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BIOGRAFIA DO AUTOR

Oscar Wilde nasceu em 1854 em Dublin, Irlanda. Foi um escritor e poeta irlandês,
representante da literatura inglesa durante a Era Vitoriana.

Sob a influência de Walter Pater, ensaísta e crítico literário, Wilde lançou os


fundamentos ao culto estético (A Arte Pela Arte), que posteriormente foi chamado de
“Dandismo”, baseado na ideia de que a vida deveria ser guiada pelas preocupações artísticas
como forma de enfrentamento dos problemas do mundo moderno.

Depois de formado, Wilde passou a morar em Londres, onde levava uma vida
extravagante e anarquista. Em 1881, publicou o livro “Poemas”, onde reuniu os seus primeiros
poemas que tinham sido publicados em várias revistas e jornais ainda na época da faculdade.

Oscar Wilde brilhou na sociedade londrina com seu talento verbal. O sarcasmo e os
trocadilhos, que o tornaram famoso, criticavam muitas vezes o próprio modo vitoriano da vida.

Wilde foi condenado a dois anos de trabalhos forçados por sua orientação sexual, e foi
muito humilhado. Foi solto em 1897, mas, desprezado pela sociedade da época, exilou-se em
França com o nome falso de Sebastian Melmoth. Apesar de receber a ajuda de alguns amigos
fiéis, morreu na pobreza, num hotel de Paris, em 30 de novembro de 1900.

SINOPSE

A história gira em torno de Dorian Gray, um jovem aristocrata extraordinariamente


belo da Londres vitoriana, cuja vida toma um rumo sinistro e filosófico quando ele faz um
pacto com o tempo por meio do seu próprio retrato pintado pelo artista Basil Hallward.

O romance começa com a sessão de pintura de Dorian por Basil. Durante esse
processo, Dorian é apresentado a Lord Henry Wotton, um amigo de Basil, conhecido por suas
ideias hedonistas e filosofia de vida amoral. Influenciado pelas palavras provocativas de Lord
Henry sobre a busca do prazer e a futilidade da moralidade, Dorian expressa o desejo egoísta
de que o retrato envelheça em seu lugar, preservando a sua juventude e beleza para sempre.

O retrato torna-se uma espécie de testemunha silenciosa das escolhas hedonistas de


Dorian. Livre das consequências físicas de seus atos, Dorian entrega-se a uma vida de
indulgência e busca pelo prazer. Ao longo do romance, Wilde explora a dualidade entre a
aparência de Dorian, que permanece jovem e imaculada, e o retrato, que envelhece e revela os
sinais do envelhecimento e da corrupção moral.

Certo dia, conhece uma linda atriz, Sybil Vane, por quem se apaixona e a quem pede
em casamento. Mas, por ela não ter representado bem num espetáculo, a que assistia, com os
amigos, Dorian Gray rejeita-a. Sybil, desesperada, suicida-se.

O jovem repara então que o seu retrato reflete o estado psicológico que vive no
momento - a crueldade. Isso incomoda-o e resolve esconder a pintura numa sala, que mantém
sempre fechada.

Basil, preocupado com o comportamento estranho do amigo, faz-lhe uma visita para
esclarecer o que o perturbava. Tal curiosidade, não agrada a Dorian Gray que mata o pintor,
esfaqueando-o nas costas. Confuso, continua a levar uma vida aventureira e extravagante.
Assim sendo, a história desenrola-se com eventos que ilustram a transformação de
Dorian num homem imoral e decadente. Ele envolve-se em intrigas amorosas, manipulações e
chega mesmo a cometer assassinato, como já mencionei. Cada ato pecaminoso é refletido no
retrato, que se torna uma imagem grotesca do verdadeiro estado da sua alma.

A deterioração moral de Gray contrasta fortemente com sua eterna juventude


aparente. Wilde utiliza a história como uma crítica afiada às convenções morais da sociedade
vitoriana, explorando as consequências de uma busca desenfreada pelo prazer sem
consideração ética. O autor também aborda temas como a influência corruptora da sociedade,
a natureza da beleza e a inevitabilidade das consequências morais.

O clímax da narrativa ocorre quando Dorian, horrorizado com a visão de seu retrato
corrompido, decide livrar-se do testemunho dos seus pecados. Num ato de desespero, ele
apunhala o retrato, causando a sua própria morte enquanto o retrato volta à sua condição
original, revelando a verdadeira extensão da degradação moral de Dorian.

ADJETIVOS

A personagem principal deste livro é Dorian Gray. Dorian Gray é descrito como um
jovem de beleza sobrenatural. A sua aparência é encantadora e irresistível, caracterizada por
cabelos dourados e ondulados, olhos intensamente azuis e traços aristocráticos. A sua pele é
descrita como imaculadamente pálida, o que contribui para a aura de juventude eterna que o
envolve. Wilde descreve Dorian como um símbolo de perfeição física, cuja beleza excecional é
uma fonte de admiração para todos que o encontram. Além disso, este é descrito como
encantador devido à sua beleza sobrenatural e charme irresistível; misterioso graças ao
mistério que o envolve relacionado com a sua juventude eterna, resultante do retrato que
envelhece em seu lugar. Também é corruptível, ou seja, deixa-se subornar. Ao longo da
narrativa demonstra uma notável vulnerabilidade à degradação moral. É narcisista, uma vez
que o seu fascínio pela própria beleza o leva a tomar decisões moralmente questionáveis para
preservar a sua juventude e aparência impecável. Por último é uma personagem trágica,
marcada pelas suas escolhas autodestrutivas e pela decadência da sua alma.

MOMENTO MAIS MARCANTE

Este livro é repleto de momentos marcantes, mas um dos mais emblemáticos ocorre
no clímax da história. A meu ver, o momento mais impactante é quando Dorian Gray,
confrontado com a verdade sobre a deterioração moral refletida no seu retrato, decide destruí-
lo para livrar-se das consequências visíveis dos seus pecados.

Ao destruir o retrato, que guarda os sinais do envelhecimento e corrupção que Dorian


deveria ter experimentado, ele acredita que poderá continuar a sua vida sem sofrer as
consequências visíveis. No entanto, com esta ação acaba com a sua própria vida. Esse
momento é crucial para a mensagem moral e filosófica do livro, destacando as consequências
inevitáveis do comportamento imoral.

De facto, este livro pode ser considerado um romance filosófico graças a todas as lições
e reflexões que se obtêm através da sua leitura. As principais lições são: a importância do
carácter de uma pessoa em comparação com a sua beleza, que tudo tem o seu tempo e que
não vale a pena ansiar por adiantar episódios da vida, que temos de ter cuidado com as nossas
influências.

Sendo assim ao destruir o quadro, Dorian decide acabar com a vida que andava a viver
de corrupção e decadência da sua alma.

CONCLUSÃO

Para concluir, recomendo este livro a qualquer um de vocês, visto que se trata de uma
história com vocabulário simples de entender e uma história interessante e fácil de seguir.

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