Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AO INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO.
BARBOZA, Ricardo
Pós Graduação em Direito de Família da Universidade Qualis.
RESUMO
O presente estudo aborda na atualidade a única forma legal de prisão civil em nosso Território
Nacional, que é a prisão civil do devedor de alimentos estampado nos termos do artigo 528 do
Código de Processo Civil Brasileiro. A medida coercitiva tem como objetivo forçar o devedor
a efetuar o pagamento das pensões em atraso, afim de que não tenha sua liberdade restringida.
No entanto, diante da realidade social em que o Brasil atravessa, nem sempre essa medida se
torna eficaz, de um lado, ocorre a prisão do devedor, que muitas das vezes se encontra
desempregado, e até mesmo com outra família para cuidar, e de outro o alimentado(a), que não
recebe a dita pensão e com a prisão do genitor(a), a situação tende a ficar ainda pior.
Isto posto, surge a necessidade de estudo por parte dos juristas de outras formas e maneiras
mais efetivas diversas da prisão pura e simples, que na maioria das vezes traz problemas piores
entre as famílias. Abordaremos neste presente estudo hipóteses de prisão em regime aberto ao
devedor de prestação de alimentos, como alternativa, dependendo do caso concreto a fim de
viabilizar o direito e o desenvolvimento do alimentado(a).
The present study currently addresses the only legal form of civil prison in our National
Territory, which is the civil prison of the alimony debtor stamped under the terms of article 528
of the Brazilian Civil Procedure Code. The coercive measure aims to force the debtor to make
the payment of overdue pensions, so that his freedom is not restricted. However, given the
social reality that Brazil is going through, this measure is not always effective, on the one hand,
the debtor is arrested, who often finds himself unemployed, and even with another family to
care for, and the other the fed, who does not receive said pension and with the arrest of the
parent, the situation tends to get even worse. That said, there is a need for jurists to study other
ways and more effective ways other than the pure and simple prison, which most of the time
brings worse problems between families. In this present study, we will address hypotheses of
prison in an open regime to the debtor of alimony, as an alternative, depending on the specific
case in order to enable the right and development of the fed.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
INTRODUÇÃO
1
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891642/artigo-528-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-
2015. Acesso em 26/02/2022
5
Sendo a prisão civil por devedor de alimentos a única espécie de prisão nessa
modalidade, a Constituição Federal de 1988, precisamente em nosso Artigo 5º, inciso
LXVII – “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel”2;
A prisão do depositário infiel deixou de ser aceita no ordenamento Jurídico
Brasileiro, uma vez que o Brasil aderiu ao Pacto de São José da Costa Rica, através de tratados
internacionais de proteção aos Direitos Humanos, sendo assim em razão da superioridade do
Pacto de São José da Costa Rica, que é recepcionado como Emenda Constitucional, a legislação
infraconstitucional que dispunha a cerca da prisão civil do depositário infiel, estando a mesma
abaixo dos TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS, deixou de ser
compatível com a proteção que se confere aos Direitos Fundamentais da Pessoa Humana.
Sendo objeto de Súmula Vinculante, a de nº 25, que assim aduz:
“É ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”.
Em razão desse entendimento é que a prisão civil pelo inadimplemento de
prestações de alimentos tornou-se a única hipótese de prisão civil admitida pelo Estado.
Em contrapeso estão dois direitos fundamentais em jogo, o direito fundamental
a liberdade do indivíduo, em contrapartida o direito fundamental à vida, prevalecendo aquele
que tem maior valor: a vida.
2
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 26/02/2022
6
quem não pode prove-la por si, garantidos pela Constituição Federal de 1988, no entanto a
norma infraconstitucional também tutela os direitos inerentes a prestação de alimentos, o
Código Civil traça diretrizes quando se trata de obrigação de alimentar, o artigo 1694 assim
aduz:
“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de
sua educação.
§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
obrigada.
Sendo assim, o Código Civil disciplina quem pode pedir alimentos e quem deve
paga-los, enquanto o Código de processo Civil disciplina sob a ótica do cumprimento de
sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de presta-los, segundo o que dispõe o
artigo 528 do C`PC, que aduz:
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação
alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do
exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o
débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput , não efetue o pagamento,
não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-
lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber,
o disposto no art. 517 .
§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de
pagar justificará o inadimplemento.
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita,
o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-
lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado
dos presos comuns.
§ 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das
prestações vencidas e vincendas.
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem
de prisão.
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que
se vencerem no curso do processo.
§ 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou
decisão desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso
em que não será admissível a prisão do executado, e, recaindo a penhora em dinheiro,
a concessão de efeito suspensivo à impugnação não obsta a que o exequente levante
mensalmente a importância da prestação3.
3
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em 26/02/2022
7
Por essa razão, quando por motivo injustificado, o alimentante deixa de cumprir
com sua obrigação alimentar, cabe ao alimentado requerer a execução do devedor pelas
vias judiciais, que englobam as prestações vencidas à execução por quantia certa e para as
vincendas, ou seja, aquelas que vencerem no decorrer da ação de execução sob pena de
prisão, através dos meios judiciários coercitivos que permitem e asseguram o direito, o
inadimplemento da obrigação alimentar é requisito fundamental para que haja a sua
execução, sendo o devedor devidamente citado para que em Três dias efetue o pagamento,
ou prove através de documentos idôneos que já o fez, ou apresente justificativa da
impossibilidade de efetua-lo.
Segundo consta no artigo 528, do Código de Processo Civil Brasileiro, se o
alimentante não pagar, ou se a justificativa não for aceita pelo juiz da causa, poderá ser
decretado prisão civil do devedor que pode ser pelo prazo de um mês até três meses, a depender
do entendimento do juiz, se ocorrer o pagamento no curso da prisão pelos parentes do
alimentante, a prisão é revogada imediatamente, se não cumprir até o prazo determinado da
prisão, o executado não estará isentado da dívida com o cumprimento integral da prisão,
passando a ser executada pelo rito da penhora.
Isso não significa que se o alimentante após o cumprimento da prisão nos meses
seguintes, não efetuar os pagamentos das prestações alimentícias, não terá novo pedido de
execução pelo rito da prisão novamente.
Assim, tem os tribunais entendido que a prisão civil tendo em vista a preservação
da vida, somente poderá ser imposta para compelir o alimentante a suprir as necessidades atuais
do alimentando, representadas pelas três últimas prestações, devendo as passadas serem
cobradas em procedimento próprio, rito da penhora.
O Superior Tribunal de Justiça em seus julgamentos tem decidido que: A
execução de alimentos prevista pelo artigo 733 do Código de Processo Civil restringe-se às três
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e às que vencerem no seu curso.
A partir do julgamento de diversos casos análogos, sobre o tema específico, o
Superior Tribunal de Justiça editou a Súmula 309 do STJ, que aduz:
“O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três
prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo”.
Sendo assim, ficou caracterizado como requisito essencial para a propositura da
ação de cumprimento de sentença,(execução) pelo rito da prisão.
8
4
Disponível em: https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/943627134/agravo-de-instrumento-cv-ai-
10071100050906001-boa-esperanca. Acesso em 26/02/2022
9
5
Disponível em: https://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/19478823/agravo-de-instrumento-ai-6595755-pr-
0659575-5/inteiro-teor-19478824, Acesso em 26/02/2022
10
pode o juiz, em razão do poder geral de cautela designar audiência de tentativa de conciliação,
de forma a viabilizar que as partes celebrem um acordo, colocando fim à lide.
Na justificativa é viável que o devedor reconheça o débito, demonstre que esteve
impossibilitado temporariamente de pagar, e ofereça acordo, esta é uma das alternativas que
impedem o decreto prisional, pois, neste caso, a medida restritiva de liberdade não surtirá
efeito algum, pelo contrário, poderá, inclusive, prejudicar a manutenção do pagamento das
parcelas alimentares vincendas.
Casos como esse em que o devedor não vem cumprindo com a sua obrigação,
seja porque realmente não tem condições financeiras para tanto, seja porque cuida de outros
filhos pequenos, a prisão civil não garante o pagamento da prestação, e por fim, dificulta ainda
mais que o devedor comece a contribuir em dia, os valores aos quais já foi condenado a quitar.
Se faz necessário outras formas de punição diversas da prisão, trazendo
oportunidades para o devedor poder saudar com seu compromisso, com isso tanto o alimentante
ganha, quanto quem recebe os alimentos.
Dessa forma, a finalidade da norma não será atingida, e se o juiz da causa fizer
a aplicação da norma, nos rigores da Lei, de forma imediata sem a análise mais acurada do caso,
constatando que a prisão civil do devedor além de não funcionar como coerção, porque o
devedor não tem como cumprir com sua obrigação alimentar, funcionaria como meio de
distanciá-lo ainda mais do cumprimento de sua obrigação, deve o magistrado analisar outras
hipóteses que concederão maior efetividade à execução, contudo ele se encontra adstrito a Lei.
Se o devedor é tão hipossuficiente que não tem patrimônio a garantir a
execução ou saldar o débito, de nada adiantará a medida coercitiva, uma vez que a prisão civil
aplicada não quita o débito nos termos do artigo 19 da Lei 5.748/68, que diz:
6
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5478.htm, acesso em 03/03/2022
11
que se utiliza do rito comum de execução contra o devedor solvente, qual seja a penhora de
bens.
12
E ainda:
CONSIDERANDO o alto índice de transmissibilidade do novo coronavírus e o
agravamento significativo do risco de contágio em estabelecimentos prisionais e
socioeducativos, tendo em vista fatores como a aglomeração de pessoas, a
insalubridade dessas unidades, as dificuldades para garantia da observância dos
procedimentos mínimos de higiene e isolamento rápido dos indivíduos sintomáticos,
insuficiência de equipes de saúde, entre outros, características inerentes ao “estado de
coisas inconstitucional” do sistema penitenciário brasileiro reconhecido pelo Supremo
Tribunal Federal na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 347;
Por esse motivo, foram impetrados muitos “Habeas corpus”, com isso devolveu-
se a liberdade para grande parte dos executados em cumprimento de sentença por pensão
alimentícia em atraso, em muitos processos os exequentes optaram pelo rito da penhora,
mudando a classe processual diversa da prisão. Em outras, optaram pelo fim da suspensão, que
perdurou por quase dois anos.
Assim tem-se o seguinte dentre muitos julgados em sede de Habeas Corpus:
HABEAS CORPUS CÍVEL
Processo nº 2140316-97.2021.8.26.0000
7
Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3246, acesso em 03/03/2022
8
Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3246, Art.6º, acesso em 03/03/2022
13
Nº de 1ª Instância: 1038216-46.2019.8.26.0196
Comarca: Franca (2ª Vara da Família e Sucessões)
Impetrante: R. B.
Paciente: C. I. Q.
Impetrado: MM. Juiz de Direito da 2ª Vara da Família e Sucessões
de Franca
Interessados: A. V. A. Q. e outro (menores)
Voto n. 24.075
EMENTA: HABEAS CORPUS Prisão Civil
Cumprimento de Sentença - Alimentos Execução por
coerção – Conversão do pedido para o rito da expropriação -
Perda superveniente do objeto da presente ação – Prisão
revogada - Extinção do processo sem resolução do mérito9.
9
Habeas corpus cível 2140316-97.2021.8.26.0000- Voto nº 24.075
10
NEVES, Celso. Comentário ao Código de Processo Civil. vol. VII. Rio de Janeiro: Forense, p. 176.
11
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/868173449/habeas-corpus-hc-574495-sp-2020-
0090455-1/inteiro-teor-868173457?ref=juris-tabs, acesso em 03/03/2022
14
Por esse motivo as prisões civil por dívidas de alimentos ficaram suspensas até
31 de dezembro de 2021, e com o avanço da imunização pela vacinação, houve então o inicio
do relaxamento da suspensão das prisões civis por dívida alimentícia, sendo o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça. Que em recente decisão assim aduziu:
“Em razão do aumento significativo de pessoas imunizadas contra a Covid-19 no
Brasil, além da diminuição dos registros de novos casos e de mortes, a Terceira Turma
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu ser possível a retomada gradual do
regime fechado nas prisões civis por dívida alimentícia, como forma de obrigar o
devedor a pagar o débito e proteger os interesses de crianças e adolescentes.
"É importante retomar o uso da medida coativa da prisão civil, que se mostra, sem
dúvida nenhuma, um instrumento eficaz para obrigar o devedor de alimentos a
adimplir com as obrigações assumidas", declarou o relator do habeas corpus em
julgamento, ministro Moura Ribeiro, acrescentando que as providências adotadas pela
Justiça nesse período "não se mostraram eficazes".
Ele alertou que os alimentandos foram os grandes prejudicados com a situação, pois
ficaram por muito tempo esperando essa mudança de cenário, sem receber as verbas
essenciais para uma sobrevivência digna. Acompanhando o relator, o colegiado
manteve a decisão de tribunal estadual que restabeleceu a prisão fechada no âmbito
de cumprimento de sentença em ação de cobrança de alimentos”13.
12
Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/recomendacoes-cns/1132-recomendacao-n-027-de-22-de-abril-
de-2020, acesso em 03/03/2022
13
Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/20122021-Melhora-do-
cenario-da-pandemia-permite-retomada-do-regime-fechado-na-prisao-por-divida-alimenticia.aspx. Acesso em
03/03/2022
15
Em análise do que já foi exposto até o presente momento, frente a realidade que
o Brasil atravessa, em relação a economia, em relação à pandemia, em relação ao atual sistema
carcerário brasileiro, deve-se pesquisar e trazer a baila outras medidas diversas da prisão em
regime fechado, que como já explanado, nem sempre tem o condão de atingir seu objetivo
maior, a adimplência dos valores em atraso, da pensão alimentícia.
Sendo assim, tem-se o Direito Comparado com outros países da América Latina,
países esses que também utilizam a prisão civil como forma última de coagir o devedor a fim
de adimplir com a obrigação de quitar com os débitos de pensão.
Dentre alguns países tem-se o Chile, cuja legislação também impõe medidas
compulsivas porém ao contrário do Brasil, são progressivas, para que haja o adimplemento da
obrigação de prestar os alimentos.
Com o não pagamento das prestações o genitor que detém a guarda da criança
pode entrar com um processo, a fim de que o acordo seja cumprido, caso não chegue a nenhum
acordo, então pede-se:
“A suspensão da carteira de motorista por até seis meses ou mais; pode-se pedir, ainda,
o reembolso de imposto para que este seja retido para pagar a pensão de comida com
esse dinheiro; poderá haver o pedido de uma ordem de prisão noturna por até 15 dias,
isso significa que o devedor dormirá na cadeia das 10 da noite até as 6 da manhã; se
a medida acima não foi suficiente e a dívida não for paga, então pode-se pedir uma
prisão completa por 15 dias. Isso significa sem sair da prisão pelo tempo que
acabamos de mencionar; O juiz também pode decretar que o salário (até 50%) seja
enfeitado e que seja depositado em uma conta corrente para pagar a pensão; além
disso, possibilita-se a proibição do inadimplente deixar o país (raízes nacionais);
finalmente, pode-se solicitar que sejam aproveitados os ativos que você tem para
pagar o que deve”14.
14
Disponívelem:https://translate.google.com/translate?hl=pt-BR&sl=es&u=https://www.divorciofacil.cl/pension-
de-alimentos/&prev=search. Acesso em 13/03/2022.
17
5 – CONCLUSÃO
acessíveis ao intérprete para que a aplicação da norma seja mais adequada ao caso concreto,
seja definida por aquele que está em contato com as partes.
Portanto busca-se meios efetivos diversos da prisão, desde que a analise dos
caso em si, se mostre propício à satisfação do crédito, seja por meio de outras sanções como a
que foi desenvolvida no Chile.
Durante a pandemia houve de certo modo, uma flexibilização m relação a
prisão civil, do devedor de alimentos, ficando suspensas até 31 de dezembro de 2021, em
média. Isto foi realizado por meio de Resoluções e recomendações, (Recomendação Nº 62 de
17/03/2020). Com houve tempo hábil para os inadimplentes correrem atras de serviço, e
acertarem sua situação de inadimplência com as prestações alimentícias em atraso.
Outros casos, porém, nem assim, procuraram solucionar suas pendencias,
achando de certo modo bom o abrandamento da Lei para continuarem inadimplentes.
Sendo assim, mister cada caso ser visto de forma peculiar, e trazer meios
eficientes de separar o “joio do trigo”, de modo que abrandar aqueles que realmente não tem
tido condição alguma para o pagamento imediato da obrigação e em contrapartida, ser rígido
nos rigores da Lei, para aqueles que tem com que pagar e não pagam, vivem se esquivando da
obrigação.
20
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
NEVES, Celso. Comentário ao Código de Processo Civil. vol. VII. Rio de Janeiro: Forense, p.
176.
Disponívelem:https://translate.google.com/translate?hl=pt-
BR&sl=es&u=https://www.divorciofacil.cl/pension-de-alimentos/&prev=search. Acesso em
13/03/2022.