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Ficha de leitura

Nome: Sofia Ramos Pedro Nº: 16 Turma: C Ano: 9º

Título da obra:
O Retrato de Dorian Gray
Tempo de leitura: 5 dias Local de leitura: Escola (intervalos) e casa

Nome do autor: Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde

Dados Biográficos:

Nascimento: 16 de outubro de 1854 (data) Westland Row, Dublin, Irlanda (local)

Morte: 30 de novembro de 1900 (data) Paris, França (local)

Ocupações: escritor, poeta e dramaturgo

Outras obras: “ o leque de Lady Windermere”; “uma mulher sem importância”; “um marido ideal”;
“a importância de ser prudente”- textos dramáticos, “o príncipe feliz”; “o gigante egoísta”; “o
rouxinol e a rosa”; “o crime de Lord Arthur Saville”; “O fantasma de Canterville”- textos narrativos.
Sendo “o retrato de Dorian Gray” o seu único romance.

Texto: literário x não literário

Género literário: narrativo x dramático poético

Tema : atual de outra época x

Vocabulário: fácil e acessível rebuscado e difícil x

Registo de língua: corrente cuidado x popular familiar

Construção sintática: simples complexa x

Uso predominante da: coordenação subordinação x

Utilização de: A) narração x B) discurso direto x

Descrição x discurso indireto x discurso indireto livre


2 A OBRA

Parte mais interessante: Quando Dorian decide levar os seus amigos ao teatro para lhes
mostrar a sua noiva Sibyl Vane a representar, o que corre mal pois nessa noite, a jovem estava a
representar terrivelmente, o que faz Dorian deixá-la e,um ato de desespero, Sibyl suicida-se.
Dorian, ainda adjacente à morte de sua amada, apercebe- se de uma mudança no seu retrato-
agora, a sua face carrega uma expressão triste e carrancuda juntamente com um leve sorriso
endiabrado.

Parte menos interessante: Apesar de achar importante para o contexto da história, para
entender os sentimentos de Basil Hallward por Dorian, para perceber a personalidade fria e
calculista de Lorde Henry e como este vai influenciar Dorian Gray, e para saber um pouco mais
sobre o retrato em si, os primeiros dois capítulos, ao mesmo tempo que me fez querer descobrir
mais sobre Dorian, o tal belo jovem prodígio, acabado de chegar a Londres, mas já tão falado
pela sua beleza e pelos seus dotes de pianista; também me levou a pensar que a história iria
tomar um rumo totalmente diferente.

Síntese: Este romance de Oscar Wilde centra-se no jovem da alta sociedade recém-chegado a
Londres, mas já bastante falado pela sua beleza - Dorian Gray.
Dorian conhece o pintor Basil Hallward numa festa da alta classe, e logo estabelecem uma
empatia. Empatia esta tão forte que Basil acaba por pintar um retrato do jovem e por se apaixonar
pelo mesmo.
O pintor apresenta a Dorian um amigo seu, Lorde Henry Wotton, que acredita que os bens mais
preciosos da vida são a juventude e a beleza, afirmando que Dorian tinha ambos. O jovem,
refletindo sobre as palavras de Lorde Henry, e mesmerizado pela pintura (que acaba por ser o
melhor trabalho de Basil), percebe que deseja ficar belo e jovem para sempre, de forma a obter
aquilo que quiser, quando quiser, faz um pacto (não proposital) com o diabo, de forma a que ele
permaneça com a sua juvenil forma de 20 anos para sempre enquanto que o retrato se vá
desgastando e envelhecendo.
Dorian, seguindo os conselhos de Henry Wotton, sai à noite para encontrar alguma aventura nas
ruas londrinas, acabando num desgastado teatro num beco. O jovem decide comprar um bilhete
para o espetáculo e, lá, apaixona-se perdidamente pela atriz a representar o papel de Julieta no
drama de Shakspear, “Romeu e Julieta”- Sybil Vane. Dorian fica noivo de Sybil e, no intuito de a
apresentar aos seus amigos, leva-os ao teatro para a verem representar. Infelizmente na tão
esperada noite de apresentações, a atriz desempenha uma performance terrível, o que faz Gray
deixá-la, apesar de a amar. Sybil, sem saber o que fazer, suicida-se.
3 Ao voltar para casa, ainda sem ter sido informado das terríveis notícias sobre a sua amada,
Dorian encontra o seu retrato- que estava pendurado no centro do seu salão- com uma expressão
diferente, uma expressão carrancuda e de tristeza e um sinistro sorriso que antes não estavam lá.
Apercebendo-se de que o quadro refletia o seu estado de espírito, e sentindo-se intimidado por
isso, decide guardar o quadro numa sala inutilizada e trancada por ele.
Basil, vendo os comportamentos estranhos do amigo, decide ir até sua casa confrontá-lo. Lá,
após uma exaustiva discussão sobre corrupção, Dorian decide mostrar ao pintor o quadro.
Hallward, mesmo aterrorizado, ainda tenta ajudar o amigo, tentando rezar com ele, enquanto
dorian está perto das lágrimas, mas, ao olhar para os seus olhos no retrato, uma súbita raiva
invade Gray, que, com uma faca por ele esquecida no quarto enquanto cortava corda, esfaqueia
incansavelmente o pintor, livrando-se do corpo dele no rio logo em seguida.
Mesmo confuso pelas suas ações, Dorian continua a levar uma vida extravagante.
Certo dia, arrependido de todos os seus atos maldosos, Gray decide destruir o retrato com a faca

que havia apunhalado Basil com, para acabar com tudo e senti-se livre. O que ele não esperava

era que, ao destruir o retrato, se havia matado a ele mesmo: “Agarrou na faca e retalhou com ela

o quadro. Ouviu-se, então, um grito e um baque... o grito foi tão horrível que os criados,

assustados acordaram a acorreram dos seus quartos (...). Quando entraram, deparou-se-lhes ,

pendurado na parede, um retrato do seu amo, tal como o viram da última vez, em todo o fulgor da

sua beleza e juventude. No chão, jazia o cadáver dum homem, em trajo de cerimónia, com uma

faca cravada no coração Estava ressequido, encarquilhado e tinha uma cara abominável e

asquerosa. Só depois de lhe examinarem os anéis é que reconheceram quem era...”

Seleção de cinco palavras desconhecidas (indica a página): “brisa estival” (página 9);
“devassidão” (página 179); “conjeturas” (página 10); “lânguido” (página 14); “voragem hiante”
(página 198).

Indicação do significado de cada uma delas tendo em conta o contexto: “brisa estival”- calmoso,
que nasce no estilo; “devassidão”- corrupção de costumes; “conjetura”- opinião com fundamentos
incertos; “lânguido”-desfalecido; “voragem hiante”- abismo escancarado.

Registo de duas frases marcantes: “o Génio dura mais que a beleza” (página 20, frase de
4 Lorde Henry Wotton dirigida a Dorian Gray); “Estava ressequido, encarquilhado e tinha uma cara
abominável e asquerosa. Só depois de lhe examinarem os anéis é que reconheceram quem
era...” (página 270, frases finais do livro, narrando a descoberta do corpo de Dorian pelos seus
criados)

Esta obra fez-me refletir sobre: A ganância e o poder. Dorian estava tão perdido na ideia de
poder ficar belo para sempre, de forma a ter tudo o que quisesse que não olhou a meios para o
ter, chegando mesmo a fazer um pacto com o diabo e a matar pessoas. Penso no livro como uma
hipérbole dos comportamentos da sociedade gananciosa que, tende para estes comportamentos
padrão desde o século XIX, e muito antes, até os dias correntes.Para reforçar a minha ideia do
livro, há quem diga e pense que o livro era uma espécie de autobiografia de Oscar Wilde, e que o
autor refletiu a sua personalidade e das pessoas à sua volta nos personagens.

Classificação: ________________________ Assinatura da prof.ª: ___________________

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