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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM

FORMULARIO PARA PROPOSTA DE PROJETO DE PESQUISA

Modalidade: Pesquisa com fomento institucional ( )


Pesquisa com fomento externa ( )
Pesquisa com participação voluntária (X)

IDENTIFICAÇÃO

Nome do Orientador: Cibele Rodrigues

Nome do Bolsista: Camille Sena da Silva, Wuylian Matos de Souza, Isabela


Manfrinatti F. Pereira
Título do projeto: Novos meios de constituir Família e o reconhecimento da Trio
Poliafetividade.
Palavras-chave:
Afetividade, União estável, Família, Poliafetividade e Dignidade.
Área de conhecimento:
Direito Civil, Direito Constitucional e Direitos Humanos.
Resumo: (de 15 a 20 linhas)
A presente pesquisa tratará da evolução sociológica quanto ao entendimento e
reconhecimento de indivíduos que compõem a Família, abordando a família
juridicamente reconhecida e os novos pensamentos e entendimentos da atualidade do
ramo Direito de Família, trazendo suas exegeses aplicadas aos casos concretos da
sociedade.
Diante disso, considerando a evolução social da família, o estudo analisará a
possibilidade de reconhecimento jurídico de casais poliafetivos, pautados no livre
exercício da autonomia privada e na afetividade
Introdução: (revisão de literatura – máximo de cinco páginas)
O direito de família é o mais intimamente ligado à própria vida, e o mesmo é, e deve ser
modificado à medida que o indivíduo evolui.
A sociedade brasileira, através de seus doutrinadores e juristas, tem promovido
contraditórios sobre questões relacionadas ao Direito de Família. No que diz respeito ao
reconhecimento da entidade familiar poligâmica, por meio da União Estável, cabe ao
nosso ordenamento jurídico evoluir conjuntamente com a sociedade visando amparar e
proteger os direitos e deveres de todos os tipos de família existentes na sociedade, uma
vez que, consoante a atual Constituição, há um entendimento ampliada acerca da
família, onde passa a haver prioridade no afeto, solidariedade e na proteção da
dignidade da pessoa humana.
Sendo assim, segundo Eros Grau, “a interpretação do direito nada mais é que um
processo de transformação de textos e, normas para uma decisão jurídica”, ou seja, o
processo de hermenêutica é um processo complexo, onde não se deve analisar apenas
a letra de lei, mais o caso em concreto e adequá-la ao cotidiano da população, haja
vista que o direito está em constante transformação. Esta análise se enquadra
perfeitamente ao caso em estudo, em que há, dentro da evolução social, o
reconhecimento da multiparentalidade, onde todos ficam com os deveres de pensão e
obrigações para com a criança. A partir disso, percebe-se a relevância do vínculo
afetivo para a caracterização de um núcleo familiar.
Nessa mesma linha de pensamento, é possível inferir nitidamente a insegurança

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jurídica enfrentada pelos casais poliafetivos, pautada na discriminação para com


relacionamentos que diferem do modelo tradicional monogâmico e heterossexual.
Assim, por meio da pesquisa bibliográfica, pretende-se demonstrar que o
reconhecimento desses relacionamentos merece validação e tutela jurídica como
entidade familiar constitucionalizado, embasada na aplicação dos princípios da
dignidade da pessoa humana, da pluridade familiar, assim como do direito individual a
autodeterminação da organização familiar.
Objetivos gerais e específicos: (máximo de uma página)
1- Analisar a possibilidade do reconhecimento das famílias poliafetivas ,
especificamente a do trisal.
2-Demostrar que o direito e a sociedade estão em constante mudança, devendo a
norma se moldar ao caso concreto, não levando apenas em conta o texto de lei,
seguindo o princípio da hermenêutica.
Justificativa da pesquisa: (introdução da pesquisa – máximo uma página)
A presente proposta de pesquisa é de primordial relevância e importância para
respondermos ao questionamento do reconhecimento de famílias que diferem do atual
modelo tradicional monogâmico, assim como a garantia de seus direitos enquadrados
em nossa legislação.
A análise do presente tema vai além do estudo do típico e tradicional do Direito de
Família, abordado em disciplina do curso de Direito, levando o aluno a compreender na
prática a relevância do tema e as soluções propostas para que haja maior e melhor
aplicabilidade da lei.
Metodologia a ser utilizada: (máximo de três páginas)
A metodologia será baseada em pesquisa de dispositivos legais, doutrina e
jurisprudência, aprofundada no direito de família, sendo sua aplicação direcionada para
gerar novos conhecimentos, sobre a constituição de novos meios de família e trio
poliafetivo.
A pesquisa será baseada em conceitos bibliográficos de direito de família, além de
análise de Casos concretos presentes na atualidade.
Proposta orçamentária: (detalhar os dispêndios com os materiais necessários à
consecução do projeto e demais gastos justificáveis)
Para o desenvolvimento dos trabalhos serão necessários recursos financeiros de base
para custear a participação em congressos e seminários voltados para a área do Direito
de Família e Constitucional, bem como a aquisição de livros específicos que analisem e
se proponham ao estudo da legislação pertinente, e ainda o auxílio para realização do
trabalho na locomoção e deslocamento do aluno para o trabalho destinado à
participação do aluno no trabalho de campo em entrevistas com juízes, psicóloga e
assistente social; bibliografias de Direito Civil na área de Direito de Família e
Responsabilidade Civil do Estado, da Legislação nº 12.318, de 26 de agosto de 2010 e
de Direito Constitucional.

Resultados esperados: (máximo de uma página)


Capacitar o aluno com o auxílio do trabalho da pesquisa científica, para análise dos
direitos concernentes ao caso concreto analisado, desenvolvendo neste diapasão, seu
senso crítico construtivo para a aplicação da legislação e a inserção da realidade social
nos órgãos governamentais a fim de contribuir nas adaptações e ou alterações da
legislação. Promover, através do trabalho de campo realizado pelo aluno a orientação e
encaminhamento para a solução dos problemas expostos auxiliando na criação de
mecanismos de fácil solução judicial, com a ajuda das partes e o auxílio dos

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profissionais dos órgãos governamentais, no intuito de viabilizar a celeridade do


processo na tentativa de conciliação.
Plano de trabalho do bolsista: (máximo de uma página)
O aluno iniciará os trabalhos no mês de março, pesquisas bibliográficas em abril,
redação e revisão do trabalho em maio e entrega final em junho de 2023, com reuniões
quinzenais, de duração de até 02 (duas) horas cada, a serem realizadas nas
dependências do Centro Universitário católico Salesiano Auxilium de Araçatuba-SP. No
desenvolvimento do trabalho, o bolsista, acompanhado do orientador, deverá estar
presente em pelo menos 02(dois) encontros realizados com membros do Poder
Judiciário (juiz e promotor), bem como com psicóloga e assistente social. Durante as
reuniões e pesquisas efetuadas, o bolsista objetiva aprofundar os conhecimentos com
enfoque no Direito do Civil e no Direito Constitucional, com o levantamento de dados e
análise da organização da legislação, doutrina, jurisprudência e estudo de caso
jurisprudenciais a fim de integrar o direito em si com a realidade social.
Relevância e impacto do projeto:
O projeto atuará diretamente na identificação da preservação do Direito Família, em
conjunto e equiparação com o Direito Constitucional, analisando o envolvimento, os
direitos e deveres de cada parte, os direitos de guarda, seja ela unilateral ou
compartilhada, e ainda de responsabilidade civil entre as partes e por parte do próprio
Estado. A relevância consiste no aprofundamento da matéria citada em casos gerais e
específicos e no contato direto do aluno com a resolução da problemática colocada nos
casos concretos julgados pelo judiciário, desenvolvendo a capacidade de solução
argumentação e conciliação, necessárias para que desempenhe um bom trabalho na
área do direito civil e de família.
Referências Bibliográficas:

1- BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União


n. 191-A, de 5 de dezembro de 1988.

2- DIMOULIS, Dimitri; MARTINS, Leonardo. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais.


2ª ed. São Paulo: RT, 2010.

3- FERREIRA FILHO, Manoel G. Aspectos do Direito Constitucional


Contemporâneo. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

4- _________________________. Direitos Humanos Fundamentais. 12ª ed. São


Paulo: Saraiva, 2010.

5- _______________________.Princípios Fundamentais do Direito Constitucional.


2ª ed . São Paulo: Saraiva, 2010.

6- GAGLIANO, Pablo Stolze, Rodolfo Pamplona Filho. Novo Curso de Direito Civil,
Direito de Família. volume VI, 3 ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

7- GODOY, Roberto W. de. Os Princípos Fundamentais e os Direitos e Deveres


Individuais e Coletivo – (Art. 1º A 5º Da Cf/88) – Serie Memorizar. 1ª ed. São Paulo:
Metodo, 2010.

8- GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro – Volume 6: Direito de Família.


20 ed., São Paulo: Saraiva, 2023.

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9- MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais – Teoria Geral. 9ª ed.


São Paulo: Atlas, 2011.

10- OLIVEIRA, José Sebastião de. Fundamentos constitucionais do direito de


família. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

11- PARODI, Ana Cecília. Responsabilidade civil nos relacionamentos afetivos


pós-modernos. São Paulo: Russel, 2007.

12- TARTUCE, Flávio, FERNANDO, José. Direito Civil- Direito de Família- vol. 5. 7 ª
ed. São Paulo: Método, 2012.

13- VADE MECUM, obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Cúria, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti.- 15.ed.atual. e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2013.

14- VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Direito de Família. Vol. 6. 13ª Ed. São
Paulo: Atlas, 2013.

15- FACHIN, Luiz Edson. Família cidadã pela ternura e pelo afeto. Disponível em:
http://www.gontijo-família.adv.br/2008/artigos_pdf/Luiz_edson/afeto.pdf.

16- FAMÍLIA. Instituto Brasileiro de. CNJ recomenda aos cartórios que não façam
escrituras de uniões poliafetivas. 2016. Disponível em:
https://ibdfam.org.br/noticias/5986/CNJ+recomenda+aos+cart%c3%b3rios+que+n
%c3%a3o+fa%c3%a7am+escr

17- Lins, Regina Navarro. Novas formas de amar / Regina Navarro Lins. – São Paulo:
Planeta do Brasil, 2017.

Data: 09 de abril de 2023.


Nome e assinatura do orientador:
Cibele Rodrigues

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