Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

CURSO DE DIREITO

MAYARA VALADÃO NUNES

A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS NO DIREITO CIVIL

Goiânia
3

2012
MAYARA VALADÃO NUNES

A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS NO DIREITO CIVIL

Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina


Orientação Metodológica para Trabalho de
Conclusão de Curso, visando à elaboração de
monografia jurídica, requisito imprescindível à
obtenção do grau de Bacharel em Direito pela
Universidade Salgado de Oliveira.

Orientadores:
Professor Ms. Eder Francelino Araujo
4

Goiânia
2012
5

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO....................................................................................................1
1.1 Tema e delimitação......................................................................................... 2
1.2 Problema.......................................................................................................... 3
1.3 Justificativa......................................................................................................3
2 OBJETIVOS............................................................................................................. 5
2.1 Objetivo geral...................................................................................................5
2.2 Objetivos específicos......................................................................................5
3 HIPÓTESES............................................................................................................. 7
4 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................9
5 METODOLOGIA.....................................................................................................10
6 ESTRUTURA PROVÁVEL DA MONOGRAFIA.....................................................11
7 CRONOGRAMA.....................................................................................................12
8 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 13
1 APRESENTAÇÃO

O presente trabalho irá versar sobre a adoção por casais homoafetivos no


direito civil, tema muito polêmico e bastante discutido atualmente.
A adoção é uma das várias questões que, por não serem reguladas por
lei, causam restrições na vida desses indivíduos. É viável, entretanto, que os juristas
garantam esse direito a pares homoafetivos, para que estes possam vir a construir
família, o que vai ao encontro dos Princípios da Igualdade e da Dignidade da Pessoa
Humana, presentes em nossa Constituição.
Abordarei no decorrer do meu trabalho, o tema e sua delimitação, delimi-
tando seu conceito e analisando seus aspectos jurídicos e psicológicos. Serão tam-
bém evidenciados os problemas, suas justificativas, seus conceitos gerais e específi-
cos, hipóteses, referencial teórico, metodologia e referências.
Fazendo menção em todo conteúdo e aos requisitos e exigências para a
adoção, através de uma abordagem jurídica, tendo como base o Código Civil, o Es-
tatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal. Posteriormente, será
discutida a viabilidade psicológica e jurídica dessa adoção, sendo que, devido ao im-
portante papel do Judiciário, que é a realização da prestação jurisdicional sobre o
caso concreto, será evidenciada jurisprudência a respeito da adoção por homoafe-
tivos no Brasil.
Sabe-se que o conceito de família evoluiu muito nos últimos anos. Antes o
poder familiar era exclusivo do pai, ao contrário do que ocorre atualmente, onde
esse poder é isonômico entre os cônjuges. A família era constituída exclusivamente
pelo casamento, porém essa realidade não corresponde ao que se observa na so-
ciedade contemporânea, havendo hoje, a união estável, as relações monoparentais,
dentre outras.
É dentro desse contexto de transformação que os homossexuais encon-
tram respaldo para lutar pelos seus direitos. Embora o homossexualismo tenha exis-
tido durante toda a história da humanidade, o largo período de domínio cultural da
Igreja fez com que a homossexualidade, ou homoafetividade, fosse vista como uma
doença, arraigando um enorme preconceito na sociedade, tão forte que está pre-
sente até nos dias atuais.
2

Estamos vivendo apenas o inicio do que será uma longa caminhada con-
tra o preconceito ate que os direitos homoafetivos venham a ser reconhecidos pela
sociedade em si. Mas a falta de reconhecimento pela sociedade não é motivo para
que os juristas brasileiros fechem os olhos para esta realidade, deixando desam-
parados pelo sistema jurídico cidadãos que lutam para ter sua orientação respeitada
e acima de tudo reconhecida.
Sendo assim, temos que, para Venosa, a adoção é a modalidade artificial
de filiação que busca imitar a filiação natural. Onde finalmente, vemos que a adoção
é o ato não só jurídico, como afetivo, que une pessoas pertencentes a laços sanguí-
neos distintos, transformando-os em uma família.

1.1 Tema e delimitação

Importante é que, seja com enfoque no Código Civil, seja no ECA, ou por
ambos, a adoção cumpre uma função social considerável e deve ser compreendida
sem preconceitos.
O Estatuto é que deve ser aplicado aos casos em que o interesse é a
adoção de menores. Há pequenas diferenças entre as duas legislações que regem o
instituto, pois os principais requisitos são comuns, adequando-se, ambas, à viabili-
dade de constituição do vínculo adotivo de filiação entre um menor e um casal de
pessoas do mesmo sexo, desde que, acolhida a inicial, preenchidos todas as ex-
igências legais e sendo favorável o resultado do estudo psicossocial, o juiz funda-
mente o seu convencimento, com base na estabilidade da união homoafetiva.
O ECA não veta, isto é, não proíbe a possibilidade de um casal homoafe-
tivos adotar uma criança, isto porque o interesse do Estatuto é resguardar e zelar
pela dignidade da criança e do adolescente através de um lar, amor e carinho ao
menor, sem questionar a orientação sexual dos adotantes.
O ECA não põe como requisito para adoção qualquer elemento referente
à sexualidade do adotante. Limita-se, apenas a prescrever que "podem adotar os
maiores de 21 anos, independentemente do estado civil", dando esta faculdade aos
homens e mulheres em conjunto ou isoladamente. O interesse do Estatuto é que a
adoção seja concedida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fun-
dar-se em motivos legítimos. O Juíz da Infância e Juventude deverá levar em conta
3

aos benefícios trazidos ao menor com a adoção, decidindo sempre, pelo seu bem -
estar.

1.2 Problema

a) Ainda que o ECA não tenha regulamentado explicitamente a adoção de


menores para homoafetivos, vê-se na lei clara possibilidade para que tal
possibilidade ocorra sem haver a necessidade da alteração da legislação pertinente?
b) Nossos Tribunais, de forma legal, tem colocado algum empecilho que
poderia vir a vetar a adoção de menores por casais homoafetivos?
c) No que tange a questão de que, em relação ao estado psicológico da
criança, que muitos dizem ser um ponto negativo, os argumentos utilizados para o
indeferimento da adoção por casais homoafetivos são infrutáveis?

1.3 Justificativa

Um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, de


acordo com o inciso IV do artigo 3° da CF, seria a promoção do bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outro modo de
discriminação.
Quanto ao Estatuto, Wald explica que "somente poderá haver adoção na
mencionada lei, que podemos denominar plena, quando o adotando não tem mais
de 18 anos" ou, quando ultrapassada essa idade, anteriormente, já se encontrava
sob a tutela ou guarda dos adotantes.
Na condição de ser humano em processo de desenvolvimento, o menor
necessita de um estágio de convivência com os adotantes, que possibilite a
aproximação afetiva e a tomada de decisão pela adoção, visto ser irrevogável,
conforme reza o artigo 48 do ECA.
O parágrafo 1° do artigo 46, explicita a possibilidade de dispensa, de tal
estágio, se o adotando não tiver mais de um ano ou se qualquer que seja a sua
idade já estiver na companhia do adotante, durante tempo suficiente para se poder
avaliar a convivência da constituição do vínculo.
4

O ECA e o Código Civil representam um avanço normativo, na medida em


que os requisitos exigidos para adoção por casal podem ser interpretados em favor
de homoafetivos, que convivam em sólida base afetivo-familiar.
5

2 OBJETIVOS

Fato relativamente recente e que vem gerando grande polêmica nos dias
de hoje é o interesse de homoafetivos (juntos por união estável ou solteiros) em
adotar uma criança ou adolescente.
Deve-se ter consciência de que todos os conceitos e costumes evoluem
com o passar do tempo e, assim sendo, cabe também ao Direito e não somente à
sociedade, aceitar e principalmente regulamentar explicitamente tal desejo almejado
pelos homoafetivos.
Alguns conceitos sofrem modificações com o passar do tempo, porém, é
válido ressaltar que existem definições que não precisam se transformar para con-
seguir abranger novas situações basta apenas moldá-las.

2.1 Objetivo geral

No mundo contemporâneo não mais existe o modelo certo de família, ou


seja, hoje, o modelo correto é aquele que se propõe e aceita criar uma criança e/ou
adolescente oferecendo-lhe amor e o que mais for necessário para sua
sobrevivência.
De acordo com Rios (2001, p. 38).

O triângulo pai-mãe-filhos muda de conformação. A partir dos anos 90, es-


pecialmente pela luta dos movimentos sociais, as unidades familiares apre-
sentam as mais variadas formas possíveis. Muito comuns são as famílias
monoparentais, formadas por um dos pais e seu filhos-biológicos ou adota-
dos. Proliferam, de igual sorte, as famílias formadas por homossexuais,
homens ou mulheres, as famílias formadas por irmãos, por avós e netos,
tios e sobrinhos, primos, etc.

2.2 Objetivos específicos

Os filhos ou a capacidade de tê-los não são mais requisitos para a noção


de família, pois a ausência de prole por um casal não desconstitui o casamento e
nem a idéia de família.
6

As relações entre pessoas do mesmo sexo estão inseridas no âmbito


jurídico familiar em atenção ao princípio da dignidade da pessoa humana, não
existindo razão para a sua exclusão.
Canotilho faz menção ao "princípio da máxima efetividade", o qual diz que
o aplicador deve valer-se da interpretação que dê maior eficácia à norma
constitucional.
As famílias homoafetivas estão, implicitamente, amparadas pela CF, as
disposições constitucionais estendem-se aos casos que, por semelhança de mo-
tivos, estejam enquadrados no conceito e as normas elaboradas para atenuar in-
justiças interpretam-se amplamente.
7

3 HIPÓTESES

No artigo 28 do Estatuto permite a colocação no que chama de "família


substituta", não definindo qual a conformação dessa família. Limitou-se a lei em seu
artigo 25, a conceituar o que seja família natural: "Entende-se por família natural a
comunidade formada pelos pais, ou qualquer deles, e seus descendentes." Assim, é
fácil de se chegar à conclusão de que para adotar um menor e inseri-lo em uma
família, não é necessário ter um modelo tradicional pai-mãe-filhos. Dessa forma,
está claro que a capacidade do adotante exigida conforme a lei, em nada condiz
com a opção sexual do mesmo e, caso tal fato viesse a ocorrer como forma de
facilitar ou impedir tal ato, teria se a ocorrência de um ferimento na Constituição
Federal em seu artigo 5°, caput, pois a mesma exalta que todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza.
Está no artigo 29 da Lei menorista referente à adoção n° 8.069 de 13 de
julho de 1990 presente no ECA que diz que não será dada colocação em família
substituta à pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com a
natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado. Ora, tal artigo não
consegue ser absoluto para impedir a adoção de menores por homoafetivos, pois,
caso venha a se pensar que somente devido ao fato de alguém ser homoafetivo não
é também capacitado para criar uma criança e oferecer-lhes as condições
adequadas para a sua formação, estar-se-á assim, praticando discriminação contra
o ser humano. É sabido que na legislação brasileira não regulamenta tal ato
explicitamente, porém, em suas leis e doutrinas nada se expõe ao contrário. É
mistes dizer que em seus fundamentos o nosso direito ressalta que ninguém será
proibido de praticar a adoção devido cor, sexo, etc, se submetendo assim, que a
opção sexual da pessoa não pode servir como empecilho para que a mesma adote
uma criança e/ou adolescente. Outro fator significativo é a comprovação feita
através de pesquisas que confirma a tese de que crianças e adolescentes criados
por homoafetivos em nada se diferenciam psicologicamente daquelas que foram
criadas por homoafetivos.
Para os defensores da adoção homoafetiva, este é um motivo incabível,
pois acreditar que se uma criança pudesse se espelhar nos moldes dos pais e vir a
8

ser um homoafetivono futuro é algo muito relativo. Se isso fosse regra, casais
normais não teriam filhos homoafetivos. Existe também uma grande resistência por
parte da sociedade em relação a esse tipo de adoção. É normal que exista um
temor de futuras reações comprtamentais e transtornos psicológicos para a criança.
Mas tal temor não pode por si só ser motivo para ir contra algo tão grandioso e
solidário como a adoção.
9

4 REFERENCIAL TEÓRICO

Dita-se ainda o comando do artigo 227 da Constituição Federal que é


dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente, o direito à dignidade, ao
respeito e á liberdade, direitos estes, certamente não colocados em prática enquanto
o menor se encontra jogado à própria sorte.
Tem-se presente na Declaração dos Direitos Humanos que além de todo
homem ser igual perante a lei, não poderá o mesmo sofrer privações e/ou
impedimento devido ao preconceito, pois, baseando-se nos princípios da liberdade,
igualdade e fraternidade, todo homem é livre e tem a capacidade de gozar os
direitos estabelecidos nesta declaração desde que não cause dano a outrem, ou
seja, um homoafetivo que deseja adotar um menor não deseja de forma alguma
causar quaisquer prejuízos ao adotado, muito pelo contrário, almeja apenas atingi-lo
de amor, carinho e atenção; fatores estes, fundamentais ao desenvolvimento feliz de
qualquer ser.
Adotamos como referencial teórico, os requisitos e exigências para a
adoção, através de uma abordagem jurídica, tendo como base o Código Civil, o Es-
tatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal.
Canotilho faz menção ao “principio da máxima efetividade”, o qual diz que
o aplicador deve valer-se da interpretação que de maior eficácia à norma constitu-
cional. As famílias homoafetivas estão, implicitamente, amparadas pela CF, as dis-
posições constitucionais estendem-se as casos que, por semelhança de motivos, es-
tejam enquadrados no conceito e as normas elaboradas para atenuar a justiça inter-
pretam-se amplamente.
10

5 METODOLOGIA

A indagação leiga mais comum, no que diz respeito à adoção pelo casal
homoafetivo, apresenta a possibilidade de a orientação sexual dos pais interferir no
desenvolvimento da afetividade dos filhos. Surgem, também, considerações sobre
os possíveis prejuízos vindos da falta dos referenciais materno e paterno na
educação do menor. Reconhece-se a ausência de fundamentação científica e de
comprovação fática para os argumentos mais utilizados.
Como foi demonstrado no decorrer do assunto, ficou constatado que os
aspectos relevantes para a prática da adoção são: a condição psicológica da
pessoa, os aspectos financeiros, a real intenção em adotar uma criança e/ou
adolescente e a disponibilidade em fornecer carinho, amor e atenção ao adotado.
Assim sendo, conclui-se que se deve deixar o preconceito e voltar-se aos
itens verdadeiramente importantes para que seja deferida a adoção de crianças e
adolescentes por homossexuais. Fica claro que entre estes itens fundamentais
anteriormente elencados em nada se encaixa a opção sexual da pessoa.
Cabe assim, a sociedade não se apegar às atitudes discriminatórias e se
preocupar somente com o bem estar do menor e, ao Direito, com a evolução do
tempo e conceitos criando assim, uma legislação pertinente ao fato que regule ex-
plicitamente a adoção de crianças e/ou adolescentes por homossexuais. Quando
isso acontecer, o Direito estará efetivando seus objetivos fundamentais, que são o
da igualdade e à promoção do bem de todos.
11

6 ESTRUTURA PROVÁVEL DA MONOGRAFIA

INTRODUÇÃO
1 NOÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA ADOÇÃO
1.1 Conceito de adoção
1.2 Histórico da adoção
1.3 Objeto e características
1.4 Natureza jurídica
2 HOMOAFETIVIDADE NO MUNDO
2.1 Conceito
2.2 Visão histórica da homossexualidade
2.3 Origens e histórico da família
2.4 A união entre pessoas do mesmo sexo: um novo conceito de família
3 A ADOÇÃO POR PARES HOMOAFETIVOS
3.1 Requisitos e exigências para a adoção
3.2 A viabilidade psicológica da adoção pelo par homoafetivo
3.3 A viabilidade jurídica da adoção por casais homoafetivos
3.4 A adoção sob o ponto de vista da moral
CONCLUSÃO
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2
1
0
2
Período
Agosto

Outubro
Setembro

Dezembro
Novembro
Atividade
7 CRONOGRAMA

Seleção do tema

Revisão de literatura

Elaboração do Projeto

Coleta dos dados

Análise dos dados

Discussão

Redação do corpo do
trabalho

Entrega do relatório
final
12
13

8 REFERÊNCIAS

ALBERGARIA, J. Adoção plena. Belo Horizonte: Del Rey, 1996.

BRITZMAN, D. P. O que é esta coisa chamada amor? Identidade homossexual,


educação e currículo. In: Revista & Realidade. Porto Alegre, n.21(1), jan/jun.1996.

CANOTILHO, G. Direito Constitucional. Coimbra: Almedina, 1989.

CHAVES, A. Adoção. Belo Horizonte: Del Rey, 1995.

DIAS, M. B. União homossexual, o preconceito e a justiça. Porto Alegre: Livraria


do Advogado, 2000.

DINIZ, M. H. Curso de direito civil brasileiro- direito de família. 20 ed. v. 5. São


Paulo: Saraiva, 2005.

JUNIOR, E. D. S. A possibilidade jurídica de adoção por casais homossexuais.


Curitiba: Editora Juruá, 2005.

RODRIGUES, S. Direito Civil - Direito de família. 28 ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA, Sistema de Bibliotecas. UNISISB, Inez


Barcellos de Andrade ...[et al] (Organizador). Manual para Elaboração de
Trabalhos Acadêmicos e Científicos: guia para alunos, professores e
pesquisadores da UNIVERSO. São Gonçalo, 2002. 85p.

VENOSA, S. S. Direito civil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004.

WALD, A. Curso de Direito Civil Brasileiro- O Novo Direito de Família. São


Paulo: Saraiva, 2002.

Você também pode gostar