermagem da UERJ,
Rio de Janeiro, v.15, n.3, p.381-386, jul/set, 2007