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PRISÃO CIVIL DO MENOR

SOUZA, Jhennyffer Cristina¹; CASTRO, Ridson Matheus da Costa²; FELLER, Thiago de Almeida³

¹ Acadêmica do 8º período, do Curso de Direito do Centro Universitário Unirg. Contato: jhennyffercristina2012@live.com.


² Acadêmico do 8º período, do Curso de Direito do Centro Universitário Unirg. Contato: ridsoncastro2009.rc@gmail.com

³Professor do Curso de Direito no Centro Universitário UNIRG; Perito Papiloscopista da Polícia Civil do Estado do Tocantins. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário UNIRG de Gurupi, Estado do Tocantins. Especialista em Direito Ambiental pela Faculdade de Ciências Humanas de Marabá,
Estado do Pará; Especialista em Gestão da Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Contato: (63) 99966-1060; thiagofeller@gmail.com

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO


Discussão
O ordenamento jurídico brasileiro prevê, dentre as formas de garantir ao O Estado, preocupado em resguardar o direito dos alimentandos, estabeleceu ferramentas
alimentando o direito à vida digna, a coerção realizada através da prisão civil do para coagir os genitores a proporcionar a subsistência de sua descendência, ainda que não
devedor de alimentos. É evidente a evolução do conceito de família e de filhos, em convivente no mesmo lar. Isto se estendeu aos menores, emancipados ou não, que passaram
razão da notoriedade de infantes fruto de relações amorosas e sexuais, muitas a formar vínculos familiares antes mesmo de atingirem a devida maturidade e capacidade.
Assim, a discussão gira em torno de quem será o responsabilizado pelas despesas com os
vezes, precoces e imaturas. Considerando os apontamentos supra, neste
infantes e se é possível haver a prisão civil do menor em caso de inadimplemento alimentício.
documento está presente o estudo da responsabilidade civil do menor de dezoito
Existem controvérsias quanto ao menor não emancipado, se é possível os seus pais, avós do
anos que já se encontra na condição de genitor, sendo importante se ter em mente infante, sofrerem a prisão civil caso sejam inadimplentes alimentícios ou se caberá ao
que as responsabilidades são distintas àquele que está emancipado, comparado ao magistrado impor outras medidas coercitivas para os forçarem a cumprir as obrigações.
que ainda não se encontra com plena capacidade de direito. Resultados
A jurisprudência tem se posicionado no sentido de admitir a prisão civil do menor
emancipado, assim como a dos pais no caso do não emancipado, como meios coercitivos para
satisfazerem as obrigações alimentícias. Admite-se, portanto, a possibilidade do menor
emancipado sofrer a mais grave das coações civis, a prisão, em caso de descumprimento das
obrigações de natureza alimentar, desde que não afastados os parâmetros legais e
OBJETIVOS constitucionais então vigentes.

CONCLUSÕES
É inegável que tanto os filhos, quanto os genitores, possuem direitos que devem ser
É objetivo do presente estudo esclarecer e tecer comentários acerca da prisão observados e garantidos pelo Estado, o qual deve buscar resguardá-los. Assim, a prisão civil
civil do menor, seja emancipado ou não, e sobre a responsabilidade do mesmo para com do menor objetiva assegurar o direito à vida digna daquele que ainda não tem capacidade,
seus filhos. Também tem por objetivo analisar as medidas coercitivas aplicáveis ao de forma independente, de buscar sua subsistência. Todavia, deve-se ter em mente que o
devedor de alimentos, desde a mais branda até a mais grave, sempre com o fito de encarceramento civil é a última medida a ser adotada, cabendo ao Estado-Juiz estabelecer
garantir a subsistência e proteção dos alimentados, sem esquecer dos direitos dos medidas coercitivas frutíferas antes de recorrer à mais gravosa.
alimentantes. Por fim, é correto afirmar que é possível a prisão civil do menor devedor de alimentos,
considerando as peculiaridades do caso concreto, bem como os regramentos acima
descritos.

REFERÊNCIAS
MATERIAL E MÉTODOS ASSIS, Akaren de. Manual do processo de execução. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2002.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal, 1988;
O tipo de pesquisa é exploratória, pois analisa a posição legal, doutrinária e GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil, volume ‘: parte geral/ Pablo Stolze
jurisprudencial vinculada a prisão civil do menor, emancipado ou não, suas Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho.- 15. ed. rev., atual e ampl.- São Paulo: Saraiva, 2013.
responsabilidades para com os filhos, sob o ponto de vista de doutrinadores de renome MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código
no mundo jurídico e dos Tribunais Superiores de nosso país. de Processo Civil comentado. – 2. Ed. Rev., atual. E ampl. – São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2016.

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