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Sabemos que a união estável é a entidade familiar,

caracterizada pela união entre duas pessoas que


possuem convivência pública, contínua e duradoura, com o
objetivo de constituição de família.

Tópico 1- Antigamente existia a narrativa onde era o papel


do homem arcar com toda as necessidades familiar, onde as
mulheres se sentiam confiantes quanto a isso. Dessa forma,
quando havia uma união matrimonial, independente da
forma que ocorresse, socialmente falando, a figura feminina
se sentia confiante quanto a sua manutenção patrimonial.

Tópico 2- Isto passa a acontecer, sobretudo, porque as


mulheres passaram a integrar o mercado formal de
trabalho, o que antes não acontecia, portanto, subentende-
se que estas são capazes de manter seu próprio sustento.
Tópico 3- Sabemos que hoje o aumento da união estável
vem crescendo bastante, pois hoje em dia muitos casais que
optam por não casar acabam vivendo em união estável
mesmo sem querer (mas sim por força de lei).

Reconhecimento legal: O poder judiciário pode


desempenhar um papel fundamental ao garantir o
reconhecimento legal da união estável. Isso implica
assegurar que os direitos e deveres decorrentes dessa forma
de união sejam protegidos e aplicados de acordo com a
legislação vigente.

Proteção dos direitos patrimoniais: O judiciário pode


assegurar que os casais em união estável tenham direito à
divisão justa dos bens adquiridos durante o relacionamento.
Isso inclui propriedades, contas bancárias, investimentos e
outros ativos financeiros, de forma similar ao que ocorre em
casos de divórcio.

Proteção dos direitos sucessórios: O poder judiciário pode


garantir que, em caso de falecimento de um dos parceiros, o
sobrevivente tenha direito à herança conforme previsto na
legislação. Isso evita disputas e proporciona segurança
jurídica aos casais em união estável.

Segurança dos filhos: Quando há filhos envolvidos, o poder


judiciário pode assegurar que os casais em união estável
tenham direitos e deveres parentais claramente definidos.
Isso inclui questões como guarda, visitação, pensão
alimentícia e educação dos filhos, visando sempre o melhor
interesse da criança.
Proteção contra violência doméstica: O poder judiciário
pode oferecer medidas protetivas em casos de violência
doméstica ou ameaças, visando garantir a segurança física e
emocional dos parceiros da união estável. Isso inclui a
emissão de ordens de afastamento, proibição de contato e
outras medidas para prevenir danos e abusos.

Acesso à justiça: O judiciário pode trabalhar para facilitar o


acesso dos casais em união estável aos meios legais de
resolução de conflitos, oferecendo assistência jurídica
gratuita ou de baixo custo, simplificando os procedimentos e
promovendo a celeridade processual.

Essas são algumas formas pelas quais o poder judiciário


pode proporcionar uma garantia melhor para casais que
estão na união estável. É importante ressaltar que as leis e
procedimentos específicos podem variar de acordo com o
país e a jurisdição, e é recomendável buscar orientação
jurídica especializada para obter informações atualizadas e
adequadas ao contexto local.

Uma das principais preocupações dos casais em união


estável refere-se à divisão patrimonial em caso de
separação. Atualmente, a legislação brasileira não dispõe de
regras claras sobre como ocorrerá a partilha dos bens
adquiridos durante a união estável. Isso gera incertezas e
disputas judiciais, prejudicando a estabilidade emocional e
financeira dos envolvidos. Para aprimorar as garantias nesse
aspecto, seria necessário que o Poder Judiciário elaborasse
diretrizes mais precisas e uniformes, conferindo segurança
jurídica aos casais e evitando conflitos prolongados.
Outro desafio enfrentado pelos casais em união estável
refere-se ao reconhecimento formal de sua relação. Embora
a Constituição Federal brasileira e a jurisprudência
reconheçam a união estável como uma entidade familiar,
ainda há casos em que ocorrem negativas de
reconhecimento, especialmente quando não há prova
documental suficiente. O Judiciário poderia implementar
medidas para facilitar o registro e a comprovação da união
estável, como a criação de um cadastro oficial ou a
possibilidade de firmar contrato de união estável perante
cartório, conferindo maior segurança jurídica aos casais.

A falta de regulamentação clara no que diz respeito aos


direitos previdenciários e sucessórios dos casais em união
estável também gera insegurança. Muitos casais não têm
acesso aos mesmos benefícios e proteções concedidos aos
cônjuges casados legalmente. O Judiciário pode
desempenhar um papel fundamental na promoção da
igualdade, interpretando as leis de forma a garantir que os
direitos previdenciários e sucessórios sejam estendidos aos
casais em união estável de maneira equivalente àqueles que
se encontram no casamento civil.
Em 2023, os casais em união estável no Brasil enfrentam
diversas instabilidades que afetam sua segurança jurídica e
bem-estar emocional. Para melhorar as garantias nesse
contexto, é necessário que o Judiciário atue de forma
proativa, estabelecendo diretrizes claras sobre a divisão
patrimonial, facilitando o reconhecimento da união estável,
garantindo direitos previdenciários e sucessórios
equivalentes aos do casamento civil, agilizando os
procedimentos de dissolução e protegendo os direitos dos
filhos. Ao promover essas melhorias judiciárias, será
possível proporcionar aos casais em união estável um
ambiente legal mais seguro e justo, fortalecendo a
instituição familiar e garantindo o pleno exercício de seus
direitos.

Reconhecimento da diversidade de casais: É fundamental


que o Judiciário esteja preparado para lidar com a
diversidade de casais em união estável que existem na
sociedade brasileira. Isso inclui casais homoafetivos,
poliafetivos e outros arranjos familiares diversos. A
interpretação das leis deve ser inclusiva e respeitar os
direitos fundamentais de todos os casais,
independentemente de sua configuração, orientação sexual
ou identidade de gênero.

Acesso à justiça e assistência jurídica: Para garantir que os


casais em união estável tenham seus direitos respeitados e
garantidos, é essencial que exista um acesso facilitado à
justiça. Isso implica em disponibilizar recursos e mecanismos
que permitam que esses casais tenham acesso à assistência
jurídica, orientação legal e recursos necessários para
exercerem seus direitos. A criação de defensorias públicas
especializadas em direito de família e a ampliação de
programas de assistência jurídica gratuita são medidas que
podem contribuir para uma maior equidade no acesso à
justiça.

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