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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

CAMPUS - RANGEL

Gleisiane Jacintho Moura

 PROCESSO DE ADOÇÃO E A BUROCRACIA BRASILEIRA

 
 

SANTOS/SP

2022
“PROCESSO DE ADOÇÃO E A BUROCRACIA BRASILEIRA”

Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título


de graduação em Direito apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.

Orientador: Profº Mauricio Pinheiro.

Santos/SP

2022
Ficha catalográfica

PROCESSO DE ADOÇÃO E A BUROCRACIA BRASILEIRA


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito parcial para a para obtenção do título de
Graduação em Direito apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.

Orientador: Prof.º Me.Maurício Pinheiro

Aprovado em: / /

BANCA EXAMINADORA

Prof.º Me. Mauricio Pinheiro


Universidade Paulista - UNIP

Prof.
Universidade Paulista - UNIP

SANTO
S 2022
Dedico este trabalho a Deus, por toda a força e proteção e a
Nossa Senhora Aparecida pela sagrada intercessão.
AGRADECIMENTOS

Xxxxx
“Tudo posso naquele que me fortalece”
RESUMO

Resumo:

PALAVRAS-CHAVES:
ABSTRACT

Abstract:
Sumário

SANTOS 2022...............................................................................................................................4
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................11
1. Conceito de “Adoção”.................................................................................................13
1.2 Histórico da Adoção....................................................................................................14
1.2 Início da adoção no Brasil............................................................................................15
1.3 Adoção no Código Civil de 2002 e Estatuto da Criança e do Adolescente.....16
2. Processo de adoção no Brasil...................................................................................19
2.1 Exigências para se adotar...........................................................................................19
2.2 Etapas da Adoção...................................................................................................20
2.3 Reflexos da concretização da adoção..................................................................21
2.4 Procedimento após o trânsito em julgado.................................................................21
3. Tipos de Adoção............................................................................................................21
11

INTRODUÇÃO

Historicamente, a prática de adoção, consta em inúmeras civilizações,


hindus, gregas, romanas, maneiras diferentes, mas com a mesma finalidade.
Na Bíblia Sagrada, faz presente a história de Moises, na qual foi encontrado
em um cesto a margem do rio, adotado por uma das filhas herdeiras do faraó
no Egito.
No Brasil incorporou-se a adoção no período das Ordenações Filipinas
e, consequentemente com aspectos do direito português. Diante disso, com o
transcurso do tempo, a legislação brasileira precisou caminhar juntamente com
os desejos da sociedade. É inegável, a adoção tem como escopo, fornece um
novo seio familiar, abrindo trilhas para uma melhor assistência mental e física,
seja da criança ou adolescente.
Entretanto, nos estados brasileiros, a adoção precisa passa por um
cansativo processo burocrático, famílias ingressam na extensa e morosa fase
da adoção. O pilar basilar da sociedade é a família. O modelo patriarcal de pai
como genitor responsável pelo sustento e a mulher como mera reprodutora, do
lar, atualmente em pleno século XXI, vem sendo considerado um dentre uma
gama de possibilidades.
Desse modo, os pré-requisitos para a adoção modificaram em razão do
tempo, sendo assim, a adoção pode ser requerida por solteiros, casado, dentre
os “status” civis ou arranjos familiares. Ademais, a diferença de idade dentre o
adotado e o adotante precisar ser no mínimo de 16 anos, devendo o adotante
ter 18 anos completos, ou seja, maior e capaz de praticar os atos da vida civil.
A legislação atinente sobre o tema, encontra-se guarida na Lei nº
12.010/09, Estatuto da Criança e do Adolescente, assim como também, a Lei
sob o nº 8.060/90 e Lei nº 13.509/201.
Nesse interim, o processo de adoção por sua essência é minucioso e
cauteloso, mesmo com seu alto grau de complexidade não há base
fundamentada para justificar a burocracia. Por óbvio, logo após a sentença
prolatando a adoção, transita em julgado, expede-se o mandado de adoção
destinado ao Cartório de Registro Civil, dando prosseguimento ao tramite do
novo registrado.
12

Valido salientar, hodiernamente, existe diferentes tipos de adoção, tema


abordado de forma secundário no presente Trabalho. Outra vertente a ser
aludida, referência sobre o entendimento doutrinário e jurisprudencial do tema
no Brasil, abarcando sobre peculiaridade e regramentos jurídicos para a efetiva
concretude do ato de adotar jovens e crianças.
De suma importância, a destituição do poder familiar, considerada uma
etapa primordial. O infanto tem o direito de poder viver livremente no ambiente
familiar, sendo protegido seus direitos, seja a vida, educação, conforme consta
na Constituição Federal1.
O poder familiar pode ser considerado como os direitos e deveres
fornecidos aos pais para com seus filhos, caso houver à violação, terá a perda
do poder familiar, sendo assim, destituído o poder dos genitores. Haja vista, a
destituição sempre será advinda de ordem judicial, podendo ser pleiteada por
qualquer parente ou Ministério Público.
Diante disso, necessário falar em extinção do poder parental, pois liga
diretamente a adoção, devendo ser conceituado a perda do poder e a
suspensão familiar. A legislação brasileira, zela para a família biológica,
utilizando de todos os meios existentes para que os genitores sejam a família
da criança ou adolescentes.
O objetivo desse Trabalho de Conclusão é demonstrar, as fases da
adoção, bem como os aspectos jurídicos que permeiam o tema, versando não
somente no Direito de Família, mas também, Direito Civil, Constitucional, pois a
adoção não envolve um simples ato jurídico, trata-se de uma pessoa inserida
em outra família como filho do (s) adotante (s).

1
(BRASIL, 1988)
13

1. Conceito de “Adoção”

Adoção é um ato jurídico na qual cria lações de filiação iguais aos de


filhos biológicos, possuindo direitos e obrigações. Conforme entendimento de
Clovis Bevilaqua2, a adoção considera-se “o ato civil pelo qual alguém aceita
um estranho na qualidade de filho”. A concepção de adoção é clara para todos
os doutrinadores, valido fazer menção ao conceito da autora Maria Helena
Diniz. 3

“Adoção é o ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos


legais, alguém estabelece, independentemente de qualquer relação
de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação,
trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que,
geralmente, lhe é estranha”

Para que a adoção se conclua, não basta os interesses dos pais


adotivos, e sim, do adotando, conforme o art. 39, §3º, do Estatuto da Criança e
do Adolescente do Código Civil “Em caso de conflito entre direitos e interesses
do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais biológicos, devem
prevalecer os direitos e os interesses do adotando”.

No Código Civil de 1916, a adoção era tratada como um negócio jurídico


em via de mão dupla, ou seja, vontade inequívoca das partes, formalizava tudo
em uma Escritura Pública feita em um cartório de notas, positivado no
revogado Código Civil de 1916 “Art. 375. A adoção far-se-á por escritura
pública, em que se não admite condição, em termo.”
Caso o adotante fosse maior, se direcionava junto os interessados no
cartório, ao passo que nos casos de menores, representados eram pelos pais,
tutores ou curadores. Podendo o vínculo ser livremente rompido, contudo,
todos esses pontos não foram inclusos no Código Civil de 2002, modificando o
regramento jurídico que permeia a adoção.

2
Bevilaqua (1976)
3
Diniz (2010)
14

Atualmente, avalia-se a vontade do adotante e adotado, passando por


todas as fases, mesmo que o resultado esteja como se fala em processo civil
“todas as condições de julgar”.
1.2 Histórico da Adoção

A adoção proporciona não só uma vida digna, mas sim, fornece uma família
para arcar financeiramente e emocionalmente com as necessidades da prole.
Na prática de adotar, a responsabilidade no momento da decisão é crucial, pois
o infanto terá todos os direitos dos filhos biológicos. Sabe-se, a decisão do juiz
é atroz, seja nas guardas em que o adotado esteja sob a guardar de abrigo, e
ao envolver de destituição do poder familiar.
Em tempos remotos, a adoção tinha como característica a vontade
religiosa, haja vista o culta aos ancestrais para que a família não se dissipasse.
De suma a menção ao entendimento de Bandeira4

[...] A adoção surgiu da necessidade, entre os povos antigos, de se


perpetuar o culto doméstico, estando assim ligada mais à religião que ao
próprio direito. Havia, entre os antigos, a necessidade de manter o culto
doméstico, que era a base da família, sendo assim, a família que não
tivesse filhos naturais, estaria fada à extinção.

O Código de Hamurabi surgiu no ano de 1.700 a.C, sendo um marco


para a codificação do ponto de vista jurídico da adoção, possuindo em seu rol
de artigos a adoção (artigo 185 ao 193). Permitido pelo Código, a devolução do
adotando caso tivesse alguma conduta inadequada no ponto de vista dos
genitores adotivos. Ademais, poderia os pais biológicos reaver o adotando nos
cenários em que não era passado os ensinamentos do ofício, sendo assim,
tornando a adoção um contrato.
Ao passo que na cidade de Atenas na Grécia Antiga, a adoção tinha um
viés religioso, pois só adquiria o poder de adotar com 18 anos completos,
sendo concomitantemente necessário ter posses. Podendo ser revista ao
encontrar algum tipo de ingratidão.
Em Roma a adoção se fortaleceu, inovando ao ter três formas de
adoção, sendo: adoptio, arrogatio e adoptio per testamentum. A adoptio era a
adoção convencional, precisando ter o adotante 18 anos a mais que o adotado

4
Bandeira (2001, p. 17)
15

e não ter filho sanguíneo. Contudo, na arrogatio, um chefe de família era


adotado por outro pater familae incluindo o patrimônio, devendo ter idade
superior a sessenta anos e te dezoito anos de diferença. A adoptio per
testamentum, iniciava seu proposito após a morte da pessoa testamentaria,
transferindo todos os bens.
Na Idade Média, o papel da igreja como antropocêntrica, impossibilitou o
instituto da adoção, permitindo apenas os filhos sanguíneos. Entretanto, o
Código Napoleonico autorizava, favorecendo o próprio Napoleão Bonaparte,
haja vista que não possuía filhos e precisava adotar para ter um sucessor de
seus bens. Conforme a Adoção na França, alude Wald (1999, p. 188).

Coube à França ressuscitar o instituto, dando-lhe novos fundamentos e


regulamentando-o no Código Napoleão, no início do século XIX, com
interesse do próprio Imperador, que pensava adotar um dos seus
sobrinhos. A lei francesa da época só conheceu a adoção em relação a
maiores, exigindo por parte do adotante que tenha alcançado a idade
de cinquenta anos e tornando a adoção tão complexa e as normas a
respeito tão rigorosas que pouca utilidade passou a ter, sendo de rara
aplicação. Leis posteriores baixaram a idade exigida e facilitaram a
adoção, permitindo que melhor desenvolva o seu papel na sociedade
moderna.

1.2 Início da adoção no Brasil


No Brasil, o cenário anterior ao século XX não se falava em adoção, e
sim, em uma entrega de algum menor abandonado a casais que não possuía
filhos biológicos, esse modo de “pegar para si”, ocorreria na Roda dos
Expostos, sendo uma estrutura de madeira em formato circular, na qual era
deixada a pessoa para a “adoção”. Haja vista, o caráter informal e sem nenhum
regramento jurídico, a partir do século XIX e XX, iniciou políticas voltadas para
essa mazela.
Como ponto de partida, se teve a promulgação no ano de 1916 da Lei
3.0715, inclusa no Código Civil, participando do rol de artigos destinados ao
direito da família. Contudo, regrava que apenas pessoas acima de cinquenta
anos de idade, poderiam adotar, além de proibir pessoas casadas de adotar,
caso a sociedade conjugal tivesse menos de cinco anos, assim como consta no
Capítulo V, artigos 368 e seus § único.

5
Brasil (1916)
16

Art. 368. Só os maiores de cinqüenta anos, sem prole legítima, ou


legitimada, podem adotar.
Art. 368. Só os maiores de 30 (trinta) anos podem adotar.
(Redação dada pela Lei nº 3.133, de 1957)
Parágrafo único. Ninguém pode adotar, sendo casado, senão
decorridos 5 (cinco) anos após o casamento

Além de estipular a idade de diferença entre a pessoa que iria ser


adotada e o adotando sendo de dezesseis anos, conforme o artigo 369 do
Código Civil de 1916 “O adotante há de ser, pelo menos, 16 (dezesseis) anos
mais velho que o adotado”. Ademais, a adoção poderia ser desfeita quando o
adotando estivesse com dezoito anos, podendo ser por vontade de ambos, ou
por ingratidão, entretanto o Código não explicou o que seria o termo
empregado. “Art. 374. Também se dissolve o vínculo da adoção: I. Quando as
duas partes convierem. II. Quando o adotado cometer ingratidão contra o
adotante”

1.3 Adoção no Código Civil de 2002 e Estatuto da Criança e do Adolescente

A Lei 10.04 de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil Brasileiro), marcou o


momento jurídico na esfera civil. Ao entrar em vigor, destinou um capítulo
inteiro para tratar do instituto da adoção, alterando de forma subsidiária o ECA,
contudo, ambos tiveram alterações após a Lei 12.010/09. Há muito se discutia
referente o diploma a ser usado no assunto em questão, porém a Lei Nacional
da Adoção encerrou a temática, compilando todas as alterações no Estatuto da
Criança e do Adolescente.
O Código Civil de 2002, revogou por completo o assunto a que se tinha
no Código de 1916, marcando uma nova fase ao processo de adoção no Brasil.
Todavia, não fez menção ao ECA este representado por lei especial, editado
de maneira precípua a proteger crianças e adolescentes (12 a 18 anos de
idade), precisará estar alinhado à nova lei geral, sendo assim, aspectos que
não se amoldavam ao Código Civil vigente eram desconsiderados, e aplicava a
lei geral ao caso concreto, ocorrendo a revogação tácita.
O Estatuto tratava o tema para menores de 18 anos ao passo que o
Código aplicava para adultos. Nesse sentido, completavam se mutuamente,
pontos cruciais a exemplo a desautorização da adoção por procuração, a
17

proibição da qualidade de adotante em face dos ascendentes e irmãos


adotando, inclusive os artigos sobre o período de convivência e triagem de
adotantes e adotados, existente no estatuto e não mencionados na nova
disposição civilista.
Na norma civilista de 1916 permitia a adoção feita por escritura pública
em Serventia extrajudiciais, na qual não se permitia condições e termo para a
finalização. Após o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, sucedeu
a necessidade de autorização judicial para a concretização.
Tomando como base a sentença, será expedido um mandado para que
o cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do local de residência do
adotante realizem o novo registro, cancelando o anterior sem fazer menção a
origem do ato e a certidão de nascimento seja expedida, conforme o ECA “ Art.
47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no
registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão.” A
Constituição Federal menciona a necessidade da adoção ser feita pelo Poder
Pública de acordo com o art. 227, § 5º “A adoção será assistida pelo Poder
Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação
por parte de estrangeiros. ”
Ademais, a Lei Nacional da Adoção deu origem a uma inovada redação
dos artigos 1618 e 1619, por conseguinte, derrogou demais artigos que se
tratava da adoção de crianças de adolescentes, dando ao ECA o poder de
disciplinar a temática.

Art. 1.618. A adoção de crianças e adolescentes será deferida na


forma prevista pela Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto
da Criança e do Adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
Art. 1.619. A adoção de maiores de 18 (dezoito) anos dependerá da
assistência efetiva do poder público e de sentença constitutiva,
aplicando-se, no que couber, as regras gerais da Lei n o 8.069, de 13
de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. (Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

A transformação in totum do diploma civil não tem significado de apagar


tudo já disciplinado, ou seja, artigos sofreram revogações ao passo que outros
dispositivos não foram modificados. Ao ECA incorporou-se o art. 166, § 5º
18

“§ 5 o O consentimento é retratável até a data da realização da


audiência especificada no § 1 o deste artigo, e os pais podem
exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias, contado da
data de prolação da sentença de extinção do poder familiar.”

O Estatuto da Criança e do Adolescente no art. 39, caput e §1º, trata-se


do liame legal seja de maternidade/paternidade ou de ambas, com uma pessoa
não biológica, ou seja, vinculo não formado pela junção de espermatozoide e
óvulo, e sim pelo amor e cuidado para com a pessoa equiparando-se a filho
sem distinção com os biológicos.

Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o


disposto nesta Lei.
§ 1 o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve
recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da
criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do
parágrafo único do art. 25 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
§ 2 o É vedada a adoção por procuração.

A natureza jurídica da adoção relaciona a ato de direito no campo


infanto-juvenil, formando o vínculo civil entre pais e filhos, de maneiro
irrevogável. Partindo do pressuposto que um filho biológico via de regra não
deixa de ser filho de seus genitores, a adoção carrega esse traço excepcional
para todos os fins jurídicos e sociais. Primeiramente, o Estado realiza
investidas para que a criança permanece no seio familiar, valorizando a relação
sanguínea e extensiva aos parentes (utilizando da tutela).
A invalidade da adoção referencia-se a segurança jurídica e social, pois
é um marco que inicia uma nova vida ao adotado, deixando todo o passado
cancelado, sendo inserindo em uma nova família, filhos biológicos e adotivos,
irmãos se tornam. Ademais, não devendo se ter relações amorosas, pois o
Código Civil não autoriza casamento entre ascendentes com descentes sejam
parentes naturais ou civil (tipo da adoção), conforme o art. 1521, incisos I, III e
V do Código Civil.

Art. 1.521. Não podem casar:


I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural
ou civil; [...] III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o
adotado com quem o foi do adotante; [...] V - o adotado com o filho do
adotante;
19

Nesses interim, a adoção se anula em casos de extrema


excepcionalidade, o simples vinculo amoroso em via de regra, não
encontra-se guarida no ordenamento jurídico, conforme decisão de
julgou improcedente a apelação para a anulação da adoção.
ADOÇÃO — Pretendida revogação formulada pelo adotado,
fundamentada na intenção de contrair matrimônio com a irmã de
criação, filha biológica do adotante, o qual anuiu o pedido - Sentença
que reconheceu a impossibilidade jurídica do pedido e extinguiu o
feito sem resolução do mérito - Inviabilidade de acolhimento da
pretensão, que encontra óbice no ordenamento jurídico vigente - Ato
irrevogável, na conformidade com o art. 48 do ECA e art. 227, § § 5o
e 6o da CF/88 - Transitada em julgado a decisão que concedeu a
adoção, o ato se torna imutável - Adoção que produziu seus efeitos,
que não podem ser apagados - A função social do instituto da
adoção, que merece tratamento especial a conferir segurança jurídica
ao ato, não recomenda abrir precedente de revogabilidade por conta
da casuística, em razão dos efeitos e reflexos que poderia advir -
Interesse particular que não pode prevalecer sobre o coletivo -
Recurso desprovido. (Ap. Cível 864101-02, 11.ª Câm. Cível, rel.
Augusto Lopes Côrtes, 25.04.2012, v.u.)

Tratando-se do recurso tempestivamente interposto desprovido, tratando


a adoção de ordem pública, criadora de atos na esfera jurídica de paternidade
e filiação, independente de parentesco consanguíneo. No alcance da matéria
como instrumento revertido de legalidade familiar, confere-se a segurança
jurídica ao manter a relação adotante e a família, por esse motivo, o Estatuto
da Criança e Adolescente usa a expressão “a adoção é irrevogável”

2. Processo de adoção no Brasil

2.1 Exigências para se adotar

O processo de adoção se inicia na Vara de Infância e Juventude, o


Brasil veem implementando o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento,
sendo necessário o pré-cadastro contendo a qualificação, informações
familiares e a descrição do possível adotado.

Para a primeira etapa são exigidos os seguintes documentos, conforme


o artigo 197-A do ECA
20

Art. 197-A.  Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil,


apresentarão petição inicial na qual conste: (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
I - qualificação completa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
II - dados familiares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou casamento, ou
declaração relativa ao período de união estável; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
V - comprovante de renda e domicílio; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
VI - atestados de sanidade física e mental (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
VII - certidão de antecedentes criminais; (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
VIII - certidão negativa de distribuição cível. 

A lei 8.069 elencou requisitos eliminatórios dos quais encontra-se a


maioridade disciplinado pelo artigo 42 em seu caput; comprobação do equilíbrio
familiar; estabelecido idade mínima entre adotado e adotante de dezesseis
anos (art. 42 § 3.º). No ano de 2019 foi criado o Cadastro Nacional de Adoção
fundado pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, cruzando os dados
entre os habilitados para a adoção e as crianças/adolescentes a serem
acolhidos.

2.2 Etapas da Adoção


A fase que se segue, aguarda o parecer do Ministério Público, etapa que
avaliará os documentos apresentados, podendo ao promotor, solicitar
documentos aditivos. Nesse sentido, a autoridade que acolher os dados e o
pedido, abrirá a vista para o Ministério Público sendo o prazo de 48 horas,
devendo o MP responder em 05 dias: 1. Expor questões a serem sanados pela
equipe interdisciplinar responsável pela construção o estudo técnico. 2.
Requerer audiência para ouvir as partes no processo, bem como testemunha
caso necessário 3. Requer documentos complementares. 6
A terceira etapa é a avaliação com o grupo interdisciplinar do Poder
Judiciário, entrevistas para conhecer os adotantes. A quarta etapa envolve a
frequência em programas voltados a preparação para a adoção, pois como ato
de extrema complexidade e em regra irrevogável.

6
Art. 197-B da Lei 8.069 de 13 de julho de 1990.
21

Nesse interim, cabe as adotantes terem em mente não apenas os


direitos e deveres no campo jurídico, e assim, explorar o terreno fértil do
psicológico. Independentemente da idade em se adota, o infanto-juvenil ou a
criança carregará traços do passado difícil. Exigências contidas no Estatuto da
Criança e do Adolescente conforme o artigo 197-C, §1.º
§ 1 ºÉ obrigatória a participação dos postulantes em programa
oferecido pela Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente
com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política
municipal de garantia do direito à convivência familiar e dos grupos de
apoio à adoção devidamente habilitados perante a Justiça da Infância
e da Juventude, que inclua preparação psicológica, orientação e
estímulo à adoção inter-racial, de crianças ou de adolescentes com
deficiência, com doenças crônicas ou com necessidades específicas
de saúde, e de grupos de irmãos.

Logo após o processo probatório, o juiz prolatará sua decisão


autorizando ou indeferindo a habilitação. O processo deferido fica válido por 03
anos, incorporando ao Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento de maneira
cronológica são chamados. Caso o adotante for escolhido para adotar criança
ou adolescente, participará da fase de convivência supervisionada pela equipe
judiciária, realizando visitas ao abrigo, realizar passeios a curta distância.

2.3 Mudanças advindas da Lei 13.509/2017


A Lei 13.509/2017 trouxe uma maior celeridade ao processo moroso de
adoção. Além disso, despertou por meio das mudanças na legislação, o maior
interesse em adotar, diminuindo prazos e procedimentos mais simples.
A nova legislação modificou o Estado da Criança e do Adolescente,
surgindo outras maneiras para se realizar a destituição da família,
apresentando o conceito e a previsão legal do “apadrinhamento” e a
possibilidade de entregar espontaneamente a criança e adolescente à adoção.
Ao se tratar das dilações: noventa dias para o período de convivência; conclui-
se o processo de adoção em centro e vinte dias, havendo a prerrogativa de
aumento do prazo; anteriormente a criança permanecia por vinte e quatro
meses em programas com a finalidade a acolhimento, atualmente considera-se
dezoito meses; e prazo para a autoridade avaliar novamente a situação do
infanto-juvenil em situação de acolhimento para três meses.
O apadrinhamento surgiu com a nova lei, podendo usar dos meios jurídicos
para ajudar a criança ou adolescente de forma material e afetiva. Haja visto,
22

estão aguardando para serem adotados. Para o melhor entendimento, Santos


e Azambuja (2020, página 19) exemplifica o conceito.
Além da possibilidade de ampliação da rede de relações que a
criança ou adolescente possui, o apadrinhamento propicia o
fortalecimento da sua habilidade de construção de novos vínculos
afetivos. Assim, as crianças e adolescentes que estão, mais uma vez,
sendo lesados pela falta de amor, cuidado e afeto, aguardando por
uma família que pode não ser encontrada, têm no apadrinhamento
afetivo uma oportunidade de verdadeiramente construírem laços de
afeto, estes essenciais para o seu crescimento integral, sadio e
harmonioso.

Algo contraditório, os padrinhos podem participar de formal moral, física,


cognitiva ou mesmo educacional/financeiro, mas não podem estar na
fila de adoção, conforme o artigo 19-B, § 2 da Lei 13.509/2017.

§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18


(dezoito) anos não inscritas nos cadastros de adoção, desde que
cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de
que fazem parte.

Ao passo que a lei auxiliou por uma vertente e deixou de observar


outras, pois levando a julgamento o interesse do menor, o
padrinho/madrinha caso conviva de maneira adequada a situação
poderia vir a adotar, reduzindo e muito o processo longo na adoção.
Outro ponto modificado, a inclusão da “entrega voluntária”,
podendo a genitora ou parturiente, entregar o recém-nascido de
maneira monitora pela Justiça da Infância e da Juventude. Infelizmente,
o processo com a finalidade de acelerar o processo de destituição do
poder familiar entra em colapso quando se tenta passar a guarda ao pai
ou a família, duração máxima de 90 dias. Após esta etapa, o menor terá
sua guarda provisória encarregada as pessoas legalmente habilitadas
para a adoção.

2.4 Empecilhos para a celeridade na adoção


23

É indubitável, a nova Lei da Adoção, tem o condão de facilitar a adoção,


caminhando junto com a segurança da criança/adolescente, todavia, o
processo rotineiro e árduo, pode vir a causar desinteresse. No decorrer dos
anos, a cena de crianças sendo “criadas” e educadas em abrigos, vem se
tornando comum, sem nenhum amparo familiar, sonhando com a tão almejada
“adoção”, limitando aos 18 anos.
O número de crianças e adolescentes, segundo o Sistema Nacional de
Adoção e Acolhimento do Conselho Nacional de Justiça, indica mais de 30 mil
em circunstância de acolhimento dentre as mais de 4.533 unidades no território
nacional. Todavia, aos dados mais impactantes advém dos que estão
habilitados a serem acolhidos como filho por uma família, chegando a 5.154
mil, dados do ano de 20207. Hodiernamente, a região com maior índice de
abrigadas encontra-se na região Sudeste, ultrapassando a marca de 15 mil
crianças, em contraponto o Norte brasileiro permanece com o menor índice em
média 1,9 mil, conforme dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento
A faixa etária influência drasticamente no resultado e o tempo de
acolhimento também, índice menores permanecem na menor faixa etária.

Crianças e adolescentes em abrigos


Faixa etária

Até 3 anos De 3 a 6 anos De 6 a 9 anos De 9 a 12 anos


De 12 a 15 anos Acima de 15 anos

7
https://www.cnj.jus.br/mais-de-5-mil-criancas-estao-disponiveis-para-adocao-no-brasil/
#:~:text=Dados%20do%20Sistema%20Nacional%20de,est%C3%A3o%20aptas%20a%20serem
%20adotadas. Arrumar
24

Tempo de acolhimento
9,000
8,000
7,000
6,000
5,000
4,000
3,000
2,000
1,000
0
Até 6 meses De 6 meses a 1 Entre 2 e 3 anos Acima de 3 anos
ano

O Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, possibilita extrair os dados


como os acima mencionados, pontuando a movimentação das crianças e
adolescentes. Com base nos dados, percebe-se a tentativa de melhorar o
sistema adotivo, combatendo os maiores números com mais enfoque, surtindo
pequenos avanços. A Resolução 231 do Conselho Nacional de Justiça datada
de 28 de junho de 2016, instituiu o Fórum Nacional de Infância e da
Juventude, popularmente chamado de FONNJ, tomando como fundamento que
as crianças e adolescentes precisam ser tratados com a máxima prioridade,
conforme o artigo 227 da Constituição Federal.

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à


criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão.

Reflexos da concretização da adoção


Hodiernamente, o processo envolto a adoção é amparado pelo Código
Civil, Estatuto da Criança e do Adolescente, além de leis infraconstitucionais
como a Lei da Adoção de 2009 (Lei 12.010) e Lei 13.509. Todavia, a grande
celeuma relacionada à burocracia, dois polos são traçados o da segurança
para o adotante e o carecimento da celeridade.
25

Procedimento após o trânsito em julgado.

3. Tipos de Adoção

A adoção é definitiva e irrevogável, trazendo efeitos legais para a


perfilhação. Segundo a narrativa de Wilson Donizeti Liberati8 – “A família é o
primeiro agente socializador do ser humano [...]”. Então, seguindo a lógica do
primeiro pilar da construção de uma linhagem ou ainda para aqueles que não
tiveram a oportunidade de usufruir deste prazer tão cedo, terá que enfrentar a
ardo batalha da legislação adotiva.
Vale frisar a importância da jurisprudência neste processo, para que este
amparado tenha seu direito da infância, permitindo o desenvolvimento da
melhor maneira possível.
Desta forma, para que uma pessoa ou duas possam assumir a
responsabilidade de criar outra, obedecendo requisitos proposto e garantindo a
segurança, afeto e educação, existe diversos tipos de prosseguir com a
adoção.
Adoção Ilegal - Realizando a entrega prematura de um recém-nascido
para terceiros, deixando a responsabilidade de registro e criação com aquele
que erroneamente comete o crime previsto no dispositivo 242 e 297 do Código
Penal e ainda para mais gerando responsabilidade civil.

Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de
outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando
direito inerente ao estado civil:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida
nobreza:

8
Comentários ao ECA, 4ª ed., São Paulo: Malheiros, 1999, p.22
26

Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a


pena (Decreto-lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código
Penal)

Por conseguinte, esse método infiltrado de adoção é equiparado como


crime e aos que se envolvem será acertadamente punido e processado.

Adoção Unilateral – Quando alguém adota o filho do cônjuge ou aquele


que se tem convívio amoroso. Este tipo de legitimação é considerado no
momento que não consta o nome do genitor na certidão ou tenha perdido o
poder perante aos tribunais ou para mais, quando houver morte do procriador.
Assim valerá o novo elo familiar e jurídico.
Adoção Legal – O apadrinhamento tradicional, realizando o desejo de
uma pessoa ou casal a ter um herdeiro legitimo por algum motivo pessoal,
devendo-se dirigir à Vara de Infância e Juventude da comarca em que habita
para se qualificar no processo de adoção. Depois deste presumo, deverá
obedecer algumas exigências, como frequentar curso de capacitação dos
futuros adotantes.
Adoção Homoparental – Realizada por um homossexual ou pelo casal
composto. Infelizmente, ainda não tão aceita e encarregada de muitos
preconceitos, já que é vista com más olhos, criando diversos estereótipos, mas,
que mesmo com tanta luta imputada é realizada no Brasil com bravura.
Adoção por testamento e adoção póstuma – Este tipo de filiação é
permitido após a morte, desde que tenha sido declarada em vida sobre sua
vontade. Já a adoção por testamento não é desta forma, todavia, considera-se
o anseio declarado por escrito de alguém, para assim ter seguimento as
medidas judiciais.
Adoção Intuitu Personae – Na ocasião que os pais biológicos escolhem
um filho do coração para criar na sua custodia. Chamada também como adoção
pronta ou dirigida, consistente da tipificação do adotante.
Após passar pelo processo de escolha, deverá aguardar ao certo o
adotado e o adotante qualificado.
Contudo, as normas brasileiras não permitem tal hipótese, sendo assim,
primordial o cadastramento dos adotantes para o beneplácito da legalidade,
considerando também a adaptação da criança no novo reside.
27

Adoção Bilateral / Conjunta – Cabe no conjunto de normas do artigo nº


42, §2º do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos,


independentemente do estado civil. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
§ 2 o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam
casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a
estabilidade da família. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência (Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990)

Fazendo jus a obrigatoriedade de que os futuros pais sejam casados ou


tenham união estável, sendo comprovada em anexo. No mesmo artigo legal
§4, está alinhado para aqueles que obtiveram a separação poder adotar em
comunhão, será válido apenas se o antigo par tenha começado o processo de
adaptação do gaiato durante o relacionamento.
Adoção de maiores – Conforme escrito nas vertentes do Estatuto da
Criança e do Adolescente, é plausível a adesão do maior de 18 anos, desde
que já tenha sob a guarda ou tutela dos adotantes, conforme descreve o artigo
409.
Adoção Internacional – Neste tramite é constituído quando os adotantes
são domiciliados fora do Brasil. Tal seguimento só será realizado caso não
tenha meios de transformar a adoção Nacional.
É de grande seriedade salientar sobre o processo de adaptação da
criança ou adolescente, garantindo uma gloriosa vantagem ao futuro adotado.
Como relata o advogado e professor catedrático de direito civil Silvio
Rodrigues: “[...] torna a adoção ainda mais completa, é o estágio de
convivência, a ser promovido obrigatoriamente se o adotado tiver mais de um
ano de vida”.
Anteriormente com a Lei nº 4.655/65 o prazo decretado era de no
mínimo três anos de acomodamento, com os novos parâmetros assegurado no
Código de Menores o processo de estágio do ingressante em um novo lar foi
diminuído para um ano e ainda com apoio do ECA, foi novamente modificado
para ser estipulado pelo Juiz.
É de supra importância frisar a incumbência do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) neste processo de adoção, não só nele, mas tudo que
9
BRASIL. Constituição (2006). Artigo nº 40, de 23 de agosto de 2006. Brasília, SP, Disponível em:
https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=art.+40+da+lei+11343%2F06. Acesso em: 18 out. 2022.
28

envolve a proteção desses menores, efetivando também os direitos


fundamentais dos mesmos, sendo alguns deles: à vida, saúde, alimentação,
educação, lazer, esporte, profissionalização e proteção ao trabalho.
Respeitando a cultura, dignidade, respeito e a liberdade de conviver em família,
seja natural ou por meio da adoção e até mesmo no aspecto de convivência a
sociedade.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Edilene Pereira de. Extinção, suspensão e perda do poder familiar.


201. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9860/Extincao-
suspensao-e-perda-do-poder-familiar. Acesso em: 01 dez. 2021.

BRASIL. Constituição (1916). Lei nº 3071, de 01 de janeiro de 1916. Código


Civil dos Estados Unidos do Brasil. Brasília, DF, Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l3071.htm. Acesso em: 05 dez. 2021.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição de 1988. Constituição da República


Federativa do Brasil. Brasília , DF: Senado Federal, 1988.

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva,


2010.
29

CUNHA, Tainara Mendes. A Adoção no Código Civil Brasileiro de 2002, após o


Advento da Lei 12.010/09. Portal Jurídico Investidura, Florianópolis/SC, 14 Dez.
2011. Disponível em:
investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/direito-civil/214996-a-adocao-no-
codigo-civil-brasileiro-de-2002-apos-o-advento-da-lei-1201009. Acesso em: 10
Set. 2022

CATUNDA , Cosma. Adoção no Brasil após alterações da lei nº 12.010/09 (Lei da


Adoção), modificando a lei nº 8.060/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente): Os
vínculos afetivos no contexto do acolhimento familiar, na construção da personalidade
da criança. [S. l.], 21 ago. 2019. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/76038/adocao-no-brasil-apos-alteracoes-da-lei-n-12-010-
09-lei-da-adocao-modificando-a-lei-n-8-060-90-estatuto-da-crianca-e-do-
adolescente. Acesso em: 10 set. 2022.

TÔRRES, Dra Lorena Lucena. O que é adoção e quais os tipos existentes?: direito
das famílias. Direito das Famílias. 2020. Disponível em:
https://lucenatorres.jusbrasil.com.br/artigos/781429580/o-que-e-adocao-e-quais-os-
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SILVA, Aline Jaszewski da. AS MODALIDADES DE ADOÇÃO NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO. Vale do Itajaí: Univali, 2014. 83 p. Disponível em:
http://siaibib01.univali.br/pdf/Aline%20Jaszewski%20da%20Silva-B.pdf. Acesso em: 18
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TAU, Felipe. ECA. 2018. Disponível em: https://livredetrabalhoinfantil.org.br/conteudos-


formativos/glossario/eca/#:~:text=O%20Estatuto%20da%20Crian%C3%A7a%20e,
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https://www.cnj.jus.br/mais-de-5-mil-criancas-estao-disponiveis-para-adocao-
no-brasil/#:~:text=Dados%20do%20Sistema%20Nacional%20de,est%C3%A3o
%20aptas%20a%20serem%20adotadas. Acessado em 18/10/2022 às 17:45

https://atos.cnj.jus.br/files/resolucao_231_28062016_22032019145753.pdf.;
Acessado em 18/10/2022 às 18:27
30

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