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Universidade Estácio de Sá

Campus: Sulacap

União Estável

Alunos: Carlos Alberto Cardoso de Oliveira Junior


2023 0290 2723
Emerson Gabriel Fernandes Gripp
2023 0345 5453
Jean do Nascimento Rocha
2023 0228 4681
Eduardo Oliveira da Silva dos Santos
2021 0809 7039
Marcos Vinícius Nunes Lameiras
2023 0296 4842
Alana da Mota Russo Mendonça
2023 0423 7344
Victoria Vasconcelos de Albuquerque
2023 0432 2716

Professor: Cristina Ripardo Bittencourt

Ano:2023

Cidade: Rio de Janeiro


1. Identificação das partes envolvidas e parceiros
O projeto realizado como parte das atividades acadêmicas será composto por
um grupo de 7 alunos da Universidade Estácio de Sá do campus de Sulacap,
orientados pela Professora Cristina Bittencourt de Direito das Famílias e
Sucessões e coordenado pelo Professor Marcelo Santos.
O público-alvo envolvido foi: Casais em União Estável; Casais em União
Estável Emergente; Casais em União Estável Consolidada; Casais em
Situação de Vulnerabilidade Socioeconômica; e Adolescentes e Jovens
Adultos.

Dados coletados:
- Dados de violação de direitos;
- Dados acerca do conhecimento ou desconhecimento de direitos (em
percentual de entrevistados, por exemplo);
- Dados sobre conflitos sociais, disputas jurídicas prevalentes;
- Perfil socioeconómico; escolaridade, faixa etária, dados sociais.

Entrevistas:
• Moises não demonstrou nenhuma violação de direitos que soubesse;
não tinha conhecimento sobre união estável; 28 anos; só um trabalha;
possuem 3 filhos; não possuem conflitos sociais nem disputas na justiça.
• Gabriel não demonstrou nenhuma violação de direito; não tinha
conhecimento sobre união estável; 19 anos; ambos trabalham; não possuem
filhos; não possuem conflitos sociais nem disputas na justiça.
• Milena não demostrou nenhuma violação de direito; sabia o que é união
estável; 19 anos; ela não trabalha; possuem 1 filho; não possuem conflitos
sociais nem disputas na justiça.
• Marília não demonstrou nenhuma violação de direito; tinha conhecimento
sobre união estável; 52 anos; ambos trabalham; possuem 2 filhos; não
possuem conflitos sociais nem disputas na justiça.
• Simone não demonstrou nenhuma violação de direito; tinha
conhecimento sobre união estável; 46 anos; possuem 1 filho; não possuem
conflitos sociais nem disputas na justiça.
• Amadeu não demonstrou nenhuma violação de direito; não tinha
conhecimento sobre união estável; 84 anos; possuem 3 filhos; não possuem
conflitos sociais nem disputas na justiça.

2. Problemática e/ou problemas identificados


A união estável pode apresentar diversas problemáticas, incluindo a falta de
proteção legal para os casais, desafios no reconhecimento e legitimidade,
dificuldades em comprovar a união, questões relativas aos direitos dos filhos,
problemas em casos de falecimento, discriminação, e falta de informação sobre
direitos e obrigações. É essencial promover a conscientização e a educação
sobre esses temas, além de considerar reformas legais para fornecer uma
proteção mais adequada aos casais em união estável. A busca por
aconselhamento jurídico e a criação de contratos de convivência podem ajudar
a lidar com essas questões.

3. Demanda socio comunitária e justificativa acadêmica


A realização de um trabalho acadêmico sobre a demanda socio comunitária da
união estável possui uma justificativa embasada em diversos pontos
acadêmicos relevantes.
Primeiramente, a união estável é um tema de grande importância e relevância
social, especialmente nos últimos anos, devido às mudanças nos padrões de
relacionamentos afetivos e familiares. As relações baseadas na união estável
têm se tornado cada vez mais comuns, seja entre casais heterossexuais ou
homossexuais, e é fundamental compreender e analisar a influência dessa
modalidade de relacionamento nas estruturas sociais.
Além disso, a união estável possui implicações jurídicas significativas. Com o
reconhecimento e a equiparação dos direitos dos casais em união estável aos
dos casais casados, é importante investigar e avaliar a aplicação desses
direitos na prática, assim como identificar possíveis lacunas ou desafios que
possam existir nessa esfera. Uma análise acadêmica desse tema contribui para
o aprimoramento do conhecimento jurídico e para a garantia de justiça e
igualdade no âmbito do Direito de Família.
Ademais, um trabalho acadêmico sobre a união estável permitirá a
identificação de questões socioculturais relacionadas a essa forma de
relacionamento. Será possível investigar como as diferentes crenças, valores,
tradições e normas sociais influenciam a aceitação e o reconhecimento da
união estável em diferentes contextos socioculturais. Essa análise permite
compreender melhor como as normas e o comportamento social podem
influenciar e serem influenciados pelo surgimento e reconhecimento da união
estável.
Ademais, a discussão acadêmica da união estável contribui para a ampliação
do conhecimento no campo das ciências sociais, em especial no campo dos
estudos de gênero, das relações familiares e das dinâmicas e estruturas
sociais. Ao revelar as diferentes formas como a união estável é percebida e
vivenciada por diversos grupos sociais, o trabalho acadêmico enriquece o
debate acadêmico sobre as questões contemporâneas relacionadas à família,
ao gênero e às relações afetivas.
Por fim, a justificativa acadêmica para a realização de um trabalho sobre a
demanda socio comunitária da união estável encontra sustento na importância
da produção científica e do avanço do conhecimento sobre temas que afetam
diretamente a sociedade. Essa abordagem busca incentivar o debate e a
reflexão crítica sobre as transformações sociais e jurídicas que ocorrem com o
reconhecimento e a valorização da união estável como forma legítima de
relacionamento afetivo.

4. Objetivos a serem alcançados


Sensibilizar a comunidade sobre a importância da regulamentação da união
estável:
Promovendo palestras informativas e workshops para esclarecer os direitos e
responsabilidades dos casais em união estável, a fim de conscientizar a
população sobre a necessidade de buscar a regulamentação legal para
proteger seus interesses.
Facilitar o acesso dos casais à formalização da união estável:
Oferecendo assistência jurídica gratuita para auxiliar casais interessados em
oficializar sua união estável, com o objetivo de simplificar o processo e
proporcionar maior segurança e estabilidade nas relações familiares.
Fomentar a discussão e o debate sobre as implicações sociais da união
estável:
Realizando eventos e promovendo a produção de materiais educativos que
estimulem a reflexão sobre como a regulamentação da união estável pode
impactar positivamente na vida dos casais e na sociedade como um todo.

5. Referencial teórico (subsídio teórico para propositura de ações da


extensão)
5.1. Definição de União Estável:
É a relação entre duas pessoas que se caracteriza como uma convivência
pública, contínua e duradoura e que tem o objetivo de constituição familiar. A
legislação não estabelece prazo mínimo de duração da convivência para que
uma relação seja considerada união estável.
5.2. Evolução Histórica:
No Brasil, a história da união estável, como instituição jurídica, tem apenas, 15
anos, embora como instituição social, seja multissecular. Nasceu com a
constituição de 1981. Começou a ser regulamentada por uma lei de 1942 e
outra de 1996, para, por fim, ocupar o seu espaço no Código Civil de 2023.
5.3. Diferenças entre Casamento e União Estável:
O casamento é um ato civil e formal, que precisa ser formalizado perante
cartório. A união estável não é um ato formal, mas sim uma situação de fato,
que pode ou não ser formalizada.
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre companheiros, aplica-
se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de
bens.
A união estável é reconhecida como entidade familiar, assim como o
casamento. Por isso, garante às partes os mesmos direitos e deveres previstos
no casamento.
5.4. Reconhecimento Legal:
O artigo 1.723 da Lei 10.406 do Código Civil regulamentou a União Estável no
Brasil. Deveres e direitos são: fidelidade recíproca; vida em comum; mútua
assistência; sustento, guarda e educação dos filhos; e respeito e consideração
mútuos).
5.5. Aspectos Jurídicos:
O casal interessado em formalizar a união estável por escritura pública deve
comparecer ao Cartório de Notas portando os documentos pessoais originais e
declarar a data de início da união, bem como o regime de bens aplicável à
relação. Para comprovar a convivência é preciso de testemunhas e
declarações de instituições financeiras, médicas e
mobiliárias comprovando a união, outros documentos relacionados ao casal
também podem ser aceitos.
5.6. Aspectos Sociais e Culturais:
As pessoas veem a união estável como um casamento, por não saber
diferenciar certamente esses dois. Mesmo com os parceiros se chamando de
marido e mulher a união estável não altera o estado cível, ou seja, ambos
continuam solteiros.
5.7. Desafios e Questões em Debate:
Alguns dos principais pontos de discussão são: Em questão de equiparação de
direitos: Embora a Constituição Brasileira reconheça a união estável como uma
forma de entidade familiar, muitos direitos e benefícios ainda não são
equiparados ao casamento. Isso inclui questões relacionadas à herança,
pensão alimentícia, previdência social, entre outros. Há um debate em curso
sobre a necessidade de legislação que equipare completamente os direitos dos
casais em união estável aos casados.
Preconceitos e Discriminação: Casais em união estável, especialmente aqueles
do mesmo sexo, frequentemente enfrentam preconceito e discriminação. O
Brasil é um país diverso, mas a intolerância ainda é uma realidade para muitos
casais que não se encaixam nas normas tradicionais. O combate ao
preconceito e a busca por igualdade de tratamento são questões importantes.
Proteção Legal: A união estável não exige um contrato formal, o que pode
tornar mais difícil a comprovação dos direitos e deveres dos parceiros em caso
de disputas ou separação. Muitos argumentam que é necessária uma
regulamentação mais clara para garantir a proteção legal dos casais em união
estável e facilitar a resolução de conflitos.
Questões Patrimoniais: A divisão de bens e patrimônio em casos de separação
de casais em união estável pode ser complexa. É importante discutir e
regulamentar como os bens adquiridos durante a união devem ser divididos,
evitando litígios e garantindo a justiça na partilha.
Reconhecimento Social: Além do reconhecimento legal, muitos casais buscam
o reconhecimento social de sua união. Isso envolve questões como o direito a
benefícios trabalhistas, a participação em eventos sociais como casais
legítimos, e a aceitação da família e da sociedade em geral.
Em resumo, a união estável no Brasil levanta questões importantes
relacionadas à igualdade de direitos, combate ao preconceito, proteção legal e
reconhecimento social. Esses desafios refletem a necessidade de atualizar e
adaptar a legislação para melhor atender às necessidades dos casais que
optam por essa forma de união, independentemente de sua orientação sexual,
gênero ou outras características.

5.8. Estudos e Pesquisas Anteriores:


Para os dados utilizados no projeto usamos informações dispostas no sites:
www.Planalto.gov.br , www.ConJur.com.br , www.tjdft.jus.br e
www.legislação.presidencia.gov.br.

6. Metas, critérios ou indicadores de avaliação do projeto


6.1 Meta:
Promover a conscientização sobre os direitos e obrigações de casais em união
estável, visando a fornecer informações relevantes e úteis.
6.2. Critérios de Qualidade:
Relevância: O conteúdo e as atividades do projeto devem ser diretamente
relevantes para os direitos e obrigações de casais em união estável.
Acessibilidade: As informações e recursos fornecidos pelo projeto devem ser
facilmente acessíveis para a população-alvo.
Compreensibilidade: Os materiais informativos devem ser formulados de
maneira clara e compreensível para o público-alvo.
Inclusão: O projeto deve se esforçar para incluir casais de diferentes origens e
contextos.
6.3. Indicadores de Avaliação:.
Número de Casais Atendidos: O total de entrevistados foram dez pessoas.
Conhecimento Prévio e Pós-Participação: Dos entrevistados seis não sabiam o
que é união estável. Todos esses receberam informação e explicações sobre o
assunto
Satisfação dos Participantes: Todos demostraram compreendimento e
satisfação.
Número de Casais que Procuraram Assessoria Jurídica Após o Projeto:
Nenhum

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