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20.9. Extinção
O direito a alimentos e o respectivo dever são extintos pela morte do
alimentante ou alimentando, ou quando cessa a necessidade do alimentando,
principalmente pela mudança de circunstâncias econômicas favoráveis que lhe
permitam arcar com sua própria mantença. Porém a extinção nunca é
definitiva, pois, à semelhança do que ocorre com a fixação dos alimentos, a
decisão que decreta não faz coisa julgada, podendo o direito ser recriado
quando a necessidade ressurgir.
A morte de qualquer das partes da obrigação leva, em princípio, como
dito, à extinção desta por sua natureza personalíssima, mas é transmissível
aos herdeiros do alimentante, até as forças da herança. No caso de morte do
alimentando, não se transfere para seus herdeiros, pois sua finalidade deixou
de existir.
Controverte a doutrina acerca da limitação temporal do dever de
alimentos em razão da idade do filho. A orientação majoritária nos tribunais é
no sentido de admitir a extensão do limite de idade até os 24 anos, para
permitir ao filho sua formação educacional. Esse entendimento ficou
consolidado na súmula 358 do STJ.
Na hipótese do filho maior, o direito a alimentos apenas se extingue com
sua morte ou do pai ou da mãe alimentante, pois não se origina no poder
familiar, mas na relação de parentesco a que se vincula permanentemente,
para cujo exercício, a qualquer tempo, deve ser comprovada a necessidade.
Com fundamento moral, o CC determina a extinção da obrigação
alimentar, quando o alimentando contrair novo matrimônio, ou união estável, ou
tiver procedimento indigno em relação ao alimentante - que por sua natureza
de restrição de direitos, o conceito de procedimento indigo deve buscar seu
conteúdo no sistema jurídico.